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Administrador em 1658: António de Amil. Última conta tomada à revelia do administrador. Nota na folha de rosto: «Abolida para examinar o tombo".
Alvará. Para que se acabe o Tombo da Capela de São Mateus de Monsanto, indo o Escrivão Manuel Antunes Mateus para este fim.
Carta. Mercê da administração da Capela, denunciada por dívidas, que vagou por morte de D. Genebra, esposa de Salvador Pereira. Obrigação de fazer tombo.
Governava D. Afonso V, foi extraído da Torre do Tombo em duplicado, sendo uma das cópias assinada por Gaspar Feleciano de Morais, escrivão. Assuntos: História de Portugal; Vários.
O n.º 21 do maço foi entregue na Comissão dos Cartórios dos Juízos Extintos mas não entrou na Torre do Tombo.
Escreve de Lisboa. Trata de questões relacionadas com melhoramentos para a Biblioteca Nacional e Torre do Tombo. Envelope endereçado ao Dr. João de Almeida.
Escala de 1:1000. Levantada e desenhada por José António de Abreu, capitão de engenheiros, secretário do Tombo dos Bens da Coroa.
"É o original assinado pelo Director Geográfico, Feliciano José Pereira da Silva, devendo ter servido de base e fazer parte do Tombo deste Almoxarifado."
A planta foi levantada pelo capitão engenheiro J. A. de Abreu, vogal secretário da Comissão do Tombo dos Bens da Coroa.
Planta levantada pelo capitão engenheiro J. A. de Abreu, vogal secretário da Comissão do Tombo dos Bens da Coroa. Escala 1:1000.
Planta levantada pelo capitão engenheiro J. A. de Abreu, vogal secretário da Comissão do Tombo dos Bens da Coroa. Escala 1:3000.
Escala 1:2.500. Feita por José António de Abreu, major engenheiro, vogal secretário da Comissção do Tombo dos Bens da Coroa.
Escala 1:5000. Feita por José António de Abreu, major engenheiro, vogal secretário da Comissção do Tombo dos Bens da Coroa.
Escala 1:1.000. Feita por José António de Abreu, major engenheiro, vogal secretário da Comissção do Tombo dos Bens da Coroa.
Escala 1:5000. Feita por José António de Abreu, major engenheiro, vogal secretário da Comissção do Tombo dos Bens da Coroa.
Despesas e transações referentes às joias da Coroa. Paga vencimentos ao secretário da Comissão do Tombo dos bens da Coroa e outras despesas relacionadas com a mesma.
O conjunto documental distribui-se pelas seguintes áreas e/ou tipologias documentais: legados, tombo, despesa e receita, arrematações, arrendamentos, vedorias, capitulos de visita.
O conjunto documental distribui-se pelas seguintes áreas e/ou tipologias documentais: acordãos, admissões, arrematações, contas, correspondência, igrejas, obras e tombo.
Certidão passada pelo Arquivo Real Torre do Tombo a pedido da Duquesa de Lafões e seu marido. Contém selo branco com brasão real em papel assente em lacre.
Sitas na freguesia de Santa Eufémia de Agilde que no tempo do Tombo havia Manuel Dias e Paulo Vaz era feito a favor de Francisco Martinho.
Assinado por Rui Boto, Chanceler-Mor, e registado no tombo por Fernão de Pina, encarregue do corregimento dos forais do reino por comissão régia.
No tempo de D. António Luís de Menezes, conde de Cantanhede, se fizera o Tombo deste Morgado, sendo Juíz o Doutor Nicolau de Brito Cardoso, em 1650.
Macetes que incluem documentos de compra, doação, empréstimo de dinheiro a juros, autos de posse, renovação de prazos, tombo e vedoria.
Encontram-se preenchidos os fls. 1 a 21; 40 a 48 (exceptuando o 47) e 137 a 148 (exceptuando o 144 e 147). NB: Ao contrário do que se colocou - decerto a posteriori - na capa do livro, não se trata este de um tombo do referido mosteiro, até porque constam do presente livro referências ao tombo propriamente dito (fls. 9v e 48, por exemplo).
Inclui: - Traslado da provisão do Rei; - Traslado da petição de D. Maria de Ataíde; - Traslado do despacho da Fazenda; - Traslado da resposta do contador da Fazenda: - Traslado da resposta do procurador da Fazenda; - Traslado de um despacho do Conselho da Fazenda; - Traslado da procuração de D. Joana de Ataíde e certidão de justificação: - Traslado da carta de renunciação feita ao Rei; - Traslado da provisão sobre a antiga posse das casas e [título] da posse; - Traslado da "Posse das casas grandes dada ao senhor D. Nuno Manuel", refere o inventário e partilhas da fazenda que ficou de D. Fradique Manuel, pai de D. Nuno Manuel; - Carta de quitação da legítima de soror Ana do Espírito Santo do Mosteiro de Castanheira; - Escritura da legítima que soror Madalena da Coroa tinha nas casas do castelo; - Escritura do Mosteiro de Vila Longa [Vialonga?] da legítima de soror Violante de São Miguel nas casas do castelo; - Doação de legítima feita por D. João Manuel, filho de D. Nuno Manuel ao irmão, D. Pedro Manuel; - Petição de D. Joana de Ataíde para ser passada uma certidão do falecimento de D. Nuno Manuel, seu marido; - Certidão de inventário; - Carta de renunciação dos quinhões que D. Pedro Manuel tinha nas casas do castelo; - Carta de renunciação feita ao Rei de todas as casas; - Petição de D. Joana de Ataíde; - Despacho que recaiu sobre a dita petição e respostas do contador e do procurador da Fazenda; - Réplica à resposta do contador da Fazenda e respetivo despacho; - Procuração e respetivo reconhecimento; - Certidão passada por Pedro de Mariz, escrivão da Torre do Tombo.
O Colégio de Nossa Senhora da Graça de Coimbra era masculino, e pertencia à Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho (Agostinhos Calçados). Era também conhecido por Colégio da Graça, Colégio da Graça de Coimbra, Nossa Senhora da Graça do Colégio de Coimbra, ou Coleginho de Nossa Senhora da Graça. Em 1542, a 30 Outubro deu-se início ao processo da fundação do colégio com a petição enviada à Câmara para a cedência de um terreno para a sua instalação. Situado na Rua da Sofia, o colégio, foi fundado em 1543 por D. João III, que lhe conferiu abundantes rendas e o entregou a Frei Luís de Montóia, um dos reformadores da Ordem em Portugal. O rei protegeu e acompanhou de perto a construção do colégio, atribuindo-lhe esmolas avultadas e anexando-lhe, em 1551, o mosteiro beneditino de São Pedro de Cete com todas as suas rendas. Frei Luís de Montóia foi durante vários anos superior do Colégio. Este iniciou a sua actividade em 1543 com 16 alunos ainda em instalações provisórias. Em 1546, tinha cerca de 40 estudantes. Em 1549, a 12 de Outubro por carta régia o Colégio foi incorporado na Universidade de Coimbra. Em 1551, foi-lhe anexada a igreja da Vacariça. Em 1551, foi-lhe também anexado o Mosteiro de São Pedro de Cete, por D. João III. Em 1613, os Eremitas de Santo Agostinho tomaram posse dele, quando morreu o último monge beneditino. Em Cete, ficaram apenas dois frades desta ordem encarregados da administração do domínio e da cura paroquial até 1834. Em 1555, a igreja, projectada por Diogo de Castilho, ficou concluída e é uma das primeiras construções portuguesas de estilo renascentista em Portugal. Entre 1828 e 1834, durante a guerra civil o colégio funciona como hospital militar ao serviço dos partidários absolutistas de Dom Miguel. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Localização / Freguesia: Santa Cruz (Coimbra, Coimbra)
A Sé de Lisboa foi restaurada por volta do ano de 1150, após a reconquista da cidade aos mouros, sendo D. Gilberto de Hastings o primeiro bispo. Em 1393, foi elevada à dignidade de Sé Arquiepiscopal, pela bula "In eminentissimae dignitatis" de Bonifácio IX, sendo seu primeiro arcebispo D. João Anes (1394-1402), e tendo como sufragâneas as sés de Évora, Guarda, Lamego e Silves. Na sequência da criação da freguesia da Capela Real, em 1709, da sua elevação a colegiada sob a invocação de São Tomé, em 1710, pela bula «Apostolatus ministerio», de Clemente XI, de 1 de Março, de ter passado a gozar dos estatutos da sé de Lisboa, por Aviso de 11 de Dezembro de 1712, de ter sido elevada a igreja metropolitana e basílica patriarcal, sendo dedicada a Nossa Senhora da Assunção, pela bula «In supremo apostolatus solio» de Clemente XI, em 7 de Novembro de 1716, a cidade de Lisboa e o território da diocese foram divididos em duas partes: o patriarcado de Lisboa Ocidental com sede na capela régia, e o arcebispado de Lisboa Oriental, com sede na antiga sé de Lisboa. D. José Pereira de Lacerda, bispo do Algarve, foi o executor da bula áurea, e proferiu a sentença em 23 de Dezembro. Em 1717, por alvará de 15 de Janeiro, D. João V dividiu o senado em dois. Em 1717, a 5 de Junho, era delegado apostólico D. José