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O Convento de Santa Clara de Moura era feminino, pertencia à Ordem dos Frades Menores, e à Província dos Algarves. Em 1520, foi fundado a partir de um recolhimento iniciado por duas religiosas de Cister, vindas de Arouca devido à peste que grassava naquela vila. O local foi-lhes concedido por D. Rodrigo d'Eça, alcaide mor da vila. Inicialmente, foi conhecido por Convento de Santa Justa. Passados alguns anos, as religiosas retiraram-se para o Mosteiro de Arouca, e vieram freiras claustrais para o edifício e deram-lhe a invocação de Salvador, chamado de Convento do Salvador de Moura. Em 1580, essas religiosas foram substituídas, por freiras clarissas urbanistas, vindas do Convento de Monforte. Em 1610, o convento foi transferido para local mais conveniente, devido à insalubridade do anterior, tomando então a invocação de Santa Clara. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Em 1893, foi extinto, com a saída da última religiosa que nele residia. Localização / freguesia: Santo Agostinho (Moura, Beja)
O Convento de São Francisco de Estremoz era masculino, pertencia à Ordem dos Frades Menores, e à Província dos Algarves. Foi fundado em 1239, sobre a ermida de São Bento do Mato, doada aos franciscanos pelos freires de Avis. A igreja foi levantada por ordem de D. Afonso III e de sua mulher D. Beatriz. Em 1258, a 13 de Dezembro, por bula do papa Alexandre IV, foi concedido poder ao arcebispo de Compostela, constituído em conservador do convento, para fazer frente aos excessos dos freires de Avis que ameaçavam o convento franciscano. O arcebispo delegou os seus poderes em Vicente Pires, cónego da Sé de Évora. O convento recebeu inúmeros privilégios, entre os quais se destacam os que pertenciam à capela de Estefânia Mendes e os que foram outorgados pelo rei D. João III. Começou este convento seguindo o rigor da observância. Em 1274, passou à claustra. Em 1542, ou 1572, regressou à observância. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Localização / freguesia: Santo André (Estremoz, Évora)
O Convento de São Francisco de Mogadouro era masculino, pertencia à Ordem dos Frades Menores, e à Terceira Ordem da Penitência. Em 1617, foi fundado, com origem na esmola dada pelo cabido da Sé de Miranda a dois franciscanos. Em 1618, existiam já 9 religiosos e irmãos leigos. Em 1620, iniciaram-se provavelmente as obras de construção do convento, a expensas de D. Luís Álvares de Távora. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Localização / freguesia: Mogadouro (Mogadouro, Bragança)
O Convento de Santa Clara de Beja era feminino, pertencia à Ordem dos Frades Menores, e à Província dos Algarves. Em 1340, foi fundado fora das muralhas de Beja, por iniciativa de D. Afonso IV, e à custa dos moradores do concelho. Estes últimos, declararam-se padroeiros do cenóbio destacando-se, entre eles, Mestre Giraldo, cirurgião, com sua mulher Margarida Peres, Lourenço de Serpa e Teresa Martins. O Cabido de Évora e os párocos da diocese resistiram à sua fundação. Contudo, em 1345, o papa Clemente VI, por bula de 3 de Novembro, desembargou a obra e concedeu licença para a profissão de doze freiras. Efectivamente, em 1346, as decisões de Clemente VI foram executadas pelo bispo, como consta de provisão do mesmo ano. Nele se acolheram fidalgas e burguesas ricas da cidade. As primeiras freiras vieram do Convento da Madre de Deus de Lisboa. Em 1363, o convento foi muito danificado por um terramoto. Em 1542, passou à observância. Foram anexadas ao convento a igreja de Santa Maria da Vitória, no termo de Beja, e as rendas do Convento de São Francisco, ao tempo da sua reforma na Regular Observância. A casa foi também conhecida sob invocação de "Regina Coeli", ou Convento de Regina Coeli de Beja. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Em 1896, foi extinto, por morte da última religiosa que, à época, se encontrava recolhida no Convento de Nossa Senhora da Esperança de Beja. Localização / freguesia: Santiago Maior (Beja, Beja)
O Convento de Santa Maria de Jesus de Vale de Figueira era masculino, pertencia à Ordem dos Frades Menores, e à Província da Arrábida. Em 1556, foi fundado, junto ao lugar de Vale de Figueira, por D. Manuel de Portugal, filho do primeiro conde de Vimioso, em terrenos da sua quinta, sendo custódio frei João de Águila. Em 1623, o filho do fundador e padroeiro, D. Henrique de Portugal, e sua mulher, D. Ana de Ataíde, mudaram o convento para outro sítio, devido à insalubridade do local, não muito longe do primeiro e contíguo às nobres casas da quinta. A primeira pedra da igreja foi lançada em Outubro desse ano. Em 1627, foi inaugurado o novo edifício. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Localização / freguesia: Vale de Figueira (Santarém, Santarém)
O Colégio de São Bento de Coimbra era masculino, e pertencia à Ordem e à Congregação de São Bento. Foi fundado por Frei Diogo de Murça, monge jerónimo e comendatário do mosteiro de São Miguel de Refojos de Basto, que em 1549 obteve bula papal para poder suprimir este mosteiro e com as suas rendas fundar três colégios em Coimbra, um da ordem de São Bento, outro da ordem de São Jerónimo e outro para colegiais pobres. O mosteiro de Refojos continuou, porém, a existir. O Colégio, incorporado na Congregação de São Bento desde o seu início, demorou anos a ser construído. A sua igreja foi sagrada em 1634. Em 1772, uma parte da cerca foi cedida à Universidade para aí se plantar o Jardim Botânico. Foi casa de estudos de Artes e de Teologia durante toda a sua existência. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Localização / freguesia: Sé Nova (Coimbra, Coimbra)
O Convento de São Francisco de São João da Pesqueira era masculino, pertencia à Ordem dos Frades Menores, e à Terceira Ordem da Penitência. Em 1581, foi fundado por Belchior de Sousa, que reservou para si o padroado da capela-mor da igreja conventual. No mesmo ano de 1581, a 7 Março, foi feita a doação da igreja de São João Velho a Frei Gonçalo Guedes para aí erguer o convento Em 1587 na visitação realizada pelo Cardeal Alberto de Áustria (vice-rei de Portugal), este achou-o muito pobre e com 16 frades. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Localização / freguesia: São João da Pesqueira (São João da Pesqueira, Viseu)
O Convento de São Bernardino de Atouguia da Baleia era masculino, pertencia à Ordem dos Frades Menores, e à Província dos Algarves. Em 1451, foi fundado. Em 1453, teve o patrocínio do tabelião da vila da Lourinhã Pedro Álvares, que lhe doou vários bens, entre eles uma fonte com mato à volta, por esse motivo foi designado Oratório da Fontinha. Os primeiros frades que o habitaram foram frei Rogério Pregador, frade espanhol, frei Rodrigo Benavente, confessor, e frei André do Porto, leigo. Para esta fundação também concorreu a condessa D. Guiomar de Castro. Em 1486, passou à observância. Foi muito privilegiado pelos reis portugueses, nomeadamente D. Afonso V e D. João II. Em 1503, por deliberação da congregação dos observantes, passou a ser casa de noviciado. Em 1507, em Janeiro, devido à melhoria das condições da casa e aumento do número de religiosos, recebeu o título de convento com o orago de São Bernardino. Em 1531, foi parcialmente destruído por um terramoto. Em 1563, foi alagado pelas águas por se localizar num sítio ermo e junto a um ribeiro. Como o edifício já se encontrava em ruínas devido ao terramoto de 1531, decidiu-se mudar o convento para um sítio próximo, mais alto, para evitar novas cheias. Em 1563, iniciou-se a nova construção. Em 1595, a comunidade mudou-se, sendo guardião do convento frei Manuel de Olivença. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Localização / freguesia: Atouguia da Baleia (Peniche, Leiria)
O Mosteiro do Bom Jesus de Viseu era feminino, pertencia à Ordem de São Bento e estava sob jurisdição diocesana. Em 1569, foi fundado em virtude de uma doação do licenciado Belchior Lourenço Tenreiro e de sua segunda mulher. Em 1592, começou a vida comunitária, devido à lentidão da construção do edifício, com religiosas vindas do Mosteiro de Santa Eufémia de Ferreira de Aves. Até ao fim do século XIX, teve abadessas trienais. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Em 1896, o Mosteiro foi encerrado por morte da última monja. Localização / freguesia: Santa Maria (Viseu, Viseu)
