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Contém provas fotográficas monocromáticas de 8,5x13,5 cm e 16x21 cm, não legendadas, além de recortes de jornais nacionais e internacionais, de diversos tamanhos, que documentam as viagens oficiais do presidente Craveiro Lopes, acompanhado da primeira-dama, Berta Craveiro Lopes, a Moçambique, à Federação Centro-Africana (ou Federação da Rodésia e Niassalândia) e à União Sul-Africana (ou União da África do Sul). Há também provas nos versos das folhas. O conteúdo do álbum dá ênfase à visita do casal presidencial à União Sul-Africana, não só por ser o único acontecimento provido de fotografias, como por evidenciar maior incidência no conjunto de temáticas que constam de folhas intercalares, a saber: "Visita a Moçambique" (folha 1), "Visita a Salisbúria" (folha 3), "Visita de S[sua] Ex[celênci]a o presidente da República Portuguesa a Pretória - 3-9-56 a 5-9-56" (folha 5), "Antes da visita à África do Sul - 3-9-56" (folha 6), "A president welcomed" [Chegada à África do Sul] (folha 11v), "Deposição de coroas no 'National War Memorial' e no 'Voortrekker Monument' - 3-9-56" (folha 22), "Banquete - 3-9-56" (folha 27), "Receção da colónia portuguesa na embaixada, na manhã de 4-9-56" (folha 32), "Receção na embaixada [de Portugal em Pretória], na tarde de 4-9-56 (folha 37)", "Jantar oferecido pelo primeiro-ministro [sul-africano]" (folha 45), "Visita à missão portuguesa de Brentwood Park - 5-9-56" (folha 46), "Partida [de Pretória] - 5-9-56" (folha 47) e "Ornamentações e iluminações públicas em Pretória" (folha 53). Alguns recortes contêm ilustrações fotomecânicas, muitas delas correspondentes às imagens das provas, permitindo assim recuperar legendas para estas últimas. A capa apresenta, no canto inferior direito, somente a palavra inglesa "Photographs" gravada a ouro, indiciando a aquisição comercial do álbum, por parte do ofertante do resultado já montado, que neste caso é o embaixador português em Pretória, conforme comprova um cartão-de-visita agrafado na folha 1, com a seguinte dedicatória: "Com os cumprimentos do / gen[eral] Abranches Pinto / Embaixador de Portugal / 26-10-56". Este álbum é muito similar àquele que o sucede (ver, abaixo, o elemento de informação "Unidades de descrição relacionadas"), estruturado com as mesmas temáticas e contendo as mesmas provas, variando apenas a quantidade de recortes e a cor da encadernação. Deduz-se, portanto, que um exemplar terá sido oferecido ao presidente Craveiro Lopes e o outro à primeira-dama. Encadernação em inteira de pele sintética castanha, com os bordos pespontados de fio castanho; na lombada, atilhos de seda castanha trançada.
Contém recortes de provas tipográficas de notícias, submetidas à apreciação da Comissão de Censura previamente à respetiva publicação no jornal. Cada folha apresenta, na maior parte dos casos, datação manuscrita correspondendo ao dia em que a censura foi aplicada. Apresenta ainda, na generalidade, o carimbo do Serviço de Censura da Redação do jornal O Século e o carimbo de "Visado pela Comissão de Censura". Entre os temas censurados, podem ser destacados os seguintes: - Instabilidade no setor bancário: "Confiança" (6/1) (7/1) - Comércio externo: "Vai acabar o diferencial da bandeira" (19/1) - Precárias condições de emigrantes portugueses: "A situação dos emigrantes no Brasil e em França" (8/1) (9/1) - Críticas a legislação sobre a indústria vitivinícola (24/1) (26/1) - Situações de miséria social: "Criança abandonada" (7/1) - Questões de ensino: "Os alunos da Universidade de Madrid fazem protestos, tendo os de direito, numa reunião, aprovado a greve" (8/1) "A propósito dos abonos no serviço de exames e das gratificações em dívida pelos desdobramentos" (27/1) (28/1) (29/1) - Questões laborais: "Crise de trabalho" (3/1) (6/1) "A desesperada situação das classes trabalhadoras em Aljustrel" (6/1), "No Alentejo já falta o dinheiro, pagando-se os salários dos trabalhadores com géneros" (8/1) "É desesperada a situação das classes trabalhadoras na região de Abela" (9/1) - Questões coloniais: "A crise que Angola está sofrendo" (19/1) - Situações ou potenciais situações, nacionais e internacionais, de instabilidade política, institucional, social ou outra: "Nos Estados Unidos. Explosão de bombas" (1/1) "Suicídio de um preso político em Itália" (3/1), "Em França. Uma bomba no Hotel dos Embaixadores em Paris" (5/1), "Dinamitistas em Cuba" (12/1) "Boatos" [de uma revolução contra o presidente Carmona] (22/1) [Ira popular dirigida contra os alunos do Instituto Comercial de Lisboa] (24/1) "Em Barcarena explodiu uma granada [...]" (27/1) - Promoções, nomeações e demissões, reintegrações, mudanças de ministérios, deslocações dos membros do governo e outras entidades: "Embaixador do Brasil em Lisboa" (1/1) (3/1) "Ministro da Justiça" (25/1) "Ministro das Colónias" (30/1) - Impostos: "Os fornecedores do mercado de Figueiró dos Vinhos recusam-se a pagar as taxas lançadas pela Câmara Municipal" (8/1) - Questões autárquicas: "Foi suspensa a posse da nova comissão administrativa do município de Vagos" (18/1) - Política governamental: "O conselho de ministros suspende o decreto que obrigava os jornais a inserir notas oficiosas" (9/1) - Relações diplomáticas: "Esquadra britânica vem convidar o chefe de estado a visitar a corte de Jorge V" (10/1) - Censura da imprensa: "Uma violência" [Prisão do vendedor do jornal "Diário de Coimbra"] (1/11) - Fotografias de entidades da época e outras (4/1) (7/1) (8/1) (14/1) (23/1) (25/1) (27/1) - Oposição à ditadura: "A Academia Republicana promove um banquete de confraternização no dia 31 de Janeiro [...]" (16/1) - Repressão do estado: "Polícia de informações" (3/1) Por último, refira-se a censura de notícias de crimes.
Documentação relativa à organização e constituição da família, à sua gestão patrimonial e financeira, e ainda relativamente a actividades individuais e coleccionismo, nomeadamente, certidões de registo de baptismo, casamento e óbito; declarações de autorização para matrimónio; declarações de justificação de idade; notas, rascunhos e apontamentos biográficos; notas, rascunhos e apontamentos genealógicos; autos e mandados de posse; cartas precatórias, citatórias e executórias; certidões de acórdãos de indemnização; certidões de autos de vistoria; certidões de autos e sentenças cíveis; certidões de confirmação de disposições testamentárias; certidões de escrituras de acréscimo de bens vinculados; certidões de escrituras de cedência; certidões de escrituras de emprazamento; certidões de escrituras de fiança de bens; certidões de escrituras de instituição de vínculo; certidões de escrituras de obrigação; certidões de escrituras de sub-rogação de bens vinculados; certidões de missas; certidões de notificações; certidões de privilégios; certidões de reconhecimento de foreiros; certidões de registo predial; certidões relativas a inventários; contratos de arrendamento; declarações de compromisso; declarações de desistência; declarações de obrigação; declarações relativas a sociedades; editais; licenças de obras; licenças relativas à capela; louvações de prazos e foros; mandados de penhora; notas, rascunhos e apontamentos; procurações; registo de títulos vinculados; requerimentos; róis e inventários de bens; termos de fiança; vedorias de propriedades; declarações de doação; declarações de partilhas; declarações de permuta; declarações de venda; certidões de autos e sentenças de arrematação; certidões de escrituras antenupciais; certidões de escrituras de compra e venda; certidões de escrituras de doação; certidões de escrituras de dote; certidões de escrituras de partilhas; certidões de escrituras de permuta; certidões de escrituras de transacção e amigável composição; certidões de escrituras de trespasse; licenças para transacção de propriedades; testamentos; contas; facturas e recibos; quitações de missas; registo de receitas e despesas; requerimentos; autos e mandados de penhora; certidões de escrituras de empréstimo; declarações de dívida; declarações de quitação de dívidas; facturas e recibos de pagamento de dívidas; facturas e recibos de pagamento de juros; requerimentos; termos de fiança; certidões de pagamento de décima; certidões de rendimento colectável; certidões de teor de lançamento da décima; declarações de isenção de pagamento de impostos; declarações relativas à contribuição predial urbana; facturas e recibos de pagamento de contribuições; facturas e recibos de pagamento de sisas; certidões de bom comportamento; certidões de registo criminal; certificados de habilitações; documentos de produção literária; notas, rascunhos e apontamentos; procurações; cartas de demissão; cartas de mercê; cartas-patente; certidões de escrituras de tença; certidões de mérito; certidões de registo de privilégios; certidões de tempo de serviço; convites; diplomas de nomeação; documentos relativos a actividades profissionais; licenças militares; processos relativos a promoções; provisões régias; requerimentos; cartões de apresentação; correspondência recebida; rascunhos de correspondência expedida; fotografias; panfletos e jornais.
No âmbito do projeto que visava a preparação do relatório “A Extinção dos Grémios da Lavoura e Suas Federações", foram recolhidos dados e documentos relativos às federações de grémios da lavoura e ao seu processo de extinção, tendo sido elaborados “dossiers” para cada uma delas: Pasta 1: Federação dos grémios da lavoura do Nordeste Transmontano; Pasta 2: Federação dos grémios da lavoura de Vila Real e Alto Douro; Pasta 3: Federação dos grémios da lavoura da Beira Alta (que formava inicialmente com a província da Beira Baixa uma só federação, estando nesta pasta os documentos de interesse comum relativos ao período em que estiveram unidas); Pasta 4: Federação dos grémios da lavoura do Entre Douro e Minho; Pasta 5: Federação dos grémios da lavoura da Beira Litoral; Pasta 6: Federação dos grémios da lavoura da Estremadura; Pasta 7: Federação dos grémios da lavoura do Ribatejo; Pasta 8: Federação dos grémios da lavoura da Beira Baixa; Pasta 9: Federação dos grémios da lavoura do distrito de Portalegre; Pasta 10: Federação dos grémios da lavoura do distrito de Évora; Pasta 11: Federação dos grémios da lavoura do Baixo Alentejo; Pasta 12: Federação dos grémios da lavoura do Algarve. Cada pasta resulta, assim, das recolhas realizadas sobretudo através das visitas feitas às ex-federações, com consultas documentais no local e entrevistas aos membros das respetivas comissões liquidatárias, comissões de gestão e/ou a elementos representativos de novas associações de agricultores. Contêm diversos apontamentos manuscritos, a maioria de Manuel de Lucena, e podem incluir ainda: mapas; documentos (originais ou fotocópias) dos ex-grémios (como relatórios da gerência e relatórios de contas), das comissões liquidatárias ou das comissões de gestão das ex-federações (como atas de reuniões ou ofícios); ofícios e/ou circulares do Ministério da Agricultura e Pescas e/ou de outros Ministérios; documentos relacionados com cooperativas novas ou já existentes (exemplo dos estatutos da federação regional das cooperativas agro-silvícolas da Beira Alta ou da descrição do complexo agroindustrial do Cachão, entre outros); extratos de jornais; fotocópias de alguns diplomas legais.
Henrique Mitchell de Paiva Cabral Couceiro nasceu em São Mamede, freguesia da cidade de Lisboa, a 30 de Dezembro de 1861, filho do general José Joaquim de Paiva Cabral Couceiro e de Dona Helena Isabel Teresa Armstrong Mitchell. Casou a 21 de Novembro de 1896, em Lisboa, com Dona Júlia Maria do Carmo de Noronha (1873 a 1941), filha primogénita e herdeira de Dom Miguel Aleixo António do Carmo de Noronha (1850-1932), 3.º Conde de Paraty, e de sua mulher Dona Isabel de Sousa Mourão e Vasconcelos (1849 a 1936). Foi seu padrinho de casamento o rei Dom Carlos I. Assentou praça como militar no Regimento de Cavalaria Lanceiros do Rei a 14 de Janeiro de 1879. Teve sucesso na sua acção em Humpata, Angola (1889), na campanha militar de Angola (1889-1891), na campanha de Melilla, no Marrocos espanhol (1893) e nos combates de Marracuene e Magul, Moçambique (1895), tendo a sua coragem sido enaltecida. Foi formado com o Curso de Artilharia da Escola do Exército (1881-1884); alferes (1881); foi promovido a segundo-tenente de Artilharia a 9 de Janeiro de 1884 e colocado no regimento de Artilharia n.º 1 em Campolide; serviu também nos regimentos de Artilharia n.º 3 em Santarém e nas Baterias a Cavalo de Queluz; passou a primeiro-tenente em 1889; comandante de Cavalaria da Humpata, Angola (1889-1891); cavaleiro da Ordem de Torre e Espada (1890); oficial da Ordem de Torre e Espada (1891); Medalha de Prata para distinção ao mérito, filantropia e generosidade (1892); condecorado com a Cruz de 1.ª Classe do Mérito Militar de Espanha (1893); ajudante do comando do Grupo de Baterias de Artilharia a Cavalo (1894); ajudante-de-campo do conselheiro António Eanes, Comissário Régio de Moçambique (1894-1895); foi promovido a capitão de Artilharia e tornado cavaleiro da Ordem Militar de São Bento de Avis em 1895. Em Magul foi infante Santo de Valverde. Distinguiu-se como cavaleiro e como artilheiro. Foi ajudante-de-campo honorário do Rei Dom Carlos (1895); proclamado «benemérito da Pátria» (1896); comendador da Ordem de Torre e Espada (1896); conselheiro do Conselho de Sua Majestade; condecorado com a Medalha Militar de Ouro do Valor Militar (1896); condecorado com a Medalha Militar de Prata de Comportamento Exemplar; condecorado com a Medalha de Prata da Rainha Dona Amélia (1896); deputado da Nação (1906-1907); vogal da Comissão Parlamentar do Ultramar (1906); vogal da Comissão Parlamentar de Administração Pública (1906-1907); vogal da Comissão Parlamentar da Guerra (1906-1907); Governador-Geral de Angola entre 1907 e 1909 (indicado pelo rei Dom Carlos I; demitido do Exército (1911); comandante das Incursões Monárquicas de 1911 e 1912; Presidente da Junta Governativa do Reino, na Monarquia do Norte (1919); foi escritor. Esteve exilado em Espanha algumas vezes, a maioria do tempo na Galiza. Os exílios primeiro estiveram relacionados com a defesa da restauração do regime monárquico, e após o falecimento de D. Manuel II (1932), com a sua opinião quanto aos assuntos relacionados com as colónias portuguesas. Faleceu a 11 de Fevereiro de 1944.
A documentação compreende os originais de correspondência recebida, cartas, ofícios, cartões, telegramas, mapas de receita e despesa da Companhia dos Tabacos, apontamentos e cópias da correspondência expedida. A documentação é enviada de Águeda, Braga, Caldas da Rainha, Évian-les-Bans, Évora, Granja, Gondomar, Ladoeiro, Lagoaça, Lisboa, Londres, Nova Iorque, Paris, Penamacor, Porto, Queluz, São Miguel de Arcozelo, Régua, Setúbal, Sintra, Valbom, Vernet-les-Bains. A correspondência é remetida, entre outros, pelo visconde de Negrelos; A. J. Simões de Almeida da firma “Sousa Lara & Companhia”; Jean Frédéric André Poupart, barão de Neuflize, banqueiro, regente do Banco de França, oficial da Legião de Honra, presidente do conselho de administração da «Compagnie d'Assurances Genérales contre l'Incendie»; Durangel; Ernesto Rodolfo Hintze Ribeiro, presidente do Conselho de Ministros; Associação de Classe dos Manipuladores de Tabacos de Lisboa; Álvaro Possolo, Companhia da Nacional e Nova Fábrica de Vidros da Marinha Grande; Sociedade Portuense dos Agentes de Venda da Companhia dos Tabacos de Portugal; Francisco da Silveira, vice-presidente da Companhia dos Tabacos de Portugal e Luís Augusto Perestrelo de Vasconcelos, Diretor-Geral da tesouraria do Ministério da Fazenda. Contém correspondência maioritariamente referente a pedidos de emprego da Companhia dos Tabacos e da Companhia do Cazengo do Banco Ultramarino, em África, questões financeiras com o Banco de Paris, negociações com o Comité Central de Paris, questões laborais na Associação de Classe dos Manipuladores de Tabacos de Lisboa, documentos referentes à fiscalização da Companhia dos Tabacos, questões relacionadas com os revendedores de tabaco e suprimento do mesmo. Inclui: Recortes dos jornais “Diário de notícias” com notícias de contrabando de tabaco, do “Novidades” e do “Correio da Noite”; “Cópia do requerimento dirigido ao governo em 29 de dezembro de 1887, pelos representantes da Companhia da Nova Fábrica de Tabacos por conta dos vendedores e da Companhia Lusitana de Tabacos”; Cartas e telegramas cifrados, com a respetiva decifração; Uma carta de Alberto Maria de Moura Coutinho d'Almeida d'Eça, datada de Lisboa, 15 de setembro de 1900, pedindo emprego na Companhia dos Tabacos de Portugal, na qual o requerente menciona possuir como habilitação literária, entre outras, a "Cadeira de Diplomática e Paleografia", do Arquivo Nacional da Torre do Tombo.
Documentação referente ao Arquivo das Congregações. Trata-se de uma pasta com cópias e alguns originais da correspondência recebida e expedida pelo Arquivo das Congregações de diversos organismos e pessoas. Entre os correspondentes e os assuntos abordados encontram-se a Congregação das Missões do Espírito Santo, em Angola, Seminário das Missões, Misericórdia e Asilo de Infância Desvalida de Castelo Branco, Colégios jesuíticos em Portugal e no estrangeiro, Convento da Formiga (Congregação do Espírito Santo, Porto), Irmãs Hospitaleiras (vulgo Trinas), Instituto das Missões Coloniais de Sernancelhe do Bomjardim, Irmãs Auxiliares de São José de Cluny, Missões em Agola e Moçambique, Colégio de Santo António de Tuy, Escola de Reforma em São Fiel, Colégio da Gandarinha, Convento Corpus Christi (Vila Nova de Gaia), entre outras, assim como jornais ("A Época", o "Diário de Lisboa", "O Século", etc.), Arquivo da Torre do Tombo, Comissão Central das Leis da Separação, Comissão Jurisdicional dos Bens das Extintas Congregações, Governos Civis, Inspecção das Bibliotecas e Arquivos, Inspecção dos Cultos e das Congregações Religiosas, o Mosteiro do Lorvão, Ministério da Agricultura, Ministério da Justiça e dos Cultos, Ministério da Justiça, Ministério das Finanças, Ministério do Trabalho, Ministério dos Negócios Estrangeiros, Misericórdia de São Pedro do Sul, Repartição de Finanças do distrito de Coimbra, Repartição dos Arquivos e Bibliotecas Nacionais. Inclui diversas listas entre as quais: -"As Casas da Congregação e suas respectivas obras". Apresenta a data de abertura e fecho de cada casa da Congregação das Irmãs Hospitaleiras dos Pobres pelo Amor de Deus. - "Lista das casas onde residem e ensinam congraganistas na cidade de Lisboa". - "Questionário para um inquérito anti-reacionário e anti-congreganista" - "Congreganistas residentes em Lisboa e seus arredores, e Colégio sobre cujo pessoal se duvida se é congreganista" - "Religiosos franciscanos que actualmente residem em território da República Portuguesa" - "Lista de congreganistas e criadas pertencentes à congregação das Irmãs Doroteias, que residem em Tuy, calle Ordoñez, n.º 23, onde tem o denominado 'Colégio da Sagrada Família'". - "Relação de documentos, livros e papéis entregues ao Arquivo das Congregações pela Comissão Jurisdicional dos Bens das Extintas Congregações Religiosas em 12 de Junho de 1924". - "Missões do Grupo B da colónia de Angola, subsidiadas pelo Estado e organisadas nos termos do decreto n.º 6.322" Compreende ainda os seguintes documentos: - "L'archive des Congregations Religieuses au Portugal: son influence dans les relations internationales, son rôle historique et artistique dans la Federation Internationale de la Libre Pensée. Thése présenté au Congrés Moniste de Magdebourg tenu le Octobre 1922. Rapporteur Maria Arade" - "Bosquejo biográfico frei Agostinho da Anunciação" Inclui duplicados e triplicados de requisições de material e de despesa com água e limpeza das instalações.
Contém a seguinte documentação: Cópias da exposição da comissão delegada dos portadores portugueses de obrigações da Companhia dos Caminhos de Ferro através de África (linha de Luanda a Ambaca) ao Ministro das Colónias, 1930; Cópias de ofícios enviados às seguintes companhias: Companhia do Dombe Grande, Companhia de Moçambique, Companhia de Navegation Sud Atlantique Marseille e Companhia do Luabo; Correspondência da Companhia de Caminhos de Ferro da Zambézia para o Diretor-Geral das Colónias; Relatório sobre o Caminho de Ferro, através de África e relatório da comissão de estudos da questão Ambaca, assinada por José de Almeida, sobre os Trustes; Actas da Assembleia Geral dos portadores de obrigações da Companhia de Ambaca; Recortes de jornais sobre a Companhia de Ambaca; Jornal “Correio da Noite” com notícias sobre Companhia dos Caminhos de Ferro através de África, de 22 de setembro de 1924; Notas sobre as obrigações da Companhia Real dos Caminhos de Ferro através de África (Ambaca), pertencentes ao Visconde de Marco, presidente da Assembleia Geral da Companhia; Correspondência da Trans-African Railway para Carlos Alberto Soares Cardoso, visconde de Marco, sobre entrega de títulos e um mapa de balanço, de 6 de abril 1897); Correspondência enviada pelo Banco Burnay e pelo Banco Espanhol em Paris para o Visconde de Marco; Notas sobre dívidas e empréstimos contraídos pelo Estado Português à Companhia de Caminhos de Ferro através de África; Recibos de depósitos do Banco Burnay na conta do Visconde de Marco e recibos relativos ao seu saldo bancário; Correspondência recebida da Sociedade de Estudos sobre os Caminhos de Ferro de Canigou sobre a aprovação de contas e gestão do Comité e informação acerca dos trabalhos da empresa; Informação sobre a linha do Minho e Douro; Relatório dos Caminhos de Ferro do Minho e Douro e do Sul e Sudeste; Proposta de Henry Burnay e C.ª ao Governo Português para promover a cotação oficial das obrigações dos Caminhos de Ferro do Minho e Douro; Caderno de encargos de uma empreitada geral efetuada ao Caminho de Ferro do Douro; Ofícios recebidos da “Empresa da 11.ª secção dos Caminhos de Ferro do Douro” acerca do acordo verbal para a construção do ramal de Boadilla e Barca d’Alva, entre outros assuntos. Contém ainda folha da revista Ilustração Portuguesa, março de 1909, com a notícia do funeral do Conde de Burnay.
Contém cartas de Augusto Soares de Sousa Batista dirigidas ao Dr. Salazar a informá-lo sobre vários jornalistas e jornais do Brasil, quem apoia, ou não, o regime de Salazar. Diz Augusto Batista: no Brasil "os cargos públicos são geralmente tomados pelos filhos de sírios, judeus e italianos. Os filhos dos portugueses irão em último lugar", entre outros. Também menciona a Salazar, que Rui Jorge de Faria, de Lisboa possui um manuscrito em pergaminho do séc. XIV em idioma português, existindo no Brasil um microfilme. Os filólogos brasileiros "acreditam que se trata do primeiro documento em língua portuguesa, anterior aos de D. Diniz". Os brasileiros querem adquiri-lo, mas Augusto Batista reforça a idéia de que tal documento deve ser comprado, e não sair de Portugal. Integra o jornal "Diário de Notícias" com o artigo "A visão de Salazar sobre o atual momento / Na ordem interna e na ordem internacional - conforme a entrevista concedida a "O Seculo" - transcrito do "Diário da Manhã", cujo artigo é da autoria de Leitão de Barros (1 f.). Nesta entrevista Salazar proíbe o jornalista de tirar apontamentos. Diz: "E instalado, rapo, então, com toda a dignidade da caneta, como quem verga o florete em guarda, para o grande assalto..." Mas a caneta fica no ar... - Não meu caro Sr.: Tenho muita pena, mas não respondo de forma alguma a um interrogatório.. Vou falar-lhe... Conversaremos algumas horas, até vários dias, se quiser, mas nada de apontamentozinhos, de sebenta... ouça! Apenas procure fixar o espírito do que ouviu, redija como entender, seja quanto possível, fiel... E mais nada! (...) Os grandes maestros regem sem partitura... eu o ajudarei no que puder." Inclui a lista de "Delegados do Brasil", a saber: - Albino Sousa Cruz (Presidente do Gabinete Português de Leitura); - José Rainho da Silva Carneiro (Presidente do Liceu Literário Português); - Augusto Soares de Sousa Batista (da Federação das associações portuguesas do Brasil); - Guilherme Perestrelo d'Orey (do Conselho da Colónia); - José António de Azevedo (da Obra de Assistência aos portugueses Desamparados); - Domingos Cândido da Silveira (Presidente do centro Português (...); - Boaventura Barreiros (da Casa de Portugal - São Paulo), entre outros. Integra a lista dos "Emissários do Ultramar", a saber: - Timor, Macau, Goa, Angola e Moçambique, São Tomé, Cabo Verde, Guiné, bem como os régulos de Teixeira Pinto e Bofota.
Contém cartas, postais, jornais, telegramas, de Francisco Veloso, advogado, residente em Lourenço Marques; D. Manuel, Cardeal, para o Dr. Salazar (tratamento familiar, apenas "António" e "Manuel"); Suor Chiara, serva di Gesù Crocifisso, Génova (17 de janeiro de 1943), entre outros. Integra a carta do Patriarca para o Dr. Salazar a enviar-lhe um trecho de uma carta da Irmã Lúcia (vidente de Fátima), datada de Tuy, 7 de novembro de 1945: "... o Salazar é a pessoa por Ele (Deus) escolhida para continuar a governar a nossa Pátria (...) E na verdade bem pouco nos pediu, se olharmos para as tribulações e angústias dos outros povos. Depois é preciso dizer a Salazar que os víveres necessários ao sustento do povo não devem continuar a apodrecer nos celeiros, mas serem-lhe distribuídos". Reúne brochuras de D. Manuel Gonçalves Cerejeira, sendo que uma intitulada "Alocução em Fátima na Peregrinação dos Municípios Portugueses", datada de 23 de julho de 1967, aborda o tema da missão que tem Portugal mediante a vontade de Deus, transmitida à vidente de Fátima por Nossa Senhora. De acordo com a carta do falecido Bispo de Leiria, D. José A. Correia da Silva, em 24 de outubro de 1939, a missão de Portugal é "orar e reparar por si e pelas outras nações". O Cardeal Cerejeira alude a excertos da carta da vidente Lúcia, neste caso, sobre a guerra "eminente" cujo "principal castigo será para as nações que queriam destruir o reino de Deus nas almas (...)”. Remata,“ A profecia realizou-se à letra. Na carta original, de que ignoro o destino mas que tive na minha mão, esclarecia-se que a proteção prestada a Portugal durante a guerra era devida 'em atenção à Consagração ao Coração Imaculado de Maria feita pelo Episcopado português'." Em 1917, no fim da carta, a Irmã Lúcia pediu ao Papa que se dignasse "fazer a consagração do Mundo ao Imaculado Coração de Maria com menção especial pela Rússia, prometendo Nosso Senhor 'abreviar os dias de tribulação com que tem determinado punir as nações dos seus crimes (...)". Na sua homilia, o Cardeal explica o "Conteúdo universal e ecuménico de Fátima”: "A mensagem de Fátima foi comunicada a três crianças inocentes (...)”, dirigida a gente simples (...). As "Aparições de Fátima estão ligadas à questão do conflito entre as forças do bem e as do mal".
Contém cartas do Ministro da Saúde e Assistência dirigidas ao Dr. Salazar. Apresenta uma carta de 28 de junho de 1965 referindo o Plano Nacional de Vacinação (nascimento em duas fases) e o Ministro das Finanças. Tem em anexo apontamentos sobre as despeses da Direção Geral de Saúde com as vacinas, a obrigatoriedade das vacinas anti-diftérica e anti-tetânica, e a colaboração da Fundação Gulbenkian (f. 142 a 146) Compreende um cartão de visita acompanhado pelo discurso do Ministro da Saúde e Assistência na conferência de Imprensa realizada no S.N.I. a 4 de outubro de 1965, na qual foram anunciados os programas de vacinação e de educação sanitária. Foi para publicação nos jornais da tarde de 4 de outubro e da manhã do dia 5 (f. 156-174). Integra o "Relatório da Epidemia de Salmonelose por Typhi Murium em recém-nascidos na Maternidade Magalhães Coutinho", elaborado por Fernando de Melo Caeiro, em abril de 1966. No relatório são descritas "as deficientes condições de funcionamento da Maternidade (...)". Não há berços suficientes, as roupas das camas das mães não é mudada diariamente, as crianças não mudam de roupa devido à falta de pessoal. O termoacumulador que assegura o fornecimento de água quente tem constantes avarias, tendo a sala de banhos das crianças estado sem água quente durante meses. A penúria dos enxovais assenta em um conjunto de 4 peças: uma camisa, um cueiro, uma blusa e uma fralda que chega a ser usada durante 24 horas. Também há escassez de utensílios de cozinha, seringas (uma utilizada em vários doentes). Refere ainda, o autor do Relatório: "O modo como a roupa da Maternidade é transportada, impressiona. Vinda da Lavandaria atada num lençol é jogada no solo e arrastada pelo chão (por vezes protegida com sarapilheira) depois de transportada na mesma camioneta que procedeu ao transporte da roupa suja que esteve aguardando a sua recolha, a céu aberto à mercê do mosquedo, numa dependência de aspeto nojento (...)". Relativamente à epidemia ocorrida nesta maternidade, menciona-se o número de recém-nascidos que faleceram, entre outros. Procederam-se a análises, quer nas pacientes e filhos, quer no pessoal que trabalha na Maternidade - que cuida dos bébés (a médica pediátrica Dr.ª Maria Helena S. Candeias não contraiu a doença, acusou negativo), a enfermeira Maria Ascensão Nunes Oliveira, acusou positivo, entre outros. Reúne os relatórios do resultado das análises com os seguintes elementos: Nome, Data da Colheita e Resultado: - I - Pessoal que cuida dos recém nascidos. - II - Outro Pessoal. - III - Mulheres e filhos (f. 239-273) Inclui uma fotografia da enfermaria de um Hospital, com 38 doentes a mais, da lotação (adultos e crianças), em 20 de janeiro de 1964 (f. 414).
