Biography or history
O título de 1º Conde de Abrantes foi concedido por D. Afonso V, em 1476, a Lopo de Almeida, alcaide-mor de Abrantes, Punhete (actualmente Constância) e Torres Novas, senhor do Sardoal, Mação e Amêndoa e vedor da Fazenda (1471), mordomo-mor, contador-mor e escrivão da puridade da Rainha D. Joana. Casou com D. Brites da Silva, camareira-mor da Rainha D. Isabel, filha de Pedro Gonçalves Malafaia, rico homem, vedor da Fazenda.O título não foi renovado nos descendentes do 3º Conde, D. Lopo de Almeida, o fundador do convento de Santo António de Abrançalha (c. 1526), depois transferido para Abrantes. António de Almeida, 9º e último alcaide-mor de Abrantes, morreu solteiro e sem geração. Foi aos descendentes de sua irmã, D. Isabel de Mendonça, condessa de Penaguião pelo casamento com D. João Rodrigues de Sá, 1º Conde de Penaguião, que coube a representação da Casa de Abrantes.Filipe III dispôs da Casa e do título a favor do Marquês de Porto Seguro, D. Afonso de Lancastre, da Casa dos Duques de Aveiro (1635), que teve o título de Duque de Abrantes, em Espanha, o qual não foi reconhecido em Portugal.Após a Restauração o título foi renovado por D. João IV (1645) em D. Miguel de Almeida um dos conjurados de 1640, do seu Conselho e mordomo-mor da rainha D. Luísa de Gusmão, tendo sido o 4º Conde de Abrantes. Morreu sem geração, ficando como única herdeira da Casa D. Isabel de Mendonça, condessa de Penaguião. D. João V, em 1718, mudou o título de Marquês de Fontes para o de Marquês de Abrantes ao 7º conde de Penaguião e 3º marquês de Fontes, D. Rodrigo Anes de Sá Almeida e Meneses (1676-1733), terceiro filho do 4º conde de Penaguião e 1º marquês de Fontes, nascido em 1676, sendo assim o 1º Marquês de Abrantes. Recebeu os senhorios da vila de Abrantes, do Sardoal, dos concelhos de Sever, Penaguião, Gondim, Fontes, Gondomar, Vila Nova de Aguiar de Sousa, Bouças, Gaia e honra de Sobrado. Foi capitão, alcaide-mor e governador das armas do Porto, das fortalezas de São João da Foz e de Nossa Senhora das Neves de Leça (Matosinhos), alcaide-mor de Abrantes, Punhete, Amêndoa e Mourão, comendador de Santiago do Cacém e de São Pedro de Faro, da Ordem de Santiago, e de São Pedro de Macedo da Ordem de Cristo. Assistia no Paço em 1721, 1723, 1724. Casou com D. Isabel de Lorena, filha dos primeiros Duques de Cadaval.O 5º marquês de Abrantes e 7º conde de Vila Nova de Portimão, D. Pedro de Lancastre da Silveira Castelo Branco Sá e Meneses, e seu filho, D. José Maria da Piedade de Lancastre Silveira Castelo Branco de Almeida Sá e Meneses, 6º marquês, foram prisioneiros de guerra em França, só tendo sido libertos depois da Guerra Peninsular.O 7º marquês, D. Pedro Maria da Piedade de Alcântara Xavier de Lancastre, conde de Penaguião e de Vila Nova de Portimão, foi apoiante dos miguelistas. Julgado quando da vitória liberal, foi absolvido pelo Conselho de Guerra. Foi 8º Marquês, já durante o regime republicano, o 12º conde de Vila Nova de Portimão, D. João Maria da Piedade de Lancastre e Távora, nascido em 1864, casado com D. Maria Carlota de Sá Pereira de Meneses Pais do Amaral, da Casa dos Condes da Anadia.Foi 9º Marquês (1948), representante dos títulos de Vila Nova de Portimão, da Sortelha e de Penaguião, D. José Maria da Piedade de Lancastre e Távora, nascido em 1887. Casou com D. Maria Emília do Casal Ribeiro Ulrich.Seu filho e herdeiro, D. Luís Gonzaga de Lancastre e Távora (1937-1993), 10º marquês de Abrantes, foi casado com D. Maria João de Carvalho Gomes de Castro, filha dos 4os Condes de Castro. Publicou numerosos estudos sobre genealogia, sigilografia e heráldica.É 11º marquês de Abrantes D. José Maria da Piedade de Lancastre e Távora, filho do anterior. É detentor dos títulos de Conde de Penaguião, Conde de Vila Nova de Portimão, Marquês de Abrantes, Marquês de Fontes.
