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O governo do Estado da Índia foi-se constituindo à medida que a presença portuguesa se tornou mais efectiva e que se tornou premente a existência de uma estrutura organizada que foi estabelecida nos moldes da existente no Reino. No topo da governação encontrava-se o vice-rei ou governador, cargo de nomeação régia, com um elevado grau de autonomia, que concentrava na sua pessoa os governos político, militar, administrativo, judicial e económico. Apesar de nem todos os governadores da Índia terem recebido o título de vice-rei, a denominação de capitão-general da Índia patenteia a importância da componente militar e naval do cargo. Sempre que se tornava necessário proceder à substituição do governador, por qualquer tipo de impedimento súbito, processava-se à abertura das chamadas vias de sucessão, cartas régias nomeando, sucessivamente, três personalidades para encabeçar o governo. Em caso de morte do nomeado na primeira via de sucessão, proceder-se-ia à abertura da segunda via e, se necessário, à da terceira. Esta formalidade, estabelecida para obviar à morosidade das viagens, não conferia os mesmos poderes aos governadores assim nomeados, já que, pelo Alvará de 4 de Novembro de 1610, estes estavam impedidos de conceder as mercês permitidas aos vice-reis ou governadores eleitos no Reino. A partir de 1629, tornou-se frequente a constituição de Conselhos de Governo para a administração do Estado, até à chegada do novo governador.
Junto do vice-rei ou governador funcionava o Conselho de Estado, órgão de carácter consultivo, para apreciação de matérias delicadas. A Carta Régia de 12 de Janeiro de 1591 estabeleceu que o vice-rei ou governador reunisse em Conselho os fidalgos e pessoas de experiência, os ouvisse, e remetesse para o Reino os seus pareceres.
A comunicação com o poder central estabelecia-se de forma regular, mas condicionada às monções, devendo toda a correspondência ser remetida em diversas vias, em diferentes naus, e mesmo por terra, para garantir a sua chegada ao destinatário.
No reino, diversos órgãos assistiam o Rei nos negócios ultramarinos: o Secretário dos despachos e coisas da Índia (Regimento de 24 de Março de 1530); o Conselho da Índia (Regimento de 26 de Julho de 1604); o Conselho Ultramarino (Decreto e Regimento de 14 de Julho de 1642); o Conselho da Fazenda, através da Repartição da Índia, Mina, Guiné, Brasil, ilhas de São Tomé e Cabo Verde (1591-1642), Repartição da Índia e Armazéns (1642-1804), e Repartição da Índia e Ordens (1804-1833); a Secretaria das Mercês e Expediente (Alvará de 29 de Novembro de 1643); e a Mesa da Consciência e Ordens. Na época do Marquês de Pombal operaram-se algumas mudanças e legislou-se sobre diversas matérias.
A reestruturação económica iniciou-se com a criação da Junta da Real Fazenda do Estado da Índia (Carta Régia de 10 de Abril de 1769) passando a constituir um corpo ou código indiano todas as leis promulgadas a partir desse estabelecimento (conforme o texto da Lei de 15 de Janeiro de 1774). Foram múltiplos os esforços, concretizados em diplomas legais que, abrangendo diversas áreas, deram um novo enquadramento à estrutura institucional no Estado da Índia (v. Junta da Real Fazenda do Estado da Índia (SF) no campo História administrativa): novas instruções regularam o funcionamento do Hospital Militar de Goa (Provisão de 2 de Abril de 1772), mandando-se nomear um ministro para seu inspector (Provisão de 3 de Abril de 1772); foi extinto o cargo de recebedor das sisas, foros e meios foros (Assento de 4 de Fevereiro de 1772, aprovado por Provisão de 8 de Março de 1773), cuja arrecadação foi cometida ao feitor de Goa; confirmação das ordens expedidas na monção de 1771 sobre a extinção dos oficiais do Almoxarifado da Ribeira, capitão da cidade de Goa e recebedores das províncias de Bardês e Salcete (Provisão de 9 de Março de 1772); mandou-se remeter ao Erário Régio uma colecção onde constassem os bens próprios do Estado da Índia, para se lançarem no respectivo livro daquele Estado (Provisão de 10 de Março de 1772); abolido o direito consuetudinário nos ofícios de Justiça e Fazenda e aprovada a reforma dos ordenados de alguns ofícios e a extinção de outros (Carta Régia de 13 de Março de 1773); foi dado Regimento ao Régio Arsenal e Ribeira das Naus de Goa, presidido pelo intendente geral da Marinha, superiormente inspeccionado pela Junta da Real Fazenda (Regimento de 13 de Julho de 1773).
A grande reestruturação deu-se com os diplomas promulgados a partir de 15 de Janeiro de 1774, nomeadamente o alvará com força de lei desse dia que regulou a nova administração da Justiça nos governos político, civil e económico do Estado da Índia. Por esse alvará foi extinta a Relação de Goa (criada em 1554, com regimentos de 8 de Abril, 16 de Fevereiro de 1587 e 22 de Maio de 1617, mas que viria a ser restabelecida por Decreto de 2 de Abril de 1778), passando o governador e capitão general do Estado da Índia a ser o regedor da Justiça, secundado pelo ouvidor geral. Foi ordenado que a Câmara de Goa continuasse no uso dos seus privilégios e foi regulada a forma das suas eleições (Alvará de 15 de Janeiro de 1774); foi regulamentada a repartição das presas feitas na Índia aos inimigos do Estado e aboliu-se o uso de cartazes (Alvará de 16 de Janeiro de 1774); foi dado Regimento à Alfândega de Goa (20 de Janeiro de 1774).
Uma carta régia dirigida ao arcebispo de Goa, datada de 10 de Fevereiro do mesmo ano, acompanhada de seis instruções, estabeleceu uma reforma eclesiástica para o Estado da Índia. No mesmo dia e ano, o rei dirigiu ao governador uma carta, também acompanhada de instruções, determinando reformas nos assuntos militares, políticos e económicos. Por Provisão de 27 de Abril foi ordenada a avaliação do rendimento de todos os ofícios do Estado e o seu envio ao Erário Régio.
Na sequência dessas reestruturações, uma Carta Régia de 10 de Fevereiro de 1774, mandou que fossem remetidos para o Reino todos os originais e registos de leis, alvarás e mais diplomas régios, pelos quais se regia o Estado da Índia, que existissem em Goa, Damão, Diu e Macau e que foram enviados os Livros das Monções. Na mesma data foi ordenado ao arcebispo de Goa que remetesse à Secretaria de Estado todos os originais e registos dos arquivos eclesiásticos da Índia, com excepção das bulas originais das dioceses.
Em finais do século XVI, o poder português no Oriente, centralizado em Goa, estendia-se desde a costa oriental de África a Malaca, Timor e Macau, passando por Ceilão e São Tomé de Meliapor, dominava o Golfo Pérsico com fortalezas ou feitorias em Ormuz, Mascate, Calaiate, Curiate, Soar, Barém e outras localidades da costa da Arábia até Baçorá. Por Decreto de 19 de Abril de 1752, a administração das possessões da costa oriental de África foi separada do governo do Estado da Índia.
Fábrica administrada pelo Estado - por ser o detentor do monopólio do tabaco -, e fiscalizada, até 1833, pela Junta da Administração do Tabaco e, posteriormente, pelo Tesouro Público.
O Convento do Espírito Santo da Feira era masculino e pertencia à Congregação dos Cónegos Seculares de São João Evangelista (também conhecidos por Lóios).
Foi fundado em 1549, por iniciativa de D. Manuel Pereira e do seu filho D. Diogo Forjaz Pereira, quarto conde da Feira. A escolha do local para edificação da casa não foi consensual e as obras tardaram em iniciar-se. Finalmente, em 1560, lançou-se a primeira pedra em terrenos junto à ermida do Espírito Santo. As obras prolongaram-se por bastante tempo e as rendas mostraram-se insuficientes. Talvez por isso, o número de cónegos desta casa foi sempre muito baixo.
Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo.
Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional.
Localização / Freguesia: Feira (Santa Maria da Feira, Aveiro)
Apresenta na capilha a informação: Correspondência dos procuradores de Lamego e Feira de 1825 ate 1861
Inclui cópia dos autos em que era autor André Manuel Álvares Cabral contra Manuel Marques da Costa.
Substitui nesse ofício Pero de Lisboa, que ao mesmo renunciou, segundo um público instrumento feito por Grisóstemo Dias, tabelião geral nessa cidade. Pagou 12.000 reais de dízimo. Afonso Figueira a fez.