Contém a carta da Chefe de Orquestra (maestrina) Natércia Madalena Bela de Almeida Couto, 1.º Prémio do Conservatório Nacional de Paris, Diplomada pela Academia Chigiana (Siena-Itália) e Diplomada pela Faculdade de Filosofia e Letras de Madrid, dirigida ao Dr. Salazar, a solicitar uma audiência. Inclui o relatório do agente Manuel Gomes com informações sobre Natércia Couto. Nasceu a 17 de fevereiro de 1924, na freguesia do Lavradio, concelho do Barreiro e reside no Bairro Económico de Belém com seu pai, irmão (músicos) e madrasta. "Pertence a uma família de gente modesta e de bem, como ela, que é de uma seriedade e bondade em absoluto. É apologista do atual Regime. Em carta de 1953, Natércia Couto refere a sua veia de escritora, publicou livros, tendo outro no prelo "Sonhos de Fidalguia" dedicado a Nossa Senhora, o prefácio da sua lavra diz: "Um Portugal perfeito só podia sê-lo, tendo uma Rainha: Fátima. Presente de Deus à Pátria-Mãe, iniciou na nossa terra a Monarquia mais sublime: a do caminho do Espírito a par do caminho do [génio]. É seu trono uma azinheira. A coroa é feita com o ouro do amor dos homens de boa fé. Impôs Portugal como altar do Mundo. Reina como só Ela sabe reinar. E isso basta, a nós, que somos Portugal, para gritarmos ao Mundo inteiro, que Fátima e Maria, são Ambas Portuguesas". Por conseguinte, põe-se à disposição a fim de ser realizado um concerto em Portugal - o primeiro -, pois a sua carreira tem-se desenrolado no estrangeiro. A autora informa o Dr. Salazar que regeu a Orquestra Filarmónica Portuguesa, no Cinema Império. Tratou-se de um concerto benéfico para o Hospital de Cascais, "sob o alto Patrocínio das Ilustríssimas e Excelentíssimas Senhoras: Duquesa de Palmela, Marquesa de Tancos, Condessa de Monte Real, D. Carolina Mantero, D. Isabel Espírito Santo Silva, D. Irene das Dores Penim Vilar Gomes, D. Maria do Carmo Tarujo Formigal, D. Maria da Luz de Melo e Faro Passanha, D. Maria Teresa Moser Mantero e D. Vera Espírito Santo Ricciardi". Do programa musical constam os compositores: Weber, Borodin, Maurice Sandoz e Wagner. Contempla a biografia de Natércia Couto, bem como diversos programas relativos a espetáculos, fazendo parte o "Fado" de Burnay-Blanc, a "Dança Portuguesa - da suite n.º 1", de Ruy Coelho, entre outros nomes do panorama musical nacional. Reúne recortes de jornais, entre outros.
Contém cartas do Conde (Jorge) Stucky de Quay, consultor económico, residente no Estoril, dirigidas ao Dr. Salazar. Refere "como a Lei sobre os fatos de banho não foi revista, terei de passar as minhas férias em Biarritz, onde toda a gente pode tomar banho sem o cabo de mar às costas". O Conde aborda todo o tipo de assuntos, em uma das cartas propõe a Salazar a redução "do horário dos funcionários públicos”: “aos sábados deviam trabalhar só até às 13h e usufruírem a tarde”. Cita o conselho do seu pai: “Nesta vida, para vencer são precisas três coisas, irradiar simpatia, ter ideias novas e ter bom senso”. Acrescenta, "o seu drama é estar só". Obrigado a viajar pelas estradas nacionais, na qualidade de Presidente do Conselho de Administração de uma mina de volfrâmio (Minas de Cerva), verifica o péssimo estado em que se encontram as estradas. Segundo o Presidente da Junta Autónoma das Estradas não há verba. Face ao exposto, sugere ao Dr. Salazar o seguinte: o Banco de Portugal possui 4 a 5 biliões de “stock” de oiro. Para que serve todo esse oiro? Vende-se oiro e procede-se à reconstrução de estradas. O autor reafirma “O drama seu [Salazar] é estar rodeado de incapazes em muitos setores, e sinto que muitas vezes V. Ex.ª, se encontra sozinho...”. Reúne cartas do Conde para o Dr. Francisco Maia de Loureiro, Secretário Provincial do Fomento de Angola relativamente a finanças, economia, comércio, política. Também sobre assuntos da sua vida privada (a expulsão do seu genro Alberto Coronel do Clube de Ténis do Estoril, resultado da denúncia de 300 camisas “Lacoste”). Inclui cartões postais - da Suíça, Cordoba, Cote D'Azur – Cannes; um cartão de votos de Bom Ano enviado pelo "Crédit Suisse", um dos moinhos da Holanda, outro da "Carrera de Caballos (Granja de San Ildefonso - Segovia"), entre outros. Contempla duas fotografias de noivos (José Stucky). Integra três fotografias da "Regata às Berlengas para disputa do troféu Salazar" (n.ºS 603-605). Inclui um exemplar do Relatório do "Crédit Suisse" do ano de 1961; outro de "La Croix de Sinople organe de l'Ordre Militaire et Hospitalier de Saint-Lazare de Jerusalem, june 1962"; o Boletim da "União de Grémios de Lojistas de Lisboa". Reúne jornais e recortes, entre outros.
A família Costa Cabral era oriunda de Algodres (Beira Alta). Dois membros desta família, António Bernardo da Costa Cabral e José Bernardo da Costa Cabral, filhos do conselheiro António Bernardo da Silva Cabral, foram destacados políticos do século XIX. António Bernardo da Costa Cabral (1803-1889), licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, dedicou-se à causa liberal o que o obrigou a exilar-se no estrangeiro, só tendo regressado a Portugal após o triunfo de D. Pedro IV. Em 1833 foi em missão oficial aos Açores, onde esteve três anos. Aderiu à revolução de Setembro, teve papel activo na Belenzada e na Revolta dos Marechais, e após a entrada em vigor da Constituição de 1838, foi ministro da Justiça. Em 1842 encabeçou a revolução Cartista no Porto e proclamou a Carta Constitucional abolida em 1836. Foi ministro do Reino do novo governo até 1846, data em que teve de se exilar devido à Revolução da Maria da Fonte. Foi uma figura de primordial importância na sua época e a ele se devem, entre outras medidas, a publicação do novo Código Administrativo, a reorganização da Guarda Nacional, a reforma das câmaras municipais, a reforma dos estudos liceais, a abertura de estradas, a construção do Teatro de D. Maria II. De regresso ao país foi presidente do Conselho (1849) de onde saiu pela revolta do Marechal Saldanha, em 1851. A partir da Regeneração dedicou-se à diplomacia tendo sido ministro no Brasil e embaixador na Santa Sé. Foi grão mestre da Maçonaria (desde 1841), em 1845 foi-lhe concedido o título de Conde, e em 1878 foi feito marquês de Tomar. José Bernardo da Costa Cabral (1801-1869) licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, irmão de António Bernardo da Costa Cabral foi seu activo colaborador e um dos chefes do cartismo nortenho. Exerceu os cargos de juiz do Supremo Tribunal de Justiça, de governador civil no Porto e em Lisboa; substituiu, interinamente, António Bernardo nas pastas da Justiça e do Reino. A revolução da Maria da Fonte obrigou-o ao exílio, tendo regressado em 1847. O 2º Conde de Tomar, António Bernardo da Costa Cabral (1835-1905), filho de António Bernardo da Costa Cabral, casou com D. Sofia Adelaide Dias e Sousa, filha de Bartolomeu dos Mártires Dias e Sousa, fidalgo da Casa Real, grã cruz da Ordem de S. Gregório Magno, da Santa Sé, e comendador das de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, de Santiago e de Carlos III, de Espanha.
Inclui a cópia de "Le modèle de la Société Dualiste dans les Sciences Humaines" por Michel de Coster; o artigo de FERREIRA, Alberto - "Sobre a aplicação do modelo dualista à sociedade portuguesa moderna e contemporânea". p. 20-23; o "Extrato do relatório de Circunscrição Administrativa do Chitato, respeitante ao ano de 1949, elaborado pelo Administrador" o qual refere as "Mulheres de trabalhadores contratados", e [...] as regalias que se concedem [...]; apontamentos sobre o "feitiço"; documentos sobre "Aspetos sociais mais relevantes das comunidades rurais" (Dundo, 26 de novembro de 1970); carta (Lunda, 27 de novembro de 1970), escrita em papel timbrado do Instituto de Investigação Científica de Angola; as "II Jornadas sociais: Conclusões lidas na sessão de encerramento"; LIMA, Mesquitela - "La terminologie de la parenté chez les Tshokwé: extrait de L' Ethnographie: Revue de la Société d' Ethnographie de Paris, année 1966". Paris: Librairie Orientaliste Paul Geuthner; "Subsídios para uma Classificação dos Agrupamentos Humanos de Angola" por José de Sousa Bettencourt, Boletim do Instituto de Investigação Científica de Angola (p. 219-245); "III - ação social" (p. 7-11), refere DIAMANG. Encontra-se arquivado nesta pasta a sebenta "Angola: Tradição e Modernismo: curso realizado de 22 a 26 de maio de 1973" por Mesquitela Lima (Assistente do I.I.C.A.), em Luanda, na Faculdade de Economia. Inclui: "Folclore Muxiluanda: Quinta Rosalinda. Organização da Agência Kizomba"; "III Conferência de Mesa Redonda: Para uma estratégia integrada do desenvolvimento de Moçambique" pelo Dr. Parcídio Costa (A.I.M.), Boletim da A.I.A., n.º 87; "III Conferência de Mesa Redonda: Elementos para uma estratégia de desenvolvimento industrial diferenciada em relação à metrópole e ao Ultramar" relator Dr. Rui Santos Martins; uma prova fotográfica de duas imagens 961 e 962 com o carimbo "Expedição Portuguesa ao Muatiânvua. África" e respetiva identificação assinada por Henrique de Carvalho; imagem de escultura; apontamento manuscrito (Quissacala, 21 agosto de 1967); as seguintes publicações "Lunda: terras e gentes de Angola/7.º caderno/rigoroso exclusivo", "Atualidade económica" n.º 211. (Luanda, 25 setembro 1969); excerto da carta de Henrique de Carvalho dirigida ao conselheiro António Ennes em 9 de junho de [18]94 (quatro cópias); recortes dos jornais "O Comércio" (30 e 31 de ago. 1971, de 1 e 2 de set. 1971); jornal "Tribuna dos Musseques" n.º 186. (24 dez. 1970); "Revista de Angola: quinzenário ilustrado" n.º 229. (15 dez. 1970), que publica a comunicação feita ao país pelo Presidente do Conselho sobre o novo Estatuto das Províncias Ultramarinas. Apontamento sobre "Eletrificação; "Saber para viver" sobre educação; o ensino do catecismo em Quioco pela Missão Católica Masculina de Saurimo (27 de outubro e 5 de maio de 1970).
Âmbito: Este arquivo apresenta imagens resultantes do trabalho fotográfico elaborado por Francisca Rigaud, nas suas viagens por Portugal, Europa e pelo resto do mundo, entre 1999 e 2004, enquanto fotógrafa profissional. Conteúdo: Imagens que representam Portugal (Lisboa, Guimarães, Estoril, Fundão, Castelo Novo, Porto, Póvoa da Atalaia, Janeiro de Cima, Fatela, Alcaide, Braga, Póvoa de Lanhoso, Cabo Espichel, Cabo da Roca, Alter-do-Chão, Açores, Faro, Madeira e Porto Santo), Europa (Malta, Irlanda, Áustria (Salzburgo, Viena, Hellbrunn, Steinbach, Steyr, Christkindl, Oberndorf, Badischl, Katrinalm, Hallstatt, Innsbruck, Heiligenstadt, Gumpoldskirchen, Baden, Götweig, Dürrnstein, Unterloiben, Wachau, Krems and Stein, Spitz an der Donau, Melk, Graz), Finlândia (Helsínquia, Lapónia, região dos Lagos, Hämeenlinna, Turku, Tampere, Levi, Hetta, Suomenlinna, Parvoo, Savonlinna, Kvopio, Jyväskylä, Tanko, Kemi, Rovaniemi), Estónia (Tallinn), Itália (Turim), Espanha (Marmenor, La Manga, Cartagena, Múrcia, Solsona, Granada, Alhambra, Salobreña, Almuñecar, Serra Nevada), França (Nice, Buissan, Cadouin, Périgard, Castelnaud, Limevil, Belvès, Beaumont, Monsac, Monpazier, Sacat), Escócia (Edimburgo, Glasgow, Stirling), Bélgica (Bruxelas), e vários outros países (Quénia, Uganda, Angola, Brasil (Maceió, Barra de S. Miguel, Praia do Gunga, Praia do Mirante da Sereia, Penedo, Maragogi, Porto de Galinhas, Cabo de Santo Agostinho, São Luís do Maranhão, Lençóis Maranhenses, Recife, Olinda, Alcântara, Nata), as Ilhas Seychelles (Matté, Paslin, La Dingue), a Arábia Saudita, Marrocos (Ouarzazate, Tifoultoute, Zagora, Tamegroute, Erfoud, Merzouga, Vale do Dadés, Tinerhir, Fez, Moulay Idriss, Meknès, Algeciras, Ceuta, Ifrane, Mischliffen, Tinfou, Marrakech, Imilchil, Benhaddou, Atlas, Agadir, Tifnite) os Estados Unidos da América (Alaska, Dawson City, Whitehouse, Newport, São Francisco, Redwoods, Santa Bárbara), as Caraíbas (Haiti, México, Jamaica e Gran Cayman), o Canadá (Vancouver, Chemainus, Victoria), a Malásia, a Tunísia (Tunis, Sidi Bou Saide, Djerba, Matmata), as Ilhas Maurícias, Moçambique (Maputo, Pemba, Inhambane, Benguerra, Bazaruto) e Índia (Nova Deli, Agra, Ahmedabad, Gurajat, Adalaj, Modhera) e o Egipto (Luxor, Cairo, Hurghade). Tem também pastas com os recortes das reportagens fotográficas e textos publicados ao longo dos anos em diversas revistas e jornais, bem como algumas entrevistas e artigos sobre as suas exposições e sobre a sua pessoa e ainda, cartazes e bilhetes postais produzidos com as suas fotografias. Com este conjunto deu entrada o livro "Lisboas" de Rui Vaz da Cunha, no qual colaborou com fotografias e se encontra integrado no fundo bibliográfico da Biblioteca do CPF.
Esta caixa contém: Doc. impressa: - Regimento dos comissários escrivães do Santo Ofício. - Sentença a favor do Marquês de Gouveia sobre a sucessão da Casa de Aveiro. 1749 - Tabela das sessões e solenidades da Academia Real das Ciências de Lisboa. 1896 - Cartas pastorais de bispos. 1743. - Sentenças dadas no Juízo da Coroa. 1749-1753 - Papéis truncados. - Impressos de leis de D. Pedro IV. 1823 - Jubileus e indulgências. 1565-1759 - Breves do Papa Clemente XIV. 1770-1773 - Carta apostólica do Papa Bento XIV. 1745-1751 - Bulas da Cruzada. 1749 - Edital da Universidade de Coimbra. - Relação dos sufrágios que se fizeram pelos defuntos da Irmandade das Almas na Igreja Colegiada de São Pedro da vila de Castro Daire. 1741. - "Pensamentos devotos dirigidos à honra e glória do Santíssimo Coração de Jesus, em forma de ofício. Dedicados à Pia e Augusta Rainha por José Jacinto Nunes de Melo, cónego prebendado na Sé de Évora." 1 liv. o liv. encontra-se envolto em capilha com etiqueta da Real Mesa Censória, mas sem número. Doc. do Arquivo do Arquivo: -"Relações de livros e papéis que em virtude da Portaria do Ministério do Reino de 13 de Fevereiro último, foram entregues à Comissão Central dos Pesos e Medidas". 1855. 1 proc.
Fundado, em finais de 1880, no rescaldo das comemorações do tricentenário da morte de Camões, "O Século", na sua fase inicial (1880-1896), empenhou-se, sobretudo, na afirmação do projecto republicano. Foi seu primeiro director, o jornalista e advogado, Sebastião Magalhães Lima, o qual fundou o jornal com Anselmo Xavier, advogado, António Pinto Leão de Oliveira, médico, João de Almeida Pinto, jornalista e José Campelo Trigueiros de Martel, proprietário. Graças à colaboração de uma élite de jornalistas e intelectuais republicanos, a propaganda intensa e desassombrada das colunas do jornal, bem como o ardor da liderança de Magalhães Lima, assente em campanhas demolidoras, como a que ocorreu, em 1881, contra o Tratado de Lourenço Marques, mantiveram elevado o interesse do público pelo periódico, granjeando-lhe, desde o início, imenso sucesso. Nos finais de oitocentos, em virtude de mudanças ocorridas na propriedade da empresa e de algumas divergências com os seus consócios, José Joaquim da Silva Graça, já então exercendo funções de administrador, tornou-se o sócio maioritário, sucedendo a Magalhães Lima na respectiva direcção. O novo director, adoptando uma estratégia de comunicação de massas, direccionadas aos mais diversos tipos de público, soube interagir sobre eles para ganhar, por um lado, a sua adesão à causa republicana, por outro, a aceitação e expansão do jornal. Introduzindo processos de atracção e de penetração até então desconhecidos em Portugal, como a organização de uma impressionante rede de correspondentes, pela sua abrangência e rapidez de expansão, Silva Graça transformou o diário, em poucos anos, num empreendimento comercial vigoroso, dando azo a novos investimentos e, consequentemente, ao aparecimento de novos suplementos ("O Século Humorístico", "Modas e Bordados", "Brasil e Colónias"), edições especiais (publicações de folhetins, "Século da Noite") e outras publicações ("Almanaque d' O Século", "Século Cómico", "Ilustração Portuguesa", "Os Sports", "Século Agrícola"). Assim, definindo a matriz d' "O Século" e a sua identidade cultural a partir da importância atribuída à informação, da preocupação com a diversidade de públicos e da defesa dos cidadãos através de campanhas e da organização de iniciativas de carácter desportivo, cultural e assistencial, Silva Graça ajudou não só a concretizar a República, como a transformar o periódico num grande órgão de informação de entre e além fronteiras, cuja divisa, "o jornal de maior circulação em Portugal" passou a ostentar no cabeçalho. Contudo, atingida a maturidade empresarial, mais precisamente, em 1920, a crise instalou-se na empresa. Na sua origem estiveram, por um lado, as repercussões da violenta campanha contra a Companhia Portugal e Colónias, em que "O Século" denunciou os abusos monopolistas referentes à questão do pão, e por outro, as divergências entre Silva Graça e seu filho relativamente à orientação do jornal. Tentando tirar partido da crise de liderança que a empresa atravessava, a já referida Companhia investiu numa grande ofensiva para controlar o periódico, acabando por o conseguir, em 1922. Na posse da Companhia Portugal e Colónias até finais de 1924, e sob a orientação de vários directores, entre os quais Cunha Leal, a viragem na propriedade do jornal processou-se ao ritmo das movimentações políticas que foram ocorrendo na sociedade portuguesa por essa altura. Das várias lutas desencadeadas contra o regime republicano, destacou-se a liderada pela confederação patronal União dos Interesses Económicos, também considerada um espaço privilegiado de oposição ao regime e, meses depois, de conspiração a favor de uma intervenção militar, congregando elementos de outras sensibilidades políticas. Assim, foi num contexto de preparação da opinião pública para a eclosão de um golpe de estado destinado a impor uma ditadura militar que, em Novembro de 1924, João Pereira da Rosa, ex-funcionário d' "O Século", desde 1920, Carlos Oliveira, um dos fundadores da organização patronal, e Mosés Amzalak, economista, além de presidente da Associação Comercial de Lisboa e da Comunidade Judaica, adquiriram para a referida organização o jornal "O Século" e a sua empresa editora, atribuindo a sua direcção ao jornalista e diplomata, Henrique Trindade Coelho, e a administração a João Pereira da Rosa, na qualidade de administrador-delegado. O reconhecimento do apoio do jornal ao novo regime viria, no entanto, a forçar a saída do seu director. Na sequência do triunfo do 28 de Maio, Trindade Coelho, agastado politicamente por críticas e ofensas de certa imprensa, abandonou a direcção, em Junho de 1926. Nos termos dos estatutos da sociedade comercial editora do jornal, sucedeu-lhe o administrador delegado. Passados os primeiros meses de mandato do novo director, o conselho de administração da empresa editora, Sociedade Nacional de Tipografia, composto pelo grupo adquirente, definindo atitudes, em notícia divulgada a 10 de Novembro, proclamou a independência do jornal face à União dos Interesses Económicos, clarificando ainda a posse exclusiva da propriedade da empresa, com fundamento nas responsabilidades assumidas no seu processo de aquisição. Várias associações, participantes no processo em causa, sentiram-se então ludibriadas. Destas, destacou-se a Associação Industrial Portuguesa que, liderando o grupo dos queixosos, sustentava que o jornal havia sido comprado para a União dos Interesses Económicos e não para os três. Instalada a polémica, a questão permaneceu em foco até 1928, sendo seguida com grande entusiasmo pela opinião pública. João Pereira da Rosa, apontado como o mentor e principal beneficiário da operação, aceitou debater o caso. Na Associação Comercial de Lisboa, de Dezembro de 1926 a Janeiro de 1927, as sessões agitadas e tumultuosas das assembleias gerais, presididas por Carlos de Oliveira, sucederam-se. Dois anos depois, a legar às gerações vindouras a sua defesa, João Pereira da Rosa publicou a separata "O Caso d' O Século". Ultrapassada a polémica, e consolidado o regime, a Sociedade Nacional de Tipografia, sob a condução de João Pereira da Rosa, voltou a caracterizar-se por um grande dinamismo empresarial, de acordo com a sua cultura organizacional. Ampliando a rede de correspondentes, melhorando a distribuição e remodelando o parque gráfico, os objectivos passaram a centrar-se na abertura de novas sucursais, na renovação de outras, no desenvolvimento da Editorial O Século, no lançamento de novas publicações ("O Cinéfilo", "O Século Ilustrado" e "A Vida Mundial") e, sobretudo, na introdução de novos suplementos e publicações, dirigidos a um público infantil, de que salientamos o popular "Pim-Pam-Pum" e a revista "Joaninha". Mas foi, sem dúvida, graças ao investimento em centenas de iniciativas de diversão, de solidariedade social, de carácter cultural, desportivo e patriótico, levadas a cabo entre 1927 e 1938, que o jornal reforçou a sua popularidade em todo o país. Dessas, a Colónia Balnear Infantil, iniciada, em 1908, e retomada em 1927, em S. Pedro do Estoril, constituiu o corolário de todas as obras que o jornal desenvolveu em prol da causa de protecção à infância desprotegida. De 1934 a 1938, João Pereira da Rosa, através de um empréstimo contraído à Caixa Geral de Depósitos, conseguiu comprar as acções de Carlos Oliveira e de Mosés Amzalak, reforçando a sua posição na Sociedade Nacional de Tipografia. Em 1938, na qualidade de accionista maioritário, fez entrar os seus dois filhos, Guilherme e Carlos Alberto Pereira da Rosa, para a administração. Estes, condicionados por uma conjuntura política, cada vez menos favorável ao debate das ideias e ao tipo de campanhas movidas pelo Século, enveredaram pela estratégia da diversão pública, organizando e promovendo variadas iniciativas populares e desportivas. Em 1940, aquando da realização da Exposição do Mundo Português, e em 1943, na sequência da instalação da Feira Popular, no Parque da Palhavã, este papel de promotor de múltiplas actividades impôs-se. Porém, com o recrudescer da oposição, desde o final da guerra, a posição d' "O Século" começou a revelar alguns indícios de ambiguidade face à continuidade do regime. Essa atitude valeu-lhe o afastamento da organização da Feira Popular, entre 1948 e 1950. Em 1951, retomou a tradição, mantendo-a, até 1956, despedindo-se da Palhavã, nesse ano, por sinal o da ocorrência nela da primeira emissão televisiva. Para colmatar o vazio deixado pelo encerramento da antiga Feira, principal fonte de receita da Colónia Balnear, a empresa lançou novas iniciativas: Os Salões de Artes Domésticas, em 1957; a Feira de Alvalade, em 1958, promovida com a colaboração do Sporting Club de Portugal; os concursos com a colaboração da Radiotelevisão Portuguesa. Todavia, face a resultados pouco satisfatórios, a organização da Feira Popular acabou por ser retomada, em 1960, no espaço do antigo Mercado Geral do Gado, em Entrecampos, único espaço que a Câmara Municipal de Lisboa se dispôs a licenciar e, ao longo de anos, a prorrogar a autorização. Sem ser o local ideal, foi, no entanto, o recurso que permitiu à empresa fazer face aos encargos de carácter social e aos défices da publicidade do jornal, cada vez mais agravados pela concorrência da rádio e da televisão. Não obstante as dificuldades, durante a década de cinquenta, "O Século" conseguiu manter o seu prestígio e popularidade. Através da diversificação de suplementos ("Desportivo", "Artes e Letras", "Vida Feminina", "As Voltas que o Mundo dá", "Portugal de Lés a Lés"), o jornal visou todo tipo de público, reforçando ainda o seu papel de escola de jornalistas. Após a morte de João Pereira da Rosa, em 1962, sucedeu Guilherme Pereira da Rosa, já então director adjunto, desde 1950. Consciente da difícil situação financeira herdada, e de um contexto político e económico desfavorável, a nova direcção lançou mão a todos os meios para responder aos problemas decorrentes da profunda alteração da imprensa, durante os anos 60, como a concorrência da televisão, as pressões dos grandes grupos económicos e o crescente endividamento à banca, motivado pelas necessidades de investimento na modernização do parque gráfico. Contudo, no início dos anos 70, as estratégias, até então adoptadas, revelaram-se insuficientes para compensar a crescente subida da inflação e das despesas. Sem qualquer apoio governamental e onerado com mais impostos sobre a publicidade, o jornal passou a evidenciar um claro alinhamento com a oposição ao regime marcelista. Em Setembro de 1972, Guilherme Pereira da Rosa, aceitando uma proposta do grupo económico de Jorge Brito, detentor do Banco Intercontinental Português, acedeu a vender a sua posição na Sociedade Nacional de Tipografia. Para gerir a empresa, numa conjuntura económica complexa, de continuidade da inflação, com subidas das matérias-primas e de custos com pessoal, foi nomeado o chefe adjunto da redacção, Manuel Figueira. Este, ligado ao jornal, desde 1964, foi o primeiro dos últimos directores à frente d' "O Século" na sua fase terminal. Após a mudança do regime, em 25 de Abril de 1974, assegurou a direcção ainda durante alguns meses. No início de 1975, face ao recrudescer da luta ideológica e partidária no seio da empresa, a qual motivou a expulsão dos seus administradores, acabou por pedir a demissão. Na sequência daquela atitude, a 14 de Fevereiro de 1975, o Conselho de Ministros nomeou uma nova administração para a Sociedade Nacional de Tipografia, alterando ainda, profundamente, a linha editorial do jornal. A intervenção do Estado, auspiciando, desde logo, o fim da empresa privada, teve como consequências: a perda da independência do periódico; as lutas internas político partidárias; a situação de agravamento económico da empresa, com um acentuado decréscimo de vendas do jornal e restantes publicações; um aumento indirecto das dívidas ao Estado. Em finais de 1975, com o governo a dar sinal de querer pôr termo à situação deficitária da imprensa dependente do Estado, surgiu o projecto de lei da imprensa estatizada, baptizado com o nome de Almeida Santos, então ministro da Comunicação Social, e, em Julho de 1976, o decreto da nacionalização das posições privadas das empresas. Por força daquele diploma, foi criada a Empresa Pública dos jornais Século e Popular, constituída em resultado da fusão das sociedades gestoras dos dois jornais: Sociedade Nacional de Tipografia e Sociedade Nacional de Imprensa. Contudo, em virtude do estado de falência técnica e dos problemas herdados de gestões anteriores, aquela empresa cedo foi considerada em situação insustentável e irrecuperável, vindo a ser extinta, em finais de 1979. Pela direcção d' "O Século" passaram, nos últimos quatro anos da sua existência, vários directores. Sucederam-se ao ritmo das mutações e vicissitudes dos contextos políticos do momento. Apesar da brevidade dos seus mandatos, registamos, entre outros, os nomes de: Adelino Tavares da Silva, João Gaspar Simões e Manuel Magro.
Contém documentação manuscrita e impressa a saber: Ação sobre fiança, autores, Maria Inês da Costa, viúva de João Gomes da Costa e filhos e como réus Joaquim Dally, Luís Dally e sua mulher. Lisboa, Tipografia G. dos Tribunais, 1848; Estatutos do Banco Português - Sociedade Anónima de Responsabilidade Limitada, Porto, Imprensa Portuguesa, 1873; Estatutos do Banco de Lisboa & Açores (Sociedade Anónima de Responsabilidade Limitada), Lisboa, Lallemant Frères, Tip., 1878; Petição de Agravo por parte de António Vito dos Reis e Sousa, Constantino José Vianna, Guilherme Arnault e Guilherme da Silva Guimarães, do processo de querela, movido pelo Ministério Púbico, sob denúncia secreta e guardada em segredo, junto do 2.º Distrito Correcional de Lisboa, contra os diretores do Banco Lusitano e outros. Lisboa, Tipografia de Cristóvão Augusto Rodrigues, 1892; Les Stations Thermales des Pyrénées. Vernet-les-Bains, (conference fait, le 1 de Juin 1894, dans le service du Dr. Robin, à l´hôpital de la Pitié, par M. Garrigou). Paris, Rueff et Cie, Éditeurs; Esclarecimentos na apelação comercial em que é apelante o Banco Aliança e o apelado Henrique Carlos de Meirelles Kendall, Porto, Tipografia de António José da Silva Teixeira, 1897; Recibos relativos a Manteiga “Burnay”, 1909; Relatório da Gerência da Sociedade Portuguesa da Cruz Vermelha, Lisboa: Pap. e Tip. Casa Portuguesa, 1922; Contrato, em que a Casa Bancária Cupertino de Miranda & Cia. é contratante, alegações da recorrida, A Cafeeira L., pelo seu advogado Leopoldo do Vale, com o título "Mais Alpista comida de pássaros" (alpista é a senha que houve necessidade de adotar). Lisboa: 1948; Alguma documentação relativa a recortes de jornais tais como: "Crónica financeira", "Diário de Notícias", gazeta "The Pall Mall", "Jornal do Comércio", "La Revue", "Le Courrier de la Presse", "Le Messager de Paris", "O Tempo", "O Século", "Popular", abordando alguns problemas e assuntos financeiros (a crise do trabalho, circulação fiduciária e reserva metálica do Banco de Portugal, o empréstimo por conta das colónias), temas económicos, comerciais, políticos, etc.; Contém, também, cartas, entre as quais de Francisco de Oliveira Chouriço, faturas com aquisição de bens, cartões de agradecimento, telegramas, recibos de rendas, correspondência relativa a obras a fazer na casa da Granja, uma foto com a designação de "Banco Lisboa Açores", parte de um relatório apresentado em Assembleia Geral da Associação Comercial do Porto, recibos de empresas relativo a diversas obras ou reparações. Contém, ainda, documentos da Companhia dos Tabacos de Portugal, cartas, relatórios, cópias de reuniões, salários dos operários, cópia de uma escritura de arrendamento, entre a condessa d’Almedina e a Companhia, cópia de um texto de António Luís Teixeira Machado sobre o contrabando do tabaco, que prejudica a atividade da Companhia. Contém também correspondência dirigida ao Visconde do Marco, uma parte mencionada como "Hotel Central", onde constam os recibos mensais (vários anos), relativos aos vencimentos dos trabalhadores de diversas profissões, orçamentos e reparação de caldeira do palácio das Laranjeiras, para vários tipos de obras e orçamento da Sociedade Lusitana de Eletricidade, faturas em nome da Viscondessa do Marco, compras nos Grands Magasins de Paris, aux Galeries Lafayette, e documentos da Cruzada Nacional de D. Nuno Álvares Pereira.