Pereira de Lacerda, que decidiu passar várias dioceses de Lisboa Oriental para Lisboa Ocidental. Não era uma questão pacífica a divisão dos limites eclesiásticos. Em 1718, a 5 de Fevereiro, era cardeal patriarca D. Tomás de Almeida. O cardeal patriarca de Lisboa era superior a todos os bispos e arcebispos, com precedência em todas as funções. O cabido de Lisboa Ocidental requereu estatutos próprios, que não foram feitos com a brevidade desejada, pelo que se propôs seguir os estatutos do cabido de Lisboa Oriental. Em 1719, a 1 de Abril, o rei alegando a escassez do património da diocese Ocidental, beneficiou-a com 220 marcos de ouro anuais, pagos pelo tesoureiro do Conselho Ultramarino. Em 1722, a 10 de Outubro, Inocêncio XIII, pela bula "Ad regmen Universalis Ecclesix", concedeu aos beneficiados da Patriarcal o uso de hábito prelatício de seda ou lã, quer no patriarcado quer em Lisboa Oriental. Este privilégio não chegou a ser posto em prática. Em 1738, a 5 de Agosto, D. Manuel Lopes Simões, bispo eleito de Portalegre, determinou a aplicação dos bens eclesiásticos ao cabido patriarcal, ordenados por três documentos papais. A 3 de Outubro, Clemente XII, pela bula "Praeclara charissimi", concedeu às dignidades e cónegos que tinham o uso da mitra e insígnias pontificais, o privilégio de oratório particular e altar portátil, em todo o país. Em 1739, por carta de 14 de Março, D. Tomás de Almeida, aproveitando a concessão do aumento dos canonicatos e benefícios, criou na Patriarcal 72 canonicatos para outros tantos ministros de hábito prelatício, e mais 20 cónegos, 32 beneficiados e 32 clérigos beneficiados. Neste documento aparecem pela primeira vez mencionados os termos "excelentíssimos", "reverendíssimos", e "principais". Em 1740, a 13 de Dezembro, Bento XIV, pela bula "Salvatoris nostri Mater", deliberou a união das duas dioceses, abolindo quanto ao governo eclesiástico as distinções anteriores, a antiga sé desapareceu, ficando reduzida ao título honorário de "patriarcal" sob a invocação de Santa Maria, e o cabido foi extinto. Em 1741, com a execução da medida, a diocese foi fixada na nova Patriarcal. Em 1742, a 17 de Novembro, os cónegos reunidos na antiga sé de Lisboa, recitaram em coro e pela última vez, o "Ofício". Nesse dia finalizava o seu título, hábito e residência. Em 1746, foi inaugurada a nova Patriarcal. Em 1747, a 30 de Maio, o patriarca D. Tomás de Almeida determinou que a administração da fábrica da Igreja fosse entregue a uma congregação, composta por cinco principais, que distribuiriam os pelouros anualmente e rotativamente, entre si. A penhora dos bens dos devedores à Patriarcal era feita pelo Real Erário, e corriam pela Contadoria-Geral do Território da Relação do Rio de Janeiro, África Ocidental e Ásia Portuguesa. Em 1755, ruiu a antiga Capela Real, situada perto de São Julião, onde estava sediada a nova Patriarcal. Esta não chegou a ter instalações próprias, passando provisoriamente para Alcântara mas sucessivos incêndios fizeram com que transitasse para a Cotovia no Príncipe Real. Em 1756, começou a construção do novo edifício no Príncipe Real. Em 1769, em Março, na véspera do dia do Espírito Santo, o edifício ardeu por fogo ateado de noite, a uns papéis que se guardavam na casa das armações. O lugar ficou conhecido pelo nome de Largo da Patriarcal Queimada. Foi transferida para a Igreja de São Roque e depois para a Igreja do Mosteiro de São Bento da Saúde. Em 1771, a 31 de Outubro, na véspera do dia de Todos os Santos, a Patriarcal ardeu, por fogo posto na casa onde se guardavam as armações, pondo em perigo o acervo da Torre do Tombo instalado em parte do edifício daquele Mosteiro. O autor do incêndio pretendia ocultar o roubo dos franjões das sanefas de um dossel de tela branca, que a Patriarcal tinha pedido emprestado à Basílica de Santa Maria. Em 1772, a 5 de Janeiro, foi transferida para o edifício do Mosteiro de São Vicente de Fora, onde viria a deflagrar novo incêndio, desta vez ateado na Capela de Nossa Senhora do Pilar. Alexandre Franco Vicente, armador da Santa Igreja Patriarcal, exercia o seu ofício no qual estava provido, detinha a chave e era responsável pela administração de todas as armações da Igreja, bordadas e guarnecidas com franjas de ouro. Foi o autor dos incêndios ateados na Patriarcal quando estava na Cotovia, em São Bento da Saúde, e em São Vicente de Fora, para ocultar os roubos efectuados nas armações. Em 1773, a 26 de Janeiro, foi condenado por sentença, a ser arrastado com baraço e pregão, preso à cauda de um cavalo, açoitado e conduzido ao sítio e largo da Cotovia onde, preso a um poste seria queimado vivo. Foi ainda condenado a restituir os roubos efectuados à Santa Igreja Patriarcal, a compensá-la pelas perdas e danos causados pelo terceiro incêndio, ao pagamento de duzentos mil réis para as despesas da relação e cativos e nas custas dos autos. Em 1792, foi instalada na Capela Real da Ajuda. Em 1821, a 25 de Outubro, na sessão das Cortes Constituintes, foi redigido um projecto de decreto sobre a extinção da Patriarcal, apresentado na sessão seguinte realizada a 15 de Novembro. Em 1822, a 4 de Janeiro, e como solução provisória, as Cortes mandaram suspender todo o tipo de pagamento à Patriarcal. Aguardava-se que fosse apresentado um plano de reforma. Em 19 de Agosto, o encarregado de negócios de Portugal em Roma, Carlos Matias Pereira, foi incumbido de pedir à Santa Sé a supressão da Patriarcal e a restauração do antigo arcebispado. Em 1823, a 28 de Fevereiro, o papa Leão XII, defendeu junto do governo português a conservação da Sé Patriarcal. Em 1834, por Decreto de 4 de Fevereiro, D. Pedro IV, extinguiu a Santa Igreja Patriarcal de Lisboa, tendo em conta o relatório da Secretaria de Estado dos Negócios Eclesiásticos e de Justiça, e restituiu à Basílica de Santa Maria Maior a categoria de Sé Arquiepiscopal Metropolitana da Província da Estremadura. Pelo art.º 5.º do mesmo decreto ficaram cometidos ao Cardeal Patriarca de Lisboa o usufruto das quintas e outros prédios anexos à Mitra de Lisboa, antes da fundação da extinta Patriarcal. Pelo art.º 10.º todos os bens de qualquer natureza pertencentes à extinta Patriarcal ou à Basílica de Santa Maria Maior foram incorporados nos Próprios dos Bens nacionais. As relações diplomáticas com a Santa Sé ficaram cortadas. Em 1835, a 10 de Janeiro, foi remetida ao cardeal patriarca uma carta régia, acompanhada de dois decretos. A carta confirmava o decreto de 4 de Fevereiro, e ordenava a imediata colação e a instalação do novo cabido da sé metropolitana em 22 do mesmo mês, festa do mártir São Vicente, padroeiro de Lisboa, e determinava que no exercício das suas funções os capitulares usassem as mesmas vestes que os cónegos e beneficiados das outras catedrais do reino. Em 1836, a 16 de Novembro, e em 1837, a 9 de Janeiro foram aprovados decretos para reorganização da Sé. As relações com a Santa Sé encontravam-se restabelecidas. Em 1843, a 9 de Novembro, pela bula "Quamvis aequo" de Gregório XVI foram extintas a Patriarcal e a Basílica, sendo substituídas pela Sé Patriarcal, onde ingressaram todos os cónegos e beneficiados das antigas, em templo a designar pelo executor da bula, o cardeal Saraiva. Em 1844, a 3 de Julho, o executor da bula instituiu a Patriarcal na Antiga Sé, com o título de Sé Patriarcal. Localização / Freguesia: Sé (Lisboa, Lisboa)
Unidade de Instalação incluída na Série 40, Série 41 do Relatório de avaliação da documentação acumulada de diversos arquivos das instituições: IPPC, ANTT, IPA, AN/TT, IAN/TT e DGARQ (versão 2.0) – Informação nº SIARQ_13_I/001452, Despacho de 24-10-2013. Unidade de Instalação incluída na Série 39 do Relatório de avaliação da documentação acumulada de diversos arquivos das instituições: IPPC, ANTT, IPA, AN/TT, IAN/TT e DGARQ (versão 2.0) – Informação nº SIARQ_13_I/001452, Despacho de 24-10-2013.
Instituição criada por Decreto de 29 de Dezembro de 1887, assinado pelo Presidente de Conselho de Ministos e Ministro e Secretário de Estado dos Negócios do Reino, José Luciano de Castro sob a designação de Inspecção Geral das Bibliotecas e Arquivos (IGBAP). Estava subordinada à Direcção-Geral de Instrução Pública, do Ministério dos Negócios do Reino. Competia-lhe a "direcção e administração, ou da fiscalização superior dos arquivos e das bibliotecas pertencentes ao estado e às corporações e instituições sujeitas à superintendência do estado ou por ele subsidiadas".