Dada em Évora a 20 de Fevereiro de 1409. El-rei a mandou fazer por Gil Eanes seu vassalo corregedor por ele na sua corte. João Eanes a fez. D. João II confirmou por carta dada em Santarém a 23 de Julho de 1487. El-rei o mandou pelos doutores Fernão Rodrigues do seu conselho Deão de Coimbra e Rui Boto, ambos seus desembargadores do Paço. João Dias a fez por Fernão Gonçalves. Ao concelho da dita vila outra carta de privilégio para que possam eleger e fazer juízes, conforme carta de D. João II, inserindo uma outra de D. João I, em que o rei dizia que o concelho e homens bons de Chaves enviaram dizer que em tempos antigos faziam a eleição dos seus juízes, sem carta do Rei através do juramento dos ditos juízes que usavam dos seus julgados por um ano, e que agora Vasco Machado alcaide do castelo da dita vila lhes quer pôr embargo, dizendo que nós fizemos mercê da dita ao Condestável e que só este podia eleger juízes e outros oficiais. Pediram por mercê que lhe fossem confirmados os antigos costumes, para elegerem seus juízes sem carta régia e ao tempo sem carta do dito conde. Mandamos a Vasco Machado e a todos que a nossa carta virem que cumpram o que nela se diz. Dada a 24 de Fevereiro de 1426. El-rei o mandou por João Afonso escolar em lei seu vassalo e do seu desembargo. Vasco Vicente a fez. Confirmada por D. João II em Santarém a 10 de Julho de 1487. El-rei o mandou pelos doutores Fernão Rodrigues Deão de Coimbra do seu conselho e Rui Boto ambos desembargadores do Paço. João Jorge a fez. Ao concelho da vila de Chaves outra carta de privilégio para escolherem vereadores e procuradores, feita por D. João II e inserindo também uma de D. João I, em que o rei diz que por parte do concelho e homens bons da dita vila, que o concelho e homens bons de Chaves enviaram dizer que elegiam seus juízes no dia de Páscoa e que logo nesse dia faziam seus vereadores e procuradores e logo escolhiam dois homens bons que tivessem as chaves da dita vila, responsáveis pelas portas e menagem. Na mesma altura escolhiam carcereiro para tomar conta dos presos. Agora algumas pessoas em nome do Condestável e por seu mandado iam contra estes seus usos e costumes que eles tinham desde tempos antigos. O rei confirma o privilégio por carta dada em Santarém a 13 de Julho de 1487. El-rei o mandou pelos doutores Fernão Rodrigues do seu conselho Deão de Coimbra e Rui Boto, ambos seus desembargadores do Paço. João Dias por Diego da Ponte a fez. Ao concelho da vila de Chaves outro privilégio, para poderem tirar de quaisquer cidades, vilas e lugares, pão e mantimentos para a sua vila sem embargo, conforme outra carta de D. João II, inserindo igualmente uma de D. João I, em que o rei diz que manda que os deixem tirar de cada uma dessas cidades, vilas, lugares e julgados, o pão, vinho, carnes, pescado, sal e outras quaisquer coisas para o abastecimento da vila de Chaves. Feita aos 29 dias de Abril de 1424. El-rei o mandou, Vasco Vicente a fez. Pediu-nos a dita vila por mercê que lhe confirmassemos a carta e assim o fizemos. Dada em Santarém a 9 de Julho de 1487. Fernão de Pina a fez. À vila de Chaves outro privilégio, para poderem ser privados e não serem obrigados por pessoa poderosa que lhe tome suas bestas que andam a acarretar mantimentos para a vila, conforme confirmação de D. João II, inserindo carta de D. João I, na qual se diz que da dita vila enviaram dizer que como esta se situa num ponto extremo e não pode ser mantida de sal e de pescado, pertence aos homens da vila acarretá-los com suas bestas. Os fidalgos e outras pessoas poderosas costumavam tomá-las no caminho e ir até suas casas com cargas suas o que fazia aos carreteiros grande agravo. Por isso mandou e defendeu que lhe não tomem nem mandem tomar suas bestas. Dada em Vizeu a 18 de Janeiro de 1430. El-rei o mandou por Rui Lourenço licenciado em degredos Deão de Coimbra, seu clérigo e de seu desembargo. Vasco Martins a fez. D. João II confirmou por carta dada em Santarém a 13 de Julho de 1487. El-rei o mandou pelos doutores Fernão Rodrigues do seu conselho Deão de Coimbra e Rui Boto, ambos seus desembargadores do Paço. João Dias por Fernão Gonçalves a fez. Ao concelho da mesma vila foi ainda confirmada a carta de privilégio, para não pagar portagem, costumagem nem passagem, também conforme carta de D. João I em que se dizia que os homens desta vila de Chaves enviaram dizer que são privilegiados, de não pagarem qualquer tipo de passagem por todos os reinos. Agora acontece que quando os moradores da vila passam por qualquer lugar dos fidalgos, estes não lhes querem guardar o dito privilégio. Assim, temos por bem e mandamos que nenhuma pessoa vá contra nossa vontade e que os moradores não paguem qualquer tipo de passagem. Dada em Viseu a 12 de Dezembro de 1430. El-rei o mandou por Rui Lourenço, licenciado em degredo Deão de Coimbra seu clérigo e do seu desembargo. Vasco Martins a fez. D. João II confirmou por carta dada em Santarém a 10 de Julho de 1487. El-rei o mandou pelos doutores Fernão Rodrigues Deão de Coimbra do seu conselho e Rui Boto, ambos desembargadores do Paço. João Jorge a fez. À vila de Chaves confirmada outra carta de privilégio aos moradores dos coutos e honras do julgado e termo da dita vila, também conforme uma de D.João I, que dizia que do concelho desta vila enviaram dizer que no julgado e termo dela, há coutos e honras do arcebispado de Braga e do prior do hospital e de outras ordens e de alguns fidalgos e pessoas poderosas. Os moradores dizem que têm cartas e privilégios para não serem constrangidos e serem escusados de velar nos ditos coutos, salvo aqueles que continuadamente servem na guerra, o que o rei confirma. Dada em Braga a 3 de Dezembro de 1425. El-rei o mandou por Martim da Maia seu vassalo e vedor da sua fazenda. Martins Vaz a fez. D. João II confirmou por carta dada em Santarém a 11 de Julho de 1487. El-rei o mandou pelos doutores Fernão Rodrigues do seu conselho Deão de Coimbra e Rui Boto, ambos seus desembargadores do Paço. João Dias por Diego de Ponte a fez. Ao concelho da vila de Chaves outro privilégio aos homens bons que morarem na vila, que lhes não tomem suas bestas nem outra alguma coisa sua, conforme cartas insertas de D. Fernando, que determinavam que todos os homens que morassem dentro da vila e que fossem honrados, que ninguém lhes tomasse coisa alguma, nem roupas, palhas, nem outras coisas contra sua vontade. Dada em Torres Novas a 4 de Setembro de 1418. El-rei o mandou por Fernão Martins seu vassalo e do seu desembargo. Estevão Domingues a fez. D. João II confirmou por carta dada em Santarém a 8 de Junho de 1487. El-rei o mandou pelos doutores Fernão Rodrigues do seu conselho Deão de Coimbra e Rui Boto, ambos seus desembargadores do Paço. João Dias por Fernão Gonçalves a fez. À vila de Chaves outra carta de privilégio, para que o Alcaide-mor nem outras pessoas poderosas, não vão estar presentes ao fazer-se a eleição dos seus oficiais, conforme carta inserta de D. Fernando, em que se diz que disseram ao rei que é costume nessa vila no dia de Páscoa elegerem os juízes, vereadores e oficiais. Quando chega o dito dia o Alcaide desse Castelo e outras pessoas poderosas da vila querem estar presentes à eleição, para nela meterem seus criados. O rei mandou que quando chegar o dia da eleição que vós moradores devem invocar o privilégio já dado por D. Afonso III, que na mesma carta é contido. Dada em Torres Novas a 4 de Setembro de 1418. El-rei o mandou por Fernão Martins seu vassalo do seu desembargo. Estevão Domingues a fez. D. João II confirmou por carta dada em Santarém a 16 de Julho de 1487. El-rei o mandou pelos doutores Fernão Rodrigues do seu conselho Deão de Coimbra e Rui Boto ambos seus desembargadores do Paço. João Dias a fez. Ao concelho da vila de Chaves outra carta de privilégio aos homiziados que forem viver e estar na vila com algumas condições e cláusulas que limitam a sua estada, conforme carta de D. João II, que inseria uma de D.Afonso V, que diz que o Duque de Guimarães enviou dizer como lhe eram necessárias algumas escrituras do "nosso" tombo que pertencem ao couto de Chaves. Assim, "mandamos a Gomes Eanes de Zurara, nosso cronista e guarda-mor da Torre do Tombo, que desse a carta de alvará", feita em Lisboa a 8 de Abril de 1463, por Gonçalo Cardoso. Estes registos foram feitos por D. João I, que escreveu que "o conde D. Afonso meu filho, disse que a vila de Chaves é fronteira e nela havia muita míngua pelos prejuízos da guerra, por isso, pediu que lhe dessemos algum couto e privilégios tal como tem alguns naturais do reino que andam em Castela para poderem vir com suas mulheres e filhos morar na vila de Chaves e seu termo, sem licença do alcaide dela". Foi determinado que possam habitar dentro da vila com seus bens e nada lhes seja tomado nem sejam presos, e quando quizerem sair fora da dita vila que levem carta de licença do alcaide, escrita pelo escrivão que as costumam passar aos homiziados, com o tempo limitado, não podendo ir para os lugares onde tivessem cometido os malefícios. E nom seja nenhum tão ousado que não cumpra e guarde o que nesta carta se guarda. Dada em Lisboa a 26 de Fevereiro de 1450. El-rei o mandou, João Rodrigues a fez. Do qual registo assim achado João Gralho seu procurador requereu que lhe dessem dele uma carta testemunhável, a qual foi dada em cumprimento de seu alvará. Dada em Lisboa a 26 de Maio de 1422. El-rei o mandou por Gomes Eanes. Pero Gomes a fez. Pediu-nos a dita vila que lhe confirmassemos todas estas carta e assim o fizemos. Vicente Pires a fez.
DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento de mão comum (f. 2-15) aprovado em 1742-10-19 pelo tabelião André de Sousa; aberto em 1742-10-26; traslado de 1780-07-27. O testador faleceu em 1742-10-26 e a testadora em 1744-07-02 (v. f. 17).
ENCARGOS (ANUAIS): uma missa rezada aos sábados no altar da capela de Nossa Senhora da Conceição, do Colégio de São João Evangelista, Funchal; 2400 réis (meia moeda) para o padre administrador da capela; 1200 réis para o padre sacristão pelo trabalho de cuidar e alumiar a capela; o restante rendimento das terças seria aplicado no ornato da mesma capela e azeite para a sua lâmpada.
BENS DO VÍNCULO: terça dos bens de ambos os cônjuges, não especificam onde seriam impostas as terças; porém, se fosse conveniente, concedem que o reitor da Companhia venda os bens adjudicados à terça, colocando o valor a juro, com toda a segurança, para maior rendimento.
SUCESSÃO: nomeiam o cônjuge sobrevivo, por falecimento deste ficaria «à nossa capela de Nossa Senhora da Conceição do Colégio de Jesus».
ADMINISTRADOR EM 1769-07-17, datado traslado de diversas quitações (f. 28): capitão Francisco Ferreira Ferro.
ÚLTIMO ADMINISTRADOR: Francisco Ferreira Ferro.
EXTINÇÃO DO VÍNCULO: em 1780 o administrador apresenta no Juízo uma provisão de extinção desta capela, solicitando a averbação da mesma aos autos para pagamento das competentes pensões (f. 33), porém o procurador do Juízo, em informação posterior de 1822-08-30 (f. 59 v.º-60), constata que esta provisão não se encontra nos autos nem fora averbada. Em alegações apresentadas pelo agravante administrador, este refere que tal mercê fora obtida visto o rendimento da capela não chegar à quantia estipulada pela Lei Novíssima de 9 de setembro de 1769 (f. 52 v.º), mas o procurador do Resíduo, em vista de maio de 1770 (f. 58), é perentório ao dizer que para ficar compreendido na disposição da dita Lei, é necessário que justifique o rendimento da mesma capela (os autos incluem quitações do cumprimento dos encargos da capela, porém não constam descrições dos respetivos rendimentos).