Contém recortes de provas tipográficas de notícias, submetidas à apreciação da Comissão de Censura previamente à respetiva publicação no jornal. Cada folha apresenta, na maior parte dos casos, datação manuscrita correspondendo ao dia em que a censura foi aplicada. Apresenta ainda, na generalidade, o carimbo do Serviço de Censura da Redação do jornal O Século e o carimbo de "Visado pela Comissão de Censura". Entre os temas censurados, podem ser destacados os seguintes: - Crise económica: "Em Samora Correia a crise está tomando proporções assustadoras [...] "É aflitiva a situação em Raiva" (13/9), "Vencimentos em atraso [...] Os professores do concelho de Mértola ainda não receberam as gratificações pelos serviços de desdobramento referentes aos meses de Dezembro, Janeiro e Fevereiro" (16/9), "A crise de trabalho neste concelho [Alenquer] está tomando um aspeto apavorante" (20/9), "Vencimentos em atraso" (24/9) - Desvalorização da moeda: "A queda da libra e a sua repercussão no nosso meio financeiro" (26/9), (27/9), (29/9) - Administração municipal: "Reforma administrativa. Pretende-se que alguns lugares de Arazede passem para Cantanhede" (13/9) - Situações de miséria social: "Uma multidão de homens e mulheres dos campos em Serpa pretendeu invadir o município pedindo pão e trabalho" (3/9) - Agitação laboral: "Por suspeita de que em várias associações de classe marítima realizaram reuniões preparatórias de uma greve" (5/9), "Foram presas 12 leiteiras de Modivas [...] que não quiseram acatar as novas posturas municipais" (9/9) - Situações ou potenciais situações, nacionais e internacionais, de instabilidade política, institucional, social ou outra: "Aos generais já presos em Espanha, juntar-se-ão outros colaboradores de Primo de Rivera, tendo o senhor Galarza declarado que outras detenções sensacionais se farão" (3/9), "A república espanhola. A Federação dos Sindicatos Únicos de Barcelona, no manifesto em que recomenda o regresso ao trabalho, fala duma próxima ação sindical revolucionária" (7/9), "Explosão de uma bomba" (19/9), "Os bombistas" (11/9), "Declarações de greve. Londres" (17/9), "Achado de três bombas" (29/9) - Críticas ao modo de funcionamento da administração pública "A moral acima de tudo" (17/9), (18/9) - Promoções, nomeações e demissões, reintegrações, mudanças de ministérios, deslocações dos membros do governo e outras entidades, visita de personalidades estrangeiras: "Consta-nos que aceitou a pasta da guerra o senhor tenente-coronel João Luís de Moura, governador civil de Lisboa" (1/9), "Embora tenha corrido que o governo de Angola será confiado ao senhor brigadeiro João de Almeida, nada está assente quanto ao provimento daquele cargo" (10/9), "O Século em Vila Real: Pediu a demissão do cargo de governador civil do distrito o senhor Ferreira Esteves. Indigitou-se para o substituir o senhor Montalvão Machado" (14/9), "Segundo consta o senhor ministro das colónias vai a Paris no próximo mês de Outubro" (15/9) - Fotografias de entidades da época e outras (1/9), (5/9), (11/9), (21/9), (22/9), (29/9) - Reuniões de membros do governo e outras entidades: "Ontem o senhor ministro do interior esteve no palácio de Belém, conferenciando demoradamente com o senhor presidente da república"" (4/9) "Ontem o senhor presidente da república recebeu em audiência particular os senhores brigadeiros Lacerda Machado, Gomes de Sousa e Amílcar Pinto [...]" (5/9) - Censura de espetáculos: "Visto não ter sido ontem permitido [...] o espetáculo do Coliseu com a fantasia "Viva Portugal" (25/9) - Oposição e revolta contra a ditadura. Presos políticos: "Oficiais presos" (1/9), "Os jornais espanhóis fazem previsões sobre a situação política em Portugal" (1/9) (2/9) "os aviadores refugiados em Espanha" (2/9), "A última revolução" (2/9), "Em Espanha o espião Justino Ferreira, um dos revoltosos conseguiu fugir atingindo Badajoz" (3/9), "O contra-almirante Mendes Cabeçadas foi ontem detido e levado para o quartel do Carmo, onde o general Farinha Beirão o pôs em liberdade" (6/9), "Os monárquicos conseguiram entrar na Misericórdia de Vila Nova de Foz Côa" (20/9), "Outro caminho" (22/9) Por último, refira-se a censura de notícias de crimes.
Contém recortes de provas tipográficas de notícias (frequentemente truncadas), submetidas à apreciação da Comissão de Censura previamente à respetiva publicação no jornal. Cada folha apresenta datação manuscrita correspondendo ao dia em que a censura foi aplicada. Apresenta ainda, na generalidade, o carimbo da redação do jornal O Século e o carimbo de “Visado pela Comissão de Censura”. Entre os temas recorrentemente censurados podem ser destacados os seguintes: - Questões de saúde: epidemias "Epidemia" (5/10) - Doenças de membros do governo ou ex-membros do governo: "Na Madeira [...] foi acometido dum ataque de angina "pectoris" o [...] antigo ministro da guerra e parlamentar" (9/10) -Ausências da capital de altas patentes militares: "Durante a ausência do senhor general Domingos de Oliveira, que vai gozar a sua licença, assumirá as funções de governador militar de Lisboa o senhor coronel tirocinado Daniel de Sousa" (16/10) - Críticas a imposições do estado à população: "O Pé descalço" [crítica à obrigatoriedade do uso de sapatos em Lisboa] (5/10) - Tráfico de droga "Os estupefacientes" (13/10) - Notícias sobre presos políticos ou eventuais situações de instabilidade nacionais e internacionais: "O regresso de deportados políticos" (2/10), "De Ovar vieram mandados de captura contra o reverendo Leonardo-Costa desta cidade" (4/10), "Patrulha alvejada a tiro" (8(10), "Um atentado dinamitista" (12/10), "Deportados políticos" (12/10), "Detonação misteriosa" (19/10), "Na Argentina-Atentado dinamitista" (20/10), "Presos" (20/10). - Apelos à violência: "A hora é mais para actuar do que para palavras" (4/10). - Publicidade a actividades de carácter astrológico "Um famoso astrólogo faz uma oferta notável" (7/10). - Questões ultramarinas, instabilidade nas colónias portuguesas e estrangeiras: "Governo da Índia [...] A Índia está atravessando de há dois anos a esta parte um período de estagnação [...]" (18/10) "Uma insubordinação em Luanda" (10/10) (11/10), "Explosão de uma bomba num comboio, na Índia-Britânica" (12/10). - Administração regional e o ensino, desorganização escolar: "As razões a favor da manutenção do Liceu Central da Guarda, entre as quais se conta a dos tributos directos distritais de 12: 548 811$ 45 anualmente" (12/10), "Pela instrução. O liceu de Setúbal" (18/10), "Os interesses de Portalegre [...] pedido que seja mantido como central o liceu Mouzinho da Silveira" (1/10), "A barafunda dos liceus" (10/10) (11/10). - Situações de ditadura ou de instabilidade em países estrangeiros : " A ditadura espanhola. A estrela de Primo de Rivera declina?" (2/10); "Desmentem-se oficialmente os boatos sobre a próxima retirada de Primo de Rivera" (4/10) - Manifestações de crítica à situação política vigente "O Grémio dos Combatentes pela República não toma parte nos festejos [do aniversário da implantação da República]" (2/10) - Dívidas, não saldadas, de privados para como o estado português "Onde param?!" [milhares de contos devidos ao estado] (3/10) (4/10). Situações pouco claras de dívidas para com o estado português: "Será verdade? Tudo é possível neste país, mesmo ver escapar pela malha os grandes caloteiros do estado [...]" (8/10) - Dívidas contraídas pelo estado português no estrangeiro: "O empréstimo" (3/10) - Reuniões de partidos políticos ou outras não autorizadas. Manifestações: "Reúne hoje à noite na sua sede [...] o directório do Partido Republicano Português (9/10)", "Reunidos sem licença" (15/10), "Um grupo de manifestantes foi disperso nas ruas do Bairro Alto, tendo sido preso dois deles" (15/10) "“Os manifestantes aclamando o senhor doutor Magalhães Lima em frente da casa onde reside este propagandista republicano” (15/10). -Situações de greve nacionais e internacionais: "Uma greve" (12/10), "A greve nos portos australianos" (14/10) - Movimentações de tropas: "Com destino a Lisboa seguiu hoje [...] uma força de 60 praças caçadores" (12/10) - Encerramento de redacções de jornais e prisão dos seus redactores: "«O Povo» foi encerrado e presos os seus redactores" (16/10). Apreensão de livros: "Livros apreendidos" (18/10). Prisão de jornalistas "Jornalistas presos" (19/10).
O Convento foi extinto em 15 de Abril de 1883, por morte da última religiosa D. Maria Felismina de Nossa Senhora do Ó de Figueiredo Negrão, da Ordem de São Bernardo. Por ocasião da elaboração do inventário de 30 de Março de 1856, estiveram presentes a abadessa D. Rita Ricardina, o presidente D. António José de Freitas Honorato, entre outros. Contém inventários de bens imóveis (prédios rústicos e urbanos) e dos bens móveis, descrição e avaliação do edifício do convento e anexos, de alfaias, e mais objectos de culto e profanos, inventário de prazos, foros, mapas de rendimentos, minuta do Inventário dos bens móveis. O cartório continha quarenta e três livros e tombos dos bens do mosteiro, pergaminhos, a relação dos que levaram para a Torre do Tombo, sentenças, provisões, alvarás, entre outros. Reúne requerimentos da Irmandade de Nossa Senhora da Piedade de Celas, erecta no suprimido Convento, freguesia de Santo António dos Olivais, concelho de Coimbra. Inclui a cópia do inventário das imagens, paramentos, alfaias, arquivo, e mais objectos do Convento, extinto por falecimento da última religiosa (1883). Compreende o Inventário dos prazos foreiros (autos de avaliação de bens) feito pelo escrivão de Fazenda José Lúcio de Almeida, 1886 (308 p.). Contém ainda o parecer da comissão executiva intitulado "Memória", acerca da construção do claustro de Celas, a planta do edifício do extinto convento e cerca, um apontamento sobre a descrição do mosteiro. O parecer da comissão executiva - constituída por Bernardo António Serra, Luís Augusto Pereira Bastos, Augusto Mendes Simões de Castro, e Joaquim Teixeira de Carvalho, data de Coimbra, 19 de Janeiro de 1888 - alude ao valor artístico do Convento, apresentando um estudo detalhado da construção dos claustros da autoria dos artistas João Português, Gaspar Fernandes e João de Ruão. A obra em estilo românico, gótico e renascentista, foi mandada executar por D. Leonor de Vasconcelos, e D. Maria de Távora. Contém contas da despesa, facturas e recibos do funeral da última religiosa, jornais sobre a arrematação de bens do Convento, prazos da Granja e Porto, entre outros. Integra decretos sobre a concessão do extinto edifício, o termo de entrega do altar do Senhor Morto à Paróquia da freguesia de Nabais, concelho de Gouveia, e a planta do local para a torre projectada, em 1906. O edifício e a cerca do Convento colocados em hasta pública, foram retirados da praça, em 8 de Setembro de 1886, devido ao interesse da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, em estabelecer ali um hospital de alienados (destinado ao ensino prático das doenças mentais). Compreende ainda documentação dos herdeiros do conde de Arcos sobre foros. A documentação menciona bens situados nos concelhos de Coimbra, Lisboa, Arruda dos Vinhos, Moita, Torres Vedras, Mealhada, Soure, Miranda do Corvo, Alenquer, Penela, Condeixa-a-Nova, entre outros.
Organismo regional dependente da Direcção-Geral dos Serviços Agrícolas, a Estação Agrária do Porto tinha como atribuições a execução, a nível regional, da política agrária nacional, responsabilizando-se pela prática dessa política dentro dos limites geográficos onde se achava inserida, bem como dos planos decorrentes da programação nacional a nível agrícola que, total ou parcialmente, se inseriam dentro desses limites.Faziam parte das suas atribuições a investigação, a experimentação e o fomento especializado nas culturas de batata e milho, competindo-lhe, também, prestar assistência técnica na área da 6ª, 7ª e 8ª sub-regiões, referidas no artº 52º do Decreto-Lei nº 20.526, de 18 de Novembro de 1931 (Minho Duriense, Beira Minhota e Douro Litoral). A Estação Agrária do Porto era, ainda, responsável por outras actividades como: a edição de folhetos, a publicação de jornais e revistas, a organização de cursos de formação profissional para trabalhadores rurais (fixos e ambulantes), a projecção de filmes, a promoção e organização de palestras, conferências, sessões de propaganda, excursões, etc. As suas funções foram transferidas para serviços que resultaram das alterações orgânicas sofridas pelo Ministério da Agricultura e Pescas, decorrentes da aplicação do Decreto-Lei nº 221/77, de 28 de Maio, diploma legal que teve como principal objectivo a regionalização dos serviços dependentes, mediante a criação de serviços regionais de agricultura. Esta medida legislativa, de par com a criação dos serviços de extensão rural, criou serviços de apoio técnico, que incluíram as estações agrárias do país, as quais passaram a depender, a partir desta altura, de um director regional em cada região agrária e de um conselho técnico regional (tutelados pelo Ministro e já não pela Direcção-Geral dos Serviços Agrícolas). Pelo Decreto Regulamentar 78/77, de 25 de Novembro, que regulamentou a transição para os novos organismos criados no Ministério da Agricultura e Pescas, a Estação Agrária do Porto transitou para a Direcção Regional de Entre-Douro e Minho. Posteriormente, os serviços regionais de agricultura (SRA) foram estruturados pelo Decreto Regulamentar nº 6-A/79, de 24 de Março, o qual criou os serviços de apoio local: tratou-se das "regiões agrárias", equiparadas a divisões, a quem foi cometida a tarefa de executar localmente as acções desenvolvidas pela sub-região. Dirigidas por um director de serviços, incluíam serviços como os administrativos, uma divisão de extensão rural e produção agrária e uma divisão de apoio à produção, higiene e sanidade animal. Estes serviços operativos de âmbito local (zonas agrárias a nível sub-regional) foram colocadas sob a alçada das Direcções Regionais de Agricultura (DRA) quando estas foram criadas pelo Decreto-Lei nº 293/82, de 27 de Julho, e estruturadas pelo Decreto-Lei nº 223/84, de 6 de Julho. As zonas agrárias têm como objectivo a execução, nas respectivas áreas geográficas, das acções desenvolvidas pelas DRA. Assim, hoje, e dando continuidade às funções da Estação Agrária do Porto, existe a "Zona Agrária do Grande Porto", funcionalmente ligada à extensão rural, e, a complementar a sua acção, divisões como a de "Higiene Pública Veterinária", de "Qualidade Alimentar", de "Laboratórios de Apoio Regional", etc.
Contém recortes de provas tipográficas de notícias (frequentemente truncadas), submetidas à apreciação da Comissão de Censura previamente à respetiva publicação no jornal. Cada folha apresenta, na maior parte dos casos, datação manuscrita correspondendo ao dia em que a censura foi aplicada e, por vezes, outras notas (por exemplo, "Sem efeito os cortes", ou "Continua suspenso o artigo"); apresenta ainda, na generalidade, o carimbo do Serviço de Censura da Redação do jornal O Século e o carimbo de "Visado pela Comissão de Censura". Entre os temas recorrentemente censurados, podem ser destacados os seguintes: - Questões ultramarinas: Companhia de Moçambique (18/06); "O regime monetário de Angola: uma representação dos organismos económicos da província" (23/06); "A obra da traição" - questão do porto da Beira (25/06, 26/06, 27/06, 28/06). - Questões económicas e financeiras: finanças públicas - artigo de Brito Camacho com o título "Despesas públicas" (16/06, 17/06, 18/06, 19/06, 20/06, 21/06); "Comércio e indústria: a questão sacarina da Madeira" (19/06, 20/06, 21/06); "Velha questão: os aguardenteiros da Madeira" (23/06, 24/06, 25/06, 26/06, 27/06, 28/06, 29/06, 30/06). - Questões de ensino: "Faculdade de Direito" (10/06); "Greve dos estudantes" (12/06); "A admissão aos liceus" (15/06). - Ativismo político e repressão: "Em defesa da lei do Registo Civil" (01/06); notícias de presos e deportados políticos (01/06, 06/06, 07/06, 11/06, 16/06, 17/06, 20/06, 22/06, 24/06, 27/06, 29/06) - com referências a, entre outros, Simões Torres, Avelino Ribeiro, Guilherme Canas, José António David, José Tavares de Almeida, José Henriques "Zé do Zambujal", Gambeta das Neves, coronel Freiria, tenente João Boavida, capitão Velez Faria, tenente Ferreira Dinis, capitão-tenente Aragão e Melo, tenente Maia Rebelo, Dr. Pestana Júnior, Dr. Rocha Dinis, Dr. José Domingues dos Santos, Virgílio Marinha de Campos; destaque para o artigo "Ordem pública: as prisões de anteontem" (06/06); "Imprensa" - notícias de suspensão da publicação dos jornais O Povo da Maia (09/06), A Gazeta de Espinho (09/06), O Rebate (30/06), e nova comissão de censura à imprensa, em Braga (13/06); reuniões do Diretório do PRN - Partido Republicano Nacionalista - (28/06) e da Liga da Mocidade Socialista (27/06, 29/06); notícias do falecimento de Álvaro de Castro e artigo sobre a sua vida (30/06). - Aparelho de Estado, autoridades e corpos administrativos: reorganização dos serviços do Exército - "Vai acabar o PAM [Parque Automóvel Militar], estando o respetivo diretor, Sr. tenente-coronel Carvalho Teixeira, a elaborar as bases para o seu arrendamento”"(01/06), notícia da reinstalação do regimento de Artilharia 2 na Figueira da Foz (05/06, 06/06); exoneração e nomeação de detentores de cargos públicos (02/06, 03/06, 05/06, 06/06, 08/06, 17/06, 19/06, 27/06, 29/06, 30/06); "Ordem pública" - sobre os deveres do corpo da PSP, Polícia de Segurança Pública (05/06); protestos relacionados com o "desconto de salvação pública" aos militares reformados (07/06, 08/06); "Divisão administrativa" do território (15/06); "As comarcas extintas" (29/06). - Política internacional e notícias do estrangeiro: "A guerra na China: Chang Tso-Lin morre?" (06/06); "Na Argentina: ainda os recentes atentados dinamitistas em Buenos Aires", no consulado de Itália (06/06); "Em Berlim: manifestações anti-italianas?" (07/06); "Atentado de Berlim: é considerado como um protesto comunista contra o julgamento de Milão" (08/06); "No Japão: um atentado frustrado contra o general Yamanashi" (10/06); "Guerra na China: várias bombas lançadas em Mukden [Shenyang] espalham o terror entre a população" (12/06); "Na Argentina: outro atentado contra um cônsul italiano" (12/06). Por último, refira-se a censura de anúncios publicitários (por exemplo, do livro "O controle de Genebra", de Alves Reis), de notícias de crimes e outros problemas de ordem pública.
Esta caixa contém: Doc. em perg. 1525-1552. 3 doc. Cota antiga: Institutos religiosos diversos. S. 25, 90, 2 cx. 1 - Doc. pontifício referindo o Convento de Tomar da Ordem de Cristo e a Ordem de Cister. 1552. 1 doc., perg. Latim. - Traslados de bulas referindo o Convento de Tomar da Ordem de Cristo, São Salvador e São Tiago de Cabo Verde, São Tomé e Santa Catarina de Goa. 1534-1539. 1 doc., perg. Latim. - Carta testemunhável do Dr. Cristóvão Teixeira sobre uma bula apostólica sobre a confirmação da apresentação das igrejas paroquiais de Saõ Martinho de Soeira, São João de Trasvaceiro (?), São Lourenço de Cabril, São Martinho de Pedroso, São Vicente de Freixedo e Santa Maria de Sequeira. 1525. 1 doc., perg. Latim. Doc. em perg. 10 doc. Cota antiga: Institutos religiosos diversos. S. 25, 90, 2 cx. 2 - Doc. pontifício referindo a igreja paroquial de São Pelágio de Segude de Valença do Minho. 1572. 1 doc., perg. Tem selo pendente de chumbo de Gregório XIII. - Fragmento não identificado. Data não identificada. 1 doc., perg. Doc. em mau estado de conservação: perda parcial do suporte. - Fragmento não identificado. Data não identificada. 1 doc., perg. Doc. em mau estado de conservação: perda parcial do suporte. - Fragmento não identificado. Data não identificada. 1 doc., perg. Doc. em mau estado de conservação: perda parcial do suporte. - Fragmento não identificado. Data não identificada. 1 doc., perg. Doc. em mau estado de conservação: perda parcial do suporte. - Fragmento não identificado. Data não identificada. 1 doc., perg. Doc. em mau estado de conservação: perda parcial do suporte. - Fragmento não identificado. Data não identificada. 1 doc., perg. Doc. em mau estado de conservação: perda parcial do suporte. - Fragmento não identificado. Data não identificada. 1 doc., perg. Doc. em mau estado de conservação: perda parcial do suporte. - Fragmento não identificado. Data não identificada. 1 doc., perg. Doc. em mau estado de conservação: perda parcial do suporte. - Fragmento não identificado. Data não identificada. 1 doc., perg. Doc. em mau estado de conservação: perda parcial do suporte. - Traslados de bulas referindo a Ordem de São Bento, Frei Paulo de Touro, Ordem de São Jerónimo e Ordem de Cister. 1436-1588. 1 cad.., perg. Latim. Cota antiga: compartimento 16 Doc. do Arquivo do Arquivo. - "Relação dos tombos de propriedades, livros de notas e livros de foros [...] que pertenceram ao cartório do extinto Convento de Santa Maria de Lorvão". 1897. 1 cad., papel. A documentação foi remetida do Arquivo da Torre do Tombo em virtude do ofício da direcção Geral dos Próprios Nacionais, de 3 de Junho de 1897 (2ª repartição, 2ª secção, nº 898, lº 7º) para a Repartição da Fazenda do Distrito de Coimbra. - Estado das contas de conventos. 1772. 1 cad., papel. Refere os conventos de Nossa Senhora dos Remédios de Campolide, de Santa Marta de Lisboa (Clarissas), de Inglesinhas de Lisboa, de Santa Mónica de Lisboa (Agostinhas Calçadas), de Santa Apolónia (Clarissas), de Santa Brígida dos Religiosos Ingleses, de Nossa Senhora da Conceição de Marvila, do Convento de Chelas, do Convento da Conceição da Luz de Arroios, e do Convento do Santo Cruxifixo. Doc. relativa ao Mosteiro de Santa Maria de Arouca (Ordem de Cister). 1 mac. 1449-1878. Inclui documentos pontifícios, apontamentos, correspondência sobre propriedades, questões judiciais, róis de foreiros, requerimentos de freiras, recortes de jornais, entre outros.
Texto autobiográfico de Júlio de Castilho, relatando os acontecimentos relativos à sua estadia nos Açores, na cidade da Horta, onde foi governador civil desde Outubro de 1877 até Fevereiro de 1878, assumindo as características de um diário. Inclui várias fotografias, muitos recortes de jornais, cartas e ofícios, na maioria, colados em folhas. A capa de cartão forrada a papel marmoreado apresenta uma etiqueta: "Faial". Destacam-se alguns títulos, documentos e fotografias: - "Recordações da minha estada na Ilha do Faial (1877-1878)" (f. 1) - "Em S. Miguel", fotografia (f. 9a) - "O conselheiro António José Vieira de Santa Rita, governador civil em vários distritos e ultimamente do da Horta" (f. 22) - "Parte da Horta, e o Pico ao longe", "Ponte da Espalamaca", "Vendeiro de leite em Angra", Mulher de Angra", fotografias (f. 32) - "Rua da Misericórdia na Horta, ao fundo a Matriz", "Faial, e o Pico ao longe", fotografias (f. 33) - "Marquês de Ávila, 7 de Novembro de 1871", "D. Luísa de Ávila, 1884", "D. Leonor de Ávila, 5 de Dezembro de 1879", fotografias (f. 38a) - "George Oliver", "Manuel Maria da Terra Brum da Silveira, depois barão da Lagôa (título de seu pai)", "Alvaro Kopke G. de Ayalla", "José de Almeida de Ávila", fotografias (f. 39a) - "Relatório apresentado pelo governador civil do distrito da Horta à Junta Geral Administrativa do mesmo distrito na sessão ordinária de 1877. Horta, 1877", impresso, (f. 46a) - "Júlio da Horta", "Júlio da Horta", "D. Maria Leite, mulher de Alvaro Kopke", "Pe. Silva Reis", fotografias (f. 47a) - "Parte da cidade da Horta, vendo-se ao longe a lomba do Monte Queimado", fotografia (f. 48a) - "Vista geral da cidade da Horta tirada do Monte Queimado", fotografia (f. 49a) - "A Ilha do Pico vista da Horta", fotografia (f. 50a) - "Porto Pim e o Monte Queimado", fotografia (f. 51a) - "Falecimento do Santa Rita" (f. 52) - "Lugares memoráveis" (f. 75) - "Indústrias locais" (f. 77) - "Instrução pública" (f. 80) - "Exposição industrial" (f. 83) - Alvará de criação da "Exposição distrital da Horta", 1877-12-09 (f. 86) - "Hino Faialense", notação musical (f. 96a) - "História do Liceu Nacional da Horta com mapas anuais do seu movimento e progresso desde a sua instituição até o ano lectivo findo de 1877, por António Lourenço da Silveira Macedo, professor proprietário vitalício das cadeiras de Filosofia e Matemática elementar. Horta, 1 de Fevereiro de 1878" (f. 97a) - Exemplar do Diploma de honra da Exposição distrital da Horta (f. 102a) - "Exposição distrital da Horta: relatório da comissão. Horta, 1879", impresso (f. 104) - "Cinco vistas da Exposição distrital da Horta inaugurada em 2 de Junho de 1878" (f. 105, 106 e 107) - "Roda dos expostos" (f. 112) - "Leituras populares (projecto) (f. 113) - "Arborização da ilha" (f. 116) - "Grave desordem na reunião dos quarenta maiores contribuintes" (f. 126) - "Lares suspeitos" (f. 133) - "Bibliotecas" (f. 134) - "Estatutos da Sociedade Promotora de Beneficência Pública" da cidade da Horta (f. 137) - "Inauguração do vapor Capricho" (f. 140) - "Fundo de reserva de Dabney e Bensaúde" (f. 143) - "Asilo da Horta" (f. 144) - "Método português Castilho" (f. 145) - "Aula de Instrução Primária pelo método português Castilho, redigida na Horta pelo Visconde de Castilho e inaugurada em 30 de Dezembro de 1877". 1 cad.. Contém os nomes dos matriculados, e as apreciações de Júlio de Castilho sobre cada lição. (f. 145a) - "Minha exoneração" (f. 147) - "Protestos de várias corporações contra a minha exoneração" (f. 161)
Apresenta inclusa carta de D. João II, feita por Rui de Pina, em Lisboa, a 17 de Maio de 1497 [sic] (*). Apresenta inclusa na anterior carta de D. Afonso V, feita por Álvaro [não se refere o patronímico] em Lisboa, a 15 de Dezembro de 1448. Os lavradores queixaram-se que no tempo das ceifas recebem danos dos braceiros moradores nos referidos lugares que nessa época vão para outras comarcas como jornais e não querem trabalhar nos reguengos, ficando os lavradores sem quem os ajude na ceifa. Manda-se que nenhum jornaleiro ou serviçal morador nesses reguengos possa ir para outro lado sem que no reguengo a ceifa e debulha esteja feita, sob pena do pagamento de 50 reais por dia. Manda-se também que se pague aos jornaleiros o mesmo que se pagar na comarcas circunvizinhas. Apresenta inclusa na primeira carta de D. Afonso V, feita por Álvaro Vieira, em Sintra, a 28 de Agosto de 1440. A el-rei foi apresentada uma carta de D. Duarte que continha uma outra de D. João I, pela qual se mostrava que por se sentirem agravados com o facto do coudel de Lisboa os querer obrigar a manter cavalo e armas, muitos lavradores estavam a deixar as terras, por isso receberam o privilégio de não terem de manter cavalo e besta de garrucha mas manda-se que tenham, geralmente, besta de aço de três a quatro arráteis com 50 virotes para defesa da terra. Manda-se que lhe façam cumprir e guardar. Apresenta inclusa na primeira carta de D. Afonso V, feita por Fernão Lourenço, a 30 de Outubro de 1457. Apresenta inclusa na anterior carta de D. João I, feito por Gonçalo Caldeira em Lisboa, a 31 de Julho de 1437 E. C. [1399 d. C.], escusando os lavradores de pagarem em peitas fintas e talhas, de darem aposentadoria, entre outros privilégios de escusa. El-rei o mandou por João Afonso, escolar em leis, seu vassalo e do seu desembargo, não estando presente Rui Lourenço, deão de Coimbra, licenciado em degredos e do seu desembargo. Apresenta inclusa na mesma carta que a anterior outra carta de D. João I, feita por Martim Afonso, em Montemor-o-Novo, a 29 de Outubro de 1459 E. C. [1421 d. C.], mandando ao anadel-mor, vereadores e aos oficiais de Lisboa que não constranjam os lavradores, reguengueiros e ceareiros de Oeiras e Algés a serem besteiros do conto, pois isso é privilégio consagrado nas antigas ordenações. Apresenta inclusa na mesma carta que a anterior outra carta de D. João I, feita por Vasco Rodrigues, em Lisboa, a 29 de Julho de 1437 E. C. [1399 d. C.]. Os lavradores e povoadores do reguengo de Algés têm privilégios dados por D. Fernando I, D. Pedro I, D. Afonso IV e de outros reis anteriores, assim são-lhes confirmados todos os privilégios, liberdades, graças e mercês, bons usos e costumes que sempre tiveram. El-rei o mandou por João Afonso, escolar em leis, seu vassalo e do seu desembargo, não estando presente Rui Lourenço, deão de Coimbra, licenciado em degredos e do seu desembargo. Vicente Pires a fez.