O Colégio de Nossa Senhora da Estrela de Lisboa era masculino, e pertencia à Ordem e à Congregação de São Bento. Em 1570, pouco depois do Capítulo Geral, os monges beneditinos decidiram fundar um mosteiro novo em Lisboa. Tendo comprado duas quintas, estabeleceram-se numa delas, a que ficava no actual Largo da Estrela, procedendo a obras. Em 1573, a 25 de Dezembro, celebraram a primeira missa. Em 1615, a comunidade transferiu-se para um novo convento que estava em construção na outra quinta. Em 1627, durante o triénio, o Mosteiro da Estrela foi encerrado para ser restaurado, a fim de servir de colégio de estudos de Teologia da Congregação de São Bento, a partir do triénio de 1630, o que se verificou com longas interrupções. Desde então e até 1710 foi governado por reitores, passando então a ser dirigido por abades. Entre 1797 e 1801, o edifício foi parcialmente ocupado para instalar um hospital das tropas inglesas. A partir de 1818, foi utilizado como hospital militar. Em 1833, foi extinto a 26 de Outubro, por sentença da Junta do Exame do Estado Actual e Melhoramento Temporal das Ordens Religiosas, encarregada da Reforma Geral Eclesiástica, que determinou a supressão, a extinção e profanação da clausura, colégio e mais oficinas da Casa de Nossa Senhora da Estrela, com todos os seus bens rústicos e urbanos, de raiz e móveis, foros, direitos, acções, censos, pensões e encargos com que os mesmos bens estivessem onerados. Foi ainda proposto pela mesma sentença que os monges fr. Joaquim do Coração de Jesus (ex-abade do referido colégio) e fr. Agostinho da Graça, moradores no extinto colégio, tivessem direito para a sua sustentação a quantia de 480 reis diários, impondo-lhes o encargo de 60 missas anuais. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Localização / freguesia: Lapa (Lisboa, Lisboa)
O Convento de Nossa Senhora da Encarnação de Vila do Conde era masculino, e pertencia à Ordem dos Frades Menores, da Província de Portugal da Observância. Também era conhecido como convento de São Francisco. Em 1522 foi fundado, junto a Vila do Conde, em terras cedidas pelas freiras de Santa Clara de Vila do Conde ao provincial dos franciscanos, frei Francisco de Lisboa, por escritura pública de 7 de Fevereiro de 1522. Foi sua fundadora D. Isabel de Mendanha, filha de Pedro de Mendanha e viúva de D. João de Meneses, da Casa de Cantanhede, que se empenhou na construção da Igreja e da casa conventual para doze religiosos. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Localização / freguesia: Vila do Conde (Vila do Conde, Porto)
O Convento de Santa Teresa de Jesus de Coimbra era feminino, e pertencia à Ordem dos Carmelitas Descalços. Em 1739, o convento foi fundado. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Para que a vida canónica regular pudesse prosseguir, vieram de Espanha três religiosas. Em 1897, as religiosas foram autorizadas, a título excepcional, a permanecer no convento, depois do falecimento da última conventual. Para que a vida canónica regular pudesse prosseguir, vieram de Espanha três religiosas e em 1898 professaram mais sete noviças. Em 1910, o convento foi extinto. Localização / freguesia: Sé Nova (Coimbra, Coimbra)
A Colegiada de Nossa Senhora da Luz da Carvoeira de Torres Vedras pertenceu sucessivamente, ao arcebispado e patriarcado de Lisboa.
O Mosteiro de São Bento da Vitória do Porto era masculino, pertencia à Ordem e à Congregação de São Bento. Cerca de 1580 ou 1581, fora fundada uma residência, chamada Casa de São Mauro. Desde 1590, aí viviam monges da Ordem e Congregação de São Bento. Em 1583, foi fundado o convento, com autorização da Câmara do Porto. Em 1596, a comunidade constituiu-se condicionalmente, numa casa provisória. As obras de construção do edifício definitivo, situado na antiga judiaria, começaram mais tarde. Em 1598, foi obtida autorização do rei e do bispo D. Jerónimo de Menezes (1592-1600). Desde 1599, foi abadia. Entre 1599 e 1611, foram aplicadas a este mosteiro as rendas do mosteiro de São João Baptista de Pendorada. Entre 1809 e 1816, e entre 1827 e 1832, serviu de instalações ao Hospital Militar. Nesse ano, os monges tiveram de ceder todo o edifício ao exército, embora a comunidade só fosse oficialmente extinta em 1834. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Localização / freguesia: Vitória (Porto, Porto)
A Colegiada de Santiago de Torres Vedras pertenceu, sucessivamente, ao bispado, arcebispado e patriarcado de Lisboa.
O Convento de Santo António da Lourinhã era masculino, pertencia à Ordem dos Frades Menores, e à Província dos Algarves. Em 1598, foi fundado na observância, a pedido de frei André de Oliva, guardião do convento do Bom Jesus de Peniche. O convento, inicialmente, era constituído por uma pequena igreja e por uma pequena quantidade de casas de recolhimento. A construção deveu-se aos seus padroeiros D. Jorge Henriques e D. Isabel de Miranda, descendentes dos reis de Portugal e à ajuda de povos vizinhos Em 1601, a 17 de Novembro, iniciaram-se obras de ampliação e de restauro que se prolongaram por vários anos, devido à grandeza e volume do edifício e às dificuldades monetárias dos frades. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Localização / freguesia: Lourinhã (Lourinhã, Lisboa)
A Igreja Colegiada de Santo André de Mafra pertenceu ao distrito eclesiástico de Lisboa e sucessivamente, ao bispado, arcebispado e patriarcado de Lisboa.
O Convento de Santo António do Porto era masculino, pertencia à Ordem dos Frades Menores, e á Província da Conceição. Também era conhecido por Convento de Santo António da Cidade. Em 1783, foi fundado o Convento de Santo António do Porto pelos religiosos franciscanos numa propriedade com edifícios e capela no campo de São Lázaro. Em 1831, em Julho, o convento é abandonado pelos últimos religiosos, e o edifício não estava ainda concluído. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Localização / freguesia: Santo Ildefonso (Porto, Porto)
O Convento de Santo António de Portalegre era masculino, pertencia à Ordem dos Frades Menores, e à Província da Piedade. Em 1522, foi fundado, em resposta ao pedido formulado ao provincial frei Francisco de Alconchel, pelos habitantes da cidade. O convento foi construído num local húmido, a norte da cidade, doado por Gaspar de Sousa, homem fidalgo de Portalegre. A capela-mor foi mandada fazer a expensas de João da Silva, comendador de Alpalhão. Ao fim de quarenta e oito anos, e devido à insalubridade do local, bem como à distância da povoação, foi determinado num capítulo provincial, celebrado no Convento da Piedade de Vila Viçosa em 1569, mudar o convento para um local mais próximo da cidade. Tendo-se concretizado essa determinação em 1570. Da antiga casa, conservou-se a igreja que permaneceu com o título de Nossa Senhora da Esperança. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Localização / freguesia: São Lourenço (Portalegre, Portalegre)
O Convento de Santo António de Pinhel era masculino, pertencia à Ordem dos Frades Menores e à Província da Conceição. Em 1727, foi fundado, por alvará régio de 16 de Novembro. Em 1731, a 16 Dezembro, foram iniciadas as obras de construção e a primeira pedra foi colocada pelo Arcediago de Vila Nova de Cerveira, Francisco Fagundes Lopes. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Localização / freguesia: Pinhel (Pinhel, Guarda)
O Convento das Chagas de Lamego era feminino, pertencia à Ordem dos Frades Menores, e estava sob Jurisdição diocesana. Inclui-se no conjunto dos conventos que viveram segundo a regra de Santa Clara, tradicionalmente, designadas por "Claristas" ou "Clarissas". Em 1588, foi fundado o convento. Este convento de freiras urbanistas, seguidoras da Regra aprovada por Urbano IV, foi mandado edificar pelo bispo da diocese, D. António Teles de Meneses, em honra das cinco chagas de Jesus Cristo. O bispo tinha sete irmãs religiosas clarissas no Convento de Monchique, no Porto. Para igreja do convento escolheu a capela de São Sebastião, no Largo do Tablado. Em 1589, a 6 de Maio, por breve de Sisto V, D. António ficou habilitado a proceder à mudança das irmãs, do Porto para Lamego e a constituir a primeira comunidade sob a regra de Santa Clara, com a cláusula de a mesma ficar sujeita ao ordinário do lugar e de uma das irmãs do fundador desempenhar o cargo de abadessa. Em 1590, a 11 de Novembro, teve lugar a tomada de posse da comunidade, realizada com toda a solenidade. O padre André Lourenço redigiu os estatutos, assinados e selados por D. António, a 18 de Março de 1591. A primeira abadessa foi D. Joana da Conceição, irmã do fundador. Por bula pontifícia e portaria régia o convento incorporou o extinto convento beneditino de Nossa Senhora da Purificação de Moimenta da Beira, e o de Barrô. Esteve sob jurisdição do bispo de Lamego. Com a morte deste, o sucessor D. Martim Afonso de Melo, recusou-se a entregar o legado destinado ao suporte de quatro lugares gratuitos, consignados nos estatutos a favor das filhas de Luís da Silva de Meneses, sobrinho do fundador. Em 1602, a 22 de Agosto, D. Luís da Silva conseguiu sentença a seu favor. Os herdeiros de D. António Teles tentaram subtrair o convento à jurisdição do ordinário do lugar. A querela arrastou-se até 10 de Setembro de 1611, quando foi conseguido o acordo entre as partes, estando a estrutura do convento abalada. Em 1630, em Julho, após a morte da última irmã de D. António, Dona Catarina da Cruz foi eleita abadessa. Em 1651, a insubordinação das religiosas manifestou-se, de novo, na questão da escolha do capelão. Também o comportamento, costumes, opulência e modo de vestir e de agir foram sendo objecto de reparos, ao longo dos anos. A partir de 1687, as noviças admitidas de novo deviam ser convenientemente doutrinadas, no sentido de praticarem a caridade, a humildade e a obediência. Pretendia-se, assim, acabar com a magnificência e a rebelião das religiosas. Em 1793, uniu-se-lhe o Convento de Barrô e D. João VI viria a conceder-lhe várias regalias. Deste convento resta apenas o templo das Chagas. Em 1812, o bispo de Lamego, mandou encerrar o Mosteiro de Nossa Senhora da Purificação de Moimenta da Beira, da Ordem de São Bento, e os seus rendimentos foram anexados ao Convento das Chagas de Lamego, da Ordem dos Frades Menores, para onde passaram as freiras ainda existentes. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Em 1906, foi encerrado por falecimento da última religiosa, e convertido em Seminário Diocesano. Localização / freguesia: Almacave (Lamego, Viseu)
