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Inventariada: Francisca Angélica, viuva de Alberto Rosado, moradores na Aldeia de Machede, concelho de Évora. A inventariada fez testamento. Data de óbito: 21-05-1808 Cabeça de casal: Isabel de São José Filhos: 1-António Alberto, casado com Maria de São Jos. 2-Isabel de São José, de 25 anos de idade. 3-Francisco Alberto, casado com Inácia de Jesus. 4-Antónia de Jesus (falecida), casada com Joaquim Teixeira. Neto, filho de Antónia de Jesus: João de 7 anos de idade.
Escritura de compra e venda entre o 1º outorgante José Agostinho Ribau Esteves, na qualidade de presidente da Câmara Municipal de Ílhavo (vendedor) e o 2º outorgante Paulo Vicente Matias Pacheco e Joaquim de Oliveira Pacheco, na qualidade de sócios gerentes com poderes sociedade por quotas "JOPASIL - Comercio e Industria de Quadros Elétricos e Componentes, Lda." (comprador), do lote de terreno destinado a construção urbana, sito na Zona Industrial da Mota-Ampliação, na freguesia da Gafanha da Encarnação, designado por lote n.º A9, do Plano de Pormenor da Ampliação da Zona Industrial da Mota, com a área de 4165 m2, inscrito na matriz predial urbana da Gafanha da Encarnação sob o artigo 3228 e descrito na Conservatória do Registo Predial de Ílhavo sob o n.º 2639. Esta escritura foi elaborada por Marcos Tomaz Gomes, na qualidade de Diretor de Departamento de Administração Geral e Notário Privativo.
Inventariada (o) - João Vicente Data do óbito - 21-02-1833 Testamento: Inventariante e Cabeça de Casal: Teresa de Jesus, 2º mulher do (a) inventariado (a) Herdeiros: Filha do 1º matrimónio com Ana Joaquina - Fortunata Felizarda casada com Josão de Mira Murcho. Herdeiros - Filhos do 2º matrimónio com Teresa de Jesus - Esperança de Jesus casada com Neutel dos Santos; - Valentim Luís, 20 anos; - António Vicente, 17 anos; - Domingos Jos, 16 anos (faleceu em 11-11-1837); - Joaquim, 10 anos (faleceu em 18-05-1835); - Diogo, 8 anos. Contém, entre outros documentos, o inventário de descrição e avaliação dos bens.
O cruzador leve argentino "ARA La Argentina (C3)" em Lisboa em viagem de instrução de cadetes. Estão identificados com numeração, no álbum: tenente de navio Luis Belascoain; capitão de fragata D. Alfredo Elena Escalera; Enrique Carriego, cônsul geral argentino; Alejandro del Carril, cônsul argentino no Porto; contra-almirante Barbosa Carmona, director geral da Marinha; dr. Henrique Viana; coronel Esmeraldo de Carvalhais; brigadeiro Alfredo Santos Sintra, comandante geral da Aeronáutica Militar; comodoro Fonseca, comandante da Força Naval da Metrópole; general dom Fernando Pereira Coutinho, governador militar de Lisboa; contra-almirante Correia Pereira, chefe do Estado Maior Naval; capitão de navio D. Victorio Malatesta, comandante do cruzador "ARA La Argentina (C3)"; professor dr. José Caeiro da Mata; dr. Arturo Secundino Fassio, ministro da Argentina; dr. Pinto de Mesquita, subsecretário dos Negócios Estrangeiros; vice-almirante Sousa Ventura, major general da Armada; capitão-de-mar-e-guerra Nuno Frederico de Brion; dr. Marcelo [Gonçalves Nunes Duarte] Matias, director geral dos Negócios Políticos do Ministério dos Negócios Estrangeiros; contra-almirante Oliveira Pinto, superintendente dos serviços da Armada. Autor: não identificado.