Contém cartas do Monsenhor José Cacela, residente em "Saint Anthony's Center", Bronx, Nova Iorque, Diretor e proprietário do jornal "A Luta", lido na colónia portuguesa nos Estados Unidos da América, dirigidas ao Dr. Salazar. Integra o opúsculo intitulado "Comandante Cabral - Diretor da Casa de Portugal" herói e patriota, oferecido ao Dr. Salazar (exemplar bilingue, 10 p., imp.). Reúne jornais e recortes. Compreende oito selos postais intactos com a estampa de Nossa Senhora de Fátima e os Pastorinhos, e a legenda: "Our Lady of Fatima Pray For Us", e ainda: - A fotografia do Monsenhor José Cacela. - “Consagração e Compromisso ao Imaculado Coração de Maria” (2 pagelas). - “Oração a Santa Marta” (irmã de Maria Madalena e de Lázaro), "Meditação sobre a única coisa necessária": "Trabalhamos sem descanso para chegar a ser ricos e sábios; e no entanto não é isso um negócio importante, podemos ganhar o Céu sem ser ricos nem sábios, sem ter a estima dos homens (...) depois da morte não há recurso algum. Só temos uma vida, um corpo e uma alma (S. João Crisóstomo) 2 pagelas. - “O Venerando Padre Cruz” - Francisco Rodrigues da Cruz, nascido em Alcochete a 29 de julho de 1859 e falecido em Lisboa, a 7 de outubro de 1948 (1 pagela). - Uma estampa (colorida) com Nossa Senhora e Jesus no regaço, e três anjos. - A partitura do cântico "Ave de Fátima", em inglês (composição e arranjo do Padre José Cacela dedicada ao Cardeal Spellman, Arcebispo de Nova Iorque), e o poema em português, da autoria de Maria Helena de Carvalho, intitulado "Portugal de Sempre" (opúsculo incompleto). - “O Hino Português” (transcrito para piano e canto). - "A Saudação À Bandeira Portuguesa". - Poema de Arnaldo Saraiva "O Valor de uma Raça": "Corre em minhas veias / Sangue rubro de epopeias (...)". - Opúsculo (completo) com a fotografia do Monsenhor José Cacela, em uma das páginas tem o seguinte soneto (imp.): - "Meu Filho/ -Meu Filho!-ouvi dizer junto ao bercinho pobre Em que nasceu Jesus, na Gruta de Belém... -Não vi ninguém falar!... Decerto alguém se encobre!... -Quem é que diz "Meu Filho?!" - A voz de onde é que vem?!... -"Este é Meu Filho! Ouvi-o!"-era pausada e nobre A voz que no Tabor ouvi bradar também... -De novo reparei... Mas nada se descobre!... -Quem é que diz "Meu Filho?!-A voz de onde é que vem?!... -"Meu Filho!"-ouvi, por fim, no cimo do Calvário... -Olhei!... Não vi ninguém!... E o mesmo comentário Aos lábios me assomou: -A voz de onde é que vem?!... -Um Anjo respondeu: -"É Deus quem fala assim!..." -Jesus me assegurou: -"Mamãe chamou por mim!..." -Tinham razão os dois: - Falavam Pai e Mãe!... Contém outros poemas, alguns dedicados a Santo António. Inclui a revista "Our Lady of Fatima Magazine - Official Organ for the promulgation of the Message of Fatima (Penance - Rosary - Consecration - First Saturdays)". vol. 22. n.º 7.janeiro.1967 (32 p.). Integra a publicação "Portugal ao Longe" abordando vários assuntos, destaque-se o artigo "The Saturday Evening Post" E o Assassinato do General Delgado!” (e também da sua secretária, mortos em Espanha próximo à fronteira de Portugal), entre outros.
Contém cartas do Dr. José de Figueiredo, Diretor do Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa, dirigidas ao Dr. Salazar relativas a diversos assuntos. Inclui os vencimentos do pessoal dos "Museus Nacionais de Arte Antiga e dos Coches", a cedência de alguns coches à Câmara Municipal de Lisboa; escolha dos "objetos de arte e com interesse de curiosidade" legados por D. Manuel, data agendada pela Rainha D. Amélia de Portugal. Contempla o orçamento para a execução de um vitral destinado à janela que sobrepunha a porta lateral da Igreja dos Jerónimos, a cargo do pintor Abel Manta. Contém a cópia do ofício do Dr. Figueiredo para o Diretor do Ensino Superior e das Belas Artes, a referir a aquisição de obras de arte e os termos de pagamento, a saber: - Pintura sobre madeira, obra do fim do séc. XVI, do mestre de Saint-Sang; - A tela de Peter de Grebber; - A pintura de Chardin. Reúne cartas do Dr. José de Figueiredo acerca do Leilão "Burnay" - venda do recheio do Palácio Burnay. O autor refere a Salazar "que o mais conveniente para o Estado é comprar, antes do Leilão, todas as peças essenciais que os legatários nos vendam pela avaliação do "Expert" que, para esse fim veio há três anos, a Lisboa (...)". Inclui recortes de jornais com artigos alusivos à Coleção Burnay comprada pelo Estado. Assim, no "Diário da Manhã", datado de 15-03-1936, pode ler-se: "O Governo acaba de ultimar a compra de parte dos objetos de arte da Coleção dos falecidos Condes de Burnay (...). Encontram-se "estampas marcadas a encarnado que reproduzem pinturas compradas no espólio dos Condes de Burnay". Compreende cartas remetidas de/para outras instituições: Sociedade Nacional de Belas Artes de Lisboa, nas pessoas de Pilar A. de Sotomayor e Maria del Carmen A. de Sotomayor; Museu de Alberto Sampaio; Museu-Biblioteca do Conde de Castro Guimarães, Cascais; Junta Nacional de Educação, a propósito da cerca - entregue aos serviços agrícolas - do Convento de Cristo de Tomar (anteriormente na posse dos Condes de Tomar), entre outros. Inclui ainda um ofício do Inspetor Geral dos Museus, Palácio das Janelas Verdes, dirigido ao Diretor Geral do Ensino Superior e das Belas Artes, a propósito da aquisição dos frescos "Os moliceiros", de que foram vogais os pintores Veloso Salgado e Varela Aldemira, bem como os arquitetos Raul Lino, Pardal Monteiro, Paulino Montez, o escultor Diogo de Macedo, e os Drs. Azevedo Neves, Júlio Dantas, Xavier da Costa e D. José Pessanha. Alude-se a várias obras existentes na Capela de Nossa Senhora dos Remédios e seu anexos, em Alfama. Com pórtico manuelino a Capela era representativa da "vida associativa dos pescadores e embarcadiços (...)". Reúne cartas relativas à notificação feita a D. Maria de Jesus de Sousa e Holstein de Ornelas, a fim da mesma, no prazo de 90 dias, abandonar o prédio onde habita, na Rua das Janelas Verdes para ampliação do Museu das Janelas Verdes.
Desde muito cedo, todos os poderes centrais afirmaram, com ênfase especial, o seu exclusivo direito sobre as riquezas minerais. As "Ordenações da Fazenda", dadas por D. Manuel a 17 de Outubro de 1516, declaram no capítulo 237 — "Dos direitos Reais, que aos Reys pertencem haver em seus Reinos por direito Comum" —, que "Disserão as Leis Imperiais que Direito Real he […] argentaria, que significa veas de ouro ou prata ou qualquer outro metal, os quaes todo o homem em todo o lugar, com tanto que antes que o comece a cavar, de entrada pague a el-Rey […]" D. João III fixou o imposto devido à Coroa em um quinto de toda a produção de metais e pedras preciosas que fossem introduzidas no circuito comercial. Uma medida paralela foi criada no século XVIII, com a imposição do pagamento de um quinto dos diamantes lançados no comércio. Contudo, quando aumentou a quantidade e o valor das riquezas minerais extraídas, a cobrança meramente alfandegária destes direitos começou a dar origem a inúmeras iniciativas de desvio e contrabando de ouro e pedras preciosas. Foi então promulgada uma Carta de Lei (11 de Fevereiro de 1719) que estabelecia, para protecção do "quinto do ouro que me pertenciam pela regalia e senhoriagem das mesmas Minas", uma rede de casas de fundição em todos os distritos mineiros do Brasil, onde forçosamente teria de dar entrada todo o ouro em barra, do qual, depois de fundido e contrastado, se haveria "de arrecadar o quinto que me pertence". Igual medida seria aplicada ao comércio dos diamantes pelo Alvará de 11 de Agosto de 1753, que concentrou na Coroa todo o comércio de "diamantes em bruto", cuja circulação, desde então, seria proibida, ficando as condições referentes à extracção e comércio dos diamantes em bruto expressas no texto do próprio contrato da Fazenda Real para a arrematação dos direitos da extracção dos diamantes. (Verifica-se que a Coroa permitiu a contratação a particulares dos direitos da extracção dos diamantes, o que não sucedeu relativamente ao ouro, cuja produção e circuitos desde logo ficaram sujeitos a forte controlo). "Os contratos do Estado do Brasil" eram da autoria e vigilância do Conselho Ultramarino, o que não significava que, na realidade, fossem esses contratos a verdadeira disciplina das actividades contratadas, pois uma Lei de 21 de Abril de 1737 proibia expressamente que os provedores locais alterassem as primitivas condições dos "contratos do Brasil". Neste sentido, não surpreende que o Decreto de 12 de Julho de 1771, para obviar ao "escandaloso e excessivo extravio de diamantes" e grandes irregularidades administrativas, como "a grande desordem da ilimitada quantidade de negros alugados", determinasse que a extracção dos diamantes das minas dos Brasil deixasse de ser feita por contratos com particulares, os quais apresentavam despesas desmedidas, e passasse a correr por conta da Fazenda Real. Este importante empreendimento era presidido pelo próprio inspector geral do Erário Régio, por três directores, em Lisboa, próximos, também, do Erário Régio (um dos directores era Joaquim Inácio da Cruz Sobral, tesoureiro-mor desta instituição), e por três administradores gerais no Arraial do Tijuco, comarca do Cerro do Frio, capitania de Minas Gerais. Os directores asseguravam a administração geral e ordinária de toda a produção diamantífera, devendo, periodicamente, apresentar orçamentos e resumos do estado financeiro da Real Extracção ao inspector geral do Erário Régio, “praticar com boa-fé o trato mercantil e a escrituração separada" e enviar as suas ordens à Administração Geral do Cerro do Frio. Na exploração do Arraial do Tijuco, comarca do Cerro do Frio, seria conservado o então administrador geral, Caetano José de Sousa, devendo ser nomeados mais dois administradores gerais, para maior garantia das conferências e acertos dos importantes valores que nesse lugar eram extraídos. A conferência deveria ser efectuada pelos três administradores de quinze em quinze dias "na casa da Administração, onde os cofres estiverem, com a assistência de Francisco José Pinto de Mendonça, desembargador dos Agravos da Casa da Suplicação e, cumulativamente, intendente geral dos Diamantes. Vulgarmente, quando é referida a "Administração da Real Extracção dos Diamantes", a expressão tem o sentido de conjunto dos administradores gerais da exploração mineira, cujas actividades se situavam na comarca do Cerro do Frio, capitania de Minas Gerais, no Brasil. A nova administração adquiriria os escravos e todo o equipamento de produção, propriedade dos antigos contratadores, excepto "as rossas em que se cultivavam mantimentos", deveria utilizar na sua escrituração contabilística o método das partidas dobradas e remeter balanços anuais para os três directores em Lisboa, os quais dariam as ordens necessárias para a melhor administração da Real Extracção dos Diamantes das Minas do Brasil. A Administração Geral tinha competências sobre o normal desenrolar das actividades extractivas, mas sobre matérias mais importantes, como, por exemplo, a do lavor das terras, ou seja, a expansão da mineração para novos terrenos, deveriam as mesmas ser apresentadas ao soberano pelo inspector geral do Erário Régio. De notar que a actividade de extracção dos diamantes não foi regulamentada, nesta altura, unicamente pelo referido Decreto de 12 de Julho de 1771, pois, em Alvará de 23 de Maio de 1772, criando e regulamentando o ofício de "fiscal dos diamantes do Arrail do Tijuco", é citado "outro Alvará e Regimento dado em dous de Agosto de mil setecentos e setenta e hum; por Mim ordenado [...], determinando nos cinquenta e quatro capítulos que se comprehendem no dito Alvará [...] o estabelecimento do verdadeiro systema pelo qual se há-de reger". João Pedro Ribeiro não conseguiu ter acesso ao original deste "Regimento", referindo tão-só a sua "declaração". Nas primeiras instruções, enviadas ao administrador geral pela Direcção de Lisboa, a partir de 22 de Agosto de 1771, recomendava-se-lhe que limitasse a extracção dos diamantes à "quantidade [...] que seja bastante para cobrir a importância do preço anual de 144 contos de réis, e o hum por cento para a Obra Pia [...] não sendo por ora conveniente de procurar maior extracção, pela quantidade dos diamantes do Contrato que se acham nesta Cidade, os quais são superabundantes à saída que se presume haver no ano próximo futuro". Era-lhe também recomendado que tivesse todo o cuidado com as estratégias de especulação de milho e de mandioca, em que costumavam participar os últimos contratadores. Tudo o que fosse necessário para o serviço da mineração, deveria ser adquirido no Rio de Janeiro a procuradores dos "Directores da Administração de Lisboa". As despesas da administração das minas seriam cobertas pela quantia de quinhentos mil cruzados, que a Coroa disponibilizava, anualmente, para essa finalidade. Os diamantes eram carregados no Rio de Janeiro, numa nau de guerra que também "haveria de conduzir os Reais Quintos […] a esta Cidade", à ordem do inspector geral do Erário Régio, que ordenava a sua entrada na Casa da Moeda. A Administração Geral deveria, também, comunicar por "contas separadas" o custo de cada um dos géneros "por exemplo, o milho ou a farinha ou o feijão, com as suas respectivas conduções, ordenados dos Feitores, jornais dos negros alugados às pessoas empregadas no serviço da Administração; os das pessoas de fora; os ordenados dos Administradores; o custo das Ferrarias; os das Carpintarias e assim as mais despesas". Note-se que, com estas medidas, a Coroa não chamou a si a integridade do circuito dos diamantes, desde a extracão até à comercialização, pois a sua venda no Reino era feita mediante contrato, como se pode ver pelo "Livro Mestre" da Direcção de Lisboa, onde se recolhe a informação de que, a partir de 13 de Novembro de 1775, foram feitas entregas periódicas de grande quantidade de diamantes, provenientes directamente do Rio de Janeiro "ou do Paço de Sua Majestade", os quais "costuma anualmente comprar Daniel Guildemester [cônsul da Holanda], na forma do seu contrato". Por Alvará de 13 de Maio de 1803, reconhecendo-se a exaustão da actividade mineira, foi dado um novo "Regimento Geral para o governo e administração das Minas e Estabelecimentos Metálicos no Brasil", prevendo-se o estabelecimento de Escolas Mineralógicas e Metalúrgicas semelhantes às de Freiberg e Schmritz. Por esta lei foi também criada uma Real Junta Administrativa da Mineração e Moedagem em Minas Gerais, foram abolidas as Casas de Fundição e deslocadas paras as capitanias de Minas Gerais e de Goiás as Casas da Moeda do Rio de Janeiro e da Baía e foi "reduzido em benefício dos seus fiéis vassalos o Real Direito do Quinto ao Décimo .[…]". Contudo, este novo regimento parece ter só alterado o sistema administrativo da mineração no Brasil, pois registos de 1807 continuam a fazer referência à "Real Extracção dos Diamantes". Não é conhecida qualquer informação sobre a evolução do sistema administrativo das actividades mineiras e extractivas do Brasil, posterior a 28 de Setembro de 1807, data do último registo desta documentação.
Contém 89 números do jornal "O Século" (nºs 11787 a 11875). Entre os temas relevantes publicados destacam-se: O desenrolar da guerra: "Os objectivos dos alemães fracassam" (1/10/14); "Os combates adquirem a maior violência" (3/10/14), "A guerra aérea. Os aviadores alemães lançam bombas sobre Compiegne" (6/10/14), "A batalha do Aisne vai decidir-se" (7/10/14), "No extremo oriente os japoneses apoderam-se das ilhas Marshall, do arquipélago da Micronésia" (8/10/14), "A Europa em guerra" (14/10/14) [Apresenta fotografia de Paris com indicação de locais bombardeados], "A grande conflagração" (15/10/14) [Apresenta fotografia da ocupação de Bruxelas pelos alemães], "Londres incendiada pelos «Zeppelins» (16/10/14), "A grã-duquesa do Luxemburgo que os alemães sequestraram depois de terem violado o território do grã-ducado. A grã-duquesa é a princesa Maria Adelaide, filha duma infanta de Portugal" (20/10/14) [Apresenta fotografia da duquesa]."Os japoneses ocupam Tsing-Tao" (8/11/14), "Aliados progridem" (18/11/14), "A ferro e fogo na Bélgica e na França" (7/12/14), "Os franceses reocupando a Alsácia. Um soldado dá lições de leitura às crianças de Soppe-le-Bas" (28/12/14) [Apresenta fotografia] Espionagem: "Os espiões. Para os seus fins de tudo se servem" (7/11/14) [Apresenta caricatura recente dum jornal inglês sobre a espionagem alemã nos restaurantes de Londres] A situação de Portugal no conflito: "Portugal e a guerra" (1/10/14), "Mobilização militar. Confirma-se a nossa cooperação junto da Inglaterra e da França" (2/10/14), "Portugal e a guerra. Portugal mobiliza ou não?" (12/10/14). "Portugal e a guerra. Os açambarcadores" (12/10/14), "A próxima mobilização. Constituição da divisão expedicionária" (17/10/14),"Portugal e a guerra. O preço dos ovos nas próximas semanas" (17/10/14), "A intervenção de Portugal no conflito. O congresso aprova unanimemente uma proposta do chefe do governo nesse sentido" (24/11/14) A mulher portuguesa e a guerra: "Conferência de Leote do Rego. A mulher portuguesa perante a guerra. Procura-se criar uma atmosfera de pavor, mas as mulheres portuguesas dão um belo exemplo de desassombro e energia" (12/10/14) Censura militar: "Censura militar. Aos jornais serão fornecidas pelos ministérios da guerra, marinha e colónias as notícias que poderão ser publicadas" (1/12/14) Comemorações da implantação da República: "O aniversário da República [...] Viva a República! Viva a França!" (5/10/14) Crises Governamentais: "A solução da crise. Ficou ontem constituído o novo ministério" (12/12/14) [Apresenta fotografia de novos ministros] (12/12/14) Perseguições à imprensa monárquica. Movimentos monárquicos: "Diligência policial na redacção de um jornal monárquico" (1/10/14), "O movimento monárquico. Prisão do advogado Pacheco Soares. Foi descoberto na estação de Alhandra, disfarçado de saloio" (24/10), "A insurreição monárquica. Prisão do chefe monárquico José de Azevedo" (30/10/14), "O ajuste de contas. A caça aos cabecilhas monárquicos" (3/11/14) [Apresenta fotografia do conde de Mangualde] Inovações tecnológicas: "O engenho humano. Um novo aparelho rádiotelegráfico" (4/10/14), "O «Século Cómico» a 1 centavo. Impresso em nova máquina, já é possível vendê-lo a 1 centavo" (23/10/14) [Apresenta fotografia de máquina impressora] "O aeroplano «Portugal» inventado e construído pelo mecânico português Moisés de Carvalho" [Apresenta fotografia] (12/12/14) Portugal e a Santa Sé: "O Vaticano continua a ter a impressão de que para a igreja católica se iniciaram, no nosso país, melhores dias" (25/12/14) Participação portuguesa em exposições internacionais "A nossa representação na exposição Panamá- Pacifico" (13/11/14) [Apresenta fotografias do pavilhão português] Lançamento de moedas e notas "A nova nota de cinco escudos" (17/10/14) [Apresenta fotografia], "Uma obra de mau gosto. A nova moeda de um escudo" (17/10/14) [Apresenta fotografias de moedas do tempo de D. João V e D. Maria I] Touradas: "No Campo Pequeno. A grande tourada de hoje [...] em favor dos feridos de guerra" (8/10) Catástrofes: "Uma horrorosa catástrofe. Explosão de um gasómetro na fábrica do Boa Vista" (11/10/14) Naufrágios: "Ao norte de Leixões. Outro grande naufrágio. Um vapor holandês que bate nas pedras e se afunda rapidamente. Trinta e quatro mortos" (14/12/14), "No norte de Leixões. Os últimos naufrágios. O porto necessita de grandes melhoramentos para evitar os sinistros marítimos" (15/12/14) Acções de solidariedade "Festa de solidariedade. A assistência popular da paróquia civil Marquês de Pombal comemorou ontem o seu primeiro aniversário com a comparência do ministro da instrução" (26/10) [Apresenta fotografia de fila de pobres a quem foi distribuído o bodo] Arte e cultura: "Vida artística. No salão da "Ilustração Portuguesa foi ontem inaugurada a exposição dos quadros do senhor Gilberto Renda" (3/12/14) Desenvolvimento turístico colonial: "Turismo em Lourenço Marques" (9/10/14) Importações e exportações das colónias: "Açúcar colonial. Deve ser brevemente publicado o diploma que regula a sua importação na metrópole" (9/10/14), "O café de Angola. Seria conveniente impor a sua escolha antes da exportação?" (10/10/14) Atentados e ataques ao regime vigente. Movimentos revolucionários "Prevenções em Lisboa. Os acontecimentos da madrugada. Houve noticia de vários atentados dinamitistas nas linhas férreas do norte e oeste" (20/10/14), "Os acontecimentos de ontem. Atentados contra as linhas férreas, corte de fios telegráficos e uma tentativa de rebelião em Mafra" (21/10/14) [Apresenta fotografia], "Os últimos acontecimentos. A noite de ontem. Manifestações em Lisboa. Um conflito na rua Augusta. A multidão assalta os escritórios de um jornal. Aclamando a República" (23/10/14) Congressos partidários: "Partido socialista. Últimas sessões do congresso regional do sul" (3/12/14) Emancipação da mulher: "O feminismo na Itália. As mulheres querem advogar como [...] uns homens" (19/11/14) Publicidade a tratamentos contra diverso tipo de doenças: "As pessoas fracas que sabem dar apreço à saúde devem limpar os pulmões e brônquios com o Creosonal para resistir às bronquites, às gripes, às pneumonias [...] e para curar a diabetes" [Apresenta imagem] (4/10/14). "A sífilis desarmada pelo Depuratol !!!" (11/10/14) (18/10/14) [Apresenta imagem]. "As donzelas pálidas e as mulheres de fraca compleição mostram-se muitas vezes nervosas, languidas e enfadadas em consequência da má qualidade ou da deficiência do sangue [...] Emulsão Scott" [Apresenta imagem] (5/12/14) Publicidade a aparelho para conter as hérnias : "A funda do Dr. Barrere" [Apresenta imagem] (6/10/14), Publicidade a produtos que evitam a queda do cabelo: "Não hesiteis um momento em usar a loção DE NICE na queda do cabelo!" [Apresenta imagem] (9/10/14) Publicidade a pneus: "Goodrich tyres [...] Directamente da fábrica [...] São frescos" (11/10/14) Publicidade a estabelecimentos comerciais: "Le tailleur du Chiado [...] a mais importante casa d'alfaiate para senhoras e crianças" (4/10/14), "Casa Africana. Rua Augusta. Lisboa" (4/10/14), "Exposição [...] Armazéns Grandela [...] Rua do Ouro. Rua do Carmo" (4/10/14) "Fatos sem prova. Old England" [Apresenta imagem] (4/10/14), "A elegante. Hoje. Inauguração da Estação de Inverno. Os mais lindos chapéus de senhora" (15/10/14) [Apresenta imagem], "Casa dos Arcos. Au Grand Tailleur" (18/10/14) [Apresenta imagem]. Publicidade a jornais e revistas: "Ansiedade. Estou ansiosa que chegue o dia de amanhã, para ver o meu querido suplemento do modas e bordados" 8/12/14 [Apresenta imagem] Doenças e epidemias. Descobertas na área da medicina: "A moléstia suspeita. Tudo indica que brevemente estará extinta" [Cólera] (9/10/14), "Uma doença suspeita grassa em Toledo e manifesta-se de carácter epidémico" (9/10/14), "O flagelo do cólera. Um caso na Suíça. Vinte e sete na Áustria" (13/10/14), "O cólera na Áustria. Mais vinte e nove casos" (18/10/14), "As grandes conquistas da ciência. A cura do cancro pelo Radium" [Apresenta fotografia de doente], "A epidemia do tifo. Uma grande procissão de preces" (9/10/14), "No mundo da ciência. A cura do cancro [...] Pelo «radium»" (6/12/14) Espectáculos em cena na capital: " ´Éden Teatro [...] 'Amor de Máscara'" (1/10/14), "Eden Teatro [...] 'Casta Suzana'" (9/10/14), "Teatro Avenida [...] 'Céu Azul' " (14/11/14), "Chiado Terrasse. Hoje. Estreia do sensacional drama 'Sozinha em Paris'. Película dramática de grandes lances. Grande acontecimento mundial" (30/11/14), "Olympia. Grandiosa matinée e soirée. Última exibição «Noite trágica - A expulsão» 1.000 metros. 1.500 metros «Partida das tropas para a África" (6/12/14) A moda feminina: "Modas" (6/10/14) (10/10/14) (20/10/14) (26/10/14) (13/11/14) (7/12/14) (12/12/14) (29/12/14) [Apresenta imagens] Estabelecimentos comerciais: "A pastelaria Benard. Reabre hoje modificada, embelezada e modernizada" (30/10/14) [Apresenta fotografia] Tauromaquia: "Tauromaquia. Nova escola de toureio" (4/12/14) Escutismo: "Escuteiros de Portugal. 6º Grupo [...] O exercício de domingo passado foi na serra de Monsanto" (4/12/14) Expedições militares portuguesas em África: "Expedições à África" (11/10/14) (13/10/14), "Expedição a Angola. Organização do batalhão de marinheiros" (30/10/14), "Forças para Angola. Parte hoje o grosso da coluna expedicionária" (3/12/14), "Forças para Angola. Partiu ontem o grosso da coluna expedicionária" (4/12/14) [Apresenta fotografia] Invasão das colónias portuguesas africanas: "Os alemães em Angola? Levam a confirmar este facto notícias recentes" (4/11/14), "Os alemães em África. Em Angola. Em Moçambique" (7/11/14), "No sul de Angola. Nova incursão dos alemães" (18/11/14), "Portugueses e alemães em Angola. novo recontro em Naulila" (3/12/14), "Os acontecimentos de Angola. Pormenores do massacre de Cuangar. A malvadez alemã" (29/12/14) Envio de prisioneiros para as colónias africanas "Leva de prisioneiros vão para Luanda cumprir pena de degredo" (21/10/14) Desinfestação e desinfecção de documentos: "Uma iniciativa útil. Na Biblioteca Nacional é criado um posto de saneamento e desinfecção de livros" (21/10/14) [Apresenta fotografias] Notícias desportivas: "Sport. Náutica - Organizada pelo Club Naval de Lisboa, coadjuvado por uma comissão de banhistas, efectuam-se hoje corridas de vela, remos e natação [...]"(4/10/14), "No 'Stadium' de Lisboa vai realizar-se a melhor festa de 'Sport" [Atletismo] (9/10/14). "A festa de domingo 18. No imponente 'Stadium' de Lisboa vai realizar-se o primeiro desafio de «foot-ball» da época de 1914-1915" (10/10/14), "A grande festa de Domingo. Um campeão do mundo em Lisboa?" [Apresenta fotografia de equipe de tracção à corda do Sporting Club de Portugal] (14/10/14), "Uma grande festa. A tarde de ontem no 'Stadium'. O senhor ministro de Inglaterra dá o primeiro pontapé de saída da época de «foot-ball» de 1914-1915" [Apresenta fotografia] 19/10/14, "Ciclismo. A inauguração do velódromo", "Náutica. Festa de homenagem", "Ciclismo no Porto" "Patinagem. Reuniões [...] no «rink» da rua da Escola Politécnica [...] aos domingos e quintas-feiras há reuniões elegantes", "Ginástica sueca" (4/12/14) Inauguração de pistas desportivas: "O novo velódromo" (29/11/14) Exposições de animais: "Uma festa educativa. Quarto concurso de animais de tração. Realizou-se no Campo Pequeno [...]" [Apresenta fotografia] (12/10/14)
Xavier da Cunha nasceu em Évora, a 14 de Fevereiro de 1840, e faleceu em Lisboa, em 11 de Janeiro de 1920. Era filho de Estêvão Xavier da Cunha, jornalista, que detinha o cargo de secretário da Administração Geral do Distrito, em Évora. Foi casado com D. Antónia Balbina Mendes Figueiredo da Cunha. Concluiu o curso da Escola Médico-Cirúrgica em 1865. Exerceu funções de cirurgião interno no Hospital da Marinha, em Lisboa, de facultativo da Associação Conciliadora de Santa Catarina, em Lisboa, do Hospital da Misericórdia, de Alcobaça, e do Hospital de Constância, na vila da Barquinha. Em 1886 foi provido no cargo de segundo conservador da Biblioteca Nacional de Lisboa, tendo sido nomeado director da mesma em 1902, cargo que ocupou até 1910. No desempenho desta função organizou várias exposições, como as dedicadas a Cervantes, Petrarca, Garrett, ou biblio-iconográficas. Publicou "A Biblioteca Nacional e os seus livros médicos"; "A legislação tributária em benefício da Biblioteca Nacional"; "A Bíblia dos bibliófilos"; "A Biblioteca Nacional de Lisboa: suas deficiências e remédio dessas deficiências"; "Impressões deslandesianas: divagações bibliográficas"; "Notice sur la Bibliothèque Nationale". Foi escritor, poeta, bibliógrafo. Publicou poesia lírica sob o pseudónimo de Olímpio de Freitas. As suas obras foram compiladas num volume, em 1910, com prefácio do próprio. Parte delas foi traduzida e publicada noutras línguas, nomeadamente em italiano, tendo sido tradutor Próspero Peragallo. Uma das suas obras mais conhecidas é "Pretidão de Amor: endechas de Camões a Bárbara escrava seguidas da respectiva tradução em várias línguas". Lisboa: Imprensa Nacional, 1893-95. Publicou ainda "António Ribeiro dos Santos: bibliófilo"; "Camões e Lord Stangford"; "Filinto Elísio: bibliófilo"; "Francisco Henrique Ahlaers: subsídios para a sua biografia"; "Homenagem a Vasco da Gama"; Notícia de um precioso livro da Biblioteca Nacional: repertório dos tempos de Valentim Fernandes Aleman"; "A epopeia das navegações portuguesas: estrofes com traduções em italiano, espanhol e francês, por Prospero Peragallo, D. José Lamarque e José Benoliel"; "Frederico Mistral: parecer à sua candidatura"; "Garrett e as cantoras de San Carlos"; "Homenagem póstuma ao visconde Júlio de Castilho"; "Manuel Vieira da Natividade"; "A medalha de Casimiro José de Lima em homenagem a Sousa Martins"; "No adro da igreja das Chagas: soneto a Camões"; "A medalha escolar do Colégio do Corpo Santo"; "Algumas palavras acerca do Conde de Valenças"; "Quem era José Colffs de Guimarães"; "Sepultura de Garrett"; entre outras. Colaborou no "Arquivo Pitoresco", na "Gazeta de Portugal" e no "Dicionário Contemporâneo", organizado por Caldas Aulete e Santos Valente, e no "Dicionário Popular", dirigido por Pinheiro Chagas, e ainda no "Álbum de Costumes Portugueses", "Lisboa-Creche" ou "A Espanha", publicação ilustrada, dedicada à Associação dos Escritores e Artistas Espanhóis - Madrid. Dirigiu, ele próprio, várias publicações, como "A Biblioteca do Povo e das Escolas". Colaborou também na Exposição Oceanográfica e no Congresso Internacional de Liège Foi sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa, bem como de outras instituições de carácter literário e científico, em Portugal e no estrangeiro.