O Convento do Desterro de Jesus, Maria e José de Viana do Castelo era feminino, e pertencia à Ordem dos Carmelitas Descalços. Em 1780, o convento foi fundado. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Em 1900, o convento foi extinto por morte da última religiosa. Localização / freguesia: Santa Maria Maior (Viana do Castelo, Viana do Castelo)
O Convento de Nossa Senhora da Visitação de Vila Verde dos Francos era masculino, pertencia à Ordem dos Frades Menores, e à Província dos Algarves. Em 1540, foi fundado na observância. Foi fundado, por iniciativa de D. Pedro de Noronha, senhor de Vila Verde, numa sua quinta de recreio, nas proximidades de Vila Verde, num vale junto à Serra de Montejunto. Tendo sido nele sepultado em campa rasa, na capela-mor. O convento foi de início, doado aos franciscanos da Ordem Terceira, só depois passou à Província dos Algarves. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Localização / freguesia: Vila Verde dos Francos (Alenquer, Lisboa)
O Convento de São João Evangelista de Aveiro era feminino, e pertencia à Ordem dos Carmelitas Descalços. Também era designado por Convento dos Carmelitas Descalços de Aveiro. Em 1658, foi fundado por D. Raimundo de Alencastre, duque de Aveiro. As primeiras religiosas vieram de Lisboa e ocuparam o palácio do duque de Aveiro, adaptado a convento. Utilizaram a capela ducal até estar pronta a nova igreja que foi inaugurada em 1748. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Em 1879, o convento foi extinto em 26 de Março, por morte da última religiosa, a madre prioresa Teresa Maria da Conceição. Localização / freguesia: Glória (Aveiro, Aveiro)
O Convento do Espírito Santo do Cartaxo era masculino, pertencia à Ordem dos Frades Menores, e à Província de Portugal da Observância. Também designado por Convento de Jesus Cristo do Cartaxo. Em 1525, foi fundado por iniciativa de D. Isabel de Mendanha, mulher de D. João de Meneses, camareiro-mor do príncipe D. João, futuro D. João III, que no ano de 1514 pediu ao papa Leão X para erigir um hospital numa das suas propriedades. Em 1525, a 16 de Julho, mudando de opinião, na presença do provincial, frei Francisco de Lisboa, fez-lhe doação da terra e edifícios e também da igreja que já estava construída, para edificar um convento. No mesmo ano, a 1 de Agosto, conseguiu D. Isabel de Mendanha do infante cardeal D. Afonso, governador do arcebispado de Lisboa, licença para a fundação. No dia seguinte, D. João III assinou uma provisão de consentimento para o mesmo efeito. Em 1526, Clemente VII deu autorização para o local ser habitado, e a casa incorporada na Província, aplicando também ao Convento todas as indulgências que Leão X tinha concedido ao hospital ou às pessoas que lhe dessem esmolas e o visitassem em várias solenidades. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Localização / freguesia: Cartaxo (Cartaxo, Santarém)
O Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro era masculino, e pertencia à Ordem e à Congregação de São Bento. Durante a segunda metade do século XI, provavelmente, foi fundado na freguesia de Pombeiro de Ribavizela, concelho de Felgueiras, distrito do Porto. Segundo as observâncias peninsulares, a primeira menção documentada data de 1102. Em 1112, teve carta de couto dada por D. Teresa. Por esta altura já devia seguir os costumes cluniacenses recebidos por intermédio do mosteiro de Sahagún (Espanha), os quais inspiraram o seu costumeiro, ainda hoje conservado em códice do século XIII. Foi protegido pela alta nobreza do reino, particularmente pelas famílias de Sousa e de Barbosa, que frequentemente o escolheram para local de sepultura, o que explica a edificação de uma grande igreja abacial da época românica. Nos anos de 1297 a 1318, sobretudo, o prestígio e o reconhecimento externo da observância praticada neste mosteiro manifestou-se pelo elevado número de doações recebidas do rei e de particulares. Foi constituído assim um vasto património, como manifesta o "Catálogo de todas as igrejas, comendas e mosteiros que havia nos reinos de Portugal e Algarves, pelos anos de 1320 e 1321", que taxa o mosteiro em 8000 libras. Um valor muito mais elevado do que a maioria dos mosteiros beneditinos, só equiparável às taxas pagas pelo mosteiro cisterciense de Arouca ou pelos crúzios de Santa Cruz de Coimbra. Em 1424, foi nomeado o primeiro abade comendatário. Em 1569, foi entregue à Congregação de São Bento por D. António, Prior do Crato. Desde 1570, estava a comunidade reformada. Em 1588, a Congregação tomou posse dele definitivamente, depois da morte do referido prior, embora o rei Filipe II já tivesse obtivo autorização canónica para aplicar uma boa parte das rendas do mosteiro aos Jerónimos de Santa Maria de Belém, o que provocou entre as duas Ordens um litígio que durou largos anos. Santa Maria de Pombeiro foi um dos mosteiros mais ricos da Congregação de São Bento. Em 1809, em Maio, foi incendiado pelas tropas de Soult. Em 1816, começou a ser reconstruído. As obras estavam ainda inacabadas quando a comunidade teve de abandonar o mosteiro em 1834. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Localização / freguesia: Pombeiro de Ribavizela (Felgueiras, Porto)
O Mosteiro de Santo Tirso era masculino, e pertencia à Ordem e à Congregação de São Bento. Em 978, foi fundado por Unisco Godins e Aboazar Lovesendes. Foi também conhecido por Mosterio de Santo Tirso de Riba de Ave. Entre 1080 e 1092, sob o regime das regras monásticas peninsulares, passou à Regra de São Bento e aos costumes cluniacenses. Em 1097, foi sede de um couto concedido pelo conde D. Henrique, e um dos mais ricos mosteiros de Entre-Douro-e-Minho. Pertenceu ao patronato da família da Maia e depois ao da de Riba de Vizela. Desde meados do século XV, teve abades comendatários. A partir de 1556, a reforma introduzida pelo comendatário D. António da Silva, foi entregue a dois monges vindos de Montserrat (Catalunha), frei Pedro de Chaves e frei Plácido de Vilalobos, promotores da Congregação de São Bento de Portugal, criada em 1567. Em 1569, a Congregação tomou posse oficial do mosteiro. Em 1589, depois da renúncia do cardeal Farnésio, último comendatário, começou a ser governado por abades trienais. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Localização / freguesia: Santo Tirso (Santo Tirso, Porto)
A Igreja Colegiada de Santa Maria e Santiago de Almada pertenceu sucessivamente, ao arcebispado e patriarcado de Lisboa.
A Igreja colegiada de São Martinho de Sintra pertenceu, sucessivamente, à diocese, arcebispado e patriarcado de Lisboa. Foi fundada por D. Afonso Henriques em 1150. D. João III deu a várias pessoas a administração de capelas situadas na Igreja de São Martinho de Sintra: Henrique Vaz administrou a capela instituída por Maria Anes, Álvaro Quadros administrou a capela instituída pelo clérigo Pedro Esteves, António de Melo e sua mulher Maria Correia administraram duas capelas instituídas por Gonçalo Esteves e Maria Anes, sua mulher, Simão de Seixas administrou a capela instituída por Lopo Lourenço. Foi destruída pelo sismo de 1 de Novembro de 1755. Por ordem régia, esteve, interinamente, na Igreja da Santa Casa da Misericórdia, para onde foram deslocadas as irmandades da freguesia: dos Clérigos de São Pedro "ad Vincula" e a do Santíssimo Sacramento, Passos e Almas, todas da jurisdição ordinária. Em 1761, ainda se encontrava na Igreja da Santa Casa da Misericórdia e tinha como prior José Simpliciano da Silva. Em 1781, foi realizada uma visitação, por António Rodrigues Bicho, ratificador de testemunhas no Tribunal do Santo Ofício e visitador ordinário das vigairarias da vara de Arruda, Sintra, Cascais e parte do termo de Lisboa. Em 1848, a colegiada foi extinta, pela Lei de 16 de Junho, mandada executar por Provisão do cardeal patriarca, de 17 de Setembro do mesmo ano, e pela Lei de 27 de Dezembro de 1849.