O programa de construção de bairros de casas económicas enquadra-se no âmbito da política social e corporativista, promovido pelo Estado Novo, segundo o Decreto-Lei n.º 23 052, de 23 de setembro de 1933. Este Decreto-Lei estabelece as bases deste programa, assente na habitação independente para uma só família e no princípio da renda resolúvel, o qual conduzia a que, ao fim de determinado número de anos, a propriedade plena da habitação ficasse nas mãos da família alocada (art.º 2). O programa determinava, igualmente, os organismos que o deviam concretizar e as respetivas competências. As responsabilidades dividiam-se entre dois organismos: o Ministério das Obras Públicas e Comunicações (MOPC) e o Sub-Secretariado das Corporações e Previdência Social (SSCPS) (as câmaras tinham, também, atribuições específicas neste âmbito) (art.º 3 e 4). No MOPC foi criado na esfera da Direção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN), a Secção das Casas Económicas, mais tarde, conforme Decreto-Lei 28 912, de 1938-08-12, designada por Secção de Construção de Casas Económicas (SCCE), cuja incumbência era a planificação dos projetos e orçamentos, a escolha dos terrenos, a administração das verbas para as construções e a fiscalização das obras de conservação e beneficiação. Sobre o SSCPS recaíam, através da Repartição das Casas Económicas, criada no Instituto Nacional do Trabalho e Previdência (INTP), a elaboração dos planos de distribuição das casas económicas, fiscalização da cobrança das prestações, garantia de higiene nos bairros e a realização de pagamentos dos vários seguros e prémios de seguros exigidos. A participação do arquiteto Luís Benavente, no âmbito deste programa, está associada à elaboração dos planos de urbanização para o Agrupamento de Casas Económicas da Madre de Deus, a partir de 1939 e posteriormente para o Agrupamento de Casas Económicas para a Classe Média, em 1943, nos Olivais (não concretizado), em colaboração com arquiteto Paulino Montês (1897-1985). Nestas urbanizações, como nos demais bairros de casas económicas associados a este programa, os projetos de arquitetura eram selecionados entre diversas classes (A, B, mais tarde C e D) e tipos (1, 2 e 3) de habitação, desenvolvidos pelos serviços da SCCE, da DGEMN. Tal motivo explica, existirem no fundo de Luís Benavente numerosos projetos de arquitetura que não são da sua autoria, e que foram enviados pelos serviços referidos, com o objetivo de se selecionarem o conjunto de tipologias que melhor se enquadrassem, quer no plano de urbanização, quer na estrutura social das famílias e o seu número de agregados.
Nome do Batizado: Cristhina Data de nascimento e local: 8 de junho de 1908, na Horta Nova, termo de Alvito Filiação e naturalidade: - Pai: Antonio Maria Marcellino, natural de Alvito - Mãe: Marianna Gertrudes Candeias, natural de Cuba Avós paternos e naturalidade: Jose Marcellino de Mattos e Christina do Bom Sucesso Avós maternos e naturalidade: Antonio Candeias e Thereza Venancia Padrinhos: Francisco Manuel Trindade e Nossa Senhora (João Pedro Guerreiro) Averbamentos: N.º 1 - Casou com José Pedro Trindade, na parea da Conservatória de Alvito, no dia 2 de abril de 1931; N.º 2 - O casamento averbado sob o n.º 1 foi dissolvido por óbito de Jos+e Pedro Trindade, em 3 de fevereiro de 1982; N.º 3 - Faleceu em 23 de fevereiro de 1983, na freguesua e concelho de Alvito.
O programa de construção de bairros de casas económicas enquadra-se no âmbito da política social e corporativista, promovido pelo Estado Novo, segundo o Decreto-Lei n.º 23 052, de 23 de setembro de 1933. Este Decreto-Lei estabelece as bases deste programa, assente na habitação independente para uma só família e no princípio da renda resolúvel, o qual conduzia a que, ao fim de determinado número de anos, a propriedade plena da habitação ficasse nas mãos da família alocada (art.º 2). O programa determinava, igualmente, os organismos que o deviam concretizar e as respetivas competências. As responsabilidades dividiam-se entre dois organismos: o Ministério das Obras Públicas e Comunicações (MOPC) e o Sub-Secretariado das Corporações e Previdência Social (SSCPS) (as câmaras tinham, também, atribuições específicas neste âmbito) (art.º 3 e 4). No MOPC foi criado na esfera da Direção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN), a Secção das Casas Económicas, mais tarde, conforme Decreto-Lei 28 912, de 1938-08-12, designada por Secção de Construção de Casas Económicas (SCCE), cuja incumbência era a planificação dos projetos e orçamentos, a escolha dos terrenos, a administração das verbas para as construções e a fiscalização das obras de conservação e beneficiação. Sobre o SSCPS recaíam, através da Repartição das Casas Económicas, criada no Instituto Nacional do Trabalho e Previdência (INTP), a elaboração dos planos de distribuição das casas económicas, fiscalização da cobrança das prestações, garantia de higiene nos bairros e a realização de pagamentos dos vários seguros e prémios de seguros exigidos. A participação do arquiteto Luís Benavente, no âmbito deste programa, está associada à elaboração dos planos de urbanização para o Agrupamento de Casas Económicas da Madre de Deus, a partir de 1939 e posteriormente para o Agrupamento de Casas Económicas para a Classe Média, em 1943, nos Olivais (não concretizado), em colaboração com arquiteto Paulino Montês (1897-1985). Nestas urbanizações, como nos demais bairros de casas económicas associados a este programa, os projetos de arquitetura eram selecionados entre diversas classes (A, B, mais tarde C e D) e tipos (1, 2 e 3) de habitação, desenvolvidos pelos serviços da SCCE, da DGEMN. Tal motivo explica, existirem no fundo de Luís Benavente numerosos projetos de arquitetura que não são da sua autoria, e que foram enviados pelos serviços referidos, com o objetivo de se selecionarem o conjunto de tipologias que melhor se enquadrassem, quer no plano de urbanização, quer na estrutura social das famílias e o seu número de agregados.