A chancelaria régia era a repartição responsável pela redacção, validação (mediante a aposição do selo régio) e expedição de todos os actos escritos da autoria do próprio Rei. Os serviços da chancelaria régia podiam também reconhecer e conferir carácter público a documentos particulares que lhe fossem submetidos para validação. Presidia aos serviços da chancelaria o chanceler do Rei (cancellarius ou notarius curiae), ao qual estavam confiados os selos régios e que, desde a formação do Estado Português, é sempre referenciado como um dos mais próximos ministros do Soberano. De início cabia ao chanceler despachar directamente com o Rei, tendo, frequentemente, exercido uma influência política decisiva. Com o aumento da complexidade da administração e o aparecimento de outros ministros, cujas decisões eram proferidas em nome do Rei, nomeadamente contadores, ouvidores e sobrejuízes, a esfera de actividades do chanceler foi-se especializando no exercício de competências técnico-jurídicas, quer de redacção, quer de exame de diplomas régios e particulares, verificando se o seu conteúdo não contradizia leis gerais ou privilégios da Coroa ou de particulares, quer ainda, fazendo registar os diplomas mais importantes. Continuava, no entanto, a ser detentor dos selos régios e, por conseguinte, era o representante formal da autoridade régia. Nos séculos XIV-XV, verificou-se uma associação do chanceler do Rei ao tribunal da Casa da Suplicação, então o mais alto tribunal do Reino, para que às decisões desse mesmo tribunal fossem conferidos maior valor e dignidade (cf. L.I, Tit. 2 das Ordenações Afonsinas, que refere ser o chanceler o segundo magistrado do Reino, sendo o primeiro o "Regedor e Governador da Casa da Justiça da Corte de El-Rei", e Ordenações Manuelinas, L.I, Tit. 2, onde o chanceler é apresentado como "o segundo Ofício da Casa da Sopricaçam". A repartição da chancelaria dispunha, para além do chanceler, magistrado com elevada cultura jurídica, de oficiais próprios, como notários e escrivães, especificamente designados por "notários da chancelaria e escrivães da chancelaria". No entanto, nos primeiros reinados, encontram-se diplomas em que o chanceler é simultaneamente autor e redactor da carta. Como a passagem de todas as cartas pela chancelaria implicava, para os interessados, o pagamento de taxas próprias, o seu primeiro Regimento conhecido (registado a folhas 82-90 do Livro das Leis e Posturas), atribuído ao reinado de D. Afonso IV (1325-1357), limita-se, quase exclusivamente, a regulamentar os direitos que deviam ser cobrados segundo as várias tipologias das cartas (são referidas cartas de vária natureza, como cartas de appellaçom, de sitaçom, de inquiriçom, de obrigaçom, de testemunho, de protestaçom, de rogo, de ricusaçom, de sentença interlucotoria ou definitiva, de tituria, de execuçom, de quitaçom), e segundo o valor da mercê concedida. O Regimento refere, ainda, as cartas de Tabeliam, de livredões ou bemfeitorias, de confirmação de juízes, de aprezentaçom de Egreja, de Almoxarifado, de entrega de Castello, de prestamo, de que ElRey dá em dinheiros, de Doaçom, de confirmação de Doaçom, ou Privilegios, ou Fôros, de Doações de foros, e de Coutos, e cartas de graça, assim como a matéria do selo, devendo ser pagas taxas mais altas por cartas firmadas por selo de chumbo do que por selos de cera. No séc. XIV, a chancelaria régia passou a designar-se Chancelaria-Mor, para a distinguir das chancelarias de outros serviços da Administração, como as da Casa dos Contos, da Casa do Cível, das Câmaras de Lisboa e Porto, das Correições das Comarcas e da Chancelaria da Rainha, entre outras. À Chancelaria-Mor foi dado segundo Regimento, em 16 de Janeiro de 1589, que regula já todo o seu despacho, o qual é de acesso difícil, pois não foi alvo de nenhuma publicação. A partir de meados do século XVI a chancelaria régia passou a designar-se por Chancelaria-Mor da Corte e Reino.
O Mosteiro de Nossa Senhora da Pena de Sintra era masculino, e pertencia à Ordem e Congregação de São Jerónimo. Em 1503, foi fundado por iniciativa do rei D. Manuel, sucedendo a uma capela ou ermida edificada no alto da Serra de Sintra, dedicada a Nossa Senhora, entregando-a aos monjes hieronomitas. As obras de construção, projectadas pelo arquitecto italiano João Potassi, tiveram início em 1503, e oito anos depois estavam concluídas. Em 1513, a comunidade era composta por dezoito frades. Em 1755, o mosteiro sofreu ruína devido ao terramoto, e reduzido a 5 monges. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Localização / Freguesia: São Pedro de Penaferrim (Sintra, Lisboa)
Certidão pedida pelo prior de Santa Maria do Castelo, o vigário de São João Baptista e de São Vicente da vila de Abrantes, e mandada passar por provisão do rei D. João V dirigida ao Guarda Mor da Torre do Tombo, João Couceiro de Abreu e Castro, datada de 18 de janeiro de 1715. A certidão foi tirada do Livro II da Estremadura, a folhas 143. Mandada escrever por Pedro Semedo Estaço. Escrivão Faustino de Azevedo. Contém o traslado da carta do rei D. Manuel I passada a requerimento de D. João de Almeida, do Conselho do Rei, conde de Abrantes, testamenteiro de sua mulher, pedindo-lhe licença para comprar 120 mil réis em bens de raíz para uma capela que não teria administrador, em cumprimento da sua disposição testamentária, os quais pertenceriam à capela para sempre, assim como uma ração «onde não entendesse pessoa leiga». Carta datada de Montemor-o-Novo, 11 de janeiro de 1496.
Apresenta a assinatura "Príncipe". Tem vestígios de selo de lacre vermelho. 3.ª via. Refere o Diogo do Couto "que tem a seu cargo a casa do Tombo de Goa e a história dessas partes", o regimento a dar a este guarda do tombo, cidade de Damão, entre outros assuntos.
A pública-forma do testamento guardado no Arquivo da Torre do Tombo foi feita pelo escrivão Faustino de Azevedo por mandado de João Couceiro de Abreu e Castro, guarda-mor da Torre do Tombo, datada de 3 de março de 1722.
Certidão, passada pelo Escrivão dos Contos e Dízimas da Comarca e Provedoria de Lamego, do Tombo do Morgado de Medelo, de 1692, de que é senhor o Marquês de Marialva Dom Pedro Luiz de Menezes e do Tombo do Morgado de Medelo, de 1764, de que é senhor o Marquês de Marialva Dom Pedro José António de Menezes.
Tombo das Demarcações do termo da cidade de Évora e das propriedades, rendas e direitos que ao Concelho dela pertencem. Tem índice alfabético (Fl. 216) Capítulos do Regimento do Tombo. (Fl. 221) Escrituras da cidade e treslados de previlégios reais. Letra gótica do escrivão Tristão de Souto Maior.
Guias de transferência de documentação a título provisório do Arquivo Nacional da Torre do Tombo para o anexo dos Registos Paroquiais. Guias de transferência (devoluções) de documentação transferido a título provisório do Anexo dos Registos Paroquiais ao Arquivo da Torre do Tombo. As guias são assinadas pelo director do arquivo e por quem recebeu a documentação no Anexo dos registos Paroquiais.
Pasta com correspondência recebida e expedida acerca de dois processos de aposentação de funcionários da Torre do Tombo. Processo de aposentação do Conservadora Matilde dos Reis Bettencourt. Dentro do dossier existe o processo de Manuel António Ferreira, funcionário da Torre do Tombo que pede a aposentação por ter atingido o limite de idade.
Documentação da tesouraria, livro de registo da despesa da Torre do Tombo. Manuel da Maia, Guarda- Mor da Torre do Tombo inicia este livro com um relato sobre as despesas das obras referentes ao arquivo pós o terramoto e incêndios de 1 de Novembro de 1755.
Documentação da tesouraria, livro 1 de registo da despesa da Torre do Tombo. Manuel da Maia, Guarda- Mor da Torre do Tombo inicia este livro com um relato sobre as despesas referentes ao arquivo pós o terramoto e incêndios de 1 de Novembro de 1755.
Contém: 1) Um livro em que estão descritos os bens do Morgado; 2) Tombo do mesmo feito em 1618; 3) Uma certidão do dito tombo; 4) Autos de acção, sentenças e outros papeis; 5) Vinte e quatro escripturas de reconhecimento de foros, trocas e outras; 6) Relações de cobrança de foros, etc.; 7) Arrendamentos
Partilhas de Catarina Pinta, filha de Gonçalo Vaz Pinto, de Ferreiros de Tendais e títulos antigos dos casais de Ramires, Cantim (São Martinho de Mouros) e Lagares (São Cipriano, Resende) e tombo antigo da quinta de Ramires; reconhecimentos de propriedades do tombo de 1690. Contém dois índices de 1735, fl. 1 e fl. 425.
O tabelião Matias Pereira serviu de escrivão do tombo e prazos do mosteiro de Paderne. Livro numerado e rubricado a 19 de Fevereiro de 1690, pelo Dr. João Vieira Repincho, Juiz de Fora em Melgaço e juiz do tombo do mosteiro.
