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O Mosteiro de São Domingos de Abrantes era masculino, e pertencia à Ordem dos Pregadores (Dominicanos).
É também designado por Convento de São Domingos de Abrantes, e Real Convento de São Domingos de Abrantes.
Fundado antes de 1472 por D. Lopo de Almeida, primeiro conde de Abrantes. Até se fixar na sua actual localização, a comunidade conventual experimentou outras duas residências. A primeira, junto ao sítio da Várzea e ao Ribeiro de Frades, foi abandonada, depois do Papa Sisto IV, em 1472, ter autorizado a mudança de residência dos religiosos.
Mais tarde, considerando que permaneciam num lugar insalubre e sem condições de habitabilidade, os frades mudaram novamente de morada obtendo, desta vez, com licença apostólica do Papa Júlio II.
Entre 1509 e 1517, o novo edifício conventual, já dentro da vila de Abrantes, veio a ser construído e colocado sob a invocação de Nossa Senhora da Consolação. Para esta obra, a comunidade contou com o apoio de consideráveis esmolas do rei D. Manuel e de diversas graças espirituais concedidas pelos pontífices Júlio II e Leão X a todos os que participassem na construção.
Depois de 1534, a esmola de duzentos mil reais de juro perpétuo entregue ao convento por ocasião da morte do infante D. Fernando (sepultado na capela mor do convento de Abrantes, até à trasladação do seu corpo para o Mosteiro dos Jerónimos), veio a constituir o essencial do sustento da comunidade. Face à sua proximidade relativamente aos conventos de Santarém e da Batalha, esta casa não possuiu noviciado.
Entre 1789 e 1799, parte do convento é cedido às legiões do marquês de Alorna.
Em 1809 foram instalados no edifício dois regimentos de milícias.
Em 1810, também funcionou como hospital militar
Em 1833, a comunidade religiosa abandona o mosteiro.
Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo.
Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional.
Localização / Freguesia: São João (Abrantes, Santarém)