As concepções político-ideológicas de Salazar configuraram o regime político do Estado Português entre 1926 e 1968. A sua personalidade e vida pública estiveram intrinsecamente associadas ao Estado Novo, sistema conservador e autoritário que criou e que intransigentemente procurou manter. A relevância e a duração dos cargos governativos que ocupou, a multiplicidade das funções que desempenhou, o enorme poder que concentrou e a forma como o exerceu, deixaram marcas profundas no país, na esfera política, económica, social e cultural. António de Oliveira Salazar nasceu no Vimieiro, Santa Comba Dão, a 28 de Abril de 1889. Em 1900 entrou no Seminário de Viseu, onde concluiu o curso complementar no Liceu Alves Martins em 1910. Neste período proferiu conferências e colaborou nos jornais católicos viseenses "A Folha" e "Ecos da Via Sacra". Ainda em 1910 matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Nesta cidade, a partir de 1912, escreveu no jornal do Centro Académico da Democracia Cristã, o "Imparcial", dirigido por Manuel Gonçalves Cerejeira, onde refutou claramente a política anti-clerical da República e participou na organização da Juventude Católica. Em 1914 concluiu o curso de Direito na Universidade de Coimbra e em 1916 apresentou, na mesma Universidade, uma dissertação de concurso para assistente, intitulada "O Ágio do Ouro. Sua natureza e suas causas (1891-1915)". A partir de 1916, colaborou assiduamente no "Boletim da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra" e na "Revista de Legislação e de Jurisprudência". Em 1918 tomou posse do lugar de professor catedrático de Ciências Económicas, da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. No ano seguinte foi suspenso da Faculdade de Direito sob acusação de apologia monárquica. Ainda em 1919, candidatou-se a deputado do partido católico, o Centro Católico Português, pelo círculo de Viana do Castelo, não sendo eleito. Em 1921 foi eleito pelo círculo de Guimarães. No ano de 1922, colaborou no jornal "A Época", do Centro Católico Português. Em 1923 participou, em Lisboa, no Congresso das Associações Comerciais e Industriais Portuguesas, com uma tese intitulada "Redução das despesas públicas". No ano seguinte participou no I Congresso Eucarístico Nacional, na cidade de Braga, onde proferiu um discurso intitulado "A Paz de Cristo na classe operária pela S.S. Eucaristia", publicado integralmente no "Diário da Manhã". Em 1925 colaborou no jornal "Novidades", do Patriarcado. Candidatou-se a deputado do Centro Católico Português pelo círculo de Arganil, para o qual não foi eleito. Assumiu a vice-presidência da Comissão Diocesana de Coimbra. No mesmo ano, por iniciativa do Centro Católico Português, proferiu, no Funchal, conferências sobre o "Laicismo e liberdade", "O bolchevismo e a congregação" e apresentou ao X Congresso luso-espanhol para o progresso das Ciências uma tese sobre o "Aconfessionalismo do Estado". Logo após o golpe militar de 28 de Maio de 1926, Salazar foi chamado por Mendes Cabeçadas e Gomes da Costa para ocupar a pasta das Finanças, que assumiu de 3 a 19 de Junho de 1926, segundo os Decreto nº 11.707e nº 11.753, até ao derrube do Ministério de Mendes de Cabeçadas por Gomes da Costa. No mesmo ano de 1926, colaborou com o ministro das Finanças da Ditadura, Sinel de Cordes, presidindo a uma Comissão para elaborar as bases da revisão fiscal. Em 1927 escreveu no jornal "Novidades" uma série de artigos sobre as "Contas do Estado", onde criticou a política financeira da Ditadura e o "grande empréstimo" caucionado pela Sociedade das Nações. Em 1928, quando a Ditadura recusou viabilizar o "grande empréstimo", Salazar foi novamente nomeado ministro das Finanças pelo Decreto nº 15.409, de 27 de Abril de 1928, cargo que manteve até 28 de Agosto de 1940, segundo o Decreto nº 30.704. Da acção empreendida, mereceram destaque iniciativas como a reforma orçamental, a criação da Intendência Geral do Orçamento, a reforma da Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência, a reforma tributária, a reforma aduaneira, a reorganização da Direcção Geral das Contribuições e Impostos, a reorganização da Guarda Fiscal, a criação da Inspecção Geral de Finanças, a reforma da Contabilidade Pública, a criação do Tribunal de Contas, a criação do Instituto Nacional de Estatística, a criação da Junta do Crédito Público, a promulgação da lei sobre a reconstituição económica e um conjunto de diplomas sobre o crédito agrícola e o condicionamento industrial. Entre 1928 e 1940 Salazar fez publicar, pela pasta das Finanças, 2.363 Decretos e Decretos-Lei. Em 1930 exerceu por duas vezes o cargo de ministro interino das Colónias, de 21 de Janeiro a 29 de Julho, como comprovam os Decretos nº 17.886 e nº 18.691, e de 3 a 6 de Novembro, segundo os Decretos nº 18.999 e nº 19.014. A aprovação do Acto Colonial, pelo Decreto nº 18.570, de 8 de Julho de 1930, da Carta Orgânica do Império Colonial Português, pelo Decreto nº 23.228, de 15 de Novembro de 1933 e a reforma administrativa ultramarina, pelo Decreto nº 23.229, do mesmo dia e ano, foram resultados significativos dessa acção governativa. Como ministro das Colónias, Salazar fez publicar 62 Decretos e Decretos-Lei. Em 1930 foi lançado o manifesto da União Nacional e em 22 de Dezembro de 1931 foi criado o Conselho Político Nacional, pelo Decreto nº 20.643. A convite do presidente da República, António Óscar Fragoso Carmona, Salazar foi nomeado Presidente do Ministério a 5 de Julho de 1932, pelo Decreto nº 21.444, cargo que ocupou durante 37 anos. De acordo com a Constituição da República Portuguesa, promulgada pelo o Decreto-Lei nº 22.241, de 22 de Fevereiro de 1933, competia ao Presidente do Conselho a coordenação e direcção da actividade de todos os Ministros, que perante ele respondiam politicamente pelos seus actos. Para além disso, podia gerir os negócios de um ou mais Ministérios. O Presidente do Conselho era nomeado e demitido livremente pelo Presidente da República. Os Ministros e os Subsecretários de Estado eram nomeados pelo Presidente da República, sob proposta do Presidente do Conselho. A partir da plebiscitação da Constituição a 19 de Março de 1933, a década de 30 assistiu à institucionalização do Estado Novo e ao lançamento das bases da organização corporativa com a aprovação do Estatuto do Trabalho Nacional, a organização do Subsecretariado de Estado das Corporações e Previdência Social, responsável pela criação das Casas do Povo, dos Grémios, do Instituto Nacional do Trabalho e Previdência, dos Sindicatos Nacionais, da Federação Nacional para a Alegria no Trabalho e do Sistema de Previdência Social, e ainda com a organização da Câmara Corporativa e do Conselho Corporativo. Na mesma década foram criadas as organizações de juventude, Acção Escolar Vanguarda, Cruzada Nacional D. Nun'Álvares Pereira e Mocidade Portuguesa. Após a instituição, em 1933, do Secretariado de Propaganda Nacional e da Direcção Geral dos Serviços de Censura, diversos periódicos monárquicos, republicanos democráticos e independentes, foram silenciados. De igual modo, foram estabelecidos limites à liberdade de associação pela Lei nº 1.901 de 1935 e ilegalizados Sindicatos. As sucessivas revisões constitucionais, de 1935, 1936, 1937, 1938, 1945, 1951, 1959 e 1965, vieram reforçar os poderes do Executivo, na pessoa do Presidente do Conselho e restringiram ou neutralizaram progressivamente os poderes constitucionais e legais dos demais Órgãos de Soberania Em 4 de Julho de 1937 Salazar escapou ileso a um atentado à bomba, em Lisboa. A manutenção da ordem pública foi, desde o início dos anos 30, uma preocupação constante de Salazar. Inúmeros discursos e notas oficiosas sobre "Ordem pública" denotam esse tipo de preocupações. Constituíram instrumentos previlegiados no controlo e repressão dos movimentos de contestação ao regime e dos surtos grevistas, a criação das polícias políticas PVDE e PIDE, em 1933 e 1945, e da organização para-militar Legião Portuguesa, consignada no Decreto-Lei nº 27.058, de 30 de Setembro de 1936, bem como a criação, pelo Decreto-Lei nº 26.539, de 23 de Abril do mesmo ano, da colónia penal para presos políticos no Tarrafal e a obrigatoriadade de apresentação de declaração de "activo repúdio do comunismo e de todas as ideias subversivas", para ocupar um lugar no Estado e serviços autónomos, de acordo com o Decreto-Lei 27.003, de 14 de Setembro de 1936. A complexidade das questões politico-militares e diplomáticas decorrentes da importância estratégica de Portugal no contexto de aliança inglesa, da guerra civil de Espanha e da guerra mundial de 1939-1945, levaram Salazar a acumular interinamente a pasta da Guerra, a 11 de Maio de 1936, pelo Decreto nº 26 584, e a pasta dos Negócios Estrangeiros, a 6 de Novembro do mesmo ano, pelo Decreto nº 27.161, cargos em que se manteve, respectivamente, até 6 de Setembro de 1944, de acordo com o Decreto nº 33 926 e 6 de Novembro de 1947, segundo o Decreto nº 36 126. Como ministro da Guerra, coadjuvado por Santos Costa, iniciou a reforma do Exército que anunciara nos discursos "Temos de ter um Exército" e "Teremos um Exército". Entre 1936 e 1944 Salazar fez publicar, como ministro da Guerra, 302 Decretos e Decretos-Lei. Em Março de 1939 Portugal celebrou com a Espanha o Pacto Ibérico, tratado de amizade e não agressão e, em Setembro do mesmo ano, no quadro da segunda guerra mundial, Salazar afirmou a "neutralidade de Portugal" perante este conflito. Na caracterização do regime, assumiu particular relevância a relação privilegiada que o Estado manteve com a Igreja Católica, consubstanciada na assinatura, em 1940, da Concordata e do Acordo Missionário, entre Portugal e a Santa Sé. Na década de cinquenta, mereceram destaque dois acontecimentos que afectaram pessoalmente Salazar e puseram em causa o regime: a candidatura do general Humberto Delgado às eleições presidenciais de 1958 e a carta que o bispo do Porto lhe dirigiu, criticando severamente o regime. À instabilidade política interna acresceu o surgimento de movimentos de contestação à política ultramarina, nos territórios portugueses da Índia e da África. Estes últimos tiveram expressão significativa a partir da criação do Movimento Popular de Libertação de Angola e do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde, em 1956 e da Frente de Libertação de Moçambique, em 1962. Imediatamente após os primeiros sinais de violência em Angola, em Março de 1961, que marcaram o início da guerra colonial, Salazar assumiu a pasta da Defesa Nacional entre 13 de Abril de 1961, pelo Decreto nº 43 592, e 4 de Dezembro de 1962, segundo o Decreto nº 44 753. 1961 foi também o ano do assalto e da tomada do paquete Santa Maria por um comando oposicionista encabeçado por Henrique Galvão e ainda o ano da ocupação, pela União Indiana, dos domínios portugueses na Índia. A situação política decorrente da guerra colonial foi internamente agravada, na década de sessenta, pela contestação estudantil e pelos protestos de sectores católicos, tradicionalmente afectos ao regime. A décima quinta e última remodelação ministerial foi empreendida em 1968. Entre 1932 e 1968 Salazar fez publicar pela Presidência do Conselho mais de 7.000 Decretos e Decretos-Lei. Em consequência da grave doença que atingiu Salazar no início de Setembro de 1968, foram "perdidas todas as esperanças (...) de poder voltar a exercer, em plenitude, as funções do seu alto cargo", como refere o Decreto nº 48 597, de 27 de Setembro. Pelo conhecimento que directamente colhera de Salazar, "que não desejava morrer no desempenho das suas funções", o Presidente da República, ouvido o Conselho de Estado e usando da faculdade conferida pelo nº 1, do artigo 81º, da Constituição, decidiu exonerar Salazar do cargo de Presidente do Conselho de Ministros e nomear, para o substituir, Marcello José das Neves Alves Caetano. Salazar morreu em Lisboa, a 27 de Julho de 1970.
A documentação engloba: Charlotte Lemesle 1909-05-04 a 1929-06-28: Os cônjuges Pedro Burnay e Charlotte de Burnay, sob a garantia dos advogados Pinto Coelho e Lopes Vieira, convencionaram cumprir o acordo, que engloba várias cláusulas: a saber, o conselho de família autorizará a separação por unanimidade, ficando regulado a separação de bens, o poder paternal, pensão de alimentos para menores e contém ainda, declaração de Pedro Burnay, dizendo que se encontra a residir na Argentina, Buenos Aires, e que recebeu uma carta que continha o duplicado e citação, para um processo que corre no Tribunal do Comércio de Lisboa e os autores são a sua irmã e o marido. Nos autos Ana Maria Nogueira Soares Cardoso e Duarte Gustavo Nogueira Soares Cardoso, intentaram a ação contra Charlotte de Sénégre e seu marido Jean Antoine François Sénégre, Pedro Henrique Burnay e Paulo Burnay, Banco Burnay, Sociedade Anónima de Responsabilidade Limitada e Ministério Público, com os seguintes fundamentos: que por falecimento, em 1909, de Henry Burnay (1.º conde de Burnay), houve inventário orfanológico que correu na 6.ª Vara Cível de Lisboa. Contém ainda, uma certidão de Joaquim Gonçalves Videira, escrivão da Terceira Vara do Tribunal do Comércio, de Lisboa, em que existem uns autos dos autores e réus, citados anteriormente. Nota das ações do Banco Burnay, apresentação por parte do Visconde do Marco, das despesas efetuadas na causa comercial que moveu contra Charlotte Sénégre e outros, e correspondência do Visconde do Marco com Victor dos Santos, advogado. Banco Burnay 1925-03-20 a 1930-08-22: Contém recortes dos jornais “Diário do Governo”, “A Capital”, cartas, ação do Banco Burnay, Sociedade Anónima de Responsabilidade Limitada, que pretende propor ação no Tribunal do Comércio de Lisboa, contra vários réus, herdeiros e representantes da Condessa de Burnay, assim como, os herdeiros e representantes do falecido sócio da sociedade Henry Burnay & Companhia, Henrique Burnay, 2.º conde de Burnay. Cartas sobre partilha de bens entre herdeiros, índice dos copiadores reservados da firma Henry Burnay & C., do Banco Burnay e gerência. Pedro Burnay 1929-08-29 a 1930-11-11: Carta em que o assunto relevante é a tentativa de saber o valor dos honorários de médicos conceituados, com especial experiência, para elaborarem um relatório, ou seja, para intentar o processo da ação de interdição, contra Pedro Burnay. Correspondência com Adelino Eugénio da Costa, advogado, sobre as divergências dos honorários sobre a ação de interdição. Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses 1930-04-04 a 1930-10-31: Acácio de Almeida Furtado, advogado em nome da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses, Sociedade Anónima de Responsabilidade Limitada, propõe ação contra os herdeiros incertos de António Júlio Correia Guedes e os herdeiros e representantes do falecido Henry Burnay e de sua esposa D. Maria Amélia de Carvalho Burnay, condes de Burnay. Título de Visconde do Marco 1937-04-23 a 1950-11-11: O uso oficial dos títulos nobiliárquicos e legislação que regula em especial esta matéria, "por essas famílias, devem ser conservados para que não se extinga o fim da atual geração". Vila de Santo António 1942-07-06 a 1945-07-25: Correspondência de José Marques solicitador, sobre a herança de D. Maria Amélia de Carvalho Burnay de que é inventariante e cabeça de casal Carolina Burnay Soares Cardoso (viscondessa do Marco). Contém documentos da Comissão Liquidatária da Herança da Condessa de Burnay, nos autos de requerimento para expropriação que correm em juízo, e que são requerentes a Câmara Municipal de Lisboa e os herdeiros da Condessa de Burnay. Correspondência de José Marques, dirigida ao visconde do Marco, Duarte Nogueira Soares Cardoso, sobre a expropriação e dirigida também a Adelino Costa, advogado. Cópia do despacho dos autos de expropriação por utilidade pública entre a Câmara Municipal de Lisboa e Ludovina Teresa da Conceição Ramos e outros. Expropriação da Câmara Municipal de Lisboa, contra Carolina Burnay Soares Cardoso e outros, dos prédios n.º 543 e 3734. Contém as importâncias recebidas da expropriação de 24/11/1941 do terreno de Águas Boas, Vila de Santo António, terreno da Junqueira e que totalizou 387.480$00. Importância que foi depositada na conta da Comissão Liquidatária da Herança da Sr.ª Condessa de Burnay em 13/2/1942. José Pereira Monteiro 1943-06-25 a 1944-03-21: Correspondência entre o Visconde do Marco e José Pereira Monteiro e o litígio com António Vasconcelos de Lencastre, devido a águas da mina existente no subsolo do campo do Bacelo. Conde de Burnay 1944-04-12 a 1944-04-13: Correspondência de José Marques, solicitador, para Duarte Soares Cardoso, visconde do marco, sobre a herança do conde de Burnay. Leonel Avelar Represas 1947-06-18 a 1949-01-06: Referência ao condutor do automóvel de matricula EA-10-29, conduzido por Leonel Avelar Represas, propriedade da Sociedade Automobilística Portuguesa, que na estrada marginal de Cascais a 19/01/1947, atropelou Carlos Duarte Burnay Nogueira Soares Cardoso, que fraturou a perna esquerda. Engenheiro Alberto Vilaça 1949-07-07 a 1950-01-05: Correspondência entre o Visconde do Marco e Alberto Vilaça, sobre o aluguer da casa na Rua de Buenos Aires, em Lisboa, n.º 25, 2.º Dt.º Brito Amaral e Fausto Pimentel 1951-06-02 a 1952-07-17: Divergências entre visconde do Marco, Duarte Gustavo Nogueira Soares Cardoso e os médicos Brito do Amaral e Fausto Pimentel, que operaram o filho, Carlos Burnay Soares Cardoso, à apendicite com a qual, não concordou, nem com a quantia monetária (por ser elevada). José Borja e Maria Simões Raposo 1952- 09-09 a 1952-11-20: Carta dirigida ao Visconde do Marco, em que o assunto é relativo ao empréstimo de dinheiro ao seu filho.
O Convento foi extinto em 11 de Janeiro de 1894, por morte da última religiosa, D. Maria Augusta Soares de Sousa. Foi fundado em 1345, por Maria Mendes Petita, dona nobre e rica, em cujo local tinha casas e mais bens, os quais doou ao mosteiro. Tomaram posse frei Vicente de Barcelos, prior do Convento da dita Ordem na Cidade, e o doutor frei Pedro de Castro, em nome das religiosas de Santarém, às quais a fundadora fizera a doação. Contudo, devido às dúvidas que se moveram entre o cabido e a fundadora, não foi logo concretizada a fundação. Após a licença concedida pelo papa Inocêncio VI, vieram duas religiosas de Santarém habitá-lo em 1354. Sendo uma delas, a prioresa Marinha Afonsa. Ao longo do tempo foi aumentando o número de religiosas, e sabendo-se da observância que se vivia no Mosteiro, pessoas nobres escolheram ali sepulturas, doando-lhe algumas propriedades,como D. Leonor de Alvim, mulher do Grande Condestável D. Nuno Álvares Pereira. O Convento teve nenhuma aquisição régia. Contém a relação das anulações da receita virtual dos foros pelo escrivão da Fazenda, dos concelhos de Marco de Canaveses, e de Lousada, listas de bens para arrematação de foros (impressas), despesa de um funcionário da Direcção dos Próprios Nacionais, feita com a viagem de ida e volta de Lisboa ao Porto em comboio (1895). Inclui documentos da Mesa da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Domingos de Gusmão, erecta na igreja do extinto Convento das Donas de Corpus Christi, de Vila Nova de Gaia, com três escolas - dirigidas pelas religiosas Hospitaleiras portuguesas - estabelecidas em uma parte do Convento que lhe foi cedida por Portaria de 14 de Janeiro de 1891, do Ministério dos Negócios Eclesiásticos e da Justiça. Reúne minutas do inventário no tempo do guverno da prioresa D. Felismina Adelaide Leal (1859), do pessoal do Convento, bens e rendimentos, despesa (1856), termo adicional de bens omissos, cópias de autos de posse de prédios urbanos, entre outros. Contém a cópia da relação dos livros e manuscritos do espólio do Convento, que em virtude dos ofícios de 16 de Setembro de 1889, e de 18 de Janeiro de 1894, da Direcção Geral dos Próprios Nacionais, foram entregues a Tomás Lino da Assunção, Inspector Interino das Bibliotecas e Arquivos Públicos, em 23 de Janeiro de 1894. O cartório compunha-se de livros de assentos das irmãs de Jerusalém, das décimas, óbitos, teológicos, missais, hagiologias, cantochão, jornais, entre outros de diversos autores nacionais e estrangeiros. Compreende a cópia do caderno n.º 1 do Inventário do Convento de Corpus Christi, da descrição e avaliação do Convento e anexos (1858, 4 f.). Contempla a notícia da origem da fundação do Convento, denominado das Donas de São Domingos de Corpus Christi. Compreende o original, e também a cópia, do Caderno n.º 2 do Inventário do Convento de Corpus Christi de Vila Nova de Gaia, da descrição e avaliação dos prazos, sua situação, qualidade, natureza, nomes dos enfiteutas, importância dos foros e datas dos títulos de emprazamento, com indicação dos cartórios em que foram lavrados (1858-1859), mais de 102 f. O inventário foi elaborado por João Joaquim de Lima, escrivão da Fazenda de Gaia, na presença da prioresa D. Felismina Adelaide Leal, e do doutor José Joaquim da Silva Guimarães. Na igreja do Convento existia a Capela de Santiago, instituída por Álvaro Anes Cernache, morgado de Sernache. Inclui ainda o original, e cópia do caderno n.º 3 do Inventário do Convento de Corpus Christi, da descrição e avaliação das propriedades rurais e urbanas livres de foro ou pensão, sua situação, qualidade e rendimento, data dos seus respectivos títulos, sua aquisição por doação real ou particular (1859). Reúne um abaixo-assinado dos habitantes de Vila Nova de Gaia, requerimento da Câmara Municipal de Gaia, autos de descrição e avaliação de prédios. Compreende a relação dos objectos do uso do culto considerados pelo representante do cardeal bispo do Porto, e as dependências onde se encontravam os objectos, bem como a cópia do termo de entrega de objectos do espólio à Academia Real de Belas Artes de Lisboa (1894). Integra o Inventário Regular de todos os bens do suprimido Convento, elaborado em vista do inventário primitivo, termo adicicional dos bens não descritos, e depois de prévio inventário e exame dos livros, escrituras e mais documentos do cartório do Convento, participaram Pedro Leite de Melo e Alvim, da Repartição da Fazenda do distrito do Porto, o bacharel José Tomás Ribeiro Fortes Junior, administrador do concelho de Gaia, Júlio Rodrigues Machado, paramenteiro, Manuel Rodrigues Teixeira, ourives, e António de Sousa Viseu ( 7 de Março de 1894, 43 f.). O cartório continha: - O livro 1.º de prazos de Matosinhos, Lordelo e Miragaia; - O livro 2.º de prazos da Sé e de São Nicoláu, prazos de Campanhã, São Cosme, e São João da Lousa, Avelenda, Gondim, Arcozelo, Rio de Moinhos, Valadares, tombos de Montalegre, Mesão Frio, Canaveses, Guimarães, entre outros; tombo den,minado das "Letras vermelhas" (tombo apontador), receita, entradas e profissões e eleições, decretos e ordens régias, legados, entradas das irmãs de Nossa Senhora do Terço, "Estatutos da Confraria de Santa Cruz das Chagas", eleições da Confraria do Rosário, maços com pergaminhos: doações, contratos, sentenças, bulas, entre outros, "Theologia Moralis", "Ceremonial Monástico", "Almanaque eclesiástico do bispado do Porto para 1857", almanaque do Porto e seu distrito, Manual das Orações, rito e Ordem das Donas de Corpus Christi, entre outras hagiologias, espirituais, breviários, de autores nacionais e estrangeiros, entregues a diferentes instituições. Contempla a cópia do caderno n.º 5 do Inventário do Convento da descrição e avaliação de alfaias, objectos de culto e da comunidade, painéis, livros impressos, manuscritos, e documentos importantes, assinado por João Joaquim de Lima, escrivão da Fazenda (1859, 19 f). Inclui o Decreto de 11 de Janeiro de 1896, da concessão de partes do edifício do Convento a diversas instituições, entre outros. A documentação menciona bens nos concelhos de Vila Nova de Gaia, Póvoa do Varzim, Gondomar, Bouças, Vila do Conde, Valongo, Amarante, Castelo de Paiva, Peso da Régua, Guimarães, Montalegre, Barcelos, distrito de Viseu, entre outros.
O Convento foi extinto em 11 de Abril de 1900, por morte da última religiosa professa D. Maria da Glória de Azeredo (prima do conde de Samodães). Foi fundado em 1296, por D. Rodrigo Forjaz e por sua mulher, D. Chama Gomes, com bens que possuíam em Paiva, Couto de São João, Jugueiros, Ribeira, no local de Entre ambos os Rios, junto do Tâmega, em honra de Deus, de São Francisco, São Damião, e Santa Clara, para lhes serem perdoados os seus pecados, e dos seus pais, mães, e avós, bem como os danos e rapinas por eles cometidos no reino de Portugal. Em 1416, as religiosas mudaram-se para o sítio dos Carvalhos do Monte, na encosta da Batalha, ao Oeste sobre o codessal próximo à margem direita do Douro, onde foi edificado o mosteiro. Em 16 de Abril de 1900, a Fazenda Nacional, tomou posse do edifício do Convento e dos restantes bens. Contém o livro do inventário dos bens pertencentes ao Real Mosteiro de Santa Clara da cidade do Porto, situados no concelho de Barcelos (1886), mapa do pessoal do Convento, dos bens e rendimentos (1859), inventários dos domínios directos dos prazos, documentação relativa a obras efectuadas no Convento, relações de foros, censos ou pensões correntes para venda, do distrito de Braga, e do Porto. Reúne oito cadernos de inventário da descrição e avaliação do edifício do Convento, anexos, propriedades rústicas e urbanas, títulos de crédtito público e empréstimos com fundos do Convento, alfaias e objectos preciosos, elaborados por António Alves de Sousa, empregado de Fazenda (1859). Estiveram presentes a abadessa D. Rita de Cássia de Azevedo Guerner, a vigária D. Maria Cândida Ferreira Pinto Basto, D. Quitéria Emília Ferreira Pinto Basto, o abade da freguesia de Santo Ildefonso, Luís Moreira Maia da Silva, entre outros. Reúne documentação sobre o terreno onde foi edificada a Igreja de São Salvador de Ramalde, doada por D. Afonso V ao Convento, por Alvará de 21 de Outubro de 1468, da Irmã Maria de Santo Antão, presidente do Conselho da Congregação das Irmãs Hospitaleiras Portuguesas, da Congregação das Servas de Maria, de D. Isabel Maria Salgado de Almeida, viúva, natural de Vila Nova de Gaia, antiga secular do extinto Convento, da Confraria da Adoração do Santíssimo Sacramento, erecta na Igreja do extinto Convento de Santa Clara do Porto, pública-forma passada pelo tabelião público de notas da cidade do Porto, Thomaz Megre Restier (1892). Inclui o livro do inventário de todos os bens pertencentes ao Convento, organizado em conformidade com o ofício da Direcção dos Próprios Nacionais, de 8 de Fevereiro de 1897, 73 f., sendo abadessa D. Maria da Glória de Azeredo, e escrivã D. Emília Carolina Calheiros de Menezes. Contém uma carta do conde da Ribeira Grande (Paço das Necessidades, 1900), bem como folhas do jornal "O Primeiro de Janeiro" com a notícia da morte da última abadessa. Os bens foram remetidos ao Museu de Belas Artes e Arqueologia, ao Museu do Porto, entre outros. Os livros do coro (antifonários), de cantochão e do cartório foram entregues ao Inspector Geral Interino das Bibliotecas e Arquivos Públicos. O cartório contunha o "Discurso histórico e analítico sobre a Companhia dos Vinhos", de Cristóvão Guerner, "Manifesto sobre a reforma dos hábitos do Mosteiro de Santa Clara de Coimbra", pasta com títulos em pergaminho sobre a fundação do Mosteiro em Entre ambos os Rios, da trasladação do Mosteiro, entre outros. Os livros de receita e despesa, ou de contas por triénios, também foram entregues nos termos do art.º 6.º do Decreto de 29 de Dezembro de 1887, ao Inspector Geral Interino das Bibliotecas e Arquivos Públicos. Compreende documentação da Câmara Municipal do Porto, a solicitar os livros do espólio do Convento para a Biblioteca Pública do Porto - criada pelo Decreto com força de Lei de 9 de Julho de 1833 -, e para o Museu do Porto, datado de 1 de Maio de 1900, plantas, de António de Araújo Serpa Pinto, na qualidade de enfiteuta de várias propriedades, procuração de D. Maria da Glória de Azeredo com selo de chapa do Convento (1880). Contempla ainda, autos de entrega de objectos do espólio do Convento e sua descrição, escolhidos por António José Nunes Junior, delegado da Academia, para o Museu de Belas Artes e Arqueologia, e recolhidos por Manuel Nicoláu da Costa, tesoureiro da mesma (1900). Integra documentação sobre a cedência do edifício do extinto Convento e anexos, aos serviços de Emigração do Norte, às Polícias de Segurança Pública e de Investigação, de terrenos para a construção de um hospital para tratamento de reclusas na prisão do Aljube (com doenças infecciosas) deslocadas do Hospital Joaquim Urbano. Contém o Decreto de 31 de Janeiro de 1901, da concessão de dependências do Convento ao Dispensário Rainha D. Amélia - para crianças pobres -, assinado pela rainha regente, e por Fernando Mattoso Santos, ministro dos Negócios Estrangeiros. Contém o mapa da despesa feita no Dispensário Rainha D. Amélia, nomeadamente com as refeições, tratamento, medicamentos, entre outros, recortes de jornais com artigos e fotografias da referida casa de caridade. A documentação menciona bens nos concelhos do Porto, Guimarães, Lousada, Paredes, Vila Nova de Gaia, Arouca, Penafiel, Paços de Ferreira, Maia, Barcelos, Fafe, Vieira, Santo Tirso, Marco de Canaveses, Lamego, Valongo, entre outros.