Custodial history
Data de 1609, a Tabuada do cartório da Casa de Sortelha feita pelo Doutor Gaspar Coelho Aranha, Prior da Atalaia. Entre 1769 e 1855 foi feito um Assento dos papéis que retiraram do cartório. Pela certidão de Autos findos de justificação (15 de junho de 1838 a 21 de setembro de 1849), requerida por D. Madalena de Lencastre Barreto de Sá Almeida e Meneses, no âmbito de uma questão pendente no Tribunal do Conselho da Fazenda, acerca de umas propriedades pertencentes ao Morgado que administrava, se tira que o Marquês de Abrantes D. Joaquim Francisco de Sá Almeida e Meneses, assistia num quarto da Torre chamada da Casa da Índia, por baixo do Paço, e que na parte inferior deste tinha a sua Secretaria na qual conservava os papéis, livros e títulos dos bens patrimoniais da sua Casa e de Morgados antigos que possuía, e em que tinha sucedido por morte do Marquês seu Pai, D. Rodrigo Anes de Sá Almeida Meneses, assim desta Cidade e seu distrito, como nos distritos da vila de Abrantes, Santarém e em outras partes. Que segundo Domingos Francisco da Costa, criado da Casa durante mais de quarenta anos, o quarto da Casa da Índia onde assistia o Marquês se queimou inteiramente com todos os bens que nele havia pelo incêndio sucessivo ao terramoto, menos a prata que o mesmo conduziu, e algum dinheiro, e camafeus, e jóias que tudo salvou, e todos os papéis que se achavam na Secretaria, que nela não se queimaram, mas sim na parte para onde os ditos papéis se conduziram, para a ponte da Casa da Índia junto ao mar, nas suas próprias gavetas com seus números, aí é que se queimaram alguns por se comunicar o fogo da Casa das Obras, e também se queimaram alguns que estavam em uma guarda roupa de Sua Excelência. Que segundo Miguel Ribeiro da Fonseca, criado da Duquesa de Abrantes e seu estribeiro, que presenciou o queimar-se inteiramente o quarto onde assistia o Marquês com todos os seus bens, abrangendo a maior parte dos papéis da Secretaria, e que alguns que se puderam tirar ainda desses, se desencaminharam muita parte deles pois não apareceram os títulos pertencentes ao Morgado em que o mesmo Marquês tinha sucedido por morte de seu Pai, que eram os de Lisboa e seu distrito, e os da vila d' Abrantes, e mais partes. Em 27 de junho de 1758, a pedido de Manuel de Távora, como administrador do Conde de Vila Nova, seu filho, D. José passou uma Provisão, para que se pudesse tresladar os documentos respeitantes à Casa de Vila Nova, conservando-se sempre os próprios documentos que então se achavam ilegíveis. No século XX, o arquivo da Casa de Abrantes foi classificado pelo IPPC, tendo sido depositado no extinto Arquivo Histórico do Ministério das Finanças. A instâncias do marquês D. Luís de Lancastre e Távora, foi-lhe entregue a respectiva custódia, acabando por ser vendido e disperso.Nuno Daupiás d'Alcochete, técnico superior principal do Instituto Português do Património Cultural, fez a Informação n.