Arquivo pessoal constituído por cópias dactilografadas de documentos da Torre do Tombo sobre Sintra e o seu Concelho, existentes em fundos e colecções da Torre do Tombo, como Corpo Cronológico, Gavetas, Leis, Bulas, Cartas dos Vice-Reis, Chancelarias Régias, Memórias Paroquiais, Desembargo do Paço, Casa do Infantado, Conselho Geral do Santo Ofício, Cartórios Notariais, e de diversas instituições religiosas.
Contém termo de abertura: "este livro que em conformidade da portaria de dezoito de Junho de mil oitocentos e dezasseis há-de servir para a cópia do livro das adjudicações e posses das propriedades do Bairro do Remolares, arruinadas pelo terramoto do primeiro de Novembro de mil setecentos e cinquenta e cinco vai numerado com o número de folhas constante do respetivo termo de encerramento, todas por mim rubricadas. Lisboa, 5 de Abril de 1819. O desembargador inspetor dos bairros e suas anexas por comissão da Portaria de 19 de Dezembro de 1818, copiada a folha 360 v. do livro do tombo do Bairro do Rossio. Dr. José António da Silva Pedrosa". Contém a folha de rosto verso: "nas margens deste livro vão notadas as folhas do original de que se extraiu esta cópia para melhor inteligência das suas verbas. Dr. José António da Silva Pedrosa". Na margem vem a indicação: "livro velho f.". Contém a folha 184 a conferência da cópia: "está conforme o original que se remeteu para o Real Arquivo na conformidade da Portaria de 19 de Dezembro de 1818. Dr. José António da Silva Pedrosa". Contém no verso da última folha o termo de encerramento: "tem este livro cento e oitenta e quatro folhas de duas páginas cada uma não entrando em o número delas as duas em que vão escritos o termo de título e este do encerramento. Lisboa 6 de Abril, de 1819. Dr. José António da Silva Pedrosa".
Contém termo de abertura: "este livro que em conformidade da Portaria do governo de dezoito de Junho de mil oitocentos e dezasseis há-de servir para a cópia do livro das adjudicações e posses das propriedades do Bairro do Rossio arruinadas pelo terramoto do primeiro de Novembro de mil setecentos e cinquenta e cinco, vai numerado com o número de folhas constante do respetivo termo de encerramento, todas por mim rubricadas. Lisboa, 25 de Fevereiro de 1819. O desembargador inspetor dos bairros e suas anexas por comissão da Portaria de 19 de Dezembro de 1818, copiada a folha 360 v. do livro do tombo do Bairro do Rossio. Dr. José António da Silva Pedrosa". Contém a folha de rosto verso: "nas margens deste livro vão notadas as folhas do original de que se extraiu esta cópia para melhor inteligência das suas verbas. Dr. José António da Silva Pedrosa". Na margem vem a indicação: "livro velho f.". Contém a folha 447v.: a conferência da cópia: "está conforme o original que se remeteu para o Real Arquivo na conformidade da Portaria de 19 de Dezembro de 1818. Dr. José António da Silva Pedrosa". Contém no verso da última folha: termo de encerramento: "tem este livro quatrocentas e quarenta e oito folhas de duas páginas cada uma não entrando em o número delas as duas em que vão escritos o termo de título e este do encerramento. Lisboa 25 de Fevereiro de 1819. Dr. José António da Silva Pedrosa".
Contém na folha de rosto: termo de abertura: "este livro que em conformidade da Portaria de dezoito de Junho de mil oitocentos e dezasseis há-de servir para a cópia do livro das adjudicações e posses dos terrenos das propriedades do Bairro da Rua Nova arruinadas pelo terramoto do primeiro de Novembro de mil setecentos e cinquenta e cinco, vai numerado com o número de folhas constante do respetivo termo de encerramento, todas por mim rubricadas. Lisboa, 16 de Abril de 1819. O desembargador inspetor dos bairros e suas anexas por comissão da Portaria de 19 de Dezembro de 1818, copiada a folha 360 v. do livro do tombo do Bairro do Rossio. Dr. José António da Silva Pedrosa". Contém a folha de rosto verso: "nas margens deste livro vão notadas as folhas do original de que se extraiu esta cópia para melhor inteligência das suas verbas. Dr. José António da Silva Pedrosa". Na margem vem a indicação: "livro velho f.". Contém a folha 590: a conferência da cópia: "está conforme o original que se remeteu para o Real Arquivo na conformidade da Portaria de 19 de Dezembro de 1818. Dr. José António da Silva Pedrosa". Contém no verso da última folha: o termo de encerramento: "tem este livro quinhentas e noventa folhas de duas páginas cada uma não entrando em o número delas as duas em que vão escritos o termo de título e este do encerramento. Lisboa 16 de Abril, de 1819. Dr. José António da Silva Pedrosa".
Contém termo de abertura: "este livro que em conformidade da Portaria do governo de dezoito de Junho de mil oitocentos e dezasseis há-de servir para a cópia do livro das avaliações dos terrenos das propriedades do Bairro do Limoeiro arruinadas pelo terramoto do primeiro de Novembro de mil setecentos e cinquenta e cinco, vai numerado com o número de folhas constante do respetivo termo de encerramento, todas por mim rubricadas. Lisboa, 26 de Março de 1819. O desembargador inspetor dos bairros e suas anexas por comissão da Portaria de 19 de Dezembro de 1818, copiada a folha 360 v. do livro do tombo do Bairro do Rossio. Dr. José António da Silva Pedrosa". Contém a folha de rosto verso: "nas margens deste livro vão notadas as folhas do original de que se extraiu esta cópia para melhor inteligência das suas verbas. Dr. José António da Silva Pedrosa". Na margem vem a indicação: "livro velho f.". Contém a folha 47v. a conferência da cópia: "está conforme o original que se remeteu para o Real Arquivo na conformidade da Portaria de 19 de Dezembro de 1818. Dr. José António da Silva Pedrosa". Contém no verso da última folha "tem este livro quarenta e sete folhas de duas páginas cada uma não entrando em o número delas as duas em que vão escritos o termo do título e este de encerramento. Lisboa. 26 de Março de 1819. Dr. José António da Silva Pedrosa".
O Colégio de São Jerónimo de Coimbra era masculino, e pertencia à Ordem e Congregação de São Jerónimo. Instituído por D. João III, o Colégio da Ordem de São Jerónimo funcionou, desde 1535, no Mosteiro de São Jerónimo de Penha Longa, vindo a ser transferido, em 1537, para o Mosteiro de Santa Marinha da Costa, em Guimarães, por conveniência dos estudos de D. Duarte, filho de D. João III. Durante a sua permanência nesta cidade, sendo o Infante comendatário do Mosteiro de São Miguel de Refojos, D. João III, sem sucesso, tentou obter do papado autorização para anexar as rendas do Mosteiro ao Colégio dos Jerónimos. Após a morte de D. Duarte, em 1543, o rei voltou a insistir na anexação das rendas de Refojos ao Colégio, que entretanto tinha sido deslocado de Santa Marinha da Costa, para Coimbra. Numa carta ao seu embaixador em Roma, datada de 1545, D. João III acabou por admitir, que no caso de o papa não conceder a anexação de Refojos, lhe fosse dado o Mosteiro em comenda ou administração, para o entregar a frei Diogo de Murça, frade Jerónimo e mestre em Teologia. O pedido do rei foi renovado por carta de 14 de Outubro de 1546 tendo finalmente o papado deferido o pedido. Já abade comendatário de São Miguel de Refojos de Basto, frei Diogo de Murça suplicou ao papa Paulo III a extinção deste Mosteiro e a aplicação das suas rendas à fundação de dois colégios: um de São Jerónimo e outro de São Bento; o que restasse, pagas as despesas com mestres e colegiais, seria atribuído a estudantes pobres da Universidade. O pedido de frei Diogo de Murça foi autorizado pela bula "In eminenti Apostolicae Sedis" de 28 de Março de 1549. Iniciou-se então o processo de fundação do Colégio de São Jerónimo de Coimbra, que viria a ser entregue à administração do superior da Ordem. A 19 de Dezembro de 1553, os Colégios de São Jerónimo e de São Bento de Coimbra, ainda sem instalações próprias, foram incorporados na Universidade, por iniciativa de frei Diogo de Murça, administrador dos dois colégios recém-fundados, e reitor da Universidade entre 1543 e 1555. Do ponto de vista pedagógico, a instituição foi influenciada, desde os seus primeiros tempos, pela orientação de frei Diogo de Murça, que lhe chegou a redigir estatutos, hoje desconhecidos. Os estudos englobavam a Gramática, as Artes e a Teologia. Por licença apostólica de Paulo III, datada de 1540, o Colégio tinha faculdade para conceder graus de bacharel, licenciado, mestre e doutor e os seus graduados gozavam dos mesmos privilégios e isenções determinados pela Universidade de Coimbra para os graduados equivalentes. As primeiras diligências dos jerónimos para edificação de um colégio universitário, em Coimbra, datam de 1549, ano em que a Ordem adquiriu um terreno, próximo do castelo e da porta oriental da cidade, para aí construir o seu Colégio. A partir de 1550, os religiosos instalaram-se, provisoriamente, numas casas já existentes no terreno adquirido e deram início à vida colegial. A precariedade das primeiras instalações criou a necessidade de albergar a comunidade colegial no edifício dos paços reais, onde estavam instaladas as escolas, mantendo-se o carácter provisório das instalações. Arrastando-se a questão da construção do Colégio, em 1562, os universitários, por intercessão de D. Catarina e a título de empréstimo precário, foram instalados no edifício do Colégio Real de São Paulo, de construção recente. Este edifício só mais tarde seria entregue aos colegiais paulistas. Ao longo de toda a década de cinquenta e primeiros anos da década de sessenta do século XVI, enquanto foram mudando de residência, os jerónimos desenvolveram negociações com vista à ampliação da sua propriedade próxima do castelo, de modo a possibilitar a construção do Colégio. Os conflitos de interesses com a vizinha comunidade de padres da Companhia de Jesus prolongaram a questão do início da construção. Em 1565, sob a protecção do cardeal regente D. Henrique, os jerónimos conseguiram adquirir as terras de que ainda necessitavam junto ao castelo, e começaram as obras de construção do Colégio. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Localização / Freguesia: Sé Nova (Coimbra, Coimbra)
A documentação deste fundo abarca predominantemente duas grandes áreas funcionais: administração eclesiástica, e gestão financeira. Contém registos referentes a apontadores de prazos do cartório do mosteiro, apontador das casa de Vila de Conde, sentenças, prazos e reconhecimentos, escrituras de dotes e pensões, tombos: tombo velho das fazendas, das igrejas, tombo novo, tombo de vasto. Contém igualmente registos do caderno do Tabelião Gaspar Nunes, caderno das casa foreiras, livros de cobranças, livro dos cabedais, arrendamentos, inventário de rendimentos, e ainda memórias, doações, documentos avulsos, livros de notas e de consentimentos.