A Igreja Colegiada de Santiago e São Martinho de Lisboa pertenceu ao distrito eclesiástico de Lisboa e sucessivamente, ao bispado, arcebispado e patriarcado de Lisboa.
O Mosteiro do Salvador de Travanca era masculino, e pertencia à Ordem e à Congregação de São Bento. A sua fundação data, provavelmente, do séc. XI e terá adoptado a Regra de São Bento, segundo as tradições monásticas peninsulares, e os preceitos cluniacenses cerca de 1080-1115. Obteve carta de couto outorgada pelo conde D. Henrique. No "Catálogo de todas as igrejas, comendas e mosteiros que havia nos reinos de Portugal e Algarves, pelos anos de 1320 e 1321", o mosteiro foi taxado em 1800 libras, um valor bastante mais alto que o de todos os outros mosteiros e igrejas da Terra de Sousa. A 24 de Agosto de 1425, o abade, D. Frei Afonso Peres, passou procuração ao arcebispo de Braga, D. Fernando Guerra, para o governo integral do mosteiro. Desde meados do século XV até 1572, foi governado por abades comendatários. Nesse ano, o último renunciou a favor da Congregação de São Bento, embora esta já tivesse tomado posse do mosteiro em 1569, para efeitos de reforma. Em 1578, foi eleito o primeiro abade trienal. Durante algum tempo funcionou como colégio de Artes. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Localização / freguesia: Travanca (Amarante, Porto)
O Recolhimento do Anjo do Porto era feminino, pertencia à Ordem dos Frades Menores, e à Terceira Ordem, e estava sob jurisdição diocesana. Inclui-se no conjunto dos conventos que viveram segundo a regra de Santa Clara, tradicionalmente, designadas por "Claristas" ou "Clarissas". Também era conhecido por Recolhimento da Rainha Santa do Anjo do Porto, por Recolhimento da Rainha Santa Isabel ou Anjo do Porto, Recolhimento do Anjo, e Recolhimento da Rainha Santa, ou do Anjo do Porto. Em 1681, foi fundada uma comunidade de terceiras, na cidade do Porto. Viviam a vida comum em clausura, mas sem votos religiosos. Aí se construiria, em 1672, por iniciativa de D. Helena Pereira, o Recolhimento do Anjo - também conhecido por Recolhimento de Santa Isabel - para receber senhoras nobres sem bens. Uma vez demolido, após o cerco do Porto, surgiria em seu lugar o Mercado do Anjo (1837). Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Localização / freguesia: Miragaia (Porto, Porto)
O Mosteiro de São Domingos das Donas de Santarém era feminino, e pertencia à Ordem dos Pregadores (Dominicanos). Cerca de 1240, este mosteiro teve origem numa experiência de reclusão feminina, iniciada em Santarém por Elvira Duranda. Esta, ao fazer-se reclusa, tomou voluntariamente o hábito de São Domingos e emparedou-se numa das várias celas que viriam a ocupar uma rua que ligava a ermida da Trindade ao convento de São Francisco. Tornando-se cada vez mais efectiva, a presença das emparedadas começou a não agradar aos vizinhos frades menores que, responsabilizando os dominicanos de Santarém por aquele movimento, lhes exigiram a retirada das reclusas para outra morada. Despoletou-se assim um conflito que, além das reclusas, franciscanos e dominicanos, veio a envolver o rei D. Afonso III (sentença de 1261) e o papa Urbano IV. As senhoras emparedadas acabaram por formar um encerramento comum, que teve como primeira prioresa eleita a religiosa Sancha Martins. Da vizinhança do convento de São Francisco, as reclusas mudaram-se para o sítio da Ermida de Santa Maria Madalena, local próximo da Porta de Mansos, que lhes foi doado pelos frades pregadores e onde vieram a construir o seu convento. Em 1287, no Capítulo Geral de Bordéus, foram finalmente admitidas à Ordem dos Pregadores. Frei Gonçalo Origues foi incumbido pelo Capítulo Geral de receber a profissão das reclusas do novo convento e de estabelecer a observância da Regra. Para dar início à nova comunidade, foram do convento de Chelas para Santarém duas religiosas, uma das quais (Maria Mendes de Ansião) foi confirmada, em 1290, primeira prioresa das donas dominicanas de Santarém, por Frei Gonçalo, religioso que governou as freiras sob a designação de prior. Clemente V veio a confirmar a integração da comunidade na Ordem dos Pregadores em 1305. No "Catálogo de todas as igrejas, comendas e mosteiros que havia nos reinos de Portugal e Algarves, pelos anos de 1320 e 1321", o convento foi taxado em 120 libras, um dos valores mais baixo das casas religiosas pertencentes ao bispado de Lisboa. Em 1513, em Agosto efectivou-se a reforma da comunidade, necessidade da qual já havia indícios a partir de meados do século XV, quando do convento de Jesus de Aveiro veio para o de Santarém um grupo de seis freiras reformadoras. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Em 1895, o mosteiro foi extinto por morte da última freira. Localização / Freguesia: São Nicolau (Santarém, Santarém)
O Convento de Santa Clara de Évora era feminino, pertencia à Ordem dos Frades Menores, e à Província dos Algarves. Em 1458, foi fundado, pelo bispo de Évora, D. Vasco Perdigão, para oitenta freiras, embora em 1390, tenha sido dada licença para a sua construção e em 1395, a 12 de Fevereiro, o rei D. João I chegou mesmo a consignar-lhe os resíduos de Évora Monte (que acabaram por ser aplicados ao Convento de Santa Clara de Portalegre). Em 1459, a Ordem tomou posse dele. Em 1464, depois de ter recebido a bula "Lisquae", de Pio II, em 5 de Abril de 1463, a comunidade instalou-se no Paço dos Falcões, comprados por D. Vasco para o efeito. Foi beneficiado com avultadas doações deste bispo e do seu sucessor, D. Jorge da Costa, bem como da realeza. Serviu de refúgio à princesa D. Joana, filha de Henrique IV de Castela e noiva de D. Afonso V. Em 1513, recebeu, parte dos bens que foram do convento de São Francisco de Évora quando este se reformou na regular observância. Em 1535, passou da claustra à observância, vindo então a tomar posse dos restantes bens de São Francisco de Évora. Em 1558, nele se recolheram duas religiosas, soror Leonor da Silveira e soror Constança Barrosa, quando foi demolido o edifício chamado do "Salvador Velho" para a erecção dos edifícios da Universidade, por ordem do Cardeal D. Henrique. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Em 1903, foi extinto, por falecimento da última religiosa. Localização / freguesia: Santo Antão (Évora, Évora)
O Convento de Santa Apolónia de Lisboa era feminino, pertencia à Ordem dos Frades Menores, da Terceira Ordem, e estava sob jurisdição diocesana. Inclui-se no conjunto dos conventos que viveram segundo a regra de Santa Clara, tradicionalmente, designadas por "Claristas" ou "Clarissas". Em 1662, foi fundado como recolhimento de beatas, no sítio de uma ermida, por Isabel da Madre de Deus; começou por professar na Ordem Terceira. Em 1718, por bula do papa Clemente XI, passou a convento de clarissas. Esteve na obediência do patriarca de Lisboa. Em 1833, foi extinto a 29 de Outubro, por sentença da Junta do Exame do Estado Actual e Melhoramento Temporal das Ordens Religiosas, encarregada da Reforma Geral Eclesiástica, que determinou que as 19 religiosas do Convento de Santa Apolónia fossem, então, transferidas para o Convento de Santa Ana de Lisboa. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Localização / freguesia: Santa Engrácia (Lisboa, Lisboa)
O Convento de Santo António de Cascais era masculino, pertencia à Ordem dos Frades Menores, e à Província dos Algarves. Em 1527, foi fundado na observância. A fundação deveu-se a um devoto clérigo do hábito de São Pedro, o Doutor Luís da Maia, que doou o terreno num vale próximo ao então sítio do Estoril. Em 1527, a 30 de Setembro, a doação foi feita com a condição, de que se não edificassem o convento, ou depois de edificado o abandonassem, o local tornaria ao doador ou aos seus herdeiros. No mesmo ano, em 29 de Dezembro, o padre frei António de Lisboa, guardião do Convento de São Francisco de Lisboa, tomou posse das terras. O padre frei Rodrigo de Santiago foi encarregado da fundação, e com as esmolas dos fiéis, conseguiu edificar uma casa com o título de Santo António, no mesmo local onde estava uma ermida dedicada a São Roque. Para esta fundação contribuiu o Convento de São Francisco de Xabregas, com material de construção, pedra e madeira. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Localização / freguesia: Estoril (Cascais, Lisboa)