º 387, datada de Lisboa, 23 de outubro de 1981, com o intuito de rectificar alguns pontos publicados na Imprensa acerca do arquivo da Casa de Abrantes da qual se tira o seguinte: "O 'Arquivo da Casa de Abrantes' compunha-se, na realidade, de dois núcleos principais que, por sua vez, se subdividiam em várias partes: 1) Condes de Penaguião, Marqueses de Fontes e primeira linha dos Marqueses-Duques de Abrantes; 2) Condes de Vila Nova de Portimão, de Sortelha e de Figueiró e suas alianças." O citado "conjunto documental encontrava-se repartido por três locais diferentes: No Palácio dos Condes de Vila Nova de Portimão, em Lisboa, em Santos-o-Velho, ou Palácio de Santos (modernamente conhecido pela designação de Palácio Abrantes), estava uma parte do arquivo administrativo, que respeitava não só às propriedades do Centro e Sul do país, mas igualmente a algumas do Norte. Compreendia, além de papéis relativos à gerência dessas propriedades [...] documentação desde o século XIII [...]. A outra parte, comummente, designada por 'arquivo dos foros' e que dizia respeito à administração das propriedades ao Norte de Coimbra, estava e está ainda na região do Porto. [...]. Na biblioteca do solar da Póvoa de D. Martinho, hoje Póvoa de Santa Iria, encontrava-se tudo quanto não tinha já utilidade imediata, por exemplo correspondência de reis, correspondências diplomáticas (originais e copiadores) e todos os papéis resultantes do desempenho de funções oficiais. Sob a designação genérica de 'papéis curiosos' estes documentos tinham integrado a coleção de manuscritos da biblioteca, conforme o costume da época". Em 1898, deu-se um incêndio numa das alas do solar da Póvoa, que atingiu a biblioteca, perdendo-se na altura toda aquela documentação com valor histórico. Supõe-se que foi nesta ocasião que desapareceram valiosos papéis de que falam vários autores, como a mais antiga cópia do manuscrito do Conde D. Pedro [...] bem como correspondência do Rei D. Duarte e dos Infantes D. Pedro e D. Henrique e uma carta do Imperador Carlos V para o 1.º Conde da Sortelha, etc. Também fazia parte do arquivo a documentação relativa ao padroado das igrejas e direitos reais de Abrantes, oferecida pelo avô ou bisavô do actual Marquês a esta cidade e hoje se encontra no seu [arquivo] municipal. Igualmente, devemos considerar como pertencendo ao arquivo os papéis que andavam em mãos de procuradores (geralmente públicas-formas) para defesa dos interesses da Casa, e nunca foram restituídos. Durante a última guerra, o pai do actual marquês adquiriu no Porto, a um neto ou bisneto de um procurador da casa, em Coimbra, muitos documentos relativos ao senhorio de Góis. Esta documentação ficou na sua mão, não dando, por conseguinte, entrada no Arquivo Histórico do Ministério das Finanças, onde então estava depositado o grosso do cartório da Casa [...]. Um inventário da primeira metade do século XIX, refere que uma parte do arquivo da Casa de Abrantes propriamente dita desapareceu aquando do terramoto de 1755. Esta asserção não é totalmente verídica, porquanto se sabe que, já no princípio do século XVIII, o 1.º Marquês, na altura Camareiro-Mor, solicitara de D. João V autorização para mandar tirar da Torre do Tombo treslados de numerosos documentos, cujos originais tinham ardido nos seus aposentos, no Paço da Ribeira. Cerca de 1914, o antepenúltimo Marquês de Abrantes vendeu o Palácio de Santos ao Governo Francês, que nele instalou a sua embaixada em Portugal. O arquivo administrativo foi então enviado para Sintra, para uma casa que o Marquês possuía nesta vila. Mais tarde o referido arquivo foi transferido em bloco para Carnide, para o palácio dos Condes deste nome. Quando do regresso do Luxemburgo, em 1933 ou 1934, do penúltimo Marquês, o Conde de Carnide pediu a devolução da sala ou salas ocupadas pelo arquivo. O Marquês por falta de local onde instalar aquela grande massa documental, acabou por depositá-la no Arquivo Histórico do Ministério das Finanças, onde deu entrada cerca do ano de 1935." Durante o tempo de depósito foi elaborado o "Indicador dos Maços e Livros pertencentes ao Arquivo da Casa de Abrantes em depósito neste Arquivo Histórico do Ministério das Finanças" rubricado por J. Saraiva, com indicação das faltas verificadas. "Aqui esteve até 1964, data em que o actual Marquês [em 1981] o levantou e o trouxe para sua casa. [...] 