O Mosteiro de Santa Maria de Celas era feminino e pertencia à Ordem de Cister. Foi fundado cerca de 1221 (primeira referência documental conhecida), pela infanta D. Sancha, filha de D. Sancho I, numa propriedade chamada "Vimaranes" (Guimarães), localizada nos arredores de Coimbra. Daí o facto de também ser conhecido pela designação de mosteiro das Celas de Guimarães. Tratou-se provavelmente de uma segunda fundação da infanta, tendo sido a primeira suprimida ou transferida de Alenquer para Coimbra. Hoje, está comprovada a existência, em Alenquer, cerca de 1221, de uma comunidade de beatas enceladas, que eram protegidas pela infanta D. Sancha, desconhecendo-se, no entanto, a influência que esta teve na sua organização e o processo de passagem da comunidade para Coimbra. Segundo Rosário Morujão, a comunidade inicial do mosteiro de Celas de Coimbra foi formada por algumas monjas provenientes do Mosteiro do Lorvão e só alguns anos mais tarde terá integrado as enceladas de Alenquer. Como testemunho da ligação entre as comunidades de Santarém e Coimbra é significativa a parte substancial do património de Celas de Coimbra dispersa pelos termos de Alenquer, Torres Vedras e Lisboa. Filiado na observância dos costumes de Cister (à abadia de Claraval) entre 1227 e 1229, este novo cenóbio atraiu a presença de algumas senhoras da mais alta nobreza e usufruiu de protecção régia. No entanto, nunca veio a gozar de um desenvolvimento comparável ao dos Mosteiros de Lorvão e Santa Maria de Arouca, a que estiveram ligadas as irmãs de D. Sancha, as infantas D. Teresa e D. Mafalda. Enquanto estes, conforme o "Catálogo de todas as igrejas, comendas e mosteiros que havia nos reinos de Portugal e Algarves, pelos anos de 1320 e 1321", foram respectivamente taxados em 5000 e 9000 libras, Celas não ultrapassou as 1000 libras. Em 1434, a 17 de Março D. Duarte concedeu carta de privilégio ao Mosteiro de Celas, mais tarde D. Manuel I, a 17 de Maio de 1496, confirmaria ao mesmo mosteiro todas as honras, graças, privilégios e liberdades concedidos pelos reis antecessores. Em 1512, a 22 de Setembro, por Alvará de D. Manuel I foi mandado dar à abadessa do Convento de Celas 4.000 réis em especiarias. Durante o século XV e inícios do século XVI, Celas, como outros mosteiros da época, sofreu os efeitos da grave crise moral e religiosa que atingiu Portugal. D. João III veio a confiar o trabalho de reforma do mosteiro à religiosa franciscana D. Leonor de Vasconcelos que, entre 1521 e 1541, foi abadessa de Celas. Aquando da visita do abade de Claraval, o cenóbio, então designado por "monasterium reformatum", gozava de uma excelente reputação, facto que levou D. Edme de Saulieu a enviar duas monjas de Almoster a Coimbra, na esperança de que estas, pelo exemplo aí observado, se corrigissem. Em 1532, a comunidade era composta por quarenta e oito religiosas. Celas não dependia de Alcobaça, mas estava directamente ligada a Claraval. Em 1551 a abadessa do Mosteiro de Celas pediu à rainha D. Catarina uma esmola para ajuda das obras do mosteiro. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Em 1883, o Mosteiro de Santa Maria de Celas encerrou devido ao falecimento da última abadessa D. Felismina do Ó Figueredo Negrão, ocorrido a 15 de Abril. Localização / Freguesia: Santo António dos Olivais (Coimbra, Coimbra)
O Convento de Santa Clara de Vinhais era feminino, pertencia à Ordem dos Frades Menores, e estava sob jurisdição diocesana. Inclui-se no conjunto dos conventos que viveram segundo a regra de Santa Clara, tradicionalmente, designadas por "Claristas" ou "Clarissas". Antes de 1582, foi fundado pelo Dr. António Álvares Ferreira, juiz de fora da Guarda e por sua mulher, D. Helena da Nóvoa, natural de Vinhais. Teve como primeira abadessa, Maria de São Boaventura. Em 1648, encontrando-se em ruínas e sendo habitado apenas por duas freiras, o edifício do convento foi ampliado e restaurado, recebendo então três religiosas de Bragança. O auge da prosperidade desta casa foi alcançado durante o abadessado de Catarina da Cruz (1664-1667) religiosa vinda do Convento de Amarante. Desde o princípio do século XVII, esteve sob a jurisdição do bispo de Miranda. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Em 1879, o convento encerrou. Localização / freguesia: Vinhais (Vinhais, Bragança)
Pedido de consulta a livros que foram incorporados no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, manuscritos provenientes dos arquivos do Cabido da Sé, Seminário, Mitra e Diocese de Lamego e que constam de forais, inquirições, tombos, obituários, sentenças, estatutos, notas de tabeliões, etc., de acordo com o director do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, anteriores a 1800, e que a Comissão Concelhia de Lamego necessita de consultar escrituras de emprazamento para responder a questões formuladas pelos respectivos enfiteutas.
Documentação diversificada contendo registos de tombos de propriedades, livro das fazendas e dos foros, livro dos termos de depósito de dinheiro, assentos de dinheiro a juros, livro dos censos. Contém ainda prazos e outros contratos, reconhecimentos, vedorias, livros de recibos, de receitas e despesas e ainda o livro de receita de Santa Quitéria, o tombo da Irmandade de Nossa Senhora da Purificação do colégio da cidade do Porto, o Tombo dos Casais de Vila Cova de Carros, Duas Igrejas e Cristêlo.