Contém recortes de provas tipográficas de notícias (frequentemente truncadas), submetidas à apreciação da Comissão de Censura previamente à respetiva publicação no jornal. Cada folha apresenta, na maior parte dos casos, datação manuscrita correspondendo ao dia em que a censura foi aplicada e, por vezes, outras notas (por exemplo, "Esta parte fica suspensa até resolução superior"); apresenta ainda, na generalidade, o carimbo da Redação do jornal O Século e o carimbo de "Visado pela Comissão de Censura". Entre os temas recorrentemente censurados, podem ser destacados os seguintes: - Questões ultramarinas: "A mão-de-obra em Angola: como a nossa legislação, deficiente e imprópria, tem depauperado as fontes de riqueza, sendo prejudicial ao próprio Estado" (12/06); "As obras do porto da Beira" (21/06). - Questões económicas e financeiras: mercado de cambiais - preocupações manifestadas por casas comerciais estrangeiras estabelecidas em Lisboa, com a "falta de cambiais" (01/06), "A situação da praça e a questão cambial: a Associação Comercial de Lisboa expõe, numa representação, os seus pontos de vista ao Governo" (05/06, 09/06); notícias sobre o empréstimo externo (03/06, 18/06, 27/06) e artigo "O empréstimo e as finanças do Estado: uma entrevista com o Sr. Ministro das Finanças" (24/06); crise económica (03/06); problemas na indústria de panificação - "O pão: a falta de farinhas no norte e um pedido para a sua importação" (05/06), artigo truncado, sem título, sobre o mesmo tema (24/06); referência a notícia publicada no jornal financeiro "Information" (Paris) indicando que o Governo português irá "conceder a uma firma particular o monopólio dos tabacos" (15/06). - Questões de ensino: "A reforma do ensino" (29/06). - Questões de saúde: epidemia de febre tifoide - "O tifo exantemático: mantêm-se as medidas profiláticas adotadas em Sacavém de Baixo" (09/06); "A água" - artigo sobre o abastecimento de água a Lisboa (23/06); "Velho tema" - problemas de saúde pública (30/06). - Ativismo político e repressão: nota de defesa do jornal "A Batalha" contra acusações de responsabilidade em atentados pessoais (01/06); "Conflitos iminentes entre integralistas e republicanos" (01/06); "Os jornalistas e a suspensão de jornais" (03/06); movimentações de militares e de polícia - "Ordem pública" (09/06), "A ocupação das estações" (09/06), "No Ministério da Guerra desmentem que haja concentração de tropas" (09/06), "Ordem pública: as precauções militares" (11/06); "Prisão importante" - notícia da prisão de Baldy Belém, sob a "acusação de representar em Portugal a Terceira Internacional de Moscovo" (09/06); "Preso por ler um jornal clandestino", concretamente, o jornal "A Revolta" (12/06); "A situação política" (12/06, 14/06); notícias de presos e deportados políticos - "Deportados políticos" (14/06) com referências a general Sá Cardoso, coronel Hélder Ribeiro, tenente-coronel Cortês dos Santos, tenente-coronel Vitorino Guimarães Dr. Lopes de Oliveira, de novo referidos na notícia de 20/06 com o título "Deportados políticos: chegou ontem a Lisboa o Sr. Dr. Lopes de Oliveira" onde é, igualmente, feita referência a tenente Arruda, almirante Câmara Leme, tenente-coronel Tamagnini Barbosa, capitão Rodrigues Sampaio; "Dr. Lopes de Oliveira: o pensamento do antigo dirigente do Partido Radical, sobre a situação política" (22/06); "A questão do porto da Beira: um jornal apreendido por não respeitar a lei de imprensa" (26/06); "A Revolta de Almada" – fevereiro de 1926 – notícia de amnistia aos implicados (28/06). - Aparelho de Estado, autoridades e corpos administrativos: sindicâncias e suspeitas de desfalque ou corrupção - na Bolsa Agrícola (01/06) e no Conselho Administrativo do Batalhão de Sapadores Mineiros (03/06); demissão de ministros e de outros detentores de cargos da Administração - "A situação política: o Sr. ministro da Instrução encontra-se demissionário" (09/06), "Chefe de gabinete do ministro do Interior: os motivos por que o Sr. Dr. Vieira Coelho abandonou esse lugar" (18/06), e outra notícia sem título, sobre a mesma temática (24/06); reorganização da GNR – Guarda Nacional Republicana – e reclamações contra a supressão de alguns postos (10/06, 12/06, 16/06, 17/06, 23/06, 28/06, 29/06); descontentamento sobre pagamento de reformas - “Um apelo dos cabos e soldados reformados” (20/06) e "Os reformados das colónias e o atraso no pagamento do pré" (29/06); notícias sobre a eleição do Presidente da República - "Chefe do Estado" (24/06), "Conselho de ministros: a eleição do presidente da República" (26/06), "Presidência da República" (28/06), "A eleição presidencial" (30/06). - Política internacional e notícias do estrangeiro: notícia, de Haia, sobre o julgamento de Marang, sócio de Alves Reis - "Em volta das notas falsas: o prestígio do dinheiro: Marang, se não é hoje, na Holanda, um herói nacional, pouco falta!" (08/06). Por último, refira-se a censura de anúncios publicitários, de notícias de crimes, prisão ou evasão de criminosos ou outros problemas de ordem pública.
Contém cartas de D. Maria Pia de Saxe-Coburgo Bragança, residente em Roma, Itália dirigidas ao Dr. Salazar, a informá-lo de que é "filha reconhecida de sua Majestade El-Rei D. Carlos I (...)" e "irmã consanguínea de D. Manuel II" (que faleceu sem geração). Nasceu a 13 de março de 1907, em Lisboa, foi levada com 11 meses de idade para Espanha. Vive no exílio devido ao assassinato do Rei. Reúne diversas cartas relativas à questão da sucessão ao trono de Portugal, reivindicada pela Princesa D. Maria Pia de Saxe-Coburgo Bragança, na qualidade de legítima sucessora de D. Carlos I. A correspondência abrange vários indivíduos que abordam o assunto, estando direta ou indiretamente relacionados com o mesmo, quer pelo exercício de cargo público, ou outro. Deste modo, são identificados: - D. João António da Costa Cabedo, Marquês de Serra Grande, Lugar Tenente de Sua Alteza Real a Princesa D. Maria Pia ("em carta remetida ao Ministro da Justiça, identifica-se como cidadão português, solteiro, de 52 anos de idade, Professor e tradutor de português na Escola Berlitz, em Paris". Declara que desistiu de ser lugar tenente de D. Maria Pia, de nacionalidade italiana, quando a dita senhora lhe disse: que "uma vez registado o seu certificado de batismo, iria propor uma ação judicial contra a Fundação da Casa de Bragança para tomar posse de todos os bens"). - Visconde de Asseca, Lisboa. - Jose Ruiz-Castillo. - Dr. António Júdice Bustorff Silva, Lapa, Lisboa. - João de Matos Antunes Varela, Ministro da Justiça de Portugal, entre outros. Integra as certidões autênticas, de batismo e de reconhecimento de paternidade, de S. A. Maria Pia de Sajonia Coburgo de la Casa de Braganza", por El-Rei D. Carlos I, em consideração à mãe D. Maria Amélia de Laredó y Murcia, cuja filha nasceu na freguesia do Sagrado Coração de Jesus, de Lisboa. Na certidão de batismo lê-se: natural de Cametá, Província do Pará, Brasil, é filha de Armando Maurício Laredó, natural de Santa Maria do Pará, e de Maria Amélia Murcia y Berhen. Foi passada pelo "Provisorato del Obispado de Madrid-Alcala" (datas 11-01-1958, 14-11-1958). Todavia, "poderia dizer-se que nos meios afectos a D. Duarte se julga que o seu verdadeiro nome é Ilda Toledano, filha de uma senhora de origem espanhola, nascida no Pará, e já viúva de um cidadão cubano quando em 1938 se estabeleceu em Roma"). Em uma carta, datada de Roma, 13 de março de 1962, D. Maria Pia solicita ao Dr. Salazar que o corpo do seu irmão El-Rei D. Manuel II - que teve "uma morte pouco clara" - seja oficialmente exumado, no sentido de "um grupo de peritos internacionais esclarecerem a verdadeira causa da morte", entre outros. Inclui a transcrição de um excerto da notícia publicada no jornal "A Noite" (19-10-1963), que a Duquesa criou a "Real Ordem D. Carlos I, destinada a galardoar altos serviços à Liga Monárquica Independente", pois aderiu à Oposição Republicana, cujo líder é o General Humberto Delgado". Contém uma cópia da carta de D. Maria Pia a relatar ao Dr. Salazar, que estando em Madrid, teve conhecimento de uma campanha internacional difamatória sobre a mesma. Foi aconselhada a regressar a Portugal. Desde a fronteira, foi acompanhada por "jovens polícias", que "ameaçaram brutalmente o seu condutor”, e obrigando-a a prosseguir até o Forte de Caxias. Integra um disco de vinil (single) intitulado "Mensagem de Natal / Saudade de Portugal", fabricado em Espanha. Reúne recortes e folhas de jornais, com fotografias de Maria Pia Blais, bem como a notícia do casamento de Carlos Hugo de Bourbon Parma com a Princesa Irene dos Países-Baixos onde se lê, a propósito de D. Maria Pia Blais: "lei e il generale Blais non hanno mai pensato seriamente di portare la corona dei 'navigatores', e infatti la signora è conosciuta nella società romana como principessa di Sassonia Coburgo e non come duchessa di Braganza" (in "L'Espresso. 10 maio 1964 (2 f.). Contém uma "Nota Informativa" portuguesa sobre a investigação feita a Hilda Toledano ou D. Maria Pia. Nela pode ler-se: "A PIDE desconfia há já algum tempo que esta senhora trabalha para os serviços secretos espanhóis" (fotocópias), entre outros.
Contém cartas da Infanta D. Filipa de Bragança, remetidas de diversos endereços: Palácio Nacional de Queluz, Vila Nova de Gaia, São Marcos, e também de outros países, dirigidas ao Dr. Salazar. Inclui a carta da Infanta, enviada de Madrid (antes de viajar de Autobus de Barcelona para Genebra), a dar conta da reunião que teve com 14 escritores, em Queluz, sobre a publicação de assuntos monárquicos nos jornais. De Berna, a Infanta solicita ao Dr. Salazar auxílio para a Congregação das Filhas de Caridade de São Vicente de Paulo, na pessoa da Superiora Irmã Maria de Lurdes de Sousa Prego - sobrinha da sua dama D. Maria das Dores Castelo de Sousa Prego, que trabalhou em Madrid durante a Guerra Civil - a fim de se construir uma Casa de noviciado em Lisboa. D. Filipa menciona a perceção que teve da existência de muitas intrigas em Lisboa. Quis falar pessoalmente com o Dr. Salazar mas o Conselheiro João de Azevedo Coutinho demoveu-a, dizendo-lhe que o Dr. Salazar não achava bem que a Infanta se demorasse em Portugal. Posteriormente, D. Filipa conversou com Pedro Teotónio Pereira que lhe "abriu os olhos para o mal entendido que deve ter havido". Refere o tipo de relação que tem com o seu irmão, ou seja, não se intromete em alguns assuntos. Todavia, conta um episódio, quando estava na casa de Rui de Andrade diz: estavam presentes "20 senhoras às quais dei a minha opinião sobre a falta de educação e de tacto que mostrava a sociedade portuguesa falando como falava sobre o casamento d'El-Rei; quando meu irmão e as Princesas, de quem eles falavam com tão pouca delicadeza, nem sequer se conheciam, assim criando para meu irmão uma situação incompatível com sua honra de grand-seigneur e Príncipe". D. Filipa aborda ainda os seguintes assuntos, em um estilo narrativo muito pormenorizado: o encontro com as irmãs Isabel, Maria Anna, Benedita, a sobrinha Mafalda - filha de Maria Anna e Carl August, de 19 anos de idade, e Maria Luísa Castelo Pinto de Magalhães prima da D. Maria das Dores -; refere os nomes dos membros do Conselho Supremo que foram escolhidos pelo Duque de Bragança e as características de personalidade de cada um. É de referir a menção de eventos familiares, bem como alusão a particulares, instituições, acontecimentos históricos: - Conde de Paris ("todos têm medo do Conde" (...) "e eu não consigo intimidar ninguém"); Bustorff Silva ("ficou estabelecido há dois anos [1963] que a soma anual a entregar ao Duque de Bragança seria de mil contos"); Padre José Asseca, pároco da Igreja de São Domingos de Lisboa; Bénard Guedes; Brigadeiro Santos Costa; António de Sousa Lara; Azeredo Leme; Botelho Moniz ("estava ultimamente a desconfiar dele, mas não a esse ponto; ambição pessoal sim, mas não coisa comum com Delgado e Galvão; parecia-me inteligente demais para não compreender que os 2 macacos vaidosos e raivosos no Brasil se tornaram há muito joguetes do Comunismo"); D. Judith de Beaufort Odry; Ordem de Malta; Índia; Thurn e Taxis; Hilda Toledano Baptista; D. Segismundo de Saldanha; Maria Teresa Pereira da Cunha ("que é inteligente e competente, dedicada e discreta (...) foi com a Imagem Peregrina de Nossa Senhora por todo o Mundo"); Cáritas; Projeto Novo do Porto de Portimão; Dr. Plínio Salgado; Hipólito Raposo; Duarte Pius; D. Pedro I, Imperador do Brasil; Dr. Arnaldo Rodo (médico especialista de ortopedia "tem operado e tratado muitos dos meus pobrezinhos, sempre gratuito" - data 1966); inauguração da “Ponte Salazar”; Cinquentenário de Fátima; Infanta D. Pilar de Espanha (casamento); D. Nuno Álvares Pereira; Dr. Sousa Pereira (médico); entre outros. Integra as seguintes fotografias: - Infanta (a preto e branco, data 1949). - Duque de Bragança e filhos (impressão em cartão postal). - Casa de Ferragudo, Algarve, concluída (2 fot.). - Desfile dos Pupilos do Exército incluindo o Príncipe D. Duarte (2 fot.). - Paisagem algarvia marítima (Ferragudo) e a Casa de D. Filipa. - Altar da Capela na "Casa da Infanta", no Vale de Areia, freguesia de Ferragudo, Algarve, em 1964". Na continuação da amizade entre D. Filipa e o Dr. Salazar, em uma das cartas sugere ir um dia almoçar ou jantar a sua casa, e diz: "a Maria não pense que tem que preparar um banquete! Cá em casa nunca tenho mais que um prato, às vezes uma sopinha antes e, como sobremesa, geralmente fruta ou salada de frutas". No que respeita à educação dos sobrinhos, diz: devem mudar de estabelecimento de ensino, sair do Colégio dos Jesuítas – onde não há equitação, e após a conclusão dos estudos ainda saem com a alcunha "jesuítas" -, e ser transferidos para o Colégio Militar. D. Filipa fornece informações sobre os trabalhos de construção da sua casa, situada na Serra de Monchique, Algarve. Os materiais utilizados - madeira angolana, tijoleira de Loulé, entre outros - que lhe ofereceram. E ainda, a indicar a sua nova morada, em Lisboa, na Rua Paio Pires Correia dizendo: "este bairro não é considerado chique como (...) a 'Estrela' ou a 'Lapa', mas o povo aqui parece simples e simpático". Compreende um livrinho popular com Orações a Santo António. Integra a lista das "Sepulturas no Coro de baixo da Igreja das Chagas de Vila Viçosa", a lista das "Sepulturas das Senhoras Duquesas de Bragança", e uma planta das mesmas, a propósito do falecimento de D. Francisca, Duquesa de Bragança.
"Recordações: memórias íntimas de Júlio de Castilho livro que só poderá ser impresso, ou sequer lido, cinquenta anos, pelo menos, depois do falecimento do autor". Escreve sobre: - A origem da família, familiares. Formação na infância. - O botequim do Marrare [...] (f. 47). - A personalidade do Pai e a sua importância na vida de Júlio de Castilho (f. 98, 200) - As visitas da casa do Pai (f. 107). - 26 de janeiro de 1900: centésimo aniversário do nascimento de António Feliciano de Castilho, comemoração proposta por António César Mena Júnior, «simples condutor de obras públicas, alheio ao mundo das Letras», restaurou o interior da Igreja de São Roque por indicação do Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. «Possuo um maço enorme de jornais, cartas, telegramas, onde se comemora essa festa simpática que, sem ter tido as proporções de um desagravo geral, foi contudo a manifestação eloquente do sentimento de milhares de Portugueses. Muita coisa me falta; mas ainda assim, o que tenho arquivado nesta pasta é um monumento [...]» (f. 400-402). - Sonetos (f. 200-204). - António José de Figueiredo, chanceler da Nunciatura, latinista (f. 117) e as lições de português dadas por Júlio de Castilho, aos dezoito anos, ao novo núncio, monsenhor Ferrieri, arcebispo titular de Sida (117-119) - Bulhão Pato amigo de José Feliciano de Castilho e de Júlio de Castilho. A propósito da morte de Alexandre Herculano refere o companheiro e amigo de seu pai. - O irmão Augusto (f. 123, 151, 158, 159, 180-182, 374, 396). - «A grande e incomparável personalidade do Duque de Saldanha» (f. 91-93, 64, 65, 55, dois recortes sem número, 129, 151, 364). - As mulheres que amou e o seu matrimónio (f. 94-96, 109-115, 130, 132-133, 175-179, 183-189, 199, 222-226, 237-240, 246, 251, 251-252, 254, 298-351, 378, 399). «Eu não sabia administrar os nossos rendimentos». (f. 246-248). O testamento de sua mulher, as testemunhas, o quadro do pintor Lupi (f. 249). Saída de casa em 8 de Agosto de 1877. Sobre o período de tempo seguinte alude ao maço de correspondência com D. António da Costa (f. 253). Ida para o Porto. Regresso a casa por conselho de vários amigos: D. António da Costa, o conde de Vila Franca, o duque d' Ávila (f. 270-273). A visita ao Varatojo, confissão a frei António do Presépio (f. 274-276). Acerca da decisão sobre o recebimento do rendimento dos bens (f. 284). A proposta de separação por intermédio do advogado Manuel de Arriaga. A polémica sobre os fundamentos da separação. Julgamento em Novembro de 1880 [...] (f. 285- 289). - A «Rainha das pretas», que morava no beco do Norte. «Segundo parece, os pretos residentes em Lisboa, tudo gente humilde, bolieiros, caiadores, cozinheiros, etc. constituíam entre si, uma espécie de nacionalidade à parte, encravada na capital. Tinham [...] uma rainha a quem estimavam e veneravam, e que vivia da magra lista civil de uma subscrição agenciada entre os súbditos [...]. Esmolas e donativos minúsculos afluíam ao nosso bairro ao paço da Soberana negra; e minha Mãe, com o seu óptimo coração, socorria-a de quando em quando (f. 97). - Notícias redigidas por Júlio de Castilho ou sobre ele, e publicadas em jornais (f. 121, 170). - Resumo biográfico de Júlio de Castilho: «Abriu-se concurso para os empregados da recém-criada Direcção-Geral da Instrução Pública no Ministério do Reino; concorri [...] e fui provido no alto cargo de amanuense. Julguei-me feliz com os meus 18 mil réis mensais. A minha vida mudou [...] vi-me obrigado a jornada diária até ao Terreiro do Paço [...]. D. António da Costa, 1.º Oficial chefe da Repartição da Instrução Superior, tomou-me para si, e tratou-me com distinção e amizade. Já éramos conhecidos desde 1850, via-o lá em casa, mas havia sempre entre nós a distância dos anos: eu 19 ou 20; ele 35.» [...] E no entanto a minha carreira não adiantava; eu era o mesmo inútil, o mesmo anónimo [...] porque não possuía um curso superior [...] dizia meu Pai: - Ser amanuense é estar num beco a roer uma côdea.» Matriculei-me no Curso Superior de Letras, no Convento de Jesus, e aí portei-me bem, com aplauso dos condiscípulos e dos lentes: António José Viale, Luís Augusto Rebelo da Silva, Jaime Constantino de Freitas Moniz, Augusto de Sousa Lobo, Levy Maria Jordão (f. 124, 152-156). Março de 1866, matrícula em lições de pintura com D. Manuel Sanchez Ramos, pintor castelhano residente na rua Augusta. Lições com Cristino (f. 190-192). Março de 1872, eleito sócio correspondente da Academia das Ciências (f. 205). Verão de 1872, abertura de concurso para o lugar de 2.º Conservador da Biblioteca Nacional, Repartição de História e Literatura. Nomeação para 2.º Oficial por Decreto de 12 de Setembro, tomada de posse em 12 de Outubro, versos de despedida aos colegas do Ministério do Reino (f. 216-221). - Encontros com António d'Ávila, no Club do Carmo, sobre a aceitação da nomeação de Governador Civil do Distrito da Horta «fiquei positivamente passado, aniquilado. Não pedia, nem esperava, nem sequer desejava uma coisa assim. O meu sonho era bem outro: eram as febres de Moçambique. [...] Estive estudando o Decreto de 16 de Maio de 1832». Menciona a procuração que quer deixar à Viscondessa de Castilho para que pudesse receber e assinar os recibos dos rendimentos de sua casa. Levou o seu criado Vicente. «Encontrei o Manuel de Arriaga, que, por ser do Faial, me esteve dando informações da natureza e gente da Ilha». Valor dos bilhetes. «[...] a minha banda de Governador Civil me arrancou da algibeira 22.500 réis». Referência ao Coelho gerente dos negócios da Viscondessa. A ida à Biblioteca Nacional para despedida dos colegas. Visita ao rei D. Luís e à Rainha no Paço da Cidadela em Cascais. «A minha viagem para o Faial, a minha estada lá, etc., tudo consta do livro que sobre esse assunto escrevi» (f. 265, 266, 268, 269). Demitido pelo Governo regenerador que sucedeu ao do Duque de Ávila, tornei para Lisboa a 15 de Fevereiro de 1878 [...]» (f. 270). - «Em junho de 1882, achando-me eu pessimamente de saúde, [...] aconselharam-me todos a que fosse para Faro, sujeitar-me à tisana do Assis.» Percurso de viagem, estadia de um mês (f. 365-366). - "[...] minuciosa historia da minha gorada pretensão a Bibliotecário Mor da Biblioteca Nacional de Lisboa". A nomeação de Ennes (f. 371-374). Pedido do visconde de Castilho para sair da Biblioteca Nacional. Transferência de Júlio de Castilho para a Torre do Tombo em comissão: «A ideia da minha comissão partiu inicialmente do meu velho amigo Venâncio Deslandes: um índice minucioso dos Familiares do Santo Ofício. Imaginava ele que as "provanças" dos Familiares dariam inumeráveis notícias para a minha "Lisboa Antiga" mas enganava-se. [...]». Transcrição da portaria de 17 de Dezembro de 1886. «Assim estive anos, com tarefa obrigada, mas sem frequência certa. Medíocre emprego das minhas horas.» Nesses anos, como tinha muito tempo de meu, e pouco interesse tomava na minha obscura e inútil tarefa, estudei muito, trabalhei muito, adiantei a "Lisboa Antiga" e as "Memórias de Castilho, escrevi "A Ribeira de Lisboa", etc, etc. [...] (f. 375). Na Ameixoeira, «Nos dias em que não ía a Lisboa à minha estupidíssima comissão na Torre do Tombo [...]» compôs muita "Lisboa Antiga", escreveu a "Mocidade de Gil Vicente (f. 397). Fins de Março de 1887, o Governo ofereceu a Júlio de Castilho o lugar de Cônsul Geral e Encarregado de Negócios junto do Sultão de Zanzibar. «No volume em que trato minuciosamente dessa nomeação, e da minha saída de Lisboa, e da minha estada uns meses em Moçambique e Zanzibar, lá vem a crónica muito documentada, desse trabalhoso e divertido período da minha existência». Saída de Lisboa a 18 de abril de 1887, chegada a Moçambique a 26 de maio, desembarque em Zanzibar em 1 de julho. «Apontamentos fugitivos a mais». Alusão à colónia portuguesa de comerciantes, lojistas, alfaiates. Fernando da Costa Cabral. Regresso em janeiro de 1888 (f. [378A, 378B, 378C], 379). - Tranferência do Ministério dos Negócios Estrangeiros para o Ministério do Reino, regresso à Biblioteca Nacional (f. 379). - Alusão ao estudo dos Bairros Orientais de Lisboa:«Todo o meu tempo livre da Biblioteca era passado a escrever e a estudar; a minha "Lisboa Antiga deve imenso a São Bartolomeu». (f. 367) «Ali escrevi muita coisa, inclusivamente as minhas cartas açoreanas, volumes 137 e 139 da colecção "Biblioteca do Povo e das Escolas" (f. 368). Reflexão sobre a vida (f. 403). Biografia breve e sentida: «Fui sempre infeliz nas minhas aspirações mais justas. Quis ser Bibliotecário Mor [...] Entrei na carreira administrativa [...] Tinha no bom Duyque d'Ávila um protector espontâneo [...] Quis dedicar-me à Literatura histórica [...] Entrei na carreira consular [...] Amei loucamente uma mulher [...] Entre estas ruínas todas o que me susteve foi a Fé [...]» (f. 404). - D. António da Costa, escritor, bacharel em Direito, cargos desempenhados. (f. 125-128). 1891, ano da morte do maior amigo. «O Regedor abriu o testamento cerrado de D. António da Costa de Sousa Macedo, e leu-o o Escrivão [...] A mim deu-me a mais alta prova da confiança ilimitada com que sempre me honrou: deixou-me todos os seus manuscritos, correspondências, papéis íntimos de qualquer género; 'do que tudo' - dizia o documento pouco mais ou menos - 'o dito meu honrado amigo fará o uso que o seu bom coração lhe aconselhar.» «Lembrei ao conde de Mesquitela a vantagem de se mandar moldar em gesso a máscara do seu ilustre irmão, a fim de termos a todo o tempo esse precioso auxíliuo, se quisessemos alguma vez fazer o busto dele. Aprovou [...]». «Desde a morte de meu adorado Pai, foi este o maior golpe que me deu a desventura». Inclui a descrição da Igreja das Mercês. A urna foi depositada no jazigo do Conde de Alte, no cemitério dos Prazeres. Bernardino Machado, admirador do Dr. António Costa dedicou-lhe um breve discurso (f. 384-395). - Vieira Lusitano (f. 129). - Livros de Júlio de Castilho: "Mocidade de Gil Vicente" (f. 130). - Descrição das instalações da Direcção Geral da Instrução Pública, em parte do antigo Ministério do Reino, repartições e funcionários (f. 130-131). - Refere o seu álbum com desenhos. Alude ao Palácio dos Machadinhos em que viveu (f. 57-58) onde «procedia um proprietário analfabeto à transformação bestial e vandálica do palácio. Corri lá, e ainda cheguei a tempo de salvar com meu lápis carinhoso algumas memórias daquela belíssima habitação, até então intacta [...]» (f. 135). - O mosteiro de Benfica, as ilustrações e esbocetos (f. 135-137). - Amigos (f. 142, 150, 194-197, 257, 280, 281, 290, 359-361, 366, 368-370, 398). - Vivências inspiradoras de alguns versos. - As sucessivas habitações, menções enriquecidas, por vezes, de descrições: a casa do Beco do Norte, a habitação de São Francisco de Paula, casa na travessa do Convento das Bernardas, casa da Ameixoeira [...]. A casa da Presa e os desenhos que lá fez (f. 240). Casa de São João da Mata. A quinta de São Bento (Beirolas). Residência no Intendente. Rua Nova do Loureiro aos Caetanos. Quinta de São Bento. Casa da quinta das Varandas. Quinta da Victória em Sacavém e a família Braamcamp. História desta Quinta (f. 383). Arroios. Quinta da Costa (para lá de Carnide). Rua das Freiras, em Carnide. Casa da rua de São Bartolomeu. Casa do Dr. Amado na Ameixoeira. Quinta da Victória. Ameixoeira. Travessa do Prior no Lumiar: «Em dezembro de 1900, ainda muito fraco e arruinado, passei para a travessa do Prior, no Lumiar, onde me encontro, e onde escrevi esse aranzel de memórias» (f. 402). - A imagem, o desenho de Nossa Senhora da Nazaré, Carolina Coronado. Alusão aos álbuns (f. 244-245, 362-364). - Menções às "Memórias de Castilho". - Colaboração na nova edição da "Livraria Clássica" (f. 214). - Título de Visconde de Castilho em duas vidas, meados de Abril de 1872 (f. 227). - Inocêncio Francisco da Silva, Teófilo Braga e o "Auto da Boa Estreia", [composto em São Miguel]. "Em 3 de Novembro de 1873 meu desaguisado com o patife de Teófilo B. à porta da Academia de Belas Artes" (f. 227-228, inserto 228A, 229-235). - O incêndio no Palacete de Campolide (f. 236). - "Inês de Castro" (f. 239). - O Museu Allen (f. 257-258). - Visita a Vairão, bilhete de visita dirigido à Dona Abadessa, D. Maria Antónia da Fonseca e Castro (f. 259). - Visita a Coimbra e encontro com D. António da Costa (f. 261). - «Muitos dos quadros tão verdadeiros que pintei no meu livro 'A Ribeira de Lisboa', a fisionomia da praia de Santos e seus arredores, por exemplo, nasceram das minhas nítidas recordações desse tempo. Aquele sítio todo, desde o Machadinho até ao mar, era muito diverso do que é, como região então exclusiva de pescadores; e lá em baixo os estaleiros de navios mercantes, e as barracas de banhos, e as médas de pinho, eram preciosas amostras da cidade quinhentista» (f. 58). Documentos insertos: - "Aproximada planta da minha habitação na rua de São Bartolomeu, 26 (ao Castelo) [...]" (f. 366A). - Carta de Júlio de Castilho para Anselmo [Braamcamp Freire]. 19 de agosto de 1901 (368A, 368-370). - Envelope com quatro fotografias de D. Joana Trancoso. Uma delas da "Photografia Duas Igrejas, 103, Lisboa". 1908, 1909 (f. 398-399, 399A). - Cartas numeradas: 25, 28, 31, 33, 35-37, 39, 42, 44, 46-49, 51, 53, 54, 57. - Cartas não numeradas, 58, 59, 60; algumas truncadas: 61, 62, 63, 64. No lado de dentro da pasta superior de cartão da encadernação, encontra-se colada uma imagem com a seguinte legenda: "Image Miraculeuse de Notre Dame du Bon Conseil".