1. Em 1965, após uns meses dedicados à conferência e arrumação dos papéis dos seus maiores, o Marquês de Abrantes estabeleceu contactos verbais com várias entidades oficiais, no intuito de vender em bloco o seu arquivo familiar, mas estas diligências não surtiram efeito. 2. Neste ano ainda e nos imediatamente posteriores, o Marquês de Abrantes vendeu em separado os seguintes documentos: 2.1 Os papéis referentes a Góis, adquiridos por seu pai, como acima se diz, papéis esses que nunca deram entrada no Arquivo Histórico do Ministério das Finanças. 2.2 Um conjunto de documentos esparsos, que se encontravam no referido arquivo, mas sem qualquer relação com a Casa de Abrantes, o que aliás é frequente deparar nos arquivos privados. 2.3 Um lote de documentos respeitantes aos Condes de Penela, também sem relação directa com os seus ascendentes. 2.4 Outro lote de papéis relativos a uns Melos, morgados em Évora, em condições idênticas. 2.5 Um pequeno número de documentos, estes sim relacionados com a sua família, entre eles a conhecida carta de armas de D. Pedro de Meneses (século XV) a dois parentes seus. 2.6 Um outro lote constituído igualmente por um reduzido número de documentos, a um livreiro-antiquário e que, posteriormente, foram adquiridos pelo Arquivo Nacional da Torre do Tombo [...]. Os lotes, acima enunciados, de 2.2 a 2.6, pertenceram todos ao cartório depositado no Arquivo Histórico do Ministério das Finanças, e tanto quanto é possível avaliar, representariam aproximadamente dez por cento da massa total. 3. Em 1968, o Marquês de Abrantes fez várias tentativas no sentido de vender globalmente a restante massa do seu arquivo, à cidade de Abrantes, mas sem qualquer êxito. 4. Por essa razão, no final de 1971 ou no princípio do ano seguinte, [...] o Marquês de Abrantes acabou por vender aquela documentação ao professor Doutor António Gonçalves Rodrigues. A venda foi feita por duas vezes: primeiro cerca de 250 caixas, depois cerca de 50 caixas. 4.1 O vendedor reservou, no entanto, para si todos os papéis de natureza íntima e de interesse exclusivamente familiar, bem como todos aqueles de carácter nobiliárquico. 4.2 Em meados de 1972, o Professor Gonçalves Rodrigues, por intermédio da firma Lysia - Editores e Livreiros, S.A.R.L., propôs ao Estado a compra do que restava do arquivo da Casa de Abrantes."O primeira parte do Arquivo da Casa de Abrantes acima mencionada, teve um processo de aquisição iniciado em 5 de julho de 1972. Em posse da citada Firma, foi decidido sujeitá-la a exame conforme o Parecer da Junta Nacional de Educação de 19 de março de 1973, homologado por Despacho do Secretário de Estado da Instrução e Cultura de 17 de abril desse ano, para decidir sobre a sua aquisição e valoração. O Prof. Doutor António Cruz e o Padre Avelino de Jesus da Costa, observaram que a documentação sofrera uma redução entre 50% e 75% da sua dimensão inicial, de acordo com a documentação que se encontrava descrita nos inventários conhecidos, sendo o mais antigo de 1837, em resultado da alienação sofrida anos antes. Por Despacho do Secretário de Estado da Instrução e Cultura de 7 de janeiro 1974, homologando o Parecer da Junta Nacional de Educação, em 4 de junho foi constituído um grupo de trabalho para inventariação do Arquivo da Casa de Abrantes, sendo