Outras informações do testamento (f. 2-15):
REGIME DE CASAMENTO/FILHOS: casados com carta de metade; sem filhos ou herdeiros forçosos.
TESTAMENTEIROS: o cônjuge sobrevivo e o reitor da Companhia do Colégio.
ENTERRAMENTO: referida capela de Senhora da Conceição, do Colégio de São João Evangelista; eram irmãos desta Companhia por patente especial tombada no mesmo Colégio.
HERDEIROS DOS DOIS TERÇOS DA METADE DO MARIDO: a mulher, para dispor como cousa sua.
HERDEIROS DOS DOIS TERÇOS DA METADE DA MULHER: o marido, após o seu falecimento seriam divididos entre as irmãs da testadora, Luzia, Sebastiana e Marcela; sendo caso que todas elas morressem antes da testadora, então herdaria o irmão Matias Gonçalves Rocha
LEGADOS: o testador deixa 20.000 réis para casar duas órfãs.
PROPRIEDADES: i) aposento onde vivem, com casa, quintal, armazém e cozinhas até à Ribeira, aforados em 1706 por 30.000 réis anuais, por escritura realizada nas notas do tabelião Manuel Rodrigues Pedreira, a qual fora feita com a ressalva de sub-rogação ou permutação, caso se verificasse que era bem vinculado; por ocasião da escritura, as casas velhas e sítio foram avaliados em 1.200.000 réis. ii) compraram a Roberto Villovi três quatros de terra junto a este sítio, bem como outro pedaço que acrescentaram ao serrado na Ribeira, avaliado em 10.000 réis, onde ora ficava o forno de cal e caldeira. iii) outra morada de casas junto aos aposentos onde vivem, compradas a Gaspar Mendes de Vasconcelos.
LITERACIA: sabem escrever.
Outros documentos:
F. 16-17 – Róis das missas celebradas de 1748 a 1779. Encerram com a nota «Abolida».
F. 18-28 – Traslado de quitações de missas desta capela, extraídas dos autos de contas do testamento do defunto António de Oliveira Baptista. Traslados de 1769.
F. 29-33 – Contêm quitações de missas, datadas de 1770 a 1779.
F. 33 – Informação do escrivão dos Resíduos, de 1780-10-17, a dizer que o administrador desta capela lhe apresentou a provisão apensa (não consta dos autos) para efeito de dar conta dos respetivos encargos e lhe ser posta a verba necessária na forma da dita provisão.
F. 34 – Vista do procurador do Resíduo, maio de 1784, onde diz que para haver o administrador por desobrigado desta capela, que obteve a provisão anexa (não consta dos autos) necessita que apresente não só as quitações das missas, mas também das demais pensões instituídas no testamento, como o ornato e asseio da capela.
F. 37-41 v.º - Traslado dos recibos e quitações originais de pagamentos feitos por Matias Gonçalves Rocha e pelo capitão Francisco Ferreira Ferro, de 1200 réis anuais para assear e acender a lâmpada da capela de Nossa Senhora da Conceição, além de 2400 réis. Anos de 1763-1777.
F. 42 – Sentença do juiz dos Resíduos, datada de 1787-08-09, a ordenar ao escrivão que faça um resumo geral da conta dos encargos desta capela até o dia em que foi extinta e abolida, bem como uma relação dos rendimentos dos bens afetos à mesma.
F. 45 – Agravos aos despachos proferidos a f. 42 e 43 v.º, interpostos pelo capitão Francisco Ferreira Ferro para o Juízo da Corregedoria da Comarca. Setembro 1787.
F. 52-55 - Alegações do agravante, onde consta: como o rendimento da capela não chegava à quantia estipulada pela Lei Novíssima de 1769-09-09, obtivera provisão para a sua extinção, propondo-se satisfazer as pensões em atraso até ao tempo da sua extinção. Acrescenta que a referida lei dispõe que todas as capelas que, por insignificantes, não renderem anualmente nas províncias do Reino 100.000 réis e na província da Estremadura 200.000 réis e daí para cima [em que entram as Ilhas (f. 56)] ficariam livres sem a menor pensão. Logo, em virtude de tal pensão, esta capela não só se encontrava abolida, como livre das pensões «nem ainda ate o dia da extinção», pois esta capela nunca fora ereta; mais, não tendo a menor obrigação de cumprir os encargos e todavia cumprindo-os ignorantemente, não podia nem devia ser compelido pelo Juízo a dar conta dos rendimentos .para a sua extinção, propondo-se satisfazer as pensões em atraso até ao tempo da sua extinção.
F. 57 – Traslado da sentença do juiz do Resíduo Eclesiástico, de 1769-06-15, a determinar o testamenteiro por desobrigado por cumprimento do testamento.
F. 58 – Petição do capitão Francisco Ferreira Ferro a pedir que se julgue por sentença a abolição desta capela, não que se ponha verba, visto a mesma não ter sido tombada pelos administradores jesuítas.
F. 58 – Vista do procurador do Resíduo: para ficar compreendido na disposição da Lei de 9 de setembro de 1769, é necessário que justifique o rendimento da mesma capela. 1770-05-23.
F. 58 – Sentença do juiz dos Resíduos, emitida em 1770-05-25, a ordenar que o suplicante justifique os rendimentos anuais destes bens «deductis expensis».
F. 59 v.º-60 – Informação do procurador do Resíduo, de 1822-08-30, a alertar para o facto de, em diversas partes destes autos, se mencionar uma provisão que extingue esta capela, «porem não a vejo nem nos autos se acha averbada»; acrescenta que talvez «entendessem a provisão que anda apensa a capela de Manuel Rodrigues Ferreira com esta», porém só a própria provisão ou certidão do seu registo no tombo é o que poderia verificar a sua extinção. Daí requerer que o escrivão procure nos tombos a ver se tal provisão se encontrava registada, fazendo-a copiar; não existindo, requeria a notificação do administrador para a juntar no prazo de três dias e, não o fazendo, se procedesse à tomada de conta.
A Colegiada de São Martinho de Cedofeita pertencia ao bispado do Porto.
A data da fundação do Mosteiro de Cedofeita, que precedeu a igreja colegiada permanece imprecisa, bem como o seu fundador.
A igreja românica data dos princípios do século XII. Antes de 1118, a colegiada tinha prior, designado por abade. Os cónegos viviam em comum, segundo a regra de Santo Agostinho. Secularizou-se em 1191, no tempo de D. Martinho, bispo do Porto.
Em 1237, em Setembro, Nuno Soeiro, prelado da igreja de São Martinho de Cedofeita concedeu-lhe foral.
No século XIII, Abril Peres, foi cónego da Sé do Porto e prior da Colegiada de Cedofeita. Em 1295, por testamento deixou aos clérigos de Cedofeita, 5 libras para pitança. Em 1227, no mês de Junho, Nuno Soares, cónego da Sé do Porto e abade de Cedofeita, cedeu ao bispo D. Martinho Rodrigues o padroado da igreja de Campanhã.
A existência do couto está provada, pelo menos, desde meados do século XIII, constando nas Inquirições Gerais de D. Afonso III, de 1258.
O padroado de Cedofeita fez parte de uma doação de vários padroados de igrejas do Minho, com suas jurisdições, direitos e servidão feita por D. Berengária Aires ao bispo do Porto, em 12 de Agosto de 1302.
Em 1433, a 5 de Dezembro, D. Duarte deu ao abade e cónegos do Mosteiro de Cedofeita a confirmação geral das graças, privilégios, liberdades e mercês outorgados pelos reis antecessores, de que gozavam até à morte de D. João I.
Cerca de 1534-1538, a população do couto de Cedofeita foi contada abrangendo a dos coutos de Campanhã, Paranhos e Rio Tinto.
Em 1538, pela bula "Personam tuam nobis" do papa Paulo III, de 16 de Setembro, o Infante D. Henrique recebeu o priorado e comenda da igreja de São Martinho de Cedofeita, após demissão de Manuel de Sousa.
O bispo do Porto e os cónegos de São Martinho de Cedofeita apresentavam alternadamente, o reitor da igreja de São Cosme e São Damião de Gondomar. Os curas das freguesias de São Martinho de Cedofeita e de Massarelos, ambas no Porto, eram apresentados pelo prior da Colegiada. O cura da freguesia de Santa Maria de Nogueira, na Maia, era apresentado pelo cónego mestre-escola da Colegiada.
A vida em comunidade permaneceu até 1504. Em 31 de Outubro, por provisão do bispo D. Diogo de Sousa, os bens comuns da Colegiada foram divididos, atribuindo dois terços ao abade, ou mesa prioral, e um terço aos cónegos. Mandou dividir ao meio os emolumentos paroquiais, por serem todos compárocos.
No tempo do deão Duarte da Cunha d'Eça, pelo facto da Igreja Colegiada se encontrar em lugar ermo e despovoado, as dignidades e cónegos de Cedofeita dirigiram uma petição ao bispo do Porto, D. Rodrigo Pinheiro, pretendendo mudar-se para a rua de São Miguel, lugar de uma antiga sinagoga, no interior do burgo. Em 1571, por despacho de 7 de Janeiro, o bispo solicitou um parecer ao Cabido. A 19 de Março, a resposta deste apontava inconvenientes que o bispo mandou registar por despacho de 22 de Maio. Tratava-se de um lugar muito próximo da Sé.
O Dr. António Toscano foi mestre escola da Igreja Colegiada de São Martinho de Cedofeita, desembargador da Casa da Suplicação, deputado da Mesa da Consciência e juiz das ordens militares, ouvidor dos cortesãos, conservador apostólico dos bens, jurisdições e privilégios concedidos ao prior e padres do Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa.
Em 1595, a 13 de Janeiro, Aleixo Alão foi nomeado cónego da Igreja Colegiada.
Em 1611, o Prior e o Cabido de Cedofeita foram notificados para o tombo do Mosteiro do Salvador de Moreira.