O Convento de Santa Clara de Portalegre era feminino, e pertencia à Ordem dos Frades Menores, e à Província dos Algarves. Antes de 1370, foi fundado no extremo da cidade de Portalegre, junto ao largo de Santa Clara, diocese da Guarda. A iniciativa partiu de Maria Fernandes e de Elvira Nunes que quiseram professar na Ordem de Santa Clara e formar um convento, recorrendo para isso à mercê régia. D. Fernando concedeu alguns benefícios a este Convento, entre os quais a doação do seu paço e dos banhos públicos a ele anexos, para alargamento das instalações do cenóbio. Em 1377, a obra enfrentou dificuldades, mas o rei manteve o propósito de criar o Convento, desejo confirmado pela rainha D. Leonor Teles e pelo rei D. João I. D. Afonso, bispo da Guarda, concedeu-lhes licença, e D. Vasco confirmou a decisão do seu antecessor e outorgou quarenta dias de indulgência a quem desse esmolas para as obras do Convento. Em 1377, o convento passou à clausura (ou claustra). Em 1534 ou 1539 passou a observante. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Em 1892, foi encerrado por morte da última freira. Localização / freguesia: Sé (Portalegre, Portalegre)
O Convento de Santa Clara da Guarda era feminino, pertencia à Ordem dos Frades Menores, e à Província de Portugal da Observância. Antes de 1344, foi fundado, de acordo com a primeira referência documental, a partir de um recolhimento de terceiras seculares (mantelatas), no Lugar de Vela, arredores da cidade da Guarda. Em 1344, mudaram para instalações mais próximas da cidade. Em 1346, adoptaram a Regra de Santa Clara, passando a cenóbio de clarissas da segunda Ordem, aprovado por bula pontifícia de Clemente VI, "Exposuerune nobis", de 2 de Abril desse ano. Para obterem esta aprovação, duas das suas freiras Florença Eanes e Maria Eanes, deslocaram-se a Roma. A comunidade teria na altura doze freiras. Destruído em 1372, pelas guerras fernandinas, a comunidade passou para o interior da cidade. Em 1382, começaram a edificar um novo convento. Conhecido pelo rigoroso cumprimento da regra que nele se professava, foi escolhido por D. João III, para aí se recolher D. Isabel Moniz, mãe do infante D. Duarte (futuro arcebispo de Braga). Em 1568, mudou para a observância da Província de Portugal. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Em 1885, em Janeiro, foi extinto por falecimento da última freira. Localização / freguesia: Sé (Guarda, Guarda)
O Convento de Nossa Senhora da Conceição de Matosinhos era masculino, e pertencia à Ordem dos Frades Menores, da Província de Portugal. Também é designado por Convento de Nossa Senhora da Conceição de Leça da Palmeira. Em 1392, teve origem num oratório fundado por Frei Gonçalo Marinho, numa ermida já existente dedicada a São Clemente das Penhas, em Leça. Não tinha guardião, apenas vigário, devido ao facto de ser uma casa pequena. Aqui foi sepultada D. Teresa, irmã de Álvaro Pires de Távora, com o encargo de posteriormente lhe trasladarem as ossadas para o Convento dos Jerónimos em Alenquer. Em 1475, frei João da Póvoa, vigário provincial e frei Pedro Pão e Água, vigário da casa, concordaram em que o convento mudasse de local para a Quinta da Granja, situada numa colina sobranceira ao rio Leça e que o novo edifício se chamasse da Conceição. A comunidade transferiu-se assim mais para o interior, para fugir às condições do clima do local onde estava implantado. O vigário frei Pedro obteve a licença apostólica de Sisto IV, a instância da infanta D. Beatriz, mulher do infante D. Fernando, duque de Beja e com o apoio de D. Afonso V. Em 1478, em 18 de Maio, lançou-se a primeira pedra do convento. Em 1479, a doação de D. Margarida de Vilhena, mulher de João Rodrigues de Sá, alcaide-mor do Porto que aí foi sepultada, conjuntamente com outras dádivas, nomeadamente dos reis D. João II e D. Manuel, permitiram acabar a obra. Em 1481, os frades de São Clemente das Penhas transferiram-se para o novo edifício, ficando apenas no local abandonado, a ermida de São Clemente. Neste novo convento esteve sepultado, entre 1506 e 1616, frei João da Póvoa, por diversas vezes Provincial dos Franciscanos. Em 1530, a província instituiu nesta casa a enfermaria geral para todos os frades observantes de Entre-Douro-e-Minho. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Localização / freguesia: Leça da Palmeira (Matosinhos, Porto)
O Convento de Nossa Senhora da Ínsua de Caminha era masculino, pertencia à Ordem dos Frades Menores, e à Província da Conceição. Em 1392, foi fundado como oratório masculino, por frei Diogo Árias, também fundador de Mosteirô, numa pequena ilha fronteira à vila de Caminha, situada no meio da barra do rio Minho, onde existia uma Ermida dedicada a Santa Maria da Ínsua ou Santa Maria de Carmes, o nome da ilha. Também era designada por Santa Maria da Boa Viagem ou Santa Maria da Salva. Em 1447, foi-lhe dado o primeiro vigário e prelado local. Em 1471, foi restaurado e ampliado, passando a convento. Em 1486, aderiu à observância. Recebeu vários privilégios dos reis D. Afonso V, D. João II e D. Manuel e doações da rainha D. Leonor, mulher de D. João II, da sua irmã D. Isabel, a duquesa de Bragança, do bispo do Porto, D. João de Azevedo, de D. Isabel de Mendanha e de D. Beatriz de Meneses, casada com Aires Gomes da Silva, bem como do Senhor de Regalados, Lopo Gomes de Abreu. O segundo Marquês de Vila Real, D. Fernando de Meneses tomou o seu padroado. Em 1503, por deliberação da Congregação dos observantes, passou a ser casa de noviciado. Nele fez o noviciado e professou o primeiro franciscano português a ser eleito Geral da Ordem (1547-1553) frei André da Ínsua, que em 1552, esteve no convento, e em 1553, era Comissário Geral. Depois de 1618, o convento voltou a ter o título de oratório, apenas com quatro ou cinco religiosos. Em 1620, com a construção do Convento de Santo António de Caminha, parte da comunidade foi transferida para este convento. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Localização / freguesia: Moledo (Caminha, Viana do Castelo)
Em 1711, os Otomanos, depois de terem derrotado o império Russo de Pedro, o Grande, levou o sultão a querer recuperar o que o império Otomano tinha perdido em 1697, invadindo desta forma a Moreia (1715), sob pretexto de que a republica Veneziana estaria a instigar uma revolta em Montenegro contra os otomanos. Veneza, sem possibilidades de combater os otomanos pediu ajuda ao papa. O papa Clemente XI, também ameaçado, pede ajuda aos principais reinos católicos - a França, a Espanha e Portugal – contra o invasor muçulmano. D. João V respondeu ao pedido de ajuda do Pontífice, na esperança de assim conseguir reconhecimento internacional, e mesmo títulos honoríficos para si e para o clero português. Neste sentido comunicaria ao papa que iria contribuir com uma esquadra de cinco naus de guerra e uma fragata, para além de embarcações auxiliares. Contudo, esta esquadra teria que regressar ao reino uma vez que os turcos já tinham levantado o cerco a Corfu, mas mesmo assim, esta viagem demonstrou a todos os implicados que poderiam contar com a ajuda de Portugal na guerra contra os otomanos. Graças a esta prontidão, o papa Clemente XI eleva a arquidiocese de Lisboa a patriarcado, por bula de 7 de novembro de 1716, passando assim a estar equiparado a Roma e Veneza. Em abril de 1717 zarpa do porto de Lisboa a esquadra portuguesa, composta por mais de 3.500 homens sob o comando de Lopo Furtado de Mendonça, em sentido do Mar Egeu onde deveria se juntar às restantes esquadras da coligação (veneziana, papal, florentina e maltesa). A 19 de julho dá-se inicio à famosa Batalha de Matapão (Cabo de Tênaro - Grécia), na qual a esquadra portuguesa se destacaria, evitando que a Itália fosse invadida pelos turcos. Para que esta missão fosse realizada era necessário recorrer a fundos especiais para o seu financiamento, nesse sentido Vicenzo Bichi, núncio apostólico, nomeia como exator beneficiado Manuel Soares da Costa, para arrecadar o subsidio eclesiástico dos regulares do reino, universidade e colégios de Coimbra para ser entregue ao recebedor dos armazéns para as despesas das armadas que foram em auxilio do Papa Clemente XI. Este subsídio é referente aos anos de 1717 a 1722. Os contribuintes foram os seguintes: Padre geral, frades e freiras da Ordem de São Bernardo; Padre geral da Ordem de São Bento; Padre geral dos cónegos regrantes de Santo Agostinho; Padre geral dos cónegos seculares de São João Evangelista; Padre geral da Ordem de São Jerónimo; Companhia de Jesus; Provincial de São Domingos e suas freiras; Provincial dos ermitas, frades e freiras de Santo Agostinho; Provincial do Carmo; Padre geral da Ordem de São Paulo; Provincial da Ordem da Santíssima Trindade; Religião das cartuxas de Lisboa; Religião das cartuxas de Évora; Principal e freiras da Ordem de São Francisco de Xabregas; Provincial e freiras da 3ª Ordem da Penitência; Religiosas de Santa Maria de Celas de Coimbra; Prior da Ordem de Cristo; Universidade de Coimbra; Colégio de São Pedro de Coimbra; Colégio de São Paulo de Coimbra; Colégio das três Ordens Militares de Coimbra; Congregações de São Filipe Néri (Lisboa, Porto, Viseu, Braga, Estremoz). Como diplomas fundamentais temos: a Lei de 5 de abril de 1691; a Lei de 8 de julho de 1718; o Despacho do Conselho da Fazenda de 9 de julho de 1718; a Provisão do Núncio Apostólico de 16 de junho de 1720 e decreto de 10 de janeiro de 1733.