Negativo fotográfico em vidro reproduzindo peça de ourivesaria designada por "Altar da Pátria", em estilo neomanuelino, com figuração variada em composição que remete para o modelo da custódia manuelina de Belém (Museu Nacional de Arte Antiga), composta por peça em prata sobre base em pedra, da autoria do escultor cinzelador António Maria Ribeiro, executada ainda na Casa Reis & Filhos, no Porto. O "Altar da Pátria" consiste "numa interpretação da epopeia lusitana, de inspiração camoniana e estética neomanuelina, e encontra-se impregnada de simbologia patriótica e religiosa. As cruzes da Ordem de Cristo, as armas de D. Manuel e as esferas armilares que compõem as asas, não são as únicas alusões à epopeia. Na base, quatro caravelas dispõem-se estrategicamente, indicando os quatro pontos cardeais; o arranque do bojo é composto pelas figuras do Infante D. Henrique, de Vasco da Gama, de Pedro Álvares Cabral e de Luís Vaz de Camões, que se encontram de costas para cinco colunas, quatro exteriores e uma interior, representando esta última um tronco de palmeira, alusiva à flora tropical. Os mastros das caravelas têm hasteadas bandeiras que inscrevem alguns versos dos Lusíadas. Do mar agitado, na base, emergem nereidas, tritões e outras figuras mitológicas, como Vénus e Neptuno. O remate superior é composto por duas figuras esculpidas em marfim em representação dos rios Indo e Ganges e que carregam, em conjunto, uma esfera armilar. Sobrepondo-se a toda esta composição, surge, em prata, e marfim, a figura da Fé, que carrega uma cruz de Cristo, e que protege a travessia das naus. O Altar assenta numa estrutura de mármore preto de Sintra que lhe dá continuidade na forma e na qual se encontra agregada uma cartela em prata com a seguinte inscrição: «Altar da Pátria - ao Gabinete Portuguez de Leitura da Colónia Portugueza no Rio de Janeiro MCMXXIII»" (Trancoso, 2009, pp.102-103). Peça fotografada sobre fundo neutro claro. O "Altar da Pátri" foi exposto no Pavilhão Português da Feira de Amostras (Exposição do Rio de Janeiro, 1922), por ocasião do 1º centenário da Independência do Brasil. Em 1923, a peça foi adquirida pela Colônia Portuguesa no Rio de Janeiro e oferecida ao Real Gabinete. (Fonte: http://www.realgabinete.com.br/portalweb/Biblioteca/AcervoArt%C3%ADstico/tabid/75/language/pt-PT/Default.aspx; Trancoso, 2009, pp.102-103) A Casa Reis foi fundada em 1880, no Porto, por António Alves Reis, tornando-se mais tarde na Casa Reis & Filhos, depois de os seus 2 filhos, Serafim e Manuel Reis, enveredarem pelo mesmo ofício. Trabalhava sobretudo para Portugal e Espanha. Em 1893, a Casa Reis & Filhos recebeu o título de ourives honorário da Casa Real Portuguesa. Apostou muito no profissionalismo, preparando muito bem os seus artifices e colocando profissionais muito competentes na direcção. Participou na organização dos I e II Congressos de Ourivesaria Portuguesa, em 1925 e 1926, integrando respectivamente a Comissão de Honra e a Comissão Nacional. Ao nível do tipo de produção, especializou-se em peças revivalistas, neogóticas e, sobretudo, neomanuelinas, religiosas e civis, com maior destaque para as de carácter historicista, em particular as que foram executadas por António Maria Ribeiro que, pelo menos desde 1915, já lá trabalhava, vindo a ser o seu director artístico durante muitos anos. Participou em inúmeras exposições nacionais e internacionais. Aquando da Grande Exposição Industrial Portuguesa em Lisboa, em 1932, já António Maria Ribeiro tinha as suas próprias oficinas de cinzelagem e fundição. A partir da década de 40', as referências à sua actividade começam a rarear, tendo cessado a mesma por essa altura. (Trancoso, 2009, pp.51-55).