Entre 1671 e 1672, Nicolau Monteiro, preceptor dos filhos de D. João IV, D. Teodósio, D. Afonso e D. Pedro, e cónego da Sé de Coimbra, foi também prior da Colegiada e bispo do Porto.
Em 1710, a 2 de Maio, António do Couto Freire, cónego da Colegiada, tomou posse de um canonicato da Sé.
Em 1748, D. Frei José Maria da Fonseca e Évora, bispo do Porto, era comendador da Insigne Colegiada de São Martinho de Cedofeita e prior do Mosteiro de São Pedro de Ferreira.
Em 1764, o Cabido da Colegiada emprazou ao Mosteiro de Santo Agostinho da Serra, os casais e as pesqueiras de Limiel, situados no monte da Fervença.
Em 1774, a 29 de Setembro, José Alves Martins foi promovido a Chantre da Colegiada.
Em 1799, por Provisão de 6 de Setembro, e a requerimento do prior D. José Correia de Sá, D. João, Príncipe Regente, incumbiu o juiz da Coroa da Relação do Porto de tomar conhecimento das causas sobre aforamentos dos terrenos pertencentes à Insigne Colegiada de São Martinho de Cedofeita.
Em 1807, a 7 de Outubro, o Príncipe Regente passou uma Provisão relativa ao subemprazamento do terreno "Pombal", situado junto à terra de Pedro Cim e cemitério dos Ingleses, a favor de Jerónimo Pereira Leite.
Em 1835, teve início uma questão sobre as terras da Colegiada relativamente às quais se opunham os representantes da Coroa, defendendo que tinham sido dadas à igreja por D. Afonso I, e os da Colegiada que defendiam que lhe pertenciam já antes da fundação de Portugal, sendo de origem particular.
Após a extinção das colegiadas pela Carta de Lei de 16 de Junho de 1848, Instrução do Cardeal Patriarca de Lisboa, de 17 de Setembro, publicada no Diário de Governo n.º 127, e Decreto Regulamentar de 27 de Dezembro de 1849, só foram conservadas as colegiadas insignes: de São Martinho de Cedofeita, de Nossa Senhora da Oliveira de Guimarães, de Santa Maria da Alcáçova de Santarém, da Real Capela de Vila Viçosa, da Real Capela do Paço da Bemposta, de São João Baptista de Coruche, de Santa Maria de Barcelos, de Santo Estêvão de Valença do Minho, extintas pelo Decreto de 1 de Dezembro de 1869, art.º 1.º. Os rendimentos e benefícios que fossem vagando, eram aplicados para sustentação do culto e do clero.
Localização / Freguesia: Cedofeita (Porto, Porto)
O Convento pertencia à Ordem de São Domingos, estava situado do lado do sul da Rua Direita do Sacramento, em Alcântara. Foi extinto em 4 de Janeiro de 1897.
Foi fundado por D. Luís de Portugal e D. Joana de Castro Mendonça, condes de Vimioso, tendo o Geral da Ordem, padre frei Jerónimo Xavier, concedido licença, a 6 de Abril de 1603.
As fundadoras, soror Isabel de Jesus, soror Joana Baptista e soror Filipa de Jesus vieram de Santa Catarina, da cidade de Évora. Juntaram-se a estas, soror Filipa do Santíssimo Sacramento, e também as seculares para tomarem hábito, Leonor Pires Rosada, viúva, e a sua filha Cecília de Sousa.
Em 9 de Julho de 1607, as fundadoras chegaram a Lisboa, instalaram-se em umas casas com sua ermida situadas na Rua do Postigo de São Vicente. A condessa de Vimioso por essa altura viúva, ingressou nas mesmas, a fim de tomar o hábito, o que se concretizou a 26 de Agosto desse ano. Permaneceram nestas instalações durante nove anos e dois meses, tendo-se transferido para o Convento de Alcântara, em 3 de Setembro de 1616.
O novo local foi doado por Lourenço de Sousa, aposentador-mor e sua mulher D. Luísa de Meneses e Noronha. Porém como era foreiro ao Priorado do Crato, de que era administrador Victorio Amadeo, príncipe do Piemonte, o mosteiro recebeu trinta alqueires de trigo, entre outros.
A Fazenda Nacional tomou posse do edifício do Convento e mais bens, a 27 de Janeiro de 1897.
Contém inventários de descrição e avaliação do edifício do Convento, igreja, cerca e anexos, dos bens imóveis (rusticos e urbanos) e dos bens móveis, alfaias, autos de avaliação de foros, prazos.
Compreende o inventário de bens do Convento, sendo prioresa soror Maria da Piedade, (intimada para nomear louvados para avaliarem os bens situados no concelho da Lourinhã) elaborado por António da Costa Morais, escrivão da Fazenda do 4.º Bairro de Lisboa (1892).
Integra mapas de bens e rendimentos, despesa, documentação da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, bem como a minuta do inventário dos bens do Convento, no Bairro de Alcântara, elaborado pelo prior da freguesia de Santos-o-Velho, João dos Santos da Mata, e por Joaquim António Gonçalves, empregado da Fazenda, na presença da soror Maria de Jesus Sacramentado, em 25 de Março de 1859, autos de avaliação dos bens do concelho da Lourinhã, elaborado em 20 de Abril de 1864.
Integra o Inventário do suprimido Convento, elaborado por Francisco José Nepomuceno, da Repartição da Fazenda do distrito de Lisboa, além das autoridades competentes estiveram presentes, Francisco Tavares para avaliar os objectos preciosos, Manuel Pires para o edifício e quadros, João de Almeida Belém para os móveis, e João dos Santos para avaliar as alfaias, inclui a planta do Convento (27 de Janeiro de 1897).
Os livros do espólio consistiam na "crónica de Cister", constituições do arcebispado de Lisboa, "Crónica da Província de Santa Maria da Arrábida", "História da Inquisição do Reino de Portugal", "Historia de la Virgen Maria Nuestra Señora", "História do Convento de S. Ildephonso de Santillana", "Tombo segundo, do ano histórico diário português, notícia abreviada de pessoas grandes e coisas notáveis de Portugal", "Cartas espirituais", do padre António das Chagas, "Historia de la fundacion de la provincia de Santiago de Mexico", "Vida do venerável padre José de Anchieta", "Vida, virtude e milagres de Santa Teresa de Jesus", "História da fundação do Convento do Santo Crucifixo", obras do padre Juan de Avila pregador de Andaluzia, entre outros, em diversos idiomas.
Reúne listas de arrematação de bens (impressas), documentos relativos a António de Sousa Brito Maldonado Bandeira, visconde de Montalvo.
Contempla documentação da Associação Protectora de Meninas Pobres, administrada por D. Teresa de Saldanha Oliveira e Sousa, a quem foi cedido o edifício do Convento e terrenos, por Portaria de 14 de Setembro de 1889.
Por Decreto de 28 de Fevereiro de 1895, foi cedida parte da cerca, a igreja e objectos de culto à Associação.
Em 8 de Abril de 1897, a presidente da Associação Maria José Soares de Albergaria, solicitou os objectos de culto que estavam à sua guarda, móveis, e livros para leitura das internas nas horas vagas.
A referida Associação, passou ainda para a administração da Associação das Irmãs Terceiras de São Domingos (tendo sido os seus estatutos aprovados por Portaria de 18 de Outubro de 1901).
Por Decreto de 30 de Janeiro de 1893, os terrenos foram destinados provisoriamente para o estabelecimento da casa de caridade denominada Dispensário da Rainha D. Amélia.
Por Decreto de 27 de Julho de 1895, foi cedida à Câmara Municipal de Lisboa, outra parte do terreno contíguo ao edifício, para alargamento da Rua do Sacramento.
A documentação menciona bens nos concelhos de Lisboa, Lourinhã, Coruche, Alcácer do Sal.
Trata-se da "Doação ao provincial e frades da Ordem de São Jerónimo do lugar d´assento de Santa Maria de Belém para se aí haver de fazer um mosteiro da dita Ordem", assinada pelo rei D. Manuel I.
Considerando que entre os outros sacramentos, o sacrifício e culto divino é de maior excelência e santidade e mais aceite ante Nosso Senhor que nenhum outro, e desejando nós de em nosso tempo o dito culto ser ampliado, acrescentado e honrado com quanta nossa possibilidade for, segundo todo bom príncipe e rei católico está em razão que faça. E vendo nós como o assento e sítio de Santa Maria de Belém, que está uma légua a par da cidade de Lisboa, assim por ser na praia do mar e acerca da dita cidade, como por ser lugar a que vêm aportar e ancorar muitas naus e navios e gente assim de estrangeiros como de naturais, em lugar auto e pertencente, per se nele se fazer um mosteiro e casa honesta em que possam estar religiosos que devotamente ministrem e façam o ofício e culto divino e agasalhem os pobres e estrangeiros confessando-os e dando-lhes os outros sacramentos quando lhes mester fizerem, houvemos por via d´escambo o dito lugar de Belém da Ordem de Cristo, cujo o dito assento era pela casa grande que foi esnoga [sinagoga] dos judeus situada no lugar que ora chamam Vila Nova, que foi pelo passado, a Judaria grande, com cinquenta mil réis de renda por foros de casas, dentro do lugar de Vila Nova, o que tudo assim demos à dita Ordem de Cristo pelo dito lugar de Belém. [...] a qual casa e renda [...] vale muito mais na dita Ordem do que valia e rendia o dito lugar de Belém segundo se mais largamente poderá ver pela escritura de escambo que entre nós e a dita Ordem [...] se há-de fazer. Onde nós ora movidos com zelo de bem fazer de nosso próprio motu, poder absoluto e certa ciência, damos e doamos e fazemos esmola, antre vivos valedoira, d´hoje para todo o sempre, ao provincial e frades e ermitães do bem aventurado São Jerónimo, cujo devoto somos, viventes sob a regra de Santo Agostinho e aos que depois deles vierem e sob a mesma Regra viverem, a saber, do oratório e ermida de Nossa Senhora Santa Maria de Belém com seu pomar, assim como ora está cerrado de muro e com casas que estão conjuntas ao dito pomar que estão começadas de fazer. E bem assim uma casa de morada que está acerca do chafariz, na qual casa se faz ora venda, o qual assento lhe nós assim damos com todalas entradas e saídas, águas, logradouros [...] pera que no dito logar se haja de fazer um mosteiro que seja da dita Ordem, em que se possa perfeitamente ministrar e devotamente fazer os ofícios divinos e darem sacramentos e cumprirem tudo o mais que à dita Ordem pertence. A qual doação é com tal entendimento e condição que os religiosos que pelo tempo estiverem na dita casa e mosteiro tenham sejam obrigados de em cada dia dizerem uma missa na dita Igreja pela alma do Infante D. Henrique, nosso tio, fundador que foi do dito lugar e assim pela nossa e pelos nossos sucessores como mais largamente se contém na Bula do Papa Alexandre I que ora nos outorgou e por que concedeu que na dita Igreja de Belém se levantasse mosteiro que fosse cabeça da dita Ordem de São Jerónimo.[...] Ao lavar das mãos o sacerdote se volverá para a gente e dirá em alta voz "Rogai a Deus pela alma do infante D. Henrique primeiro fundador desta casa e por a d´el rei D. Manuel que a dotou na vossa Ordem" [...] por bem da qual doação nós ora a largamos e demitimos de nós toda a propriedade por direito e [...] que nós tínhamos [...]. "E por melhor memória desta cousa mandámos delo fazer três cartas, todas três de um teor, das quais quisemos e houvemos por bem que uma fosse posta na nossa Torre do Tombo, e outra tivessem os frades de São Jerónimo, e outra estivesse no cartório da Ordem de Cristo em Tomar, pelo que à dita Ordem toca". Feita por Francisco de Matos."E mais sejam obrigados os ditos frades de dizer em fim de todalas matinas e completas, a oração de Nossa Senhora que diz "Deus, qui de beatæ Mariæ Virginis utero verbum tuum, angelo nuntiante, carmem suspere voluisti; præsta supplicibus tuis; ut, qui vere eam Genetricem Dei creditus, eius apud te intercessionibus adiuvemur." E mais farão em fim de todalas matinas e completas comemoração especial de São Miguel e de São Jerónimo". "el Rei".