O hospital mais antigo de Peniche foi fundado pela confraria do Corpo Santo em 1505, mais tarde passaria a pertencer à Misericórdia de Peniche (1626). A par deste existia um outro, de pequena dimensão, destinado à guarnição militar, chegando a funcionar em regime de colaboração, mais precisamente em meados do século XVII, altura em que o hospital real militar não tinha capacidade de satisfazer as necessidades dos soldados doentes. Esta cooperação foi fundamental para combater o flagelo das epidemias que em várias épocas fustigaram gravemente a região. Já em 1721, altura de grandes obras na Praça de Peniche, o edifício do hospital militar também sofre obras de profundas de beneficiação. Pouco tempo depois, com o terramoto de 1755, acabaria por sofrer alguns prejuízos, contudo quer pelo livro da receita quer pelo da despesa diária não é referido nada sobre os mesmos. Por ação do marquês de Pombal, nomeadamente pela lei de 9 de julho de 1763, são extintas as vedorias e são estabelecidas as tesourarias gerais da tropa, com isto um novo método na fiscalização. Independentemente, das alterações do controlo e fiscalização o que este hospital continuaria a ser de grande utilidade e mantendo condições de funcionamento, prova disso esta uma carta de 28 de fevereiro de 1814, é votado por unanimidade pelo primeiro médico Félix José Franco, pelo primeiro cirurgião Paulino da Rocha, pelo segundo cirurgião Fernando António Cardoso, pelo almoxarife Francisco de Paula Carvalho que o hospital “marchava regularmente”. A cópia desta mesma carta foi feita por Fernando Henriques Franco, escrivão do hospital e enviada para José Carlos Barreto, diretor dos hospitais militares e deste para D. Miguel Pereira Forjaz, secretário de Estado do Negócios da Guerra. Este funcionamento regular deve ter permanecido até à altura da implantação da república, altura em que este mesmo edifício passa a servir de quartel da Guarda Nacional da Republicana.
As 12 mercearias do infante D. Luís foram instituidas e ordenadas para no lugar do Restelo, junto a Nossa Senhora de Belém, da Ordem de São Jerónimo, onde se encontra a sua sepultura. O seu regimento com 17 capitulos são bem elucidatórios quanto ao montante necessario e casas para a sua instalação; a eleição e posse por parte do merceiro; o que era necessário em cada mercearia para manutenção do merceiro; obrigações dos merceieros; o papel do padre provincial nas visitas mensais das mercearias bem como no depósito e recolha do pão, vinho e azeite para os merceiros; a eleição entre os merceiros do apontador a quem o padre provincial ou vigário lhe dará o juramento dos Santos Evangelhos; o cuidado a ter com os merceiros que fiquem doentes; o provimento das mercearias (editais e procedimentos e despachos da Mesa de Consciência e Ordens). Estas mercercearias passaram a ser administradas e governadas pelos provedores das capelas de D. Afonso IV, e em acomulação destas mesmas mercearias. Estas eram supervisionadas pelos contos da Mesa de Consciência e Ordens e, depois de extinta esta mesa, pela inspeção do Contador Geral da Corte e Provincia da Estremadura no Real Erário. Os provedores presentes nesta documentação, por ordem cronológica, são: - Paulo de Carvalho e Mendonça (1758-1764); - D. Caetano de Noronha (1780-1801); - Nicolau de Miranda da Silva de Alarcão (1810). Os almoxarifes presentes nesta documentação, por ordem cronológica, são: - Pedro Valente da Costa, (... - 1756) - Luís Ferro Varela (1757 a 1764); - João da Silveira Serniche (1764 a 1784); - José Joaquim Caetano (1784 a 1801); - João Pedro da Costa (1801 a 1808); - Francisco Xavier de Lemos (1810 a 1823).
As mercearias da Rainha D. Catarina foram ordenadas no testamento da própria, num total de 20. A rainha aplicou 1.380.000 réis de juro para sua instituição e 430.000 réis de juro anual para sutento dos merceeiros. Aos merceiros era exigido que diariamente assitissem no Mosteiro de Belém às missas por alma do rei D. João III, para além de outras obrigações contidas dos estatutos e compromissos destas mercearias perpétuas. Estas mercercearias passaram a ser administradas e governadas pelos provedores das capelas de D. Afonso IV, e em acomulação destas mesmas mercearias. Estas eram supervisionadas pelos contos da Mesa de Consciência e Ordens e, depois de extinta esta mesa, pela inspeção do Contador Geral da Corte e Provincia da Estremadura no Real Erário. Os provedores presentes nesta documentação, por ordem cronológica, são: - D. Miguel José de Noronha (1775-1779); - D. Caetano de Noronha (1780-1801); - Nicolau de Miranda da Silva de Alarcão (1810). Os almoxarifes presentes nesta documentação, por ordem cronológica, são: - Álvaro Botelho Correia (1757 a 1771); - José Joaquim Caetano (1772 a 1801); - João Pedro da Costa e Silva (1801 a 1810); - Francisco Xavier de Lemos (1810 a 1823).
A receita do recebedor Leonardo Pinheiro de Vasconcelos para ser aplicada nas despesas do Real Convento de Mafra foram atribuídas pelos seguintes diplomas: Portarias de 20 março, 24 de abril, 26 de junho, 3 de setembro e de 12 de outubro de 1792 e a de 14 de fevereiro de 1801. Pelos decretos de 31 de agosto de 1792; 15 de janeiro e 2 de outubro de 1793; 18 de fevereiro de 1794; 12 de abril de 1795; 28 de fevereiro de 1797; 18 de fevereiro de 1798; 18 de abril e 16 de outubro de 1799; 11 de novembro de 1800; 4 de março e 13 de novembro de 1802; 22 de fevereiro de 1803 e 18 de setembro de 1804. Para o período de Paulo José Nunes, recebedor e pagador das despesas do real convento de Mafra, de 23 de novembro de 1808 em diante, das mesadas para a sustentação dos religiosos, de novembro de 1808 a abril de 1818, temos: Decreto de 10 de outubro de 1821, Decreto de 10 de maio de 1822, Decreto de 24 de dezembro de 1824, Despacho do Real Erário de 22 de setembro de 1825.