Inclui 122 cartas e 2 sobrescritos: um dirigido ao vice almirante Francisco Joaquim Ferreira do Amaral, do Conselho de Sua Majestade, Par do Reino, Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Secretário de Estado dos Negócios do reino (com bordas pretas, timbre dourado do "Ministério dos Negócios do Reino", no verso selo de chapa); o segundo sobrescrito, é endereçado: "Para o Presidente do Conselho / Lisboa/ d' El Rei/ outubro 1908" (com bordas pretas, contém no verso lacre preto). Reúne cartas autógrafas do rei D. Manuel II, em papel timbrado acondicionadas em três envelopes. Na troca de correspondência entre o rei e Ferreira do Amaral, verifica-se que no início do reinado é o Presidente do Conselho que redige os discursos que por sua vez são elogiados por D. Manuel. Por outro lado, o Rei pede a Ferreira do para não se esquecer de lhe explicar e ensiná-lo se houver algo importante. Termina as cartas com a frase: "creia-me sempre o seu muito amigo / Manuel". Posteriormente, é o rei D. Manuel que redige os seus discursos: um destinado à Câmara Municipal no Porto, outro à Associação Comercial, entre outros. No acervo, o Rei sugere os assuntos que devem ser tratados quer aos negócios das pastas da Fazenda, das Obras Públicas, entre outros. Nas cartas encontram-se referências as diversas personalidades, tais como, José Luciano, o marquês do Lavradio - foi secretário particular -, João Brás (da Escola Naval), D. Fernando de Serpa, Ernesto de Vasconcelos, Roçadas (sobre assuntos da Província de Angola), Júlio de Vilhena, oficiais que partiam para a Guiné e ainda acerca do ministro dos Negócios Estrangeiros. Por conseguinte, o Rei aceita a exoneração de Paiva Couceiro do cargo de governador geral. Contém a carta sobre o pedido feito por Gerard (conservador da Exposição do Brasil) ao Rei, para remeter uma grande coleção de mapas das campanhas, publicações, desenhos, relativamente a investigações científicas, honrando a memória de D. Carlos I. Neste acervo, encontram-se também, informações relativas a António de Azevedo, conselheiro de Estado e Presidente da Câmara Municipal, bem como aos aspirantes de marinha desabafando o Rei: "depois desta horrorosa e tremenda desgraça tive de abandonar com grande desgosto meu, esta linda vida à qual me tinha dedicado com tanto gosto". Noutra carta datada de 21 de julho, o Rei refere-se à Câmara dos Pares: "é verdadeiramente extraordinário que não se tenha discutido o orçamento" e a lista civil. É mencionado Espregueira quando são tratados assuntos da Fazenda, bem como os operários da Companhia dos Tabacos, e ainda, o marquês de Alvito devido aos estudantes da Escola Politécnica quererem que no dia da posse do Patriarca fosse feriado. As cartas aludem ainda, a figuras ilustres, tais como, José Luciano de Castro, Alexandre Cabral, Campos Henriques e Teixeira de Sousa (acerca da quezília ocorrida entre ambos), a A. Pequito, Libânio A. Fialho Gomes, e Fernando E. de Serpa. Noutras cartas pode-se observar o Rei a interceder a favor de Joaquim José de Barros, capitão tenente da Armada, a referir o capitão João de Almeida, o tenente coronel Roçadas, e Júlio de Vilhena. Por outro lado, recebe os lentes da Universidade de Coimbra, Sebastião Teles, e os Diretores gerais de todos os ministérios. O Rei refere ainda o ministro da Holanda. As cartas mencionam outras personalidades: Anselmo de Andrade, Veiga Beirão, Carlos Tavares, Calvet, o conde de Tarouca, o conde de Samodães, o marquês de Alvito, conde de Sabugosa, Ressano Garcia. Noticia-se o falecimento de Santos Viegas e a Comissão de agricultores viticultores. Na correspondência trocada fala-se de Castilho que pediu ao Rei o envio de um telegrama ao Couceiro, governador geral de Angola para não se demitir. Contempla informação alusiva à Casa de Burnay, situada no Jardim das Laranjeiras, ao programa da inauguração do Caminho de Ferro do Vale do Vouga, à Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, e ao Hospital Militar da Estrela (onde estavam os soldados feridos, provenientes da expedição da Guiné. Numa carta D. Manuel ordena a Ferreira do Amaral que a Fazenda da Casa Real não utilize recursos que não tenham sanção Parlamentar conforme artigo 80 da Carta Constitucional. Compreende a menção a artigos e jornais, nomeadamente, "O Estarreja". Contempla assuntos sobre atribuição de condecorações a entregar no dia da aclamação do Rei, a saber, a Grã Cruz da Torre e Espada - dada ao general Craveiro Lopes -, as insígnias para Francisco Figueira e o soldado Valente, bem como as destinadas a António de Azevedo, Presidente da Câmara. O Rei pede a Ferreira do Amaral a fórmula do juramento para conhecê-lo bem de antemão" e o "discurso que deve fazer no dia da aclamação". Noutra carta, o Rei mostra desagradado pelo recebimento de um telegrama que remete a Amaral, dizendo-lhe para não responder e "que se mande dizer aos telégrafos para não deixarem passar telegramas nestes termos". O Rei solicita a Amaral o envio do cifrante para levar a bordo do navio "Amélia". Contém o texto intitulado “Assuntos tratados numa conferência entre Bernardino Machado, José Relvas e Manuel de Oliveira Ramos – trata-se de uma proposta de pacificação monárquica republicana sobre as considerações e bases seguintes”. Sobre quem é nomeado relator na Câmara Alta? Integra o telegrama enviado da Câmara Municipal da Horta acerca da peste bubónica. Noutras cartas são mencionados boatos de crise com o objetivo do ministro da Fazenda se demitir. D. Manuel II diz a Ferreira do Amaral que recebe os homens públicos no Paço, de modo a ficar a par do que se passa "no meu querido País", acrescentando "temos crise ministerial cada vez que o Presidente do Conselho vier ao Paço?" (10-07-1908). Noutra carta refere o Dr. Eduardo Burnay relativamente "às quantias mandadas diretamente para Londres, 600.000$000 reis, e 300.000$000 da compra do Yacht", bem como ao banqueiro [Coots] de Londres, à situação colonial, entre outros. O Rei alude ao jornal "Diário de Notícias" no qual vem a notícia de “uma relação dos adiantamentos - feitos por D. Carlos I à avó de D. Manuel II -, feitos à Casa Real e às pessoas da Família Real, perguntando a Ferreira do Amaral, se sabia quem teria dado as informações ao jornal". Noutra carta, o Rei trata da entrega da Ordem Russa; também do comportamento de Bernardo "porque atacando ele o Governo que foi escolhido por mim, ataca-me a mim". Ferreira do Amaral informa o Rei que D. António Maria de Lencastre, médico da Família Real recusou o título de conde [de Castelo Mendo], mas desejava que o seu genro Fernando de Carvalho e Castro Morais de Almeida (filho do general Morais de Almeida) casado com a sua única filha Maria Teresa, fosse agraciado com o dito (Pena, 12-12-1908). Numa carta, D. Manuel avisa Ferreira do Amaral que vai percorrer as ruas de Lisboa em uma carruagem aberta, apenas acompanhado pelo seu ajudante de campo, devido à notícia do jornal revelar que no dia anterior o Rei entrou em Lisboa "em carruagem fechada por falta de coragem”(5-12-1908). Nas cartas, D. Manuel II trata dos assuntos relativos ao legado de Gondarém, da crise agrícola "flagelo que se chama fome" – afirmando "peço que me informe da maneira melhor de eu poder socorrer o povo que tem fome" (10-08-1908). D. Manuel menciona o Museu dos Coches, o Telheiro das Galeotas Reais à Junqueira, o telegrama para ser publicado relativo ao [Presidente] dos Estados Unidos do Brasil. O acervo contém um telegrama cifrado, enviado pelo rei D. Manuel II.
Várias pastas com recolhas de documentos e legislação relacionados com organismos de coordenação económica em geral, com a sua evolução, desde as origens, passando pelo 25 de Abril de 1974, até à adesão de Portugal à CEE. • 1. Recolha documental sobre OCE feita por Regina Borges e cedida a Manuel de Lucena; contém alguns apontamentos deste último (ML, Cx. 31, Mç. 1, Pastas 1 e 2): Pasta 1 – Legislação reunida sobre a criação, orgânica, funções e finalidade dos seguintes Organismos de Coordenação Económica: o IC (depois EPAC), o IAPO, a JNPP, o Instituto do Vinho do Porto (IVP), a Administração Geral do Açúcar e do Álcool (AGA), a Comissão Reguladora do Comércio do Bacalhau (CRCB). Pasta 2 – Cópia de documentação do Gabinete do Ministro da Economia sobre a criação de uma empresa pública de comércio externo (“Empresa Nacional de Comércio Externo”) e relativa à criação de uma Empresa Pública dos Cereais, projectos de 1975. • 2. “Agricultura. Reforma Agrária. Organismos de Coordenação ligados ao sector”. Pasta que contém: fotocópias de diplomas legais relacionados com o tema (decreto-lei n.º 221/77 de 28 de Maio, lei orgânica do MAP; projecto de lei n.º 50/1, sobre o Arrendamento Rural, separata n.º 5 do “Diário da Assembleia da República”, de 16 de Junho de 1977; proposta de lei n.º 79/1, bases gerais da Reforma Agrária, separata n.º 6 do “Diário da Assembleia da República” de 20 de Junho de 1977; e projecto de lei n.º 66/1, bases gerais da Reforma Agrária, separata n.º 7 do “Diário da Assembleia da República” de 27 de Junho de 1977); texto da comunicação intitulada “Justiça, Segurança e Desenvolvimento”, apresentada por António Barreto, Ministro da Agricultura e Pescas, na XIX Sessão da Conferência da FAO, em Dezembro de 1977, em que se definem as linhas mestras da actuação do MAP da política agrícola e piscatória do país e da inserção de Portugal no contexto internacional; vários extractos de jornais (como o “Expresso”, o “Correio da Manhã”, “O Dia”, “A Capital”, entre outros) com notícias relacionadas com a Reforma Agrária, a questão dos baldios, problemas pecuários do país, a comercialização de trigo e a EPAC, e a JNV, publicadas entre 22-11-1976 e 04-04-1981. (ML, Cx. 34, Mç. 1, Pasta 2) • 3. Pasta que contém uma listagem de legislação relacionada com os OCE e com as empresas públicas. (ML, Cx. 34, Mç. 1, Pasta 3) • 4. Pasta que contém apontamentos Manuel de Lucena sobre pessoal e receitas/despesas de alguns OCE. Inclui ainda listas de legislação a consultar sobre os OCE e um suplemento do “Diário do Governo”, I Série, n.º 254 de 31 de Outubro de 1972, em que estão publicados vários decretos-lei que definem as atribuições e estrutura de alguns institutos, juntas e comissões reguladoras. (ML, Cx. 34, Mç. 1, Pasta 4) • 5. “Documentos de Mário Baptista”. Pasta que contém documentos relativos a este político, que foi Secretário de Estado do Abastecimento e Preços (de 17-10-1975 a 23-02-1976) e depois Secretário de Estado do Comércio Alimentar (23-02-1976 a 22-07-1976) do Ministério do Comércio Interno. Inclui um conjunto de fotocópias, tiradas em 15-10-1993, e anotadas por Manuel de Lucena de: uma resolução, de 9 de Abril de 1976, do Conselho de Ministros sobre a Comissão de Reestruturação dos Organismos de Coordenação Económica, publicada no “Diário da República”, I série, n.º 127; um relatório, de 15-12-1976, do Gabinete do Secretário de Estado do Abastecimento e Preços do Ministério do Comércio Interno, sobre a extinção da lavoura e suas federações; uma notícia intitulada “Portugal procura créditos para a importação de bens alimentares essenciais”, da autoria de Mário Baptista, publicado no “Jornal Novo” de 17-12-1975; uma entrevista a Mário Baptista, “A fome é um perigo não totalmente afastado”, publicada no “Diário Popular” de 20-12-1975; uma notícia sobre sindicância instaurada à JNPP, publicada no “Diário de Notícias” de 23-12-1975; uma notícia publicada na imprensa francesa sobre a situação económica portuguesa; uma proposta de resolução do Conselho de Ministros sobre contratos de desenvolvimento para apoio a alguns sectores económicos; uma carta, de 28-02-1976, enviada pelo Ministro do Comércio Interno, Magalhães Mota, ao director do jornal “Portugal Socialista”, sobre artigo publicado naquele periódico a respeito da libertação do preço da batata, que causou atritos entre o Ministro e o Secretário Mário Baptista (em anexo, está uma declaração de Mário Baptista sobre este mesmo assunto e um conjunto de recortes de entrevistas de Mário Baptista e de notícias publicadas em periódicos como o “Diário de Notícias”, “O Século”, “Jornal Novo”, “O Capital”, entre outros, entre Março e Julho de 1976, sobre assuntos relacionados com a Secretaria do Estado do Comércio Alimentar, problemas do comércio alimentar, a falta de géneros e a subida de preços, questões ligadas ao sector dos vinhos verdes e à JNV, à Comissão Reguladora do Comércio do Bacalhau, a conflitos entre o Secretário de Estado Mário Baptista e o Ministro do Comércio Interno, Magalhães Mota, e a problemas decorrentes da sindicância instaurada à JNPP); um despacho, de 24-06-1976, do Secretário do Estado do Comércio Alimentar, Mário Baptista, confirmando que continuará a dar regularmente despacho aos organismos que se encontravam no âmbito daquela Secretaria (em anexo tem informação enviada à Imprensa, a 25-06-1976, e recortes de notícias sobre os conflitos com o Ministro Magalhães Mota e apoio que Mário Baptista recebeu dos comerciantes retalhistas e dos trabalhadores socialistas do Instituto dos Cereais). (ML, Cx. 34, Mç. 2, Pasta 1) • 6. “Projecto O.C.E.’s. Documentos da Dr.ª Regina Borges, do Eng.º Sevinate Pinto e do Dr. Pinheiro Henriques”. Pasta que contém: fotocópia do texto de 15-06-1985 apresentado, por Regina Borges, no seminário “A extinção dos organismos de coordenação económica face à adesão à CEE e consequências para os Trabalhadores”, que faz um breve estudo da perspectiva histórica da criação e desenvolvimento da actividade dos referidos organismos; fotocópia de despacho do Secretário de Estado do Abastecimento e Preços, de 22 de Janeiro de 1975, sobre regime de exclusividade de importação de bens essenciais de consumo pelos organismos e empresas públicas que nele intervêm; ofício de Regina Borges, directora do serviço de Auditoria Jurídica do Ministério do Comércio e Turismo, de 14-09-1977, que acompanhou o tratamento estatístico das várias respostas ao questionário da CEE relativo a taxas de efeitos correspondentes a direitos alfandegários e ao regime de monopólios, recebidas das empresas públicas que superintendem nos vários sectores de actividade (esses dados estatísticos não se encontram nesta pasta); fotocópia de esclarecimento dos trabalhadores da JNF que estão impedidos de prestar serviço no mercado abastecedor de frutas de Lisboa, de 27-05-1974. Além destes documentos, esta pasta contém um conjunto de fotocópias de documentação que foi devolvida a Sevinate Pinto, que fez parte do Gabinete de Planeamento do MAP: relatório, de Fevereiro de 1981, sobre o preço do pão e a adesão de Portugal ao mercado comum, apresentado pelo Grupo de Trabalho incumbido de proceder à revisão do regime cerealífero nacional para ser compatível com as disposições do Tratado de Roma e da Política Agrícola Comum aplicada na CEE; vários ofícios, de 1980, da Secretaria do Estado do Comércio e Indústrias Agrícolas sobre a EPAC (com anexo: “Estudo para a criação dum organismo de intervenção no mercado de cereais”), sobre a Associação dos Industriais de Moagem (com anexo: “Memorando sobre o Regime Cerealífero 1981”), e sobre alterações ao regime cerealífero; informação/proposta, de 30 de Setembro de 1980, do Gabinete de Planeamento do Ministério da Agricultura e Pescas sobre “Preços de cereais – campanha 1980/81”, com vários anexos como as contas de cultura do trigo (nos distritos de Portalegre, Évora e Beja em 1980/1981), a evolução do custo horário de utilização das máquinas agrícolas, a evolução dos preços de intervenção para os cereais de Inverno, a estrutura percentual dos encargos com 1 ha. de trigo, informações da EPAC, conta de cultura do centeio (na Beira Interior, 1980), e conta de cultura da aveia (no distrito de Beja, 1980). No exterior da pasta estão indicados “documentos do Dr. Pinheiro Henriques”, mas no seu interior não encontramos mais referências. (ML, Cx. 34, Mç. 2, Pasta 2) • 7. “Dirigentes OCE”. Pasta que contém um conjunto de apontamentos de Manuel de Lucena, de bibliografia e de quadros relativos aos dirigentes de alguns OCE como a JNV, a JNF, a JNPP, a JNA/IAPO e a FNPT/IC/EPAC, assim como outros organismos como a Companhia Portuense dos Álcoois, a União Vinícola e Olivícola do Sul, a Comissão Promotora do Comércio de Vinhos e Azeites, a Companhia Vinícola do Norte de Portugal, a Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes, a Federação dos Vinicultores do Centro e Sul de Portugal, o Grémio do Comércio de Exportação de Vinhos, e o Grémio dos Armazenistas de Vinhos. Inclui ainda listas de legislação relacionada e fotocópias de alguns despachos publicados em Diário do Governo/Diário da República, entre 21-09-1974 e 02-08-1991. (ML, Cx. 34, Mç. 2, Pasta 3) • 8. “Conservas de peixe”. Pasta que contém listagens de artigos publicados no boletim “Conservas de Peixe”, assim como a fotocópia de alguns desses textos. Sobre este mesmo tema, inclui ainda uma recolha de diplomas legais publicados em “Diário do Governo”. (ML, Cx. 34, Mç. 2, Pasta 4) • 9. “Intervenções. Nacionalizações. E. P.’s e privatizações”. Pasta que contém: quadro com dados sobre as intervenções do Estado em empresas entre 25-04-1974 e 31-12-1975; fotocópia de um projecto de decreto-lei, de correspondência oficial do Ministério do Trabalho e de uma resolução do Conselho de Ministros relacionados com o problema da crise de algumas empresas públicas, nacionalizadas ou com intervenção ou assistência do Estado, em 1976. (ML, Cx. 35, Mç. 1, Pasta 3) • 10. Pasta que contém listagens, ordenadas pelo ano, de artigos publicados na imprensa periódica, entre 1976 e 1988, sobre OCE ligados ao sector primário e outros assuntos relacionados. (ML, Cx. 35, Mç. 1, Pasta 4)
Esta caixa contém: Doc. relativa ao Convento de Santa Clara de Moura (Ordem dos Frades Menores, Província dos Algarves). 1615. 1 doc. - Indulto do Papa Paulo V relativo ao Convento de Santa Clara de Moura (Ordem dos Frades Menores, Província dos Algarves). 1615. 1 doc.; perg. Doc. relativa ao Convento de São Francisco de Tavira (Ordem dos Frades Menores, Província dos Algarves. 1797. 1 proc. - Devassa do Convento de São Francisco de Tavira (Ordem dos Frades Menores, Província dos Algarves). 1797. 1 proc.; papel Doc. relativa à Ordem de Avis.1592. 1 doc. - Instrumento em pública forma com traslados de documentos relativos à propriedade Mata do Corvo. 1592. 1 doc.(10 f.); papel. Inclui carta de confirmação de aforamento, carta de aforamento, alvará régio, auto de medição, auto de posse da propriedade Mara do Corvo, no termo da vila de Benavente, e que pertencia à Ordem de Avis. Doc. relativa Jerónimo de Lemos Monteiro e outros familiares. 1848-1800. 6 doc., 1 cad. - Carta de mercê de D. João V do lugar de desembargador da Relação de Goa, no Estado da Índia, ao bacharel Jerónimo de Lemos Monteiro. 1748/03/16. 1 doc.; perg.. Tem selo pendente. - Carta de mercê de D. José I do lugar de desembargador dos Agravos da Casa da Suplicação ao Doutor Jerónimo de Lemos Monteiro. 1765/04/17. 1 doc.; perg. - Carta de arrematação da Herdade do Divor da Figueira, ao Juízo da Inconfidência por Simão Dias da Fonseca. 1770/08/20. 1 doc. (11 f.); papel. A herdade do Divor da Figueira, sita na freguesia de Nossa Senhora da Graça do Divor, termo de Évora, pertencera ao Colégio dos Jesuítas de Évora, e achava-se incorporada no Fisco e Câmara Real, sendo procurador de Simão Dias da Fonseca, Manuel de Oliveira Velho. - Carta de mercê de D. Maria I concedendo o título de seu Conselheiro ao Doutor Jerónimo de Lemos Monteiro, conselheiro da Real Fazenda.1778/08/19. 1 doc.: perg. - Carta de mercê de D. Maria I concedendo foro de fidalgo a Teodoro José da Fonseca Lemos. 1778/10/23. 1 doc.; papel. Teodoro José da Fonseca Lemos era filho do Desembargador Jerónimo de Lemos Monteiro, fidalgo da casa da rainha, pertencente ao seu Conselho e Conselheiro da Real Fazenda. Mau estado de conservação: rasgão e perda parcial do suporte. - Carta de mercê de D. João, príncipe regente, concedendo o lugar de Ouvidor da Alfândega ao bacharel António Joaquim de Lemos Monteiro. 1800/04/04. 1 doc.; perg. - "Advertências que José António da Fonseca faz a seu filho José Maria Sérgio principiando este o serviço de Sua Magestade no posto de capitão de Cavalaria do Regimento de Évora". 1 cad. (8 f.). José António da Fonseca figura como procurador do pai, Simão Dias da Fonseca, em carta de arrematação de propriedades em Évora, datada de 1770. Doc. do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra (Ordem dos Cónegos Regulares de Santo Agostinho).1700-1796. 2 mac., 1 doc. - Doc. sobre o pasto das manadas de éguas do Mosteiro em Montemor-o-Velho e Tentúgal. 1794-1796. 1 mac.; papel - Carta anulatória de José Borges de Barros (proto notário apostólico do Papa e prior da Colegiada de São João de Almedina) relativa a conflito jurisdicional com o Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra. 1700/12/03. 1 doc. papel. - Doc. impressos. 1717-1759. 1 mac. Inclui cartas pastorais do Bispo de Coimbra, indulgências, e sentença sobre o conflito entre a população de Verride e o Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra sobre a aplicação do foral. Latim, português. Esta documentação surge referenciada no Roteiro no nº 2512. Doc. do Mosteiro de São Vicente de Fora (Ordem dos Cónegos Regulares de Santo Agostinho). 1294-1779. 2 doc. - Título da igreja paroquial e abadia de Santa Maria de Oliveira da comarca de Valença a favor de D. Raimundo da Encarnação (cónego regular de Santa Cruz de Coimbra). 1779/07/31. 1 doc.; papel. Cota antiga: nº 6068 (a tinta vermelha) - Carta de "venda de [?] curral e campo em Benfica". 1294. 1 doc.; perg.. Mau estado de conservação: perda parcial de suporte, desvanecimento da tinta. Cota antiga: nº 8629 (a tinta vermelha) - capilhas de doc. do Mosteiro de São Vicente de Fora. 3 doc. Doc. relativa à Delegação do Tesouro de Bragança sobre a extinta Comenda de Algozo da Ordem de Malta. 1877. 1 mac. - Correspondência e outros doc. anexos dirigida ao Delegado do Tesouro do distrito de Bragança pela Repartição da Fazenda do concelho de Macedo de Cavaleiros ao Delegado do Tesouro de Bragança. 1877. 1 mac. Apontamento com a seguinte indicação: "Estava junto de um maço do Convento da Santíssima Trindade de Lousa, sem nº, que se localizava na S. 1, E. 5, P. 4". Doc. relativa à Ordem de Cister. 1575-1813. 7 doc. - Mapas do rendimento ordinário e das despesas do Mosteiro de São Dinis de Odivelas. 1811-1813. 3 doc. São apresentados como rendimentos: dízimos das igrejas do Lumiar e Frielas, pensão da igreja de Santarém, juro do Senado da Câmara, juros reais da Alfândega de Lisboa (Folha do Tabaco, Casa das Carnes, Três Casas, Almoxarifado de Santarém, Casa Índia, Ultramar, Portimão, Intendência, Casa de Bragança e novos empréstimos). - Declaração da abadessa do Mosteiro de Lorvão, D. Antónia de Albuquerque, sobre a entrega das chaves das casas do Botão. 1575/03/03. 1 doc.; papel. - Carta de venda de propriedade ao Mosteiro de São Paulo de Almaziva. 1770. 1 doc.; papel - Contas de certidões relativas a Cadima. Data não identificável.1 doc. - Lista de livros. Data não identificável. 1 doc. Assinada por Frei Lopo, referindo um "ordinário da nossa Ordem de Cister". Doc. relativa à Ordem da Santíssima Trindade para a Redenção dos Cativos. 1653. 1 cad. -"Index de todos os papéis que pertencem ao cativos assim de provisões dos reis antigos como dos modernos e informações feitas ao rei e à Mesa da Consciência e dos resgates do Padre Frei Paulino, Frei António da Assunção e Frei António da Cruz que resgatou D. Jorge e sua mulher e sues filhos e o bispo de Coimbra" .1653. 1 cad (9 f.). Este índice foi feito pelo Frei Manuel da Ressurreição. Doc. relativa à Ordem de São Jerónimo. 1789. 1 doc. - Acta da mesa de definidores reunidos no Mosteiro de Santa Maria de Belém. 1789/08/04. 1 doc. Doc. relativa ao Cabido da Sé de Lamego. 1576. 1 doc. - Contrato entre Gonçalo Gonçalves e sua mulher Maria Rodrigues, e Gonçalo Vaz e sua mulher Rodrigues, todos moradores em Carvalhais relativo a um casal da Sé de Lamego. 1576. 1 doc.; papel. Doc. relativa à Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho. 1618-1621. 2 doc - "Relatório dos castigos que Deus mandou sobre a cidade de Baçaim e seu distrito, mandado ao Rvdo. Pe. Fr. António da Graça, Pal. dos eremitas de Nosso Padre Santo Agostinho na Índia Oriental". 1618. 1 cad.(num. de 416 a 427). - "Relação da missão do Gorgistão e da Pérsia". post. 1627. 1 cad.(num. de 471 a 476). Doc. relativo à Companhia de Jesus. 1760. 1 doc. - Carta de Francisco Justiniano referindo o Padre António Vieira. 1760. 1 doc.; papel. Latim. Doc. em pergaminho. 1267-1490. 6 doc., 1 cad. - "Venda entre leigos de herdades na freguesia de São João de Arnóia entre Douro e Minho". 1301. 1 doc. Perg. Cota antiga: Gaveta 15, maço 13, nº 15. - "Doação dos bens de Verride que fez G[...] João ao Mosterio de Grijó (?), professando no dito mosteiro e sendo cónego dele. 1267. Cota antiga: Alm. 36, nº 4, maço 2; Maço 7, caixa V, nº 1. - Doc. não identificado. Data não identificada. 1 doc.; perg. Latim. Vestígios de selos pendentes. - Lista de propriedades. 1490. 1 cad..; perg. Tem os seguintes apontamentos feitos em Junho 1988: "1490. Tamarães. Estava na Pasta 36 de Santa Cruz de Coimbra da Sala 23". - "Venda de olival e vinha aos Portelas". 1318/03/26. 1 doc. perg. Tem os seguintes apontamentos: "Serra de Ossa, Mç. 1, nº 1. Valbom." - Carta de doação de Fernando [...] de umas propriedades situadas na Serra de Ossa, termo de Redondo e termo de posse. 1470/01/22. 1 doc. perg. Tem os seguintes apontamentos: "Serra de Ossa, Mç. 1, nº 18. Amieira" - Carta de venda de propriedades situadas de Almada. 1470/08/24. 1 doc. perg. Tem os seguintes apontamentos: "Serra de Ossa, Mç. 1, nº 22. Rosa" Fragmentos e doc. dispersos. 1359-1885. 1 mac. - Vales assinados pelos procuradores Valente de Matos, Soares Aranha. 1868-1885 - "Colóquio dos simples" de Garcia da Orta. 1 f. solto, Cólóquio 7, pag. 22. Apontamento com a seguinte indicação: "encontrado no contador do gabinete do Director 28/07/1974. - Cópia de emprazamento de casas que foram de José Fernandes Capela, junto à Igreja de São Pedro de Torres Vedras. 1359. 1 doc.; papel - Certidão do testamento de Manuel Bernardo da Silva Reboxo e mulher Cândida do Rosário da Silva Reboxo. 1841. 1 doc.; papel - Certidão de vistoria a um quintal na Travessa de São Bartolomeu, nº 6, feita pela Câmara Municipal de Lisboa. 1859. 1 proc.; papel. - Cópias de doc. 5 doc. Estão envoltos em capilha antiga com informações desactualizadas. - Fragmentos de capilhas e de doc. da Sé de Coimba. - "Sentença cível de arrematação passada a favor do arrematante António Alves". 1860. 1 proc.; papel. Foi extraída dos autos de execução por traslado em que é autora a Fazenda Nacional contra a Irmandade de Nossa Senhora da Encarnação, erecta na freguesia de São João da Praça. - Lista do conteúdo da "Caixa nº 116". A lista refere doc. em pergaminho dos anos de 1403 a 1499, relativos ao Mosteiro de São Jerónimo da Penha Longa, de São Vicente de Fora, de Cascais, de Alcobaça, de São Domingos de Frades de Santarém, etc. - Carta de António José de Mesquita. 1802/07/19. 1 doc. O destinatário é desconhecico. O remetente escreve de Lobrigos. - Tabuada de cadernos. 1504-1511. 2 doc. - Cópia de carta de emprazamento de propriedades do Mosteiro de de Jesus de Aveiro. - "A vida de fr. João de Santa Catarina. 1 f. - Estatutos da União Nacional. 1 cad. Contém recortes de jornais. - Fragmentos e partes de capilhas.