Tem vestígio de selo pendente (apenas a perfuração do suporte).
A tradição oral de histórias tradicionais da região do Mediterrâneo Oriental encontrou um compilador anónimo em tempo que não é possível precisar, entre os sécs. II e V da era cristã. Algumas dessas histórias estão na Bíblia. Certas características e crenças relativamente a animais (autênticos ou fabulosos), plantas e pedras são usadas para delas se extraírem conclusões moralizantes. As ideias são muito simples, lineares, ingénuas, com o fim de tornar acessível a todos o pensamento místico e moral da Igreja. Essa recolhas são conhecidas pelo nome de Fisiólogo grego, do séc. XII, anónimo, e deste, primitivo, derivou o Fisiólogo latino, que seria do séc. V. O códice mais antigo que chegou até nós é do séc. VIII, atribuído a um monge de nome Teobaldo. O Livro das Aves deriva do bestiário 'De bestiis et aliis rebus' de Hugo de Folieto, autor representativo do espírito medieval, dominado pela dicotomia entre sentido literal e sentido alegórico, pelo gosto e necessidade de síntese. Os bestiários correspondem à escultura com fins didácticos - a Bíblia dos pobres, como é por vezes chamada.
Almeida, Manuel Costa Gaio de (escritor);
Ferreira, Armando A. F.;
Mendonça, Luís Alberto de (poeta);
Firmino, Almeida (poeta) [2 fotos];
Ferreiro, João (Reverendo);
Oliveira, Manuel (da CUF);
Jorge, Rui;
Melo, Martinho Nobre de;
Coutinho, Fernando (Conde do Funchal);
Beato, António Gomes (professor e poeta);
Ribeiro, Álvaro (escritor);
Coelho, Luís Pinto (Doutor);
Oliveira, José Osório de (escritor);
Forjaz, António Pereira (Doutor);
Castro, Augusto de (Doutor);
Coelho, Leonardo (escritor);
Carmo, Maria Fernanda Lopes do (poetisa);
Rodrigues, Adriana (professora);
Correia, Natália (escritora);
Saint-Maurice, Odette de [2 fotos];
Lopes, Norberto;
Constança, Aurora (escritora);
Vaz, Fernando (futebolista do Vitória de Setúbal);
Correia, Romeu;
Lerens, Ferreira de (contista);
Brás, João;
Calado, Mariano (poeta);
Correia, Hêrnani (poeta);
Fornari, Ernani (escritor e poeta brasileiro);
Santos, Ruth (escritora brasileira);
Almeida, António Ramos de (poeta);
Rosa, Fauredo;
Figueiredo, Campos de (escritor);
Gomes, Pinharanda;
Negreiros, J.;
Buescu, Vítor;
Santos, A. Borges dos;
Tavares, Serafim (Padre);
Brás, José Gomes (escritor, sob pseudónimo de 'Reis Brasil');
Sá, Fernando (poeta);
Resende, Manuel de (poeta);
Ventura, Francisco;
Castro, E. M. de Melo E.;
Marques, Correia [2 fotos];
Meneres, Alberta;
Mendonça, Camilo (engenheiro) [2 fotos];
Campos, Joaquim;
Nascimento, Cabral do (poeta) [2 fotos];
Ficheiro fotográfico: Romãozinho, Francisco (Citröen) / Pais, Carmo (Sincoral) / Sotto, Lopes de (Diário de Lisboa) / Santos, Ary dos / Gomes, Fernando / Dias, Paulo (Irmãos Costa Dias) / Lopes, Domingos / Almeida, Fernando de / Vilela (Soquil) / Chaves, João José / Calvinho, Maria Helena / Leitão (da APA) / Antero (Olais) / Santos, Couto E / Morrison (Coronel) / Gonçalves, Fernando (Espiral) / Felgueiras (F. Lima) / Costa, Orlando / Costa (Chefe da Publicidade do Diário de Lisboa) / Rodrigues, Jorge / Guerra, Álvaro (Êxito) / Silva, Vítor / Boiça (Doutor) / Moss, Henry / Rafael, Carlos / Bonjour, Alice (Morrison) / Jorge Ricardo (Irmãos Costa Dias) / Fonseca, Pardete da (Publitope) / Santos, Francisco (Datsun) / Rodrigues, Tina (APA) / Marques, Oliveira (Ciala) / Paião, Manuel (Morrison) / Carvalho, Pedro (Flumen) / Antero, Alípio (Confidente) / Oliveira, Rogério (Marca);
Castro, Fernanda de;
Viana, Maria Manuel Couto (1957);
Ribeiro, Álvaro (Doutor) / Magalhães, António (Reverendo e Doutor);
Vasconcelos, Taborda de (escritor);
Sampaio, Nuno de (1961);
Marques, Pedro Correia;
Almeida, Jerónimo de (poeta de Guimarães - Busto do artista Teixeira, Joaquim);
Silva, Alberto Marques da (1963);
Gastão, Marques [2 fotos];
Amaral, Vasco Botelho (Doutor);
Salgado, Plínio;
Ribas, Tomás (1960);
Costa, Francisco;
Oliveira, António Correia de;
Castro, Públia Hortência de;
Condé, João [escritor brasileiro - 5 fotos];
Conde de Aurora;
Paço d'Arcos, Joaquim;
Arriaga, Noel de (1955);
Castelo Branco, Fernando (escritor);
Freitas, António Sousa (poeta);
Cértima, António de [2 fotos];
Boaventura, Manuel de (1959);
Baker, G. Leslie (1955);
Botelho, Afonso;
Almeida, Júlia Lopes de (busto da escritora, numa praça pública);
Verara, Paskal (Padre) / Amorim, Guedes (escritor);
Guedes, Fernando (1961);
Reis, Fernando (escritor);
Russell, Peter Edward (professor e historiador) [3 fotos];
Figueiredo, Carmen de (romancista);
Figueiredo, Tomás de;
Silva, Mário Cristino da (1958);
Freire, Natércia (escritora - cabeça esculpida);
Renard, Jean-Claude (poeta);
Carvalho, Amorim de (escritor);
Redol, Alves (escritor);
Andrade, Manuel Joaquim (livreiro e editor açoriano);
Sylvan, Fernando (jornalista) [3 fotos] e a entrevistar, entre outros: Queirós, Diná Silveira de (escritora brasileira / Russell, Henry Tosti (jornalista americano) / Vitorino, Orlando / Ribeiro, Álvares (filósofo) / Tacla, Paulo;
Ortigão, Ramalho (escritor - pormenor de estátua);
Galhardo, José [da Sociedade de Autores - 2 fotos];
Botelho, Carlos (pintor);
Bloch, Pedro (escritor brasileiro) / Dantas, Júlio;
Abelho, Azinhal / Sotto-Mayor, António;
Tamen, Pedro (poeta);
Araújo, Norberto (1957);
Dionísio, Maria Irene (1959);
Trigueiros, Luís Forjaz [2 fotos];
Soupault, Philippe (escritor francês);
França, José Augusto (novelista e crítico - 1952);
Araújo, Marta Cristina (poetisa - 1952);
Lacerda, Alberto de (poeta - 1952);
Thilon, Gustave (filósofo francês);
Cearense, Catulo da Paixão (escritor brasileiro) / Campos, Astério de;
Bertin, Célia (Prémio Rénadaut);
Mariel, Anne (Prémio Romance Popular - França);
Jimenez, Juan Ramon (poeta espanhol - Prémio Nobel de Literatura, 1956);
Colette (escritora francesa);
Rops, Daniel (escritor francês);
Olivier, Claude (Grand Prix Verité - França);
Eventos na Academia das Ciências de Lisboa [8 fotos]: Ferreira, David Mourão (escritor - a receber o Prémio de Literatura 'Ricardo Malheiros', em 1960) / Peixoto, José Pinto (escritor - a receber o Prémio de Literatura 'Ricardo Malheiros', em 1960) / Costa Sousa (escritor - a receber o Prémio de Literatura 'Ricardo Malheiros', em 1960) / Azambuja, Maria da Graça (escritor - a receber o Prémio de Literatura 'Ricardo Malheiros', em 1960) / David Mourão (escritor - a receber o Prémio de Literatura 'Ricardo Malheiros', em 1960) / Antas, Júlio de (professor);
Instituto de Cultura Italiana: Inauguração de novas instalações [3 fotos];
Vaillart, Roger (Prix Goncourt - França);
Claro, Nunes (poeta);
Basto, Artur Magalhães;
Muller, Adolfo Simões (1956);
Marinho, José (1958);
Lopes, Craveiro (a visitar a Torre do Tombo - 1957);
Octávio Filho no Arquivo Histórico Ultramarino (1956);
Barros, João (poeta e escritor - Cerimónia de Homenagem);
SNI: Livros que serão distribuídos para bibliotecas (1958), membros do Júri de Prémios Literários e almoço dos mesmos (1960);
Braga: Cenas de um evento literário galego-português, em 1955 [3 fotos];
Calmon, Pedro (na inauguração da Exposição do Livro Brasileiro, 1957);
Cidade, Hernâni (a ser condecorado pelo Embaixador de França, 1956);
Amzalak, Moses (1958);
Leitão, Joaquim (a receber medalha do Embaixador do Brasil);
Centro Contemporâneo de Cultura: Aspecto da Assistência num Colóquio, 1957;
Círculo 'Eça de Queirós': Aspecto da Assistência numa Conferência;
Feira do Livro (Lisboa): Visitas de individualidades e aspectos do evento na década de 1950 [8 fotos];
Portugal, José Blanc de [2 fotos];
Amorim, Guedes de [4 fotos];
Gama, Sebastião da (poeta): Homenagem em 1953;
Thedim, José (escultor);
Eckardt, Andre: Inventor de uma sistema de escrita universal, denominado 'SAFO'.