Negativo fotográfico em vidro reproduzindo detalhe de peça de ourivesaria designada por "Altar da Pátria", em estilo neomanuelino, com figuração variada em composição que remete para o modelo da custódia manuelina de Belém (Museu Nacional de Arte Antiga), composta por peça em prata sobre base em pedra, da autoria do escultor cinzelador António Maria Ribeiro, executada ainda na Casa Reis & Filhos, no Porto. O "Altar da Pátria" consiste "numa interpretação da epopeia lusitana, de inspiração camoniana e estética neomanuelina, e encontra-se impregnada de simbologia patriótica e religiosa. As cruzes da Ordem de Cristo, as armas de D. Manuel e as esferas armilares que compõem as asas, não são as únicas alusões à epopeia. Na base, quatro caravelas dispõem-se estrategicamente, indicando os quatro pontos cardeais; o arranque do bojo é composto pelas figuras do Infante D. Henrique, de Vasco da Gama, de Pedro Álvares Cabral e de Luís Vaz de Camões, que se encontram de costas para cinco colunas, quatro exteriores e uma interior, representando esta última um tronco de palmeira, alusiva à flora tropical. Os mastros das caravelas têm hasteadas bandeiras que inscrevem alguns versos dos Lusíadas. Do mar agitado, na base, emergem nereidas, tritões e outras figuras mitológicas, como Vénus e Neptuno. O remate superior é composto por duas figuras esculpidas em marfim em representação dos rios Indo e Ganges e que carregam, em conjunto, uma esfera armilar. Sobrepondo-se a toda esta composição, surge, em prata, e marfim, a figura da Fé, que carrega uma cruz de Cristo, e que protege a travessia das naus. O Altar assenta numa estrutura de mármore preto de Sintra que lhe dá continuidade na forma e na qual se encontra agregada uma cartela em prata com a seguinte inscrição: «Altar da Pátria - ao Gabinete Portuguez de Leitura da Colónia Portugueza no Rio de Janeiro MCMXXIII»". Peça fotografada sobre fundo neutro claro. Foi exposto no Pavilhão Português da Feira de Amostras (Exposição do Rio de Janeiro, 1922), por ocasião do 1º centenário da Independência do Brasil. Em 1923, a peça foi adquirida pela Colónia Portuguesa no Rio de Janeiro e oferecida ao Real Gabinete. (Fonte: http://www.realgabinete.com.br/portalweb/Biblioteca/AcervoArt%C3%ADstico/tabid/75/language/pt-PT/Default.aspx; Trancoso, 2009, pp.102-103) A Casa Reis foi fundada em 1880, no Porto, por António Alves Reis, tornando-se mais tarde na Casa Reis & Filhos, depois de os seus 2 filhos, Serafim e Manuel Reis, enveredarem pelo mesmo ofício. Trabalhava sobretudo para Portugal e Espanha. Em 1893, a Casa Reis & Filhos recebeu o título de ourives honorário da Casa Real Portuguesa. Apostou muito no profissionalismo, preparando muito bem os seus artifices e colocando profissionais muito competentes na direcção. Participou na organização dos I e II Congressos de Ourivesaria Portuguesa, em 1925 e 1926, integrando respectivamente a Comissão de Honra e a Comissão Nacional. Ao nível do tipo de produção, especializou-se em peças revivalistas, neogóticas e, sobretudo, neomanuelinas, religiosas e civis, com maior destaque para as de carácter historicista, em particular as que foram executadas por António Maria Ribeiro que, pelo menos desde 1915, já lá trabalhava, vindo a ser o seu director artístico durante muitos anos. Participou em inúmeras exposições nacionais e internacionais. Aquando da Grande Exposição Industrial Portuguesa em Lisboa, em 1932, já António Maria Ribeiro tinha as suas próprias oficinas de cinzelagem e fundição. A partir da década de 40', as referências à sua actividade começam a rarear, tendo cessado a mesma por essa altura. (Trancoso, 2009, pp.51-55).