a descrição cometida a dois dos membros da Comissão constituída "para estudar a avaliação ou inventariação do restante do Arquivo da Casa de Abrantes" os licenciados Isabel Cepeda da Biblioteca Nacional de Lisboa e Alcino Manuel da Silva, do Arquivo Nacional da Torre do Tombo. O inventário começou em 17 de junho de 1974 e terminou em 5 de janeiro de 1976, conforme "Relatório do trabalho de inventariação do Arquivo da Casa de Abrantes", datado de 14 de janeiro, assinado pelos citados técnicos. Decorreu nas instalações da citada Firma. Foram descritos 4840 documentos acondicionados em 246 pastas (designadas na lombada por livros) e 16 maços. As pastas ou livros receberam uma notação constituída por um número e uma letra: de 1A - 24 A, a 1X - 4X, além de 35 pastas de "Manuscritos Avulsos", 22 pastas com códices, uma pasta sem número com o índice. Os manuscritos avulsos foram assim reunidos "[...] por estarem dispersos e amontoados num armário [...] continuando a designá-los por "Livros". Observou-se que o Arquivo estava truncado faltando os "Livros: 27B, 11G, 8R, 9R, 4T, 5U, 6U, 10U, 11U"; "várias capilhas com sumários de documentos não contidos nas mesmas", assim como os documentos n.º 1408 e 1410. Observou-se ainda "[...] uma certa divergência entre os títulos das pastas e as espécies contidas nas mesmas, estado esse que não foi alterado." Os documentos receberam um número de ordem escrito a tinta vermelha, constando em tira de cartolina inserta em cada um deles, bem como nas fichas de inventário (feito em cerca de 5000 verbetes). Estes foram entregues ao Inspector Dr. Fernando Alberto Ricca Bandeira Ferreira em 7 de janeiro de 1976. O ficheiro do Arquivo da Casa de Abrantes foi recebido no ANTT em 2 de junho de 1977, a documentação estava conferida em 29 de julho desse ano pelo segundo conservador, licenciado Alcino Manuel da Silva, não se verificando qualquer falta. O ficheiro deu origem ao inventário dactilografado em 1734 folhas, actual instrumento de descrição L522 (1 a 7), disponível no Serviço de Referência da Torre do Tombo, com excepção do L522 (3) que se encontra em falta. A documentação da Casa de Abrantes constituída por 246 pastas e 16 maços, num total de 262 unidades de instalação, e de 4.840 documentos, foi comprada à firma Lysia - Editores e Livreiros, S.A.R.L., em 1977, pela Direcção Geral do Património Cultural, pelo Fundo de Fomento Cultural, já se encontrando no Arquivo Nacional da Torre do Tombo em 29 de julho desse ano. Entretanto, foram feitas outras aquisições: Em 1974, a 10 de abril foi comprado o manuscrito "Tabuada do cartório da Casa de Sortelha, feita pelo doutor Gaspar Coelho Aranha, prior d'Atalaia" ao senhor Luís António Raposo Ferros, o qual foi integrado na colecção Manuscritos da Livraria, com o n.º 2603; em 1975, nova aquisição a J. C. Silva (Livraria Histórica e Ultramarina); em 1976, a 23 de julho, foram comprados três livros à Livraria Avelar Machado. Em 1978, foram comprados 5 documentos em pergaminho e papel, referentes à vila de Góis, dos séculos XIV e XV, à Livraria Histórica e Ultramarina. Em 24 de janeiro de 1981, foi feita a aquisição de 10 documentos medievais à mesma Livraria. Todos estes documentos se encontravam na caixa 5 de "Documentos comprados por identificar". Em 1982, foi registada a 27 de julho a aquisição de uma sentença sobre a jurisdição de Góis, de 1568, por compra a José Manuel Rodrigues. A segunda parte do Arquivo da Casa de Abrantes vendido pelo Marquês do mesmo nome ao Professor Doutor António Augusto Gonçalves Rodrigues, e por este proposto para venda ao Estado Português, teve um processo de aquisição iniciado em 1981, com a decisão do seu inventário, o que aconteceu por Despacho do Secretário de Estado da Cultura, datado de 11 de março de 1982, nos termos dos artigos 1.