Contém na folha de rosto: ordem para se proceder à abertura do livro: "o desembargador Sebastião Mendes de Carvalho principalmente encarregado da inspeção do Bairro do Rossio numere e rubrique este livro que há-de servir para a descrição do mesmo bairro na forma do Decreto de 29 de Novembro do presente ano para o que tenho nomeado escrivão. Lisboa a 15 de Dezembro de 1755. O escrivão que tenho nomeado é o do Cível da Corte Paulo de Almeida Seabra. Data ut supra. Regedor". Contém a folha 1: cópia do Decreto de 29 de Novembro de 1755. Decreto registado no Livro de Decretos, f. 3 e impresso na Chancelaria- mor da Corte e Reino. Contém a folha 2: "auto que mandou fazer o desembargador Sebastião Mendes de Carvalho, inspetor especialmente encarregado do Bairro do Rossio para dar princípio à medição do mesmo bairro". Contém a folha 2v.: termo de juramento aos louvados. Contém a partir da folha 3: "medição das praças, ruas travessas, becos e propriedades arruinadas e inteiramente demolidas pelo terramoto do primeiro de Novembro de mil setecentos e cinquenta e cinco e Inocêncio que se lhe seguiu que compreende o Bairro do Rossio". A expressão usada neste tombo para descrever as propriedades "corre de a" (pontos cardeais). Contém a folha 204: termo de encerramento do tombo. Contém a folha 206: auto de medição e demarcação que se fez do palácio do Duque de Cadaval e entre as folhas 207 e 208 encontra-se a planta do dito palácio. Contém a folha 208: “auto de medição e demarcação da estalagem nova sita no lado do oeste da Praça do Rossio". Contém a folha 208v.: medição da estalagem nova sita no lado oeste do Rossio que é do Visconde de Barbacena. - Praça do Rossio, medição da praça desde o palácio do senado da Câmara até o cunhal das primeiras casas da Rua dos Escudeiros e do cunhal dos Arcos até ao Paço do Rossio (assim chamado). - Do lado do leste (do cunhal dos Arcos (onde principia o dormitório dos padres de São Domingos até ao cunhal da Praça da Palha) fica a igreja e Convento de São Domingos, a igreja e o Hospital Real de Todos os Santos, propriedades do mesmo hospital e a Casa dos Vinte e Quatro com informação de que não foram medidas por se acharem com as suas confrontações antigas e verdadeiras. - Do lado do oeste, do palácio da Inquisição até ao cunhal das primeiras casas da Rua dos Odreiros. Aqui fica o Paço do Rossio; propriedades dos herdeiros de Filipe Correia, Jaques Costel e Tomás António de Araújo. - Do lado oeste da praça do Rossio, refere medida da umbreira do pátio do Duque ao cunhal do Palácio da Inquisição. Deste lado existe o dito palácio, casas do Tribunal do Senado da Câmara, casas dos herdeiros de D. Brás Baltazar da Silveira que não foram medidas por estarem arruinadas mas conservarem as confrontações antigas e verdadeiras. - Do lado sul, do cunhal dos Arcos da Praça da Palha até às propriedades do Contador-mor ficam as propriedades do Conde de Povolide, de Raimundo Filipe da Gama Pádua, da Irmandade do Santíssimo de São Nicolau e herdeiros de António da Fonseca Curado, de Domingos Jorge e da viúva de José dos Santos. - Arcos por trás da Ermida da Palma. - Becos: Beco da Boca Negra (não possui propriedades pertencentes a este bairro), Beco da Boca Negra, Beco da Bofetada, Beco da Cancelas, Beco da Carrança, Beco da Comédia, Beco da Cristaleira, Beco da Desnarigada (sem saída), Beco da Estalagem (sem saída), Beco da Formosinha (sem saída), Beco da Freira, Beco da Luzia, Beco da Tarouca, Beco das Atafonas (sem saída se sem propriedades), Beco das Inglesas, Beco das Mesas, Beco das Moças, Beco de Jerónima (sem saída),Beco de Lopo Infante (sem saída), Beco do Alimo, Beco do Almotacé (sem saída), Beco do Cardim (sem saída), Beco do Cura Olhos, Beco do Cutelo, Beco do Ferro (sem saída), Beco do Forno (sem saída), Beco do Forno, Beco do Lagar do Cebo, Beco do Monete, Beco do Nicola, Beco do Pato, Beco do Pino Vai, Beco do Pocinho, Beco do Refrigério, Beco do Regedor, Beco do Resende, Beco do Silvestre, Beco do Tanoeiro (sem saída), Beco do Urinol (sem saída), Beco dos Carretões (sem saída), Beco dos Frades, Beco dos Namorador (sem saída), Beco dos Ossos (sem saída), Beco dos Salteiros, Beco dos Seirões (sem saída), Beco no Calçado Velho (sem saída), Beco primeiro vindo dos Forneiros, sem saída, Beco que sai para o Largo de São Nicolau, Beco que vai do Beco do Lagar Cebo para o Beco do Nicola (com alfurja), Beco que vai do Monete para Santa Justa (sem descrição de propriedades), Beco que vai do Painel do Anjo para a Rua do Crucifixo, Beco que vai do Rossio para o Beco do Refrigério, Beco da Mesurada (sem saída), Beco segundo sem saída (refere propriedade triangular), Beco sem saída na Rua de Cima, Beco sem saída no Beco do Alimo, Beco sem saída no largo da Rua de Ana Mendes, Beco do Manquinho, Beco que ai da Rua das Esteiras, Beco sem saída que fica da parte sul da Ermida de Nossa Senhora da Palma, Beco sem saída que fica na Rua da Servilheira, Beco sem saída situado no Largo da Picheleira, Beco sem saída. - Calçadas: Calçada de Paio de Novais, Calçada do Duque. - Calçadinhas: Calçadinha da parte norte de Nossa Senhora da Palma, Calçadinha de São Cristóvão. - Chão do Loureiro. - Ermida de Nossa Senhora da Palma. - Hospital na Rua das Escadinhas do Carmo, não se mediu por manter as suas antigas e verdadeiras confrontações. - Igrejas: Igreja de Nossa Senhora da Vitória, Igreja de Santa Justa (descrição e medidas com casas triangulares), Igreja de São Nicolau, Igreja do Senhor Jesus da Assunção (Ascensão). - Largos: Largo da igreja de São Cristóvão, Largo da porta principal de São Nicolau, Largo da Porta travessa de Santa Justa, Largo da Praça da Palha (com alfurja), Largo da Rua dos Escudeiros, Largo de Nossa Senhora da Palma, Largo de Nossa Senhora da Vitória, Largo do Conde de São Vicente, Largo do Pombal, Largo do Senhor Jesus da Assunção (Ascensão), Largo dos Magalhães, Largo por detrás do Convento do espírito Santo. - Palheiro do Conde de São Vicente - Pátios: Pátio da Asnoga, Pátio Triangular. - Ruas: Rua da Betesga (da parte do norte constam propriedades do Hospital Real de Todos os Santos que se encontram num chão do mesmo hospital e este mandou demolir e fazer um muo co que dividia e rua do dito chião ficando todas da parte de dentro do muro), Rua da Crasta, Rua da Crespa, Rua da Pichelaria, Rua da Servilheira, Rua da Sombreireira, Rua das Arcas, Rua das Escadinhas do Carmo, Rua das Esteiras, Rua das Manilhas, Rua das Mudas, Rua de Ana Mendes ou forneira, Rua de Mestre Gonçalo, Rua Direita por trás da capela-mor de Santa Justa, Rua do Adro de Santa Justa (consta apenas a igreja e uma propriedade do hospital), Rua do Arco de Jesus, Rua do Calçado Velho, Rua do Chamudo, Rua do Crucifixo, Rua do Pocinho de entre as hortas, Rua do Poço do Borratem, Rua do Quebra Costas, Rua do Regedor, Rua da Cutelaria (com alfurja), Rua dos Carreiros, Rua dos Douradores, Rua dos Escudeiros, Rua dos Espingardeiros Rua dos Forneiros, Rua dos Ordeiros, Rua dos Selvagens, Rua que vai da Cruz do Azulejo para as Escadinhas do Carmo, Rua Valverde. - Travessas: Travessa da Parreirinha, Travessa da Porta Nova que vai para a Rua do Adro de Santa Justa, Travessa do Barreiro, Travessa que vai da Pala para o Largo do Conde de São Vicente, Travessa que vai da Porta Nova para o Largo da Porta travessa de Santa Justa, Travessa que vai da Rua da Crasta para o Largo do Pombal, Travessa que vai do Largo do Pombal para o Largo do Cebo, Travessa que vai do Rossio para a Rua do mestre Gonçalo, Travessa que vai do Rossio para as Escadinhas do Carmo (refere medida), Travessa que vai para a Parreirinha, Travessa que vai para o Beco dos Frade (primeira propriedade de formato triangular), Travessa que vai para o Carmo (não tem propriedades confusas). Contém a folha 209 - auto de medição e demarcação do hospital da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo. Contém a folha 209v.: medição e demarcação do hospital da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo, pátio, socalco e casa místicas que ficavam nas escadinhas Termina este registo na folha 210 com informação retirada do livros das adjudicações e posses. Contém a folha 211 - termo de medição do terreno que foi dado ao Hospital Real de Todos os Santos. Contém a folha 211v.: termo de medição de umas casa dos religiosos do Convento do Carmo sitas no Beco da Ricarda. Contém de folha 212 a 213: verbas Contém a folha 213: registo de um Aviso expedido deste juízo sobre a limpeza dos entulhos das ruas a praças públicas. Contém a folha 214: informações sobre terrenos pertencentes a Teotónio José da Silva. Contém na última folha: termo de encerramento "tem este livro trezentas e quarenta e oito folhas de papel em que não entra a primeira, todas numeradas e rubricadas com o meu cognome de Mendes de que uso, de que fiz este encerramento por mim assinado aos 3 de Fevereiro de 1756. Sebastião Mendes de Carvalho".