O Convento e Seminário de Nossa Senhora dos Anjos de Brancanes era masculino, e pertencia à Ordem dos Frades Menores. Em 1682, foi fundado em Brancanes, Setúbal, por diligência de frei António das Chagas. Esteve sujeito ao guardião do Convento de Santo António do Varatojo. Em 1711, foi elevado a Seminário de Missões com governo autónomo. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Localização / freguesia: São Julião / Nossa Senhora da Anunciada (Setúbal, Setúbal)
Por Carta de Lei de 22 de Dezembro de 1761 é criado D. José I o Erário Régio, em substituição da extinta da Casa dos Contos do Reino e Casa. O Erário passa a ser o centro das decisões na centralização absoluta das contas publicas, onde davam entrada todas as receitas da coroa e saíam os fundos para fazer cobro a todas as despesas do estado. Desta forma tentava-se por fim à ineficácia da fiscalização sobres as rendas do Estado, o que tinha até aqui permitido a fuga ao pagamento de impostos e ao enriquecimento de alguns oficiais do fisco. Presidida por Sebastião José de Carvalho e Melo, este primeiro Inspetor-Geral do Tesouro exerceu um controlo efetivo das contas, como se comprova pela produção documental e circuitos dos mesmos para o ajustamento das contas de todos os almoxarifes, tesoureiros e recebedores de direitos reais. Neste sentido o regimento de 22 de Dezembro de 1761 determina a existência, para além dos livros Mestre e Diário de cada uma das quatro Contadorias, um livro auxiliar para as diferentes arrecadações, rendas e mais direitos reais. Cada Contador-Geral tinha a incumbência de entregar ao Inspetor-geral dois balanços anuais. Estes eram conferidos pelo Inspetor-geral, Tesoureiro e Escrivão sendo depois lavrado um termo que o Inspetor-geral apresentava, em mão, ao rei. Com a incorporação de cofres próprios para a administração de determinados rendimentos, divisão e extinção de Contadorias o Erário Régio foi sofrendo diversas alterações na sua estrutura, como foi o caso com a morte de D. José I, na qual o Marquês de Pombal é substituído, e ao cargo de Inspetor-Geral sucede o de Tesoureiro-Mor, com seu respetivo escrivão. Neste processo de alterações ressalva-se o papel dos Contadores-Gerais e as suas competências territoriais: • Contadoria das Províncias do Reino e Ilhas dos Açores e Madeira • Contadoria da África Ocidental, Maranhão e Baía • Contadoria da África Oriental, Rio de Janeiro e Ásia portuguesa. Por Alvará, com força de Lei, de 17 de Dezembro de 1790, o Conselho da Fazenda é anexado ao Erário Régio. A ocupação francesa é marcante com a publicação do Decreto de 30 de Dezembro de 1807 em que extingue as duas Contadorias dos domínios ultramarinos, contudo esta extinção seria revogada por Portaria de 19 de Setembro de 1809. Já em 1820, muito por graça da diminuição do expediente, as duas Contadorias ultramarinas são reunidas numa só: a Contadoria Geral do Rio e Baía. No ano de 1828, foram extintas a Contadoria Geral do Rio e Baía e a Contadoria Geral das províncias do Reino, Açores e Madeira. Em seu lugar foram criadas a Contadoria Geral das Ilhas Adjacentes e Domínios Ultramarinos e a Contadoria Geral das Províncias do Reino. Este processo de alteração não evitou a decadência em que tinha entrado o Erário Régio, concluindo-se com a sua extinção por decreto de 16 de maio de 1832. Contudo, o Erário Régio instalado em Lisboa manteria-se em funcionamento, muito por força da D. Miguel que ainda reinava em Portugal, até à entrada dos liberais na capital no verão de 1833.
Este colégio designado de Real Colégio dos Meninos Órfãos, também conhecido como Colégio dos Meninos Órfãos, foi fundado em 1273 pela Rainha D. Beatriz de Castela, mulher de D. Afonso III. Mais tarde D. Catarina refundou-o e reformou-o sob invocação de Nossa Senhora de Monserrate, destinando-o a albergar 30 meninos pobres que receberiam instrução e os preparava para as missões religiosas de África e do Brasil. Já no século XVII toma também o nome de Colégio de Jesus, por aí existir uma confraria do Menino Jesus. De 7 de julho de 1749 a 30 de setembro de 1755 são realizadas obras a mando inicialmente de D. João V e supervisionadas pela Mesa de Consciência e Ordens, sendo provedor o desembargador José Ferreira de Horta, reitor o padre frei Manuel Moacho Francisco. A 1 de novembro de 1755, com o terramoto o que fora construído é arruinando, tendo sido restaurado posteriormente. Em 1758 este colégio foi confiscado à Companhia de Jesus, passando a ser administrado pelo Tribunal da Mesa da Consciência. Em 1814 instala-se o Recolhimento do Paraíso para mulheres e o Colégio dos Meninos Órfãos é anexado à Casa Pia da Correção da Corte, instalada desde 1812 no Desterro. Em 1834 o edifício é ocupado pela Sede da Sociedade Farmacêutica e por um estabelecimento comercial no piso térreo, após o Recolhimento do Paraíso ter sido transferido para o Convento do Grilo. Já em 1859 com a abertura da nova Rua da Palma é demolida uma Ermida dedicada a Nossa Senhora da Guia, tendo a sua imagem sido recolhida no oratório do antigo Colégio, que passou desde então a ser conhecido como "Ermida da Senhora da Guia" ou do "Amparo", denominação que perdurou até 1885.
A cidade de Lisboa e o território da diocese foram divididos em duas partes: o patriarcado de Lisboa Ocidental e o arcebispado de Lisboa Oriental, na sequência da criação da freguesia da Capela Real, em 1709, da sua elevação a colegiada sob a invocação de S. Tomé, em 1710, pela Bula «Apostolatus ministerio», de Clemente XI, de 1 de Março, de ter passado a gozar dos estatutos da sé de Lisboa, por Aviso de 11 de Dezembro de 1712, e de ter sido elevada a igreja metropolitana e basílica patriarcal, sendo dedicada a Nossa Senhora da Assunção, pela Bula «In supremo apostolatus solio» de Clemente XI, em 7 de Novembro de 1716. D. Tomás de Almeida foi o primeiro patriarca nomeado. Desde 1710, com a morte do arcebispo D. João de Sousa, que a sé de Lisboa estava vaga. A situação de sede vacante manteve-se, pois o arcebispo de Lisboa Oriental nunca foi nomeado, cabendo o seu governo ao cabido sede vacante de Lisboa Oriental. Durante o período de cisão, no arcebispado de Lisboa Oriental funcionou a relação eclesiástica da corte e arcebispado com seus ministros e oficiais, de que foram provisores e vigários gerais pelo deão e cabido sede vacante, D. Manuel da Silva Francês (bispo de Tagaste), D. António Pais Godinho (bispo de Nanquim), o Dr. Simão Lopes Cachim de Moura (protonotário apostólico, desembargador da relação e juiz dos resíduos), António do Espírito Santo Freire (chanceler e juiz dos resíduos e casamentos), Paulo José de Andrade (desembargador da relação eclesiástica e juiz das justificações de genere, protonotário apostólico e provisor), Luís da Silva Pedroso (prior da igreja de S. Tomé, juiz dos resíduos e das justificações de genere, e provisor). No patriarcado de Lisboa Ocidental, funcionou a câmara patriarcal com seus ministros e oficiais. D. João Cardoso Castelo, arcebispo de Lacedemónia (1717-1726) foi provisor e vigário geral por D. Tomás de Almeida; D. António Bonifácio Coelho foi presidente da relação eclesiástica e provisor e vigário geral pelo cardeal patriarca. Em 1718, pela Bula «Gregis dominici cura», de 3 de Janeiro, Clemente XI estabeleceu as respectivas dioceses sufragâneas: Lamego, Leiria, Funchal e Angra, para o patriarcado de Lisboa Ocidental, e Guarda, Portalegre, Cabo Verde, São Tomé e Congo, para o arcebispado de Lisboa Oriental. Em 1737, foi concedida a dignidade de cardeal ao patriarca de Lisboa, pela Bula «Inter praecipuas apostolici ministerii» de Clemente XII, de 17 de Dezembro. Em 1740, o arcebispado foi suprimido e integrado no patriarcado, sendo confirmada e aprovada a união das igrejas de Lisboa numa única, sujeita à obediência do patriarca, cujos cónegos passaram a ser designados por principais, pela Bula «Salvatoris nostri mater» de Bento XIV, de 13 de Dezembro. A divisão da cidade foi abolida por alvará de D. João V, de 31 de Agosto de 1741. A Câmara Eclesiástica de Lisboa passou a ser designada por Câmara Patriarcal de Lisboa e posteriormente Cúria Patriarcal de Lisboa. Era presidida pelo arcebispo titular, com jurisdição de provisor e vigário geral. Um dos desembargadores servia de promotor fiscal, outro servia de defensor dos matrimónios, da ordem ou profissão religiosa. O número e serviço dos empregados era semelhante ao dos tribunais episcopais, dispondo ainda de um guarda-mor e de escrivães do auditório. O arquivo estava confiado ao escrivão da Câmara. Em 1834, por Decreto de 21 de Janeiro foi determinado que o Cardeal Patriarca de Lisboa e os seus sucessores passariam a residir no Mosteiro de São Vicente de Fora, onde também se devia estabelecer o Seminário Patriarcal e a Câmara Eclesiástica. Em 1843, a 9 de Novembro, pela Bula "Quamvis aequo" de Gregório XVI foram abolidos o cabido patriarcal e o colegial de Lisboa, e organizado um só cabido patriarcal.
Juntos estão oito breves das graças e poderes que os papas costumam conceder aos bispos. Sete dos breves apresentam selos de chapa no verso, no transunto o selo de chapa prende os cordões encarnados da cosedura dos fólios. Corte dourado.
Juntos estão o transunto da Bula do Pálio, e nove Breves das graças e poderes que os papas costumam conceder aos bispos - de dar a benção papal, de a estender ao rei e aos doentes, de altar priviligiado, de subdelegar a benção -, cinco dos Breves são de indulgências, e bem assim a forma do juramento. Inclui seis cintas que identificam os macetes de documentos. O selo de chapa prende os cordões da cosedura dos fólios. Corte dourado.
Juntos estão oito Breves e um impresso das graças e poderes que os Papas costumam conceder aos Bispos, e a conta da despesa. Os Breves apresentam selos de chapa no verso. No transunto o selo de chapa prende os cordões encarnados da cosedura dos fólios. Corte dourado.