Bairro também chamado Bairro da Rua Nova dos Ferros.
Contém a folha 1: ordem para se proceder à abertura do livro: "o desembargador João Pinheiro da Fonseca principalmente encarregado da inspeção do Bairro da Rua Nova numere e rubrique este livro que há-de servir para a descrição do mesmo bairro na forma do Decreto de 29 de Novembro do presente ano para o que tenho nomeado escrivão. Lisboa a 15 de Dezembro de 1755, O escrivão que tenho nomeado é o das propriedades João Álvares de Carvalho. Dia ut supra. O regedor".
Contém a folha 2: "cópia do real decreto por onde Sua Majestade foi servido mandar fazer as medições".
Contém a folha 3: "cópia do edital que se passou para vir a notícia dos donos das casas e assistirem às medições". Segue-se a fé do escrivão João Álvares de Carvalho sobra a publicação dos editais.
Contém a folha 4: o auto de medição onde vêm nomeados os funcionários que procedem à medição e descrição de ruas e casas:
- João Pinheiro da Fonseca, cavaleiro professo da Ordem de Cristo, desembargador dos agravos da Casa da Suplicação, conservador da Nação Britânica, juiz dos Cavaleiros, inspetor deste bairro, nomeado pelo regedor da Casa da Suplicação, Duque de Lafões.
- José Monteiro de Carvalho, ajudante de infantaria com exercício de engenheiro.
- Manuel António Alves, praticante da Academia da Fortificação.
- João Álvares de Carvalho escrivão do Juízo das Propriedades e nomeado para escrivão deste bairro.
No auto de medição ordena-se que se proceda a uma "exata descrição do dito bairro declarando-se nela distinta e separadamente a largura e comprimento de cada uma das praças, ruas, becos e edifícios públicos que neles se contenham e cada uma das propriedades particulares que existiam nas sobreditas ruas, praças e becos com a especificação da frente e do fundo que a elas pertencia compreendo os quintais onde os houver com as elevações e alturas de cada uma das propriedades com a especificação de cada edifício ou comuns a ambos os dois vizinhos e confinantes". Não estando presentes os proprietários ou os louvados por ele nomeado o inspetor nomeia para louvado João de Sousa Lemos.
Contém de folhas 5 a 384: a descrição de ruas e casas. Registos assinados pelo inspetor, por José Monteiro de Carvalho e por João de Sousa e Lemos ou por Manuel António Alves. No fim do registo vem sempre o nome do escrivão que "o escrevi". Na descrição das propriedades indica o proprietário sempre que o mesmo é conhecido, as cpnfrtontações e as medidas.
Contém a folha 384: termo de encerramento do tombo.
Contém a folha 385:
- número de casas medidas;
- número de loginhas terrenas sem casas por sima
Contém na mesma folha 385 o índice de igrejas, edifícios públicos e ermidas:
- igrejas: São Julião, Nossa Senhora da Conceição da Rua Nova, Santa Maria Madalena.
- Conventos: Nossa Senhora da Boa Hora, Igreja de Nossa Senhora da Conceição dos freires da Ordem de Cristo.
- Ermidas: Nossa Senhora da Oliveira, São Sebastião da Padaria, Nossa Senhora da Assunção na Rua do Ourives da Prata.
- Edifícios públicos: Chafariz dos Cavalos.
Contém a folha 386 índice de ruas: Rua Nova do Almada, Rua da Calcetaria, Rua dos Ourives do Ouro, Rua das Manilhas, Largo do Painel do Anjo, Rua dos Fornos, Rua da Sombreiraria ao Tronco, Rua Nova dos Ferros, Rua da Confeitaria, Terreiro do Paço, Rua do Príncipe, Largo do Pelourinho, Rua da Fancaria, Rua da Portagem, Rua de D. Julianes, Rua das Carniçarias, Rua de D. Mafalda, Rua do Hospital dos Palmeiros, Rua da Padaria, Rua do Ourives da Porta, Rua da Correaria, Rua travessa de Nossa Senhora da Conceição dos freires da Ordem de Cristo, Rua de Mata porcos, Rua de São João, Rua Travessa do Poço da Feteia, Rua travessa dos Latoeiros, Rua da Tinturaria, Rua da Gibetaria, Rua dos Carapuceiros, Rua de São Julião, Rua das Esteiras, Travessa da Rua das Esteiras, Rua do Selvagem, Rua das Pedras Negras, Rua dos Armazéns, Rua do Arco de D. Teresa, Rua do Arco de Nossa Senhora da Consolação, Calçada do Correio.
Contém a folha 389: índice dos becos: Beco da Lage, Beco da Boca Negra, Beco do Pocinho, Beco e Largo do Crucifixo, Beco de Gaspar das naus, Beco do Loureiro, Beco da Ferraria, Beco do Tronco, Beco da Parreirinha à Rua Nova do almóada, Beco de São João de Deus, Beco do Jardim, Beco do Açougue, Beco do Canal de Flandres à Rua Nova do Almada, Beco de Espera-me Rapaz ao Pelourinho, Beco do Cura, Beco de Lava Cabeças, Beco de Nossa Senhora da Conceição à Correaria, Beco da Chamiça, Beco do Chançudo, Beco dos Tintes, Beco do Vidro, Beco do Couceiro, Beco do Alimo, Beco do Passadiço a São Julião, Porta travessa de São Julião, Beco da Parreirinha a São Julião, Beco do Arco do Caranguejo, Beco de Martimmalho.
Contém a folha 390v.: termo de medição de casas.
Contém a folha 391: algumas informações sobre casas já descritas em folhas anteriores.
Contém na mesma folha: Portaria do regedor para os inspetores encarregues do plano de reedificação da cidade para que procedam em conformidade com as leis em todos os casos de embargos que lhes forem entregues pelo escrivão José Ferreira Leal provenientes do intendente das Obras Públicas encarregado da execução da reedificação da cidade. Segue-se o despacho assinado por Pereira para que se cumpra e registe a portaria. Termina com certidão do escrivão Frutuoso Álvares de Carvalho em como registou a portaria. "Lisboa 11 de Outubro de 1805.
Contém a folha 393v. o termo de encerramento que é ao mesmo tempo termo de abertura: "este livro que há-de servir para a inspeção e demarcação de todas as casas do Bairro da Rua Nova. de que o ilustríssimo e excelentíssimo senhor Duque Regedor me encarregou e inspeção, tem trezentas e noventa e três folhas rubricadas com o meu sobrenome. Lisboa. 26 de Janeiro de 1756. João Pinheiro da Fonseca".
Contém este livro a folha 1:
- Termo de abertura: "este livro que à sua custa comprou o escrivão da inspeção do Bairro Mateus Gonçalves da Costa, há-de servir para nele se escreverem todos os termo de autos de posses que tomarem os donos das casas incendiadas pelo terramoto que se adjudicarem pela inspeção e vai todo numerado e rubricado com o meu sobrenome Lemos e no fim leva o encerramento. Lisboa 4 de Junho de 1762. Jerónimo de Lemos Monteiro".
Contém a folha 2 e 2v.:
- Cópia do Edital por onde foram anunciados os senhorios dos terrenos da Rua Direita das Portas de Santa Catarina, da parte do norte, que foram incendiadas por causa do terramoto do primeiro de Novembro de 1755.
- Certidão da afixação feita por Domingos Nogueira, porteiro doa auditores de Lisboa.
Contém a folha 3 a 110:
- Termos de obrigação, adjudicação e posses de:
1 - José António Soares de Noronha.
2 - Inocêncio de Albuquerque.
3 - Misericórdia de Lisboa.
4 - José Alves de Mira.
5 - Marcelina Maria Barbosa e suas filhas, viúva e filhas de Francisco Barbosa do Rego.
6 - José António de Oliveira.
7 - João Caetano de Queirós, por sua mulher Catarina Maria da Espírito Santo.
8 - José de Almeida de Sobral de Carvalho e Vasconcelos.
9 - Sebastião Gonçalves Carneiro.
10 - António da Costa.
11 - António Maria.
12 - Manuel dos Santos Calamares.
13 - D. Maria Madalena Bacelar.
14 - Manuel Antunes.
15 - Bernardo Jácome Monjardino.
16 - Sebastião da Silva Pereira.
17 - Elias Perochon.
18 - Bento Dias Pereira Chaves.
19 - padre José Pereira da Costa.
20 - Sebastião de Castro e Lemos.
21 - D. José de Lencastre, termo não concluído.
22 - Irmandade da Nossa Senhora Madre de Deus, do Convento de São Francisco de Lisboa.
23 - José Alves de Mira.
24 - D. Margarida Antónia de Sá.
25 - Irmandade do Santíssimo Sacramento.
26 - António Gonçalves Santa Góis.
27 - Maria Clara da Assunção.
28 - Manuel Rodrigues da Costa.
29 - Manuel José Rebelo.
30 - João da Costa Ferreira.
31 - João José de Lima Viana.
32 - Leonarda Maria.
33 - João Batista da Silva.
34 - António Cabral de Quadros.
35 - D. Ana Maria do Vencimento.