Negativo fotográfico em vidro reproduzindo detalhe de peça de ourivesaria designada por "Altar da Pátria", em estilo neomanuelino, com figuração variada em composição que remete para o modelo da custódia manuelina de Belém (Museu Nacional de Arte Antiga), composta por peça em prata sobre base em pedra, da autoria do escultor cinzelador António Maria Ribeiro, executada ainda na Casa Reis & Filhos, no Porto. O "Altar da Pátria" consiste "numa interpretação da epopeia lusitana, de inspiração camoniana e estética neomanuelina, e encontra-se impregnada de simbologia patriótica e religiosa. As cruzes da Ordem de Cristo, as armas de D. Manuel e as esferas armilares que compõem as asas, não são as únicas alusões à epopeia. Na base, quatro caravelas dispõem-se estrategicamente, indicando os quatro pontos cardeais; o arranque do bojo é composto pelas figuras do Infante D. Henrique, de Vasco da Gama, de Pedro Álvares Cabral e de Luís Vaz de Camões, que se encontram de costas para cinco colunas, quatro exteriores e uma interior, representando esta última um tronco de palmeira, alusiva à flora tropical. Os mastros das caravelas têm hasteadas bandeiras que inscrevem alguns versos dos Lusíadas. Do mar agitado, na base, emergem nereidas, tritões e outras figuras mitológicas, como Vénus e Neptuno. O remate superior é composto por duas figuras esculpidas em marfim em representação dos rios Indo e Ganges e que carregam, em conjunto, uma esfera armilar. Sobrepondo-se a toda esta composição, surge, em prata e marfim, a figura da Fé, que carrega uma cruz de Cristo, e que protege a travessia das naus. O Altar assenta numa estrutura de mármore preto de Sintra que lhe dá continuidade na forma e na qual se encontra agregada uma cartela em prata com a seguinte inscrição: «Altar da Pátria - ao Gabinete Portuguez de Leitura da Colónia Portugueza no Rio de Janeiro MCMXXIII»". Peça fotografada sobre fundo neutro claro. Foi exposto no Pavilhão Português da Feira de Amostras (Exposição do Rio de Janeiro, 1922), por ocasião do Centenário da Independência do Brasil. Em 1923, a peça foi adquirida pela Colónia Portuguesa no Rio de Janeiro e oferecida ao Real Gabinete. (Fonte: http://www.realgabinete.com.br/portalweb/Biblioteca/AcervoArt%C3%ADstico/tabid/75/language/pt-PT/Default.aspx; Trancoso, 2009, pp.102-103) A Casa Reis foi fundada em 1880, no Porto, por António Alves Reis, tornando-se mais tarde na Casa Reis & Filhos, depois de os seus 2 filhos, Serafim e Manuel Reis, enveredarem pelo mesmo ofício. Trabalhava sobretudo para Portugal e Espanha. Em 1893, a Casa Reis & Filhos recebeu o título de ourives honorário da Casa Real Portuguesa. Apostou muito no profissionalismo, preparando muito bem os seus artifices e colocando profissionais muito competentes na direcção. Participou na organização dos I e II Congressos de Ourivesaria Portuguesa, em 1925 e 1926, integrando respectivamente a Comissão de Honra e a Comissão Nacional. Ao nível do tipo de produção, especializou-se em peças revivalistas, neogóticas e, sobretudo, neomanuelinas, religiosas e civis, com maior destaque para as de carácter historicista, em particular as que foram executadas por António Maria Ribeiro que, pelo menos desde 1915, já lá trabalhava, vindo a ser o seu director artístico durante muitos anos. Participou em inúmeras exposições nacionais e internacionais. Aquando da Grande Exposição Industrial Portuguesa em Lisboa, em 1932, já António Maria Ribeiro tinha as suas próprias oficinas de cinzelagem e fundição. A partir da década de 40', as referências à sua actividade começam a rarear, tendo cessado a mesma por essa altura. (Trancoso, 2009, pp.51-55).