Refere a necessidade de novo acordo sobre a circunscrição da Arquidiocese de Goa e da erecção de bispados nesse vasto território, entre outros assuntos. Assina "Pius Papae IX". Fólios cosidos por cordão amarelo. Corte dourado.
O Convento de Santa Teresa de Jesus de Braga era feminino, e pertencia à Ordem dos Carmelitas Descalços. Em 1742, foi fundado, tendo tido origem num recolhimento feminino, de Terceiras Regulares de votos simples. Em 1767, mediante autorização do arcebispo de Braga, passou à observância das leis das Carmelitas Descalças. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Em 1902, o convento foi encerrado após o falecimento da última freira. Localização / freguesia: São João do Souto (Braga, Braga)
Contém traslado de uma escritura de renovação e emprazamento, em vida de três pessoas, datada de 6 de Novembro de 1564, que fez Lourenço de Brito Nogueira,Visconde de Ponte de Lima, e sua mulher Antónia da Silva, a Cristovão Lopes de Bulhão, cavaleiro da casa do Rei, de umas casas sobradas com loja, da capela de Santa Ana, sita na igreja de São Lourenço. Auto de requerimento, datado de 11 de Julho de 1609, do procurador do Visconde de Vila Nova de Cerveira contra Luisa de Bulhão, mulher do doutor Henrique da Silva, acerca da apresentação de titulos. Dado em Lisboa.
Contém uma procuração feita por Pero de Matos ao padre João Gaspar para que por ele assista à medição, feita em 09 de Novembro de 1611. No verso do ultimo fólio tem resumo do documento que diz: "Casal da Carrasqueira freguesia de Santo Isidorio termo de Mafra, que possui Juliana João viuva de Domingos Silvestre, estãi findas as vidas paga 80 do trigo 80 da cevada 1 carneiro 2 galinhas 12 bolos 12 queijadas e pelo moinho paga 10 de trigo havendo de pagar 16 de trigo e 2 frangos.".
Contém inserta uma procuração do Visconde de Vila Nova de Cerveira, D. Tomás de Lima e Vasconcelos dando poder a Nicolau Dias de Miranda para aforar o casal da Carrasqueira de Baixo e o moinho do mato, na freguesia de Santo Isidoro, a Juliana João, datada de 12 de Junho de 1696. A escritura foi feita em Mafra, nos aposentos do capitão mor Nicolau Dias de Miranda (procurador de Visconde de Vila Nova de Cerveira).
Carta de arrematação dada por mandado e autoridade de justiça. Os pardieiros eram de Manuel, orfão, filho de Fernando Eanes e de Aldonça Tenreira, metade da herança que lhe ficou por morte de sua mãe e de Pero Dias, seu primeiro marido. A outra metade ficou para os orfãos do dito Pero Dias. Era seu tutor Rui Gomes, escudeiro
Instrumento de procuração passada por Mestre João das Leis, vassalo do Rei a seu sobrinho Gonçalo Martins, mercador, morador em Lisboa. A escritura foi feita por Gomes Lourenço, tabelião da vila de Almada, mediante os documentos que lhe foram apresentados. Gonçalo Martins possui, em virtude de procuração, poderes para receber de Pêro Esteves, escudeiro, e de sua mulher Mécia Lopes, umas casas, vinhas e um "couso" que foi lagar na Amora a Pequena, termo de Almada, vendidas a Mestre João das Leis; Instrumento de outorgamento de umas casas, vinhas e de um "couso" que foi lagar na Amora a Pequena, termo de Almada feita por Pero Esteves, escudeiro, e de sua mulher Mécia Lopes a Gonçalo Martins em nome de mestre João das Leis, vassalo do rei, e sua mulher Maria Afonso (documento datado da era de César de 1386, assinado em Almada, nas casas que foram de Fernão Fernandes e em que moravam os vendedores Pêro Esteves, escudeiro, e sua mulher Mécia Lopes); Carta de venda de umas casas, vinhas e de um "couso", que foi lagar, na Amora a Pequena, termo de Almada feita por Pêro Esteves, escudeiro e sua mulher Mécia Lopes a mestre João das Leis, vassalo do rei, e a sua mulher Constança Afonso. Tem junto termo de posse.
Descrição dos foros, remetendo para os respectivos pergaminhos. Inclui, ainda, informação traslada de um assento do livro do foral do convento de São Domingos da cidade de Lisboa, a f. 261, e datado de 1588, acerca da compra que fizeram de duas courelas, foreiras ao morgado de Lourenço de Brito, e em que os frades de S. Domingos, deram em troca uma vinha chamada do Galo, cuja proprietária era Constança Galo.
Estevão Gomes, cónego de Lisboa, prior de S. João de Beja e vigário-geral de D. Jorge, arcebispo de Lisboa. Contém selo de sera, pendente.
Contém o termo de notificação dos moradores de Ribamar.
Tem junto o requerimento de Pantalião da Silva. No início do documento tem escrito: "este papel não declara quanto paga, mas há outra escritura que diz que paga um moio um carneiro quatro galinhas". No verso do documento tem escrito: "Casal de Ribamar em Mafra, possui hoje Domingos Jorge por arrendamento enquanto se não faz a escritura de arrendamento, paga 30 de trigo e 30 de cevada 4 galinhas e um carneiro". Feito junto à igreja de Santo Izidro, termo da vila de Mafra, nas casas de morada de Gil Marinho.
Tem insertos vários documentos: uma petição de Domingos Jorge, três despachos do Visconde D. João Fernandes de Lima e uma procuração pela qual o mesmo faz seu procurador ao capitão-mor da vila de Mafra, Nicolau Dias de Miranda. Feito em Mafra, nas casas de morada do capitão-mor da dita vila, Nicolau Dias de Miranda, procurador do Visconde de Vila Nova de Cerveira D. João Fernandes de Lima. Autenticado pelo tabelião Manuel Coelho da Fonseca.
Refere casas no Arco de João Correia. Deste traslado fazem parte o instrumento de renovação de prazo, uma petição de Diogo José Esteperate, um despacho para que seja feita a renovação e uma procuração. As casas estavam emprazadas a Manuel Alves da Costa, bispo de ilha Terceira, tio do requerente, prazo de que este era terceira vida e, portanto, pede que lhe seja renovado passando a ser primeira vida. Autenticado pelo tabelião João Vieira Henriques; 23/09/1500-12/07/1503. Refere casas no Arco de João Correia. Tem inserta uma certidão de partilhas entre D. Guiomar e seus irmãos, filhos de Mem de Brito, feita em Lisboa a 23 de Setembro de 1500. Instrumento de posse de umas casas do morgado de Mestre Pedro por Luís Gonçalves, procurador de Luís de Brito, 15/07/1503. Refere casas no Arco de João Correia. As casas estavam em poder da mulher de João Brás, ama de Tristão da Cunha. Tem inserta a procuração pela qual Luís de Brito dá poder a Luís Gonçalves para tomar posse das ditas casas, datada de 15 de Julho de 1503. Autenticado pelo tabelião Brás Afonso. Escritura feita em Lisboa, cerca do chão de Alcamim.escritura feita em Lisboa, a São Lourenço, nas casas de morada de Luís de Brito.
No verso do documento tem um escrito que diz: "Foi registado este título e pelas nomeações que apresentou Jorge Fernandes consta ser terceira vida neste casal Inês Álvares que disse ser sua mulher e ser viva. Em Lisboa 21de Abril de 1588 anos. Baltazar Fernandes".
Contém o traslado,datado de 15 de Fevereiro de 1612, de um instrumento de novo emprazamento do dito casal, feito por Pantalião da Silva, procurador do Visconde de Vila Nova de Cerveira, D. Lourenço de Lima de Brito Nogueira e de D. Luisa de Távora sua mulher, a Jorge Fernandes. No verso do documento tem uim escrito que diz: "Casal dos Grossinhos ou por outro nome Santa Barbara no termo de Mafra possui este casal António Francisca viúva de Miguel Fernandes é segunda vida paga 28 alqueires de trigo e 28 de cevada , 5 galinhas e 1 carneiro".
Tem junto uma certidão do padre António de Almeida, cura de igreja de Santo Izidoro, termo de Mafra, de que publicou na dita igreja um escrito, dado pelo feitor do Visconde "de Ponte de Lima" para arrendamento do casal dos Junqueiros, datada de 1 de Maio de 1639.
Nicolau Dias de Miranda, capitão, é procurador de D. João Fernandes de Lima e Vasconcelos. Prazo constituído pelo casal de Alcainça, no termo da Vila de Sintra, Morgado de Soalhães.
O prazo estava devoluto, por falência do foreiro Domingos Luís, pelo que foi aforado a João Luís que no primeiro ano, 1665, devia pagar 70 alqueires de pão meado e 4 galinhas e depois anualmente pagará, em Lisboa, 2 moios de pão meado e 4 galinhas.