36 - Salvador Rodrigues Souto.
37 - Duarte Salter de Mendonça, conselheiro e desembargador.
38 - Marçal dos Santos Abreu.
39 - João Batista da Silva.
40 - D. Luís Gomes da Veiga.
41 - Sebastião de Castro e Lemos.
42 - António do Couto Campos.
43 - Belchior de Araújo Costa.
44 - Belchior de Araújo Costa.
45 - Belchior de Araújo Costa.
46 - Irmandade do Santíssimo Sacramento da Igreja da Encarnação.
47 - Fernando Martins Freire de Andrade.
48 - José Soares da Silva.
49 - Conde das Galveias.
50 - Conde das Galveias.
51 - Conde das Galveias.
52 - Joaquim Pedro Correia, beneficiado.
53 - João Batista da Silva.
54 - António Gregório Xavier da Silva e Sousa.
55 - Manuel de Oliveira, termo riscado.
56 - Mónica Maria de Jesus.
57 - André Rodrigues da Costa Barros, beneficiado.
58 - D. Antónia Inês Correia da Silva Fróis, viúva do desembargador do Paço Luís Manuel de Pina Coutinho.
59 - Irmandade do Santíssimo Sacramento.
60 - padre Estácio de Almeida.
61 - Francisco Feliciano Velho da Costa Mesquita Castelo Branco, desembargador.
62 - Irmandade da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo.
63 - Marquês de Marialva.
64 - Marquês de Marialva.
65 - Marquês de Marialva.
66 - José de Sousa de Castelo Branco.
67 - José de Sousa de Castelo Branco.
68 - D. Eufrosina Rosa de Santa Gertrudes.
69 - Marquês de Fronteira.
70 - Marquês de Pombal.
71 - Irmandade da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo.
72 - Conde da Calheta.
73 - Joaquim Inácio da Cruz Alagoa.
74 - D. Ana Maria Verney Ludovice.
75 - José Joaquim de Miranda Henriques Leitão Pina e Melo da Silveira Albuquerque Mexia.
76 - Joaquim Inácio da Cruz Alagoa.
77 - José Pais de Vasconcelos.
78 - Manuel Vaz de Carvalho.
79 - Domingos Mendes Dias.
80 - D. Teresa Maria de Jesus.
81 - Irmandade do Santíssimo Sacramento.
82 - Duque de Lafões.
83 - João Caetano de Queirós, por sua mulher Catarina Maria da Espírito Santo.
84 - José Moreia.
85 - Manuel José.
86 - Rodrigo Caetano de Almeida e Brito.
87 - João Manuel Ribeiro Negrelos.
88 - Marquês de Marialva.
89 - José Joaquim Soares.
90 - D. Ana Joaquina da Cunha.
91 - José Alves de Mira.
92 - Manuel Rodrigues Ramos.
93 - Conde de Alva, Joaquim José de Araújo.
94 - Joaquim José da Rosa Ferraz.
Dos termos constam as partes, a informação do tombo onde a propriedade está descrita e medida, medições, confrontações e informações adicionais à margem dos registos.
Contém a folha 272v.:
- Termo de encerramento: "tem este livro duzentas e setenta e duas meias folhas de papel todas numeradas e rubricadas por mim como inspetor do Bairro Alto. Lisboa 4 de Junho de 1762. Jerónimo de Lemos Monteiro".
Parte 2 maço 193
De 13 de Agosto de 1534 até 7 de Setembro do dito ano.
Número sucessivo de 32273 até 32386.
Com 114 documentos que constam de alvarás e provisões para pagamento de ordenados, soldos e mantimentos de gente de guerra; Para se levar em conta ao tesoureiro da rainha certas quantias; Ordens de D. Álvaro de Abranches, governador de Azamor, de D. Nuno Álvares Pereira, governador de Ceuta, do cardeal vedor da Fazenda da rainha e outros contadores, para se pagarem soldos e mantimentos; Para se dar algumas esmolas e pagar vestiarias; Conhecimentos de receita e despesa de almoxarifes; Certidões, procurações, justificações e cartas insignificantes. Entre estes estão os documentos abaixo apontados:
3. Provisão para se pagar a Fernando Soares, pajem do livro, 30.000 réis de tença;
6. Provisão para se pagar a Pedro Jaques, filho de Vasco Queimado, 50.000 réis de tença;
7. Provisão para se pagar a Vicente Queimado 60.000 réis de tença;
11. Provisão para se pagar a D. Francisco de Sima, visconde de Ponte de Lima, 50.000 réis de seu assentamento;
16. Provisão para se pagar a D. Dinis de Almeida, filho do conde de Abrantes, 60.000 réis de tença;
17. Provisão para se pagar a Braz Homem, filho do Dr. Francisco Cardoso, 10.000 réis de tença;
22. Provisão para se pagar a Damião de Brito 30.000 réis de tença;
27. provisão para se pagar a Bernardino Machado 40.000 réis de tença;
33. Provisão para se pagar a D. Garcia de Albuquerque, copeiro-mor, 30.000 réis de tença com o Hábito de Cristo;
39. Provisão para se pagar a João da Silveira, claveiro da Ordem de Cristo, 100.000 réis à conta dos 300.000 réis para cumprimento dos 800.000 réis que se lhe asseguraram nas rendas da clavaria da dita Ordem;
40. Provisão para se pagar a D. Ana, viúva de Jorge Barbosa, 157.500 réis da última metade de seu casamento;
43. Provisão de lembrança para se pagar a D. Isabel Freire, viúva de D. João de Faro, 195.000 réis do resto de seu casamento;
44. Provisão para se pagar a Henrique Suzarte 73.000 réis do primeiro terço do casamento de cavaleiro;
45. Provisão para se pagar à mulher e herdeiros de Rui de Almada 50.000 réis de casamento;
46. Provisão para se pagar a D. Manuel Mascarenhas, fidalgo da Casa Real 125.000 réis do segundo terço de seu casamento;
47. Provisão para se pagar a Fernando Gomes de Carvalhosa, fidalgo da Casa, 40.000 réis de metade de seu casamento;
48. Provisão de mercê a Isabel de Brito de 36.000 réis da primeira metade de seu casamento;
59. Provisão para se pagar a Fernando das Naos, escrivão da Torre do Tombo, 4.800 réis de ordenado;
60. Provisão para se pagar aos herdeiros de Afonso Lopes 4.000 réis de tença;
62. Provisão para se pagar a João Jorge 12.000 réis de tença com o hábito;
64. Provisão para se pagar a Isabel Pacheca, filha de João Leite e mulher de António Botelho, 20.000 réis para ajuda de seu casamento;
65. Provisão para se pagar a D. João de Eça 10.000 réis de tença com o hábito;
66. Provisão para se pagar aos herdeiros de Fernando Madeira 40.000 réis da última metade de seu casamento;
67. Provisão para se pagar a Fernando Rodrigues de Araújo e a Manuel Mendes, rendeiros da Sisa de Monção, 110 cruzados para cumprimento dos 160 cruzados por causa da renda que traziam ser dada ao dito conselho em Tributo Real;
70. Provisão para se pagar a Bartolomeu de Ávila 10.000 réis de tença;
71. Provisão para se pagar a Diogo de Gouveia 20.000 réis de tença;
72. Provisão para se pagar a D. Isabel Freire, viúva de D. João de Faro, 100.000 réis de tença;
73. Provisão para se pagar a João Álvares Tafez, ouvidor das terras do Mestrado de Cristo, 8.000 réis para os ter com cadeira das escolas da cidade de Lisboa;
76. Provisão para se pagar a João Álvares Nogueira, fidalgo da Casa, 39.815 réis de tença;
77. Provisão para se pagar a João Vai, cavaleiro, 8.000 réis de mercê em atenção a seus serviços;
79. Provisão para se pagar a António Figueira 6.500 réis de tença;
81. Provisão para se pagar a D. Francisco Lobo 500.000 réis para cumprimento de 1.000.000 réis de ordenado pela capitania-mor da Armada da Índia;
82. Provisão para se dar a António Figueira 20.000 réis de tença;
83. Provisão para se pagar a D. Francisco Pereira 20.000 réis de tença;
86. Provisão para se pagar a Filipa de Pina, filha de Vasco de Pina e mulher de Diogo de Madureira, 40.000 réis para ajuda de seu casamento;
89. Provisão para se pagar a D. Afonso de Albuquerque 13.000 réis de tença;
90. Provisão para se pagar aos herdeiros de D. Francisca da Guerra 20.000 réis de tença;
93. Provisão para se pagar a Tomé Lobo 100.000 réis da primeira metade de seu casamento;
101. Provisão para se pagar a Bartolomeu de Contreiras 5.000 réis de moradia de escudeiro;
106. Provisão para se pagar a João de Penhoranda 17.520 réis de tença;
107. Provisão para se pagar a D. Pedro de Noronha e a seus irmãos 100.000 réis das tenças que se deviam a João de Sousa, seu cunhado;
108. Provisão para se pagar a Cristóvão de Brito 50.000 réis de tença;
110. Provisão para se pagar a Francisco Martins 7.000 réis de seu soldo e tença;
111. Provisão para se pagar a Cristóvão de Brito 6.000 réis de tença separada;
112. Provisão para se pagar a Cristóvão de Brito, fidalgo da Casa, 10.208 réis de tença;
114. Provisão para se pagar a André Gonçalves, cavaleiro da Casa e almoxarife de Sintra, 40.000 réis de seu casamento.
Parte 2 maço 246
De 29 de Agosto de 1556 até 21 de Março de 1561.
Número sucessivo de 38644 até 38742.