O Mosteiro de São Pedro de Pedroso era masculino, e pertencia à Ordem de São Bento. No início do século XI, provavelmente, foi fundado (a primeira menção documentada, data de 1406), por Ederonio Alvites, segundo as observâncias monásticas peninsulares. Terá resistido à adopção da Regra de São Bento e das observâncias de Cluny, acabou por aceitá-las cerca 1115-1120. Em 1547, o mosteiro tinha um terço do padroado da igreja de Milheiros de Poiares, no termo de Vila da Feira. Desde o princípio do século XV até 1560, foi governado por abades comendatários, sendo o último, o cardeal D. Henrique, que anexou as rendas do mosteiro ao Colégio de Jesus de Coimbra. A comunidade beneditina manteve-se até à morte do último monge, ocorrida em vida de frei Leão de São Tomás, segundo testemunho do próprio. Até 1773, o Colégio de Jesus de Coimbra manteve religiosos no mosteiro encarregados da administração das rendas e do serviço paroquial até à sua extinção nesse ano. Os bens foram entregues à Fazenda da Universidade de Coimbra. Localização / freguesia: Pedroso (Vila Nova de Gaia, Porto)
O Mosteiro de São Domingos de Lisboa era masculino, e pertencia à Ordem dos Pregadores (Dominicanos). Em 1241, foi fundado por D. Sancho II, no campo da Corredoura, arrabalde da cidade de Lisboa. A sua construção terminou em 1259. Em 1271, por testamento de D. Afonso III, foi dotado de numerosas terras, a Norte, a Nascente e a Sul. A parte Sul, conhecida por Horta dos Frades, por negociações encetadas, antes de 1492, entre D. João II e o Prior de São Domingos, mais tarde, foi integrada no património régio, para construção do Hospital Real de Todos os Santos. Em 1506, por ocasião do motim de cristãos-novos de Lisboa e tendo D. Manuel responsabilizado os frades dominicanos pela rebelião, a comunidade foi expulsa do mosteiro. O edifício, desabitado durante cerca de meio ano e deteriorado pelo desgaste de sucessivas cheias (1343, 1384 e 1488), após o regresso dos frades, sofreu obras de construção, empreendidas por D. Manuel, com vista à construção de um segundo piso. Fortemente atingido pelo tremor de terra de Lisboa de 26 de Janeiro de 1531, sofreu grandes prejuízos e entrou novamente em obras, que se prolongaram até 1566. Em 1551, a comunidade tinha, cerca de cem frades e vinte servidores. No mosteiro existiam dezassete capelas e todas tinham obrigação de missa quotidiana. A renda da instituição valia cinco mil e oitocentos cruzados. Em 1517, foi edificado o Colégio de São Tomás, anexo ao Convento de São Domingos de Lisboa, funcionando como um estudo geral de Filosofia e Teologia para religiosos das Ordens dos Pregadores e de São Jerónimo, criado sob o patrocínio régio. Estava sujeito à visita anual do prior provincial de São Domingos de Lisboa. Em 1538, o colégio foi transferido para o Convento de Santa Maria da Vitória (Batalha) e depois para Coimbra. Os frades leccionaram também estudos para seculares na ermida de Nossa Senhora da Purificação da Corredoura ou de Nossa Senhora da Escada, contígua à igreja do Convento. Ligadas às capelas da igreja do convento foram fundadas ao longo da Idade Média diversas irmandades e confrarias. A capela do Senhor Jesus teve anexas a Irmandade do Senhor Jesus, instituída no reinado de D. João I (na sequência do breve "Nuper in concilio Lugdunensi" de Gregório X datado de 20 de Setembro de 1274) e a Confraria do Santo Nome de Deus, instituída em 1500 e confirmada por Gregório XIII pela bula "Alias per foelicis recordationis papam Pium Quartum". A capela da Senhora do Rosário teve a sua irmandade aprovada, por Sisto IV em 1479. Na capela de São Jorge dos Ingleses existiu, ainda, a Irmandade de Santa Cruz e Santo André dos Borguinhões (1414). Em 1559, por bula do papa Pio IV, dada em 6 de Janeiro, a instância da rainha D. Catarina, o Mosteiro de Santo André de Ancede, de Cónegos Regulares de Santo Agostinho, foi unido "in perpetuum" com seus direitos, rendas e igrejas anexas, ao Mosteiro de São Domingos de Lisboa, da Ordem dos Pregadores, para o sustento desta comunidade. Em 1560, Frei Estêvão Leitão, professo da Ordem e procurador do padre prior do Mosteiro de São Domingos de Lisboa tomou posse do Mosteiro de Ancede, recebendo a obediência do seu prior castreiro e dos quatro cónegos nele residentes. Este veio a ser uma vigararia. Em 1531, um tremor de terra danificou a Igreja. fez ruir a maior parte da ermida de Nossa Senhora da Escada e deixou o mosteiro em ruínas. Em 1566, foi terminada a reconstrução, por esmola de D. João III, mantendo as três naves. Nessa data albergava 100 frades, 20 criados e tinha uma renda de 5800 cruzados. Neste convento funcionou o Colégio de Nossa Senhora da Purificação da Escada, com aulas de Teologia Moral e Dogmática. Em 1755, o terramoto e o incêndio subsequente provocaram grandes estragos, salvando-se só a Capela-mor, Sacristia e ala do Claustro. A reconstrução esteve a cargo de Carlos Mardel e Manuel Caetano de Sousa. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Localização / Freguesia: Santa Justa (Lisboa, Lisboa)
A Mitra representa o conjunto de bens patrimoniais que estavam destinados ao sustento e provisão do bispo. Localização / Freguesia: Sé (Lamego, Viseu)
A Igreja Colegiada de São Julião de Frielas pertenceu ao distrito eclesiástico de Lisboa e sucessivamente, ao bispado, arcebispado e patriarcado de Lisboa. Em 1191, por ocasião da divisão das igrejas entre o bispo e o cabido de Lisboa, a Igreja de São Julião de Frielas ficou a pertencer ao bispo D. Soeiro Anes. Em 1320, a Igreja era do padroado real. A apresentação do priorado passou a pertencer à abadessa do Mosteiro de São Dinis de Odivelas, por doação de D. Dinis, dada em Frielas, a 5 de Outubro de 1318, confirmada pelo bispo D. Fr. Estêvão e pelo cabido de Lisboa, em 7 Outubro do mesmo ano. O edifício da Igreja foi muito afectado pelo sismo de 11 de Novembro de 1858. Em 1848, a Colegiada de São Julião de Frielas foi, provavelmente, extinta, pela Lei de 16 de Junho, mandada executar por Instrução do cardeal patriarca, de 17 de Setembro do mesmo ano, e pela Lei de 27 de Dezembro de 1849. Localização / Freguesia: Frielas (Loures, Lisboa)
A Mesa da Consciência e Ordens, criada por D. João III em 1532 para a resolução das matérias que tocassem a "obrigação de sua consciência", foi um dos mecanismos utilizados para a centralização do poder efectuada pelo monarca. Este conselho régio passou a ter a maior importância dada a extensão das suas competências. De início era constituído apenas por quatro deputados, mas agregava outras individualidades, especialmente convocadas, consoante os assuntos a tratar, e tinha, fundamentalmente, carácter consultivo. O primeiro Presidente surge em 1544 e o primeiro regimento em 1558, confirmado pelo Papa e por D. Sebastião, em 1563, tendo sido reformulado em 1608. A Mesa da Consciência e Ordens provia à administração das Capelas de D. Afonso IV e D. Beatriz e das Mercearias da rainha D. Catarina e do infante D. Luís, superintendia na Universidade de Coimbra (até 1772), nos resgates e em tudo o que se relacionava com as pessoas falecidas fora do Reino. Tinha, ainda, a seu cargo os Colégios de São Patrício, dos Catecúmenos, dos Clérigos Pobres, dos Meninos Órfãos, o Colégio dos Militares de Coimbra, os Hospitais, de Nossa Senhora da Luz, Real das Caldas, Real de Coimbra, de São Lázaro de Coimbra e Hospital de Santarém, diversas Albergarias e os Recolhimentos de Nossa Senhora dos Anjos ou de Lázaro Leitão, de São Cristóvão e de Nossa Senhora do Amparo ou do Castelo. Após a anexação à Coroa dos Mestrados das Ordens Militares de Cristo, Santiago da Espada e São Bento de Avis, a sua administração passou a ser competência da Mesa da Consciência e Ordens. Em pleno era constituída pelas seguintes repartições: Secretaria da Mesa e Comum das Ordens, Secretaria do Mestrado da Ordem de Cristo, Secretaria do Mestrado da Ordem de Santiago da Espada, Secretaria do Mestrado da Ordem de São Bento de Avis, Contos da Mesa e Contadorias dos Mestrados/Secretaria das Arrematações (ou da Fazenda) e Tombos das Comendas, Chancelaria das Ordens Militares, Juízo Geral das Ordens, Juízo dos Cavaleiros e Executória das dívidas das comendas. A Mesa da Consciência e Ordens foi extinta pelo Regime Liberal em 1833, pelo decreto de 16 de Agosto.