º e 2.º do Decreto-Lei n.º 38 906, de 10 de setembro de 1952. Foi realizado pelas licenciadas Maria Teresa Cardoso do I.P.P.C. e Maria José Leal do ANTT, descreveu 833 documentos, dos quais 212 eram pergaminhos, estava concluído em 10 de setembro de 1982, e destinado a ser publicado em Diário da República. Da introdução do inventário retira-se "Organização existente - Os documentos encontravam-se arquivados em caixas classificadas de origem com a designação de livros, havendo também cadernos e livros. Dentro das caixas a documentação está contida em capilhas. Forma de tratamento das espécies - Manteve-se a ordem encontrada, atribuindo-se às capilhas um número sequencial que englobou também os livros e cadernos. Exceptua-se o caso da correspondência que foi agrupada por remetentes e destinatários, sem se deslocar, no entanto das caixas em que se encontrava. Todos os documentos foram identificados e sumariados. Inventário - Os documentos são descritos por ordem topográfica refletindo assim a organização existente. Omitiram-se os títulos das caixas que nem sempre correspondem rigorosamente ao conteúdo. [...] Faltas - Foram encontradas várias capilhas com sumários de documentos não contidos nas mesmas. As caixas não têm uma sequência rigorosa havendo falhas na ordem alfabética e na ordem numérica [...] Livros A, D, M, O, P, T." Em outubro de 1982, depois de terminado o inventário de 9 de setembro, o Proprietário da segunda parte do arquivo da Casa de Abrantes informou ter encontrado uns livros que pertenciam ao mesmo espólio e que não tinham sido catalogados. Em 1989, foram adquiridos documentos no Leilão Silva's - Pedro de Azevedo.Em 1992 foi adquirido um conjunto de vinte e três manuscritos e três impressos relativos aos Condes de Vila Nova de Portimão e familiares, por compra à Biblarte. Em 1994, foi adquirido por compra um conjunto de 80 manuscritos, lotes 668 a 747 do leilão Silva's Leiloeiros, LDA. - Pedro de Azevedo, Leiloeiro, Livreiro, LDA. Em 1995, foi registada no Registo de Entradas do ANTT, a 24 de fevereiro, a aquisição de 28 livros e de 27 dossiers ao Professor Gonçalves Rodrigues a qual não incluiu os livros encontrados em outubro de 1982.Em 2005, os lotes 371, 378, 379, 380, 386, 387, 392 e 394 foram adquiridos pelo ANTT a Pedro de Azevedo Leiloeiro - Livreiro Unipessoal, Lda no Leilão da "Biblioteca do Prof. Doutor Artur Moreira de Sá e outros livros importantes", realizado a 19 de abril. Em 2016, os lotes 185, 190, 192 foram adquiridos pelo ANTT no Leilão “Guerra Peninsular: Gravuras, Manuscritos e outros livros importantes 2016”, realizado no dia 16 de maio por Pedro de Azevedo, Leiloeiro – Livreiro, Unipessoal, Lda., no Hotel Fénix, em Lisboa.No âmbito do tratamento arquivístico realizado em 2018, confirmou-se a ausência do Livro 11-G, e verificou-se a falta dos documentos 1822, 1835, 1836, 1837, 1838. Verificadas 833 entradas de documentos descritos no catálogo de 9 setembro de 1982. Não localizados cerca de 144 documentos da aquisição de 1995: são os números 24, 26 a 28, 30, 34, 37 a 41, 44, 47, 48, 53 a 55, 57, 59, 60, 116, 161, 163, 168, 170, 171, 172, 176, 177, 195, 196, 198, 212, 304, 319, 320, 322 a 324, 326 a 329, 359A, 548 a 572, 602, 616, 617, 621, 631, 632 a 639, 643, 644, 676, 679, 680, 682, 684, 685, 688, 697, 709 a 715, 720 a 723, 725, 726, 729 a 733, 735, 736, 738, 749 a 752, 754 a 759, 761, 762, 764, 769 a 771, 774 a 780.