Recortes de imprensa de Janeiro a Junho de 2011. Possui os seguintes artigos: 001 e 002 – “Pedrógão do Alentejo – Comandante de posto da GNR “chefia-se a ele próprio”” in Diário de Notícias de 04 de Janeiro 003 e 004 – “Vinhos – Para viver fora da lei tem que se ser honesto – Família Jorgensen – Cortes de Cima” in Diário Económico de 07 de Janeiro 005 – “Vidigueira – Cabazes de Natal para carenciados” in Jornal de Notícias de 08 de Janeiro 006 – “Vidigueira – Cabaz a famílias” in Correio da Manhã de 08 de Janeiro 007 – “Boa notícia do dia: Vinho alentejano cada vez mais exportado” in Metro de 14 de Janeiro 008 e 009 – “Candidato passou pela Vidigueira, antes de reencontrar Jerónimo de Sousa no almoço da Ovibeja – “O terceiro no boletim de voto”” in Jornal de Notícias de 16 de Janeiro 010 – “Agenda – Vidigueira – Ministra da Educação inaugura Escola Frei António das Chagas” in Correio da Manhã de 19 de janeiro 011 – “Exportações de Vinhos do Alentejo para o Brasil cresceram 48 por cento em 2010” in Terras Brancas de 20 de Janeiro 012 à 015 – “Francisco Lopes nos Distritos de Beja e Évora – Alentejo quer um Portugal melhor” in Avante de 20 de Janeiro 016 – “Vidigueira – Escola Nova” in Diário do Alentejo de 21 de Janeiro 017 – “Nas últimas presidenciais Manuel Alegre venceu no concelho de Vidigueira” in Diário do Alentejo de 21 de Janeiro 018 – “Distrito de Beja – Museus juntos” in Correio Alentejo de 21 de Janeiro 019 e 020 – “Cavaco vencedor de Norte a Sul – Francisco Lopes deixou fugir distrito de Beja, o único que a CDU havia conquistado em 2006” in Jornal de Notícias de 24 de Janeiro 021 – “Presidenciais 2011 – Resultados no Distrito de Beja” in Correio da Manhã de 24 de Janeiro 022 e 023 – “Vidigueira aposta na Educação e Acção Social” in Correio Alentejo de 28 de Janeiro 024 – “Vidigueira – Conduziam bêbedos” in Correio da Manhã de 31 de Janeiro 025 – “Castro Verde – Snooker promove “espírito de equipa”” in Bombeiros de Portugal de 01 de Fevereiro 026 – “Vidigueira – Um quarto de século a servir” in Bombeiros de Portugal de 01 de Fevereiro 027 – “Ministra da Educação inaugurou escola” in A Planície de 01 de Fevereiro 028 – “Projecto Europeu em Vidigueira, Vila de Frades e Pedrógão” in A Planície de 01 de Fevereiro 029 – “Experimenta Energia – Vidigueira” in Câmaras Verdes de 01 de Fevereiro 030 – “Vidigueira – Desfile de Carnaval em preparação” in Correio Alentejo de 04 de Fevereiro 031 – “Vidigueira – Câmara retira pessoas e animais de acampamento” in Jornal de Notícias de 07 de Fevereiro 032 – “Vidigueira – Câmara cria Gabinete da Juventude” in Jornal de Notícias de 08 de Fevereiro 033 – “Vidigueira – Câmara inaugura Gabinete para Jovens” in Correio Alentejo de 11 de Fevereiro 034 à 037 – “Relação qualidade/preço, o santo graal do vinho – A proposta da semana – A singularidade lusa de Paulo Laureano” in Público de 12 de Fevereiro 038 – ““Manif” à chuva pelos comboios - Beja” in Jornal de Notícias de 15 de Fevereiro 039 – “Câmara da Vidigueira corta água a acampamento cigano” in Público de 18 de Fevereiro 040 à 042 – “Participe e assine a petição – Beja é a próxima cidade a discutir a criminalização do enriquecimento ilícito – Manuel Narra, Presidente da Câmara da Vidigueira” in Correio da Manhã de 20 de Fevereiro 043 – “Solidariedade farmacêutica – III Jornada de Recolha de Medicamentos – Vidigueira” in Nova Gente de 21 de Fevereiro 044 – “Ameaças a autarquia obrigam GNR a montar patrulha – Vidigueira” in Diário de Notícias de 25 de Fevereiro 045 – “Vidigueira – Famílias ciganas ameaçam executivo – Autarca pede protecção à GNR” in Correio da Manhã de 25 de Fevereiro 046 – “Vidigueira – Ameaças de morte a membros do executivo” in A Bola de 25 de Fevereiro 047 – “Exigência e Pluralidade – Manuel Narra, Presidente da Câmara de Vidigueira” in Correio Alentejo de 25 de Fevereiro 048 – “Vidigueira – Fados no cinema com vencedor da operação triunfo” in Correio Alentejo de 25 de Fevereiro 049 e 050 – “Câmara de Vidigueira realoja comunidade cigana – Direitos e Deveres” in Correio Alentejo de 25 de Fevereiro 051 e 052 – “Vidigueira – Comunidade cigana vive sem água, após a câmara ter cortado o abastecimento - Ciganos sem medo da GNR que protege câmara – Guarda faz vigilância a membros do Executivo após ameaças da comunidade cigana, insatisfeita com a demolição de barracas” in Diário de Notícias de 26 de Fevereiro 053 – “Vidigueira Jovem” in Mais Alentejo de 01 de Março 054 e 055 – “O meu Alentejo – Herdade do Sobroso” in Happy Woman de 01 de Março 056 e 057 – “13º Portugal de Lés-a-Lés Moviflor – Regresso ás calmas origens – Vidigueira” in Motojornal de 02 de Março 058 – “Mini Eco Bar – O vinho Paulo Laureano Clássico, origem na Vidigueira” in Diário Cidade de 03 de Março 059 e 060 – “Portel – 19º Assalto do grupo que ataca com retroescavadoras – Gang do ATM atira contra GNR – Retroescavadora furtada em Marmelar, Vidigueira” in Correio da Manhã de 04 de Março 061 – “Festival Terras Sem Sombra em Beja – Música, património e natureza” in Público de 16 de Março 062 – “Documento entregue hoje – Enriquecimento ilícito – Manuel Narra” in Correio da manhã de 18 de Março 063 – “Diversidades – Regresso ao passado “A Pão e Laranjas”” in Público de 20 de Março 064 e 065 – “Roteiro de Lazer – Vidigueira e Mértola – Uma Rota para explorar a Vila de Vidigueira” in Sábado de 24 de Março 066 – Alta Voz – Paolo Pinamonti – Um regresso a Portugal” in Visão de 31 de Março 067 – “Exposição – Vidigueira mostra “Detalhes” de Delmiro palma” in Correio Alentejo de 01 de Abril 068 – “Alunos da Vidigueira exigem escola aberta” in Correio Alentejo de 01 de Abril 069 – “Navegador – Alentejo – Festival Terras sem Sombra” in Público de 02 de Abril 070 – “Vidigueira – Despiste de motociclo origina um morto” in Jornal de Notícias de 09 de Abril 071 – “Economia – Brasil é actualmente o principal destino de exportação dos Vinhos do Alentejo” in Diário Regional de Aveiro de 14 de Abril 072 – “Agenda, terça 19 – Exposição de Roriz na Vidigueira” in Correio Alentejo de 15 de Abril 073 à 075 – “Entrevista a Paulo Laureano, produtor e enólogo – Vinhos licorosos açorianos podem ser exportados” in Açoriano oriental de 07 de Maio 076 – “Cavaco Silva apela à força solidária dos portugueses – Inauguração do Lar “Entardecer Solidário” na Vidigueira” in Açoriano Oriental de 09 de Maio 077 – “Vitifrades lança novo Vinho de Talha” in Expresso de 14 de Maio 078 e 079 – “Beja – Carlos Moedas subiu ao palco a negociar, pelo PSD, pelo OE e o pacote da troika. Fiolho de comunista, quer ser eleito pelo distrito – A outra face do Moedas – O apoio de Manuel Narra, Presidente da Câmara da Vidigueira” in Expresso de 14 de Maio 080 – “Vidigueira – Comparticipação de Medicamentos” in Jornal de Notícias de 15 de Maio 081 – “Presidente da República no Distrito – É necessário “Mais e Melhor” produção nacional – Inauguração do Lar “Entardecer Solidário”” in A Planície de 15 de Maio 082 – “Projecto está a ser dinamizado pela Associação “Recolher e Dar” – Banco Alimentar de Beja apoia cerca de 2.000 pessoas” in Correio Alentejo de 20 de Maio 083 – “Vidigueira critica falta de apoios” in Correio Alentejo de 20 de Maio 084 – “Auditório da Expobeja no dia 24 de Maio, 18 horas – Debate junta quatro rádios e dois jornais – Rádio Vidigueira” in Correio Alentejo de 20 de Maio 085 – “Paulo Laureano quer chegar a 70% de exportações e aposta em África - Internacionalização" in Oje de 23 de Maio 086 – “Paulo Laureano Vinus – Empresa da Vidigueira lança azeite” in O Primeiro de Janeiro de 23 de Maio 087 – “Vidigueira – “Diálogos”musicais na igreja de Vila de Frades” in Correio Alentejo de 27 de Maio 088 à 091 – “Vinho do Alentejo, duas décadas de sucesso – Herdade Monte da Ribeira – Um clássico que se renova” in Público de 28 de Maio 092 à 097 – “Herdade do Rocim – Vinhos nascidos em berço de ouro” in Público de 28 de Maio 098 à 101 – “Enoturismo – Entre o vinho e a água” in Público de 28 de Maio 102 à 105 – “20 Brancos para o Verão” in Público de 28 de Maio 106 – “Governo reteve 1 milhão às câmaras por falta de dados sobre avaliação de funcionários - Vidigueira” in Público de 29 de Maio 107 – “Vidigueira – Câmara entrega comparticipação de medicamentos a idosos” in Farmácia Distribuição de 01 de Junho 108 – “Vidigueira – Novo Gabinete da Juventude” in O Primeiro de Janeiro de 01 de Junho 109 – “Raid BTT Trilhos de Baco” in Bombeiros de Portugal de 01 de Junho 110 e 111 – “Centenário do Crédito Agrícola – Entrevista com José Artur Estrela, Presidente do Conselho de Administração da Caixa Agrícola Mútuo do Guadiana Interior” in A Planície de 01 de Junho 112 – “Vidigueira – Câmara Municipal inaugurou novo Centro Social” in Correio Alentejo de 03 de Junho 113 – “Já não é só enólogo – Paulo Laureano – Olium Reserve é a feliz incursão de um homem dos vinhos no mundo dos azeites” in Correio da Manhã de 05 de Junho 114 à 117 – “Alentejo – Um festival de música que se preocupa com o ambiente – Terras Sem Sombra , no Baixo Alentejo, enche igrejas e protege a biodiversidade” in Público de 12 de Junho 118 e 119 – “Vinhos – Herdade do Peso: nota de qualidade da Sogrape no Alentejo” in i informação de 13 de Junho 120 à 124 – “Vidigueira: Padaria produz cerca de 350 unidades por dia – Pão Alentejano sobrevive a híperes” in Correio da Manhã de 13 de Junho 125 e 126 – ““O cinema, Cem Anos de Juventude” – Exibição de filmes mostra trabalho de seis escolas do país” in Diário da Região de 16 de Junho 127 – “Herdade do Rocim apresenta vinhos em Ponta Delgada” in Açores Magazine de 19 de Junho 128 à 130 – “Vinhos – Marmelar por quatro caminhos” in Diário Económico de 24 de Junho 131 – “António Barreira – Das radionovelas na Vidigueira para os Prémios Emmy – Levou rádio alentejana a líder de audiências antes de escrever argumentos para televisão” in Correio da Manhã de 26 de Junho 132 – “Pormenores – Combate a incêndio na Herdade das Sesmarias” in Correio da Manhã de 26 de Junho
Esta série contém recolhas documentais e alguns apontamentos que serviram para a elaboração da monografia da FNPT, do IC e da EPAC: 1. Pasta que contém listagens de artigos publicados no “Diário de Notícias”, entre 1974 e 1976, que estão relacionados com a FNIM (Federação Nacional dos Industriais de Moagem), o IC e a EPAC. (ML, Cx. 36, Mç. 3, Pasta 2) • 2. Conjunto de pastas que contêm: os “Estatutos da Cooperativa Agrícola dos produtores de Batata-semente de Alturas de Barroso”, 1952; texto intitulado “The wheat campaign 1929-1934” (a Campanha do Trigo), com nota de leitura de Manuel de Lucena; fotocópia de documento da Comissão Reguladora das Moagens de Rama (CRMR), sobre a “Situação comparativa das indústrias de moagem: considerações sobre o problema dos cereais trigo, milho e centeio, para a alimentação humana e indústrias de moagem, no plano nacional”, de Maio de 1964; fotocópia de documento da CRMR sobre a “Reorganização da indústria de moagem de ramas”, anexo à declaração de voto sobre a reorganização desta indústria pelo representante da CRMR, de Novembro de 1964; fotocópia de “Nota importante sobre a instalação de fábricas de moagem de farinhas espoadas de milho em Portugal Continental”, de 1965; fotocópia do comentário à “Proposta da revisão do regime de farinhas e pão”, elaborada pelo Conselho Geral do Instituto Nacional do Pão, em Dezembro de 1966; fotocópia do texto “Subsídios para estudo dos problemas do ciclo cereais-farinhas-pão”, de Outubro de 1967; fotocópia dos “Comentários à margem do relatório preliminar sobre indústrias de alimentação e bebidas (Grupo 205.1/2) que serviu de base ao programado sobre moagens de farinhas no projecto do III Plano de Fomento”, preparados pela Comissão de Industriais de Moagem de Ramas de Cereais e de Espoadas de Milho e Centeio, em Novembro de 1967, e de uma “Análise das competências e atribuições da FNPT”, com lista de diplomas legais relacionados com o tema; fotocópia do texto “Considerações úteis e esclarecedoras sobre o sector – cereais, farinhas e pão – em face do novo regime cerealífero (decreto-lei n.º 491/70 de 22/X/1970”, de Setembro de 1971; fotocópia de “Breves considerações sobre os problemas expostos pelo Senhor Presidente da direcção da Federação Nacional dos Industriais de Moagem na reunião do Conselho Geral do referido organismo corporativo (…), como esclarecimento de alguns factos, nomeadamente a situação privilegiada em que se encontra a indústria de moagem de farinhas espoadas de trigo, em relação à da maior parte dos países da Europa”, de 28 de Junho de 1972; fotocópia do relatório “Aspectos graves para a economia nacional resultante da política de preços praticada para o trigo”, de 18 de Setembro de 1973; fotocópia do texto “Algumas considerações sobre problemas das indústrias de moagem (espoadas e ramas de trigo) nomeadamente quanto à instalação da peneiração nas moagens de remas de trigo”, de Setembro de 1973; fotocópia do documento “Aspectos graves para a economia nacional e para a população (…) com a aquisição do chamado “pão alentejano” fabricado à base de farinha espoada de trigo, “tipo lotada”, e o desvio da referida farinha, para alimentação de gados, devido ao seu baixo preço (…) em relação aos preços das farinhas forrageiras e da cevada e aveia”, de 20 de Dezembro de 1973; fotocópia do “Relatório e quadros estatísticos dos mercados dos cereais” do Instituto dos Cereais, de 20 de Novembro de 1974. (ML, Cx. 37, Mç. 1, Pastas 1 a 14) • 3. Pasta que contém fotocópias de documentos cedidos pelo Grupo de Trabalho do Instituto dos Cereais para elaboração de projectos de estatutos para empresas públicas, de 1976: proposta de decreto sobre regime das empresas públicas entregue aos Ministros; 11 actas de reuniões realizadas pelo Grupo de Trabalho entre 29-01-1976 e 26-02-1976; relatórios (apresentados pelo Grupo de Trabalho?) com as razões que desaconselham a transformação do IC numa empresa pública, as vantagens da cisão do IC em duas empresas públicas e os riscos associados; apontamentos sobre as funções e atribuições Instituto Técnico de Cereais, Forragens e Produtos Derivados, bem como as funções e atribuições de uma empresa pública de comercialização. (ML, Cx. 37, Mç. 2, Pasta 1) • 4. Pasta que contém apontamentos de Manuel de Lucena sobre o IC, a produção e preço dos cereais, assim como vários quadros que fornecem dados sobre: o financiamento de operações de sementeira (vendas de semente a crédito), por concelho, nas campanhas entre 1970/71 e 1973/74, e, por distrito, nas campanhas entre 1959/60 e 1968/69; valores dos cereais fornecidos a crédito contra livrança no ano de 1975, por distrito e por concelho; preços médios no produtor de alguns produtos agrícolas no Continente, entre 1934 e 1966; quantidade dos diferentes cereais adquiridos entre 1933 e 1975; comparticipações concedidas a alguns grémios da lavoura; custos de construções e equipamentos (do IC?), apresentados a 17-06-1977; subsídios concedidos em 1961 e 1970, arroz adquirido pelos celeiros do Grémio dos Industriais de Arroz e pelo IC a pequenos produtores, entre 1936/37 e 1976/77, e preço médio do arroz em casca vendido pela lavoura da indústria, entre 1934 e 1975; dados relativos aos armazéns e aos celeiros da FNPT, entre 1940 e 1976. (ML, Cx. 37, Mç. 2, Pasta 2) • 5. Pasta que contém: apontamentos de Manuel de Lucena sobre comunicados da CETIC (Comissão Eleita dos Trabalhadores do Instituto dos Cereais), ordens de serviço do presidente do IC e outros documentos produzidos ou recebidos por Pinheiro Henriques relativos à restruturação deste organismo, datam de 1975 e de 1976, e as suas fotocópias também se encontram nesta pasta; extracto do jornal “Público” de 21 de Agosto de 1997, com notícia “Corrida à Tagol. Grupo BCP-Atlântico analisa propostas de compra da Nutrinvete e Valouro”, da autoria de Sílvia de Oliveira; uma separata da revista “O Direito” (124.º ano, 1992, III), oferecida a Manuel de Lucena por Diogo Freitas do Amaral, que assina o artigo “Diferendo TAGOL-INGA por dívidas ao ex-IAPO. Decisão arbitral de 31 de Julho de 1990”; nota de leitura de Manuel de Lucena de uma obra que refere a FNPT e o IC; cópia de comunicado apresentado aos trabalhadores da EPAC pelo representante dos trabalhadores na Comissão de Fiscalização, Leonel Catarino, a 02-07-1986; fotocópias de apontamentos sobre a “Casa doa Empregados” e sobre a “Cooperativa dos Empregados” da FNPT e, depois, da EPAC; quadros com dados sobre importações de cereais entre 1972 e 1976, produção e consumo de arroz entre 1970 e 1977, evolução do quadro de pessoal do IC/EPAC entre 1975 e 1995; fotocópia de um apontamento sobre a instituição de um sistema de pensões complementares de reforma e outro com as datas de concessão de horas extra, subsídio de tropa(?) e seguro, assim como com as modalidades de seguro; carta de Francisco Lopes de Melo dirigida a Manuel de Lucena, de 06-09-1995, que tem em anexo uma exposição com algumas passagens da sentença proferida pelo Colectivo do Tribunal do Trabalho no processo que o referido remetente moveu contra a EPAC; fotocópia de informação e propostas da Comissão Eleita dos Trabalhadores da EPAC (CETEPAC), de Abril de 1978, e fotocópia do “Boletim do Trabalho e Emprego”, n.º 41, 1.ª série, de 08-11-1979, editado pelo Sindicato dos Trabalhadores de Escritório e Serviços; apontamentos de Manuel de Lucena sobre legislação, grupos e “lobbies”, e outras questões relacionadas com a EPAC e as empresas públicas. (ML, Cx. 37, Mç. 2, Pasta 3) • 6. Pasta que contém: fotocópia de notícia publicada em 1984, intitulada “EPAC: que papel ante a liberalização do mercado”, da autoria de Manuel Maria da Silva Pereira; apontamentos de Manuel de Lucena sobre o historial da FNPT e nota de leitura da obra de Albano Sousa “Estudo sobre o Problema dos Trigos em Portugal” (1933). (ML, Cx. 37, Mç. 2, Pasta 4) • 7. Pasta que contém: fotocópia do decreto n.º 21 300, de 28 de Maio de 1932, publicado no “Diário do Governo”, I Série, n.º 124, de 28 de Maio de 1932, que aprova as bases da produção e venda do trigo, com apontamentos de Manuel de Lucena. Inclui ainda um conjunto de dados, alguns fornecidos pela EPAC, sobre: o volume de vendas entre 1970 e 1978; a importação de cereais e as aquisições no mercado nacional entre 1970 e 1978; as zonas, delegações e secções regionais da EPAC; a armazenagem da EPAC, por distrito, em 1978; as fábricas ligadas à transformação de cereais, por grémio; os clientes da EPAC a 28-05-1979. (ML, Cx. 38, Mç. 1, Pasta 1) • 8. Pasta intitulada “EPAC. Relatórios e contas”. Contém um conjunto de apontamentos e de colagens realizados por Manuel de Lucena sobre os relatórios e as contas da EPAC entre 1978 e 1991, assim como a fotocópia na íntegra de dois relatórios da administração desta empresa, relativos aos anos de 1992 e de 1993. (ML, Cx. 38, Mç. 1, Pasta 2) • 9. Pasta que contém: uma fotocópia da notícia “Desmantelamento da EPAC constitui grave atentado contra a economia nacional”, publicada no jornal “Acção Socialista” de 13 de Agosto de 1981; um poema satírico intitulado “Radiografia superficial da EPAC”, de 17-09-1981, de autor desconhecido; cópia de dois comunicados das estruturas representativas dos trabalhadores da EPAC, de Maio de 1981; um conjunto de cópias de documentos relacionados com as eleições realizadas em 1981 para a escolha dos representantes dos trabalhadores da EPAC na Comissão de Fiscalização, incluindo os manifestos das listas candidatas. (ML, Cx. 38, Mç. 1, Pasta 3) • 10. Pasta intitulada “CT/EPAC. Eleições. Eleitos”. Contém: lista de candidatos para a Comissão de Trabalhadores da EPAC (CT) em 1975; resultados das eleições da CT entre 1980 e 1986; listas candidatas e resultados dos votos para os corpos dirigentes da Cooperativa dos Empregados da EPAC em 1984; listas candidatas para a eleição dos representantes dos trabalhadores na Comissão de Fiscalização em 1985; resultados das eleições, comunicados da comissão eleitoral, apresentação e manifestos das listas candidatas para a CT nas campanhas eleitorais de 1984 e de 1986; e comunicados da CT emitidos entre 08-02-1984 e 29-11-1984. (ML, Cx. 38, Mç. 1, Pasta 4) • 11. Pasta que contém fotocópias de documentação de 1985 relacionada com o desmembramento da EPAC, nomeadamente com a posição assumida pelos trabalhadores que estavam contra essa solução: comunicação do Conselho Administrativo de 30-05-1985, sobre despachos de desafectação do património da EPAC; comunicados da Comissão de Trabalhadores da EPAC, emitidos entre 02-04-1985 e 29-05-1985; e manifestos do Sindicato do Comércio, Escritórios e Serviços, da SITESE/FETESE e do Partido Socialista, preparados entre Abril e Maio de 1985. Inclui ainda fotocópias de notícias publicadas em jornais (como o “Semanário”, “Expresso”, “Correio da Manhã”, “Diário de Notícias”, “A Capital”, entre outros), que versam sobre assuntos como o mercado de cereais, o desmembramento da EPAC, as empresas públicas, e os problemas económicos do país. (ML, Cx. 38, Mç. 2, Pasta 1) • 12. Pasta que contém documentação relacionada com a reclamação que alguns produtores de trigo na colheita de 1975 apresentaram na sequência de as suas explorações terem sido ocupadas com a intervenção dos sindicatos agrícolas ou de cooperativas locais e do pagamento do cereal produzido antes das ocupações ter sido indevidamente entregue a estas últimas entidades. Existe fotocópia de um despacho da Secretaria de Estado do Comércio Alimentar e da Secretaria do Estado da Estruturação Agrária, assim como de correspondência oficial trocada entre Comissão de Gestão do IC / Comissão Instaladora da EPAC e o Secretário de Estado do Comércio Alimentar / Secretário de Estado do Comércio e Indústrias Agrícolas, entre o IC e alguns Sindicatos de Trabalhadores Agrícolas e outras entidades, documentação produzida entre Junho de 1975 e Outubro de 1977. Existe ainda fotocópia de um comunicado da EPAC, de 20-06-1978, que tem anexas cópias de pedidos de cartão de produtor nacional de cereais dos Sindicatos dos Trabalhadores Agrícolas dos distritos de Beja, Évora, Santarém e Setúbal, entregues ao IC entre 21-06-1975 e 10-07-1975. Esta pasta inclui, ainda, documentos fotocopiados e relacionados com a “liberalização” de 1981: resoluções do Conselho da Revolução n.º 163/81, de 17 de Julho (em D.G., I série, n.º 168, de 24 de Julho de 1981), e n.º 183/81, de 5 de Agosto (em suplemento do D.G., I série, n.º 181, de 8 de Agosto de 1981); projectos de diplomas, memorandos e pareceres sobre a constitucionalidade do diploma que previa a liberalização do mercado dos cereais, emitidos pelo Conselho da Revolução; manifestos contra a reestruturação prevista para a EPAC e pré-aviso de greve das organizações sindicais e dos trabalhadores da EPAC, em Maio de 1981. Inclui também pareceres de Miguel Galvão Teles e do Conselho da Revolução, respectivamente de 22-06-1978 e de 19-01-1979, sobre o Estatuto da Administração Geral do Açúcar e do Álcool (AGA). (ML, Cx. 38, Mç. 2, Pasta 2) • 13. Pasta que contém documentos que foram fornecidos a Luciano Amaral em Dezembro de 1992, nomeadamente um relatório que parte de uma contextualização das origens e da evolução da EPAC para a caracterização da reestruturação de que a empresa foi alvo nos inícios da década de 1990. A fotocópia de um breve historial das origens e da evolução da EPAC, extraído do relatório do Grupo de Trabalho para a privatização da EPAC, de 19-11-1992, foi excluído desta pasta, mas o relatório completo pode ser consultado na Pasta 4, Mç. 2 da cx. 38. (ML, Cx. 38, Mç. 2, Pasta 3) • 14. Pasta que contém uma fotocópia do relatório do Grupo de Trabalho para a privatização da EPAC, que data de 19-11-1992, e inclui um breve historial das origens e da evolução da EPAC. (ML, Cx. 38, Mç. 2, Pasta 4) • 15. Pasta com recolha sobre a EPAC. Contém: extracto do jornal “A capital” de 2 de Abril de 1982, com uma notícia intitulada “Que futuro para o comércio dos cereais em Portugal?”; notas sobre o regime nacional respeitante ao sector dos cereais, uma delas é de 17-07-1984; documentos relacionados com a liberalização do comércio de cereais, de 1980; síntese dos principais tópicos abordados numa reunião, em Bruxelas, com membros da CEE, sobre a questão dos cereais em Portugal, a 03-07-1984; nota sobre a actuação na EPAC no futuro mercado de trigo. (Cx. 39, Mç. 2, Pasta 1) • 16. Pasta identificada como “Vaz da Silva. FNIM”. Contém: documento com linhas gerais de actuação da Federação Nacional dos Industriais de Moagem; e quadros com as funções do Grémio dos industriais de Panificação de Lisboa. (Cx. 39, Mç. 2, Pasta 3) • 17. Pasta que contém um conjunto de dados estatísticos relacionados com a produção, área de cultivo e importação de cereais, entre 1950 e 1973, enviados por Luciano Amaral a Manuel de Lucena. (Cx. 39, Mç. 2, Pasta 4) • 18. Pasta intitulada “Documentos de Alice T.º Sousa”. Contém fotocópias de: comunicados do Instituto dos Cereais (IC) a todos os funcionários sobre a disciplina jurídica da assiduidade, faltas e licenças; relatório do grupo de trabalho constituído para o estudo da estruturação do IC, de 26-03-1976, com fotocópia de alguns apontamentos manuscritos em anexo; despacho sobre os serviços laboratoriais do IC, de 24-05-1973; despacho sobre a organização dos serviços do IC, de 20-01-1973; relatório da 9.ª divisão – Laboratório de análises clínicas e de controlo do IC, de 27-11-1974; despacho do IC sobre a coordenação da distribuição no âmbito do sector abrangido pelo IC, 07-03-1973; texto que foi proferido no IC e dirigido a todos os funcionários, a 08-01-1973, pelo presidente do Instituto. (Cx. 39, Mç. 2, Pasta 5)