O Convento de Nossa Senhora da Conceição de Beja era feminino, e pertencia à Ordem dos Frades Menores, e à Província dos Algarves. Em 1459, foi fundado e concedida licença para a sua instituição por dois breves de Pio II Foi erigido junto ao Palácio dos Infantes, no centro da cidade, a partir de um recolhimento de terceiras seculares (mantelatas), ou segundo frei Manuel de São Caetano Damásio, de um grupo de emparedadas. O convento começou a ser construído por iniciativa do duque de Beja, o infante D. Fernando (irmão de D. Afonso V) e de sua mulher D. Beatriz, primeiros duques de Beja e pais de D. Manuel. Em 1461, recebeu o oratório de Santa Vitória. Em 1463, já as terceiras tinham feito profissão na Ordem de Santa Clara. Parece, contudo, que as obras foram bastante demoradas, sendo a parte conventual particularmente morosa. Em 1469, o convento encontrava-se praticamente concluído, recebeu a invocação de Nossa Senhora da Conceição de Maria Santíssima, e a regra urbanista, como se mostra na bula de 21 de Dezembro desse ano, concedida pelo papa Paulo II. A data de entrada das monjas no cenóbio aconteceu em 1473, mas doze anos depois registou-se a presença do arquitecto João de Arruda como supervisor dos trabalhos e só nos inícios do século XVI é que se terminou o dormitório das monjas. A infanta D. Beatriz iniciaria, simultaneamente, o processo para tentar vincular a comunidade à direcção dos observantes. Mas, em 1473, os observantes franciscanos recusaram essa proposta. Só em 1482, aceitaram o encargo, recebendo da duquesa de Beja, o compromisso de edificar um oratório para os frades, que incluiria a igreja e outras dependências. Em 1483 ou 1484, recebeu a Igreja de Belas, na diocese de Lisboa. Apenas em 1489, como resultado de uma intervenção pontifícia, começaram os observantes a habitar o oratório de Santo António de Beja, dando orientação e assistência espiritual às clarissas. Foi assim a primeira comunidade a passar à observância, mas não chegou a adoptar a Primeira Regra de Santa Clara, como tinha sido propósito dos fundadores. Em 1505, por intervenção da duquesa de Beja levou a que, apesar da direcção observante, o convento se tenha tornado em panteão da família ducal. Em 1533, passaram à obediência da Província dos Algarves. Na segunda metade do século XVII, professou no convento a soror Mariana Alcoforado, autora das "Cartas portuguesas". Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Em 1892, foi extinto por falecimento da última religiosa. Com o fim das ordens religiosas o convento entrou em decadência e esteve à beira da ruína. Em 1895, foi demolido o Paço dos Infantes, que se encontrava anexo ao convento, e parte da área conventual. Nessa ocasião foi possível reconstruir parcialmente o convento. Localização / freguesia: Santa Maria da Feira (Beja, Beja)
Contém a folha 1 ordem para se proceder à abertura do livro: "o desembargador Bento da Costa de Oliveira Sampaio [cavaleiro professo na Ordem de Cristo, desembargador dos Agravos da Casa da Suplicação, deputado da Mesa do Grão Priorado do Crato, ouvidor geral da Fazenda Real] principalmente encarregado da inspeção do Bairro do Limoeiro numere e rubrique este livro que há-de servir para a descrição do mesmo bairro na forma do Decreto de 29 de Novembro do presente ano para o que tenho nomeado escrivão. Lisboa 15 de Dezembro de 1755 // O escrivão que tenho nomeado é das Apelações Cíveis António Pedro da Cunha. Dia ut supra. O Regedor". Contém na mesma folha informação do desembargador: "tem este livro trezentas e cinquenta e oito folhas que todas vão numeradas e rubricadas por mim e leva no fim seu encerramento. Lisboa 6 de Janeiro de 1757. O o desembargador Bento da Costa de Oliveira Sampaio". Contém a folha 2v.: cópia do Decreto de 29 de Novembro de 1755. Contém a folha 4 cópia da ordem dada pelo inspetor para se trasladarem os editais. Contém na mesma folha cópia dos editais. Contém a folha 4v.: certidão atestando a afixação dos editais. Contém a folha 5: nomeação dos louvados seguindo-se o ermo de juramento dos mesmos. Contém a folha 5v.: Auto de medição. Contém de folha 6v. a 19v. a descrição e medição das ruas. -Rua Direita de Santo António de Lisboa. - Largo da Porta principal da Basílica de Santa Maria Maior (Sé). - Rua Direita da Porta travessa da Sé. - Largo do Aljube. - Rua Direita de São Jorge. - Largo da porta principal de São Jorge. - Largo da porta travessa de São Jorge. - Rua Direita de São Martinho. - Largo do Limoeiro. - Rua Direita de Santa Luzia. - pequeno Largo de São Tiago (Santiago). - pequeno Largo das Portas de D. Rodrigo de Noronha. - Rua por trás de Santo António. -Largo das casas dos Malheiros. - Rua de João de Fogaça. - Rua dos Cónegos. - Largo do Pátio de Santo António. - Pátio de Santo António - Rua dos Cónegos (continua). - pequeno largo que forma esta rua em que dá entrada de carruagem para as casas da Basílica de Santa Maria. - Rua do Arco de São Francisco. - Beco de Quebra Costas. - Beco das Merceeiras. - Beco do Aljube, com saída. - Beco do Aljube que está por trás do celeiro da Mitra. - Beco do Aljube, sem saída. - Beco do Alecrim. - Beco do Nugio, com saída. - Rua da Parreirinha. - Largo que forma a Rua da Parreirinha. - Beco do Leão. - Pátio da Igreja de São Martinho. - Pátio chamado do Carrasco. - Largo grande de Santiago. - Rua do Largo grande de Santiago que vai para o Largo chamado do Contador-mor. - Rua do Funil. - Rua da Lage. - Travessa que principia da Rua da Lage e acaba no Largo chamado do Contador-mor. - Rua do Marechal. - Rua por trás da Igreja de São Jorge. - Rua do Barão. - Beco sem saída. - Rua do Quebra Costas. - Rua Direita de São João da Praça. - Largo das Cruzes da Sé. - Rua que vai das Cruzes da Sé para o Largo da porta travessa da Basílica de Santa Maria Maior. - Largo da porta travessa da Basílica de Santa Maria Maior. - Beco que serve de entrada para as casas do Duque de Aveiro. - Rua que do Largo das Cruzes da Sé vai para o Largo das casas do Conde de Pombeiro. - Largo das casas do Conde Pombeiro. - Rua do Albuquerque. - Largo que forma esta rua. - - Beco do Seio. - Largo das Portas do Mar. - Escada da Pedrinha. - Rua de Almargem. - Beco do Melo. - Beco sem saída. - Rua de Almargem, continua. - Rua das Canastras. - pequeno Largo que em cima forma esta rua. - Calçada do Correio. - Largo das casas do Correio-mor. - Rua da Listra. - pequeno largo que forma a rua. - Rua de Sete Cotovelos. - Beco que serve de passadiço ou comunicação para a Rua das Pedras negras. - Largo das casas de Monsenhor Galvão. - Rua das Pedras Negras. - pequeno largo que forma a rua. - Beco dos Enamorados. - Largo da Igreja de São Mamede. - Rua que vai sair à Costa do Castelo. - Pátio das casas de D. Francisca de Vilhena. - Costa do Castelo. Contém a folha 19v.: "auto em que o dito desembargador inspetor houve por finda a medição de todas as ruas que se acham dentro do distrito do dito bairro e determinou se continuasse a medição pelo que pertencia às propriedades das casas. Contém de folha 20v a 130: a descrição e medição das propriedades, seguindo o mesmo plano da descrição e medição das ruas. Contém a folha 130v: o auto de encerramento do tombo. Contém a folha 132: "termo que se assina e por onde são citados os senhorios que tiverem propriedades no Bairro do Limoeiro". Contém a folha 133: cópia dos editais que se afixaram. Contém a folha 133v.: certidão atestando a afixação dos editais. Contém a folha 134: "havidos por citados e assinados trinta dias a todas as pessoas que tiverem propriedades no Bairro do Limoeiro". Contém a folha 135: Registo no qual se lançaram os senhorios das propriedades e chãos do Bairro do Limoeiro. Contém a folha 135v: sentença do inspetor "vistos estes autos, Decreto de Sua Majestade porque foi servido mandar se medissem as ruas edifícios públicos e particulares do Bairro do Limoeiro que ficaram confusos por conta do terramoto acontecido no primeiro de Novembro do ano de 1755 e citação feita pelos editais etc. o que visto como se mostra não compareceram os donos das ditas propriedades por si nem por outrem e fazerem-se as medições com a minha assistência com o engenheiro por isso deputado e louvados por mim nomeados. Por isso julgo por sentença as referidas medições que mando se cumpram. Lisboa 18 de Maio de 1757 eu desembargador Bento da Costa de Oliveira Sampaio". Contém a folha 136: a publicação da mesma assinada pelo escrivão António Pedro da Cunha Feio Coutinho. A partir daqui surgem outros inspetores deste bairro. Contém de folha 136 a 138: a medição de propriedades na Rua das Pedras Negras, Beco das Merceeiras e Calçada da Graça, Rua dos Cónegos. Contém a folha 138v.: registo do Decreto Real mandando suprimir a Travessa do Quebra-costas arrematando-se o terreno a João Rodrigues Caldas exceto o terreno que o arquiteto Francisco António Ferreira considerar útil à liberdade e desafogo das casas de Maria Luísa da Piedade. Contém a folha 139: registo do Aviso que acompanhou o Decreto. Contém a folha 139v.: Aviso régio mandando arrematar a Francisco José Dias o terreno da Rua Direita da Sé, onde até o terramoto se encontrava a Casa do Tesouro. Seguem-se dois precatórios. Contém a folha 140v.: três requerimentos do capitão António José de Sousa referente a casas nobres situadas na Rua de São João da Praça. Contém a folha 142: verba pertencente à medição registada na folha 23, n.º 15. Contém na folha 358 o termo de encerramento quase igual à informação do desembargador na folha 1: "tem este livro trezentas e cinquenta e oito folhas que todas vão numeradas e rubricadas por mim com a firma de que uso. Lisboa 6 de Janeiro de 1757. O desembargador Bento da Costa de Oliveira Sampaio de 1757. O desembargador Bento da Costa de Oliveira Sampaio.
Constituído por um tombo das fazendas pertencente à Capela. De 28x21 cm, tem 95 fólios numerados de 1 a 95, antecedidos de um fólio com a anterior transcrição e 2 fólios de guarda, encontrando-se o primeiro destes fólios manuscrito com notas apócrifas. A encadernação é da época, em pergaminho flexível (palimpsesto do anterior tombo), com aba, atilho e rótulo de papel branco cobre a capa anterior, em tinta debotada “Tombo do Castello”. O códice foi escrito a uma só mão, em caligrafia regular e legível, com fecho do documento no fólio 79, apresentando várias assinaturas e a data final de 1722.
Treslado de emprazamentos da Vila de Sousa, elaborado pelo tabelião público António da Silva Freire (f. 1-75). Treslado do tombo dos prazos da Vila de Sousa, mandado fazer por Francisco Joaquim Caldeira (f. 76-3358).
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