Com 99 documentos que constam de alvarás e ordens de vedores da Fazenda, de D. Francisco de Noronha, conde de Linhares, e D. Aleixo de Meneses, mordomos-mor da rainha, para se levar em conta a almoxarifes certas quantias para pagamento de dívidas; Conhecimentos de receita e despesa de almoxarifes, cartas insignificantes, folhas de moradias de reposteiros, certidões, provisões para se passar da Torre do Tombo certas certidões e outros papéis insignificantes. Entre estes estão os documentos abaixo apontados:
4. Regimento do tesoureiro dos Defuntos da Índia
6. Escritura por que D. Braz de Barros, bispo de Leiria, instituiu no Mosteiro do Mato da Ordem de São Jerónimo termo de Alenquer uma capela de 12 missas em cada ano, 6 pela sua alma e 6 pelas do rei D. João III e seus sucessores
8. Carta de Manuel de Melo Coutinho dando parte ao rei que o duque de Alva tomara Ostia de 2 assaltos, passando à espada unicamente a gente da fortaleza pelos da vila não terem resistido, que o cardeal mandava pedir ao dito duque tréguas por 10 dias para se ver com ele o que fizera juntamente com o cardeal Santa Flôr e se entendia se consertariam
9. Carta de Agostinho de Venaldo, consul dos portugueses em Génova, dando parte ao rei que o duque de Alva tomara Ostia, e que o papa e o duque fizeram tréguas por 40 dias de que se esperava resultasse tranquilidade, que o rei de França tomara a câmbio 700.000 escudos para pagar em Itália em favor de sua santidade, motivo que fazia duvidar na paz desejada
11. Carta de João Pinto expondo à rainha os grandes roubos que Diogo de Mesquita tinha feito à Fazenda Real comerciando em marfim e fazendas proíbidas, e porque era falecido devia a mesma senhora mandar confiscar seus bens por pertencerem à sua Real Fazenda
13. Carta de mercê a Francisco Fernandes de passeiro dos Paços de Óbidos
15. Padrão do Mosteiro de Nossa Senhora da Assunção de Faro de 100.000 réis em dinheiro, duas dúzias de atuns, dez de pescadas secas, 20 milheiros de sardinhas e 4 moios de sal de esmola cada um ano
17. Carta de D. Francisco Sarmento agradecendo à rainha a mercê da comenda que dera a seu irmão D. António de Valladolid
36. Cópia da carta por que o rei de França a instancia do rei de Portugal mandou aos juízes por ambos eleitos nas causas de represálias, que no tempo de 5 anos determinassem e decidissem as dúvidas que havia entre os ditos vassalos
48. Traslado do alvará de mercê de Jorge Palha de três moios de trigo de tença cada ano
67. Carta de D. Francisco Pereira referindo à rainha que tendo falecido o imperador e rainha da Hungria devia a dita senhora mandar visitar o rei, posto que ele não fizesse por falecimento do rei seu marido, e que a rainha de Boémia não respondera à sua carta por estar de parto de uma filha
71. Carta do duque de Bragança dando parte à rainha de se esperar na Índia a armada do turco
78. Aviso para se entregarem a D. João de Meneses Souto Maior os lugares que se lhe deram em satisfação de Tancos, Seiceira e Atalaia sem embargo de não ter tirado as cartas da Chancelaria
82. Carta de Álvaro de Carvalho dando conta ao rei do estado e necessidade em que estava a Praça de Mazagão e das escaramuças que tinham tido com os mouros, declarando os mortos, feridos e cativos
83. Carta de Álvaro de Carvalho dando parte ao rei que por carta dos cativos de Marrocos tivera notícia que o xerife estava de caminho para aquele reino, que tinha feito paz com seu irmão e com os turcos e que os aduares já estavam à vista pedindo ao dito senhor socorro de mantimentos
89. Relação do choque que tiveram os cristãos com os mouros de pé e de cavalo na cidade de Ceuta
90. Carta do bispo de São Tomé dando parte à rainha do muito que tinha trabalhado por evadir os maus costumes daquela terra e evitar as mancebias em que todos andavam, e que pelas penas que a dita senhora lhes impunha estava tudo quase reformado por ser causa de reconhecerem e confessarem seus delitos
96. Rol das pessoas que venciam moradias na Casa da rainha
DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento aprovado em 1577-07-22, na cidade do Funchal, pelo tabelião de notas por el-rei na cidade do Funchal e seus termos, Gaspar Gonçalves. Traslado de 1624, extraído do Tombo 1.º do Resíduo, f. 418.
MOTIVOS DA FUNDAÇÃO: o testador encontrava-se são e sem nenhuma enfermidade, mas não sabia o dia e a hora do seu falecimento.
ENCARGOS PERPÉTUOS: três missas mensais com responso sobre o seu jazigo, no convento de São Francisco (uma à segunda-feira, de requiem, pela sua alma e de seu pai; uma à sexta-feira à honra das cinco chagas de Cristo, pela sua alma; e outra ao sábado a Nossa Senhora, por sua alma).
REDUÇÃO DE ENCARGOS: a sentença de D. Frei Joaquim de Menezes e Ataíde, vigário capitular do Funchal, emitida em 1819-04-05 (II vol., f. 72-73 v.º), reduz esta e várias capelas administradas por João de Carvalhal Esmeraldo à pensão anual de missa aos domingos e dias santos e quarenta missas celebradas na capela de Santo António do Lugar de Baixo, pelo valor de 120.000 réis.
SUCESSÃO: nomeia a sobrinha e testamenteira Francisca da Costa, filha de seu irmão Pedro da Costa (falecido), sucedendo-lhe o filho mais velho; não tendo filhos, ficaria ao parente mais chegado “encoanto ouver erdeiro macho não avera lugar a femia” (I vol., f. 3).
BENS VINCULADOS: assentamento de casas e hortas na rua de Manuel da Grã, bem como toda a fazenda que o testador possui nos lugares de Santana e São Jorge e todos os seus bens móveis.
SUB-ROGAÇÃO DE ENCARGOS: em 1839-07-15 (II vol., fl. 88) é vinculada a parte livre do palácio da rua da Mouraria em lugar da casa e quintal n.º 13 da rua dos Pintos, Sé, “que em outro tempo foi rua de Manuel Dragam”.
OUTROS VÍNCULOS instituídos pelo testador cónego João Nunes:
i) casas em que mora o instituidor na cidade do Funchal, deixadas à sobrinha Guiomar da Costa, também filha de Pedro da Costa, com encargo de uma missa mensal à quarta-feira, por alma do testador, com responso sobre o seu jazigo. Suceder-lhe-ia o seu filho ou filha mais velha, não os tendo à sua irmã Leonor da Costa ou seus herdeiros; e não os tendo, juntar-se-ia à demais fazenda que possuia a irmã Francisca da Costa.
ii) horta defronte das suas casas de morada, deixada à sobrinha Ana de Amil, filha de seu irmão Diogo Nunes, com obrigação de outra missa mensal às quintas-feiras à honra do nascimento de Cristo, com responso sobre seu jazigo.Por seu falecimento ficaria ao filho mais velho, não tendo à filha mais velha, não tendo filhos passaria ao parente mais chegado da linha do pai Diogo Nunes.
Uma informação datada de 1624-08-13 (I vol., f. 11) esclarece que estes autos se referem somente à capela do cónego João Nunes e não da sua irmã Bárbara Nunes. Outra informação, datada de Nov. 1791, (I vol., f. 48) esclarece que esta capela peca por erros nas suas contas, sendo que: a pensão de três missas mensais há-de possuir Francisco António da Câmara Leme (vol. II); a pensão de uma missa mensal em São Francisco é a que pertence a estes autos (vol. I) e a pensão de outra missa mensal não sabe quem a possui. Na verdade, uma nota inscrita na folha de rosto do vol. I, refere “vaga a Real Coroa e denunciada por Alexandre da Câmara”.
ADMINISTRADOR/PRESTADOR DE CONTAS EM 1618: Pedro Nunes Florença.
Último administrador (vol. II): Conde de Carvalhal.
ÚLTIMO ADMINISTRADOR (vol. I): D. Dinis Bettencourt e Sá.
Outras informações do testamento (I vol., f. 2-5; II vol, f. 2 a 4 v.º):
Sem herdeiros forçosos.
TESTEMUNHAS: Martim Mendes de Vasconcelos, morador nesta cidade; Francisco de Brito, mercador, sobrinho de João Lopes Caminha; Henrique Lopes, sirgueiro, morador na cidade do Funchal; Ambrósio Rodrigues, tabelião na mesma cidade; Lopo da Costa Ferreira, filho de Pedro da Costa, falecido, sobrinho do testador; Manuel Rodrigues, filho de Duarte Rodrigues da Ilha, mercador.
ENTERRAMENTO: convento de São Francisco do Funchal, «onde me avera minha testamenteira» (f. 2) um jazigo no Capítulo.
LITERACIA: redige e assina o testamento.
Outros documentos:
I vol., f. 53-57 - Traslado do indulto de composição de missas e encargos pios obtido por D. Dinis de Bettencourt e Sá, em 1802-07-06.
II vol., f. 75-82 - Traslado do indulto apostólico de componenda de pensões caídas, datado de 1819-01-28, e obtido pelo administrador João de Carvalhal Esmeraldo.
DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento (f. 2-12 v.º) aprovado em 1582-05-28; codicilo (f. 12 v.º-16 v.º) aprovado em 1582-07-06. Tabelião: Francisco Cardoso. Traslado de 1796, extraído do tombo 1.º do Resíduo, f. 445.
MOTIVOS DA FUNDAÇÃO: o testador encontrava-se doente mas andando, em pé; não sabia quando Deus Nosso Senhor o quereria levar desta vida para a outra.
ENCARGOS PERPÉTUOS (ANUAIS): uma missa cantada no altar de Jesus da Sé, no dia da sua festa ou oitava, por dois tostões (200 réis) e missas rezadas no valor de oito tostões (800 réis), por sua alma; outra missa cantada no altar de Nossa Senhora do Rosário da Sé, no dia da sua festa ou oitavário, também por dois tostões (200 réis) e 400 réis para missas rezadas (total de 1600 réis).
REDUÇÃO DE ENCARGOS: a sentença do juiz dos Resíduos de 1802-03-04 (f. 20 v.º-21 v.º) determina para o futuro a adequação do número de missas à taxa estabelecida pelo testador «satisfazer a pensão cujo vencimento da esmola que por ele foi tachada for suficiente para satisfazer a benese dela, segundo a esmola que corre». Uma quitação de 1806 (f. 24) refere a pensão de uma missa cantada por 200 réis e duas rezadas; já uma conta de 1822 (f. 44) refere que esta capela tem de pensão 1600 réis para missas pelas taxas determinadas pelo testamento. Depois, uma sentença do juiz dos Resíduos de 1824-03-01 (f. 48 v.º-49) estabelece que, como não era possível dizer uma missa cantada por 200 réis, deveria reservar-se tal soma «athe que fasa hua soma que equivalha a esmola da missa cantada, como já se mandou no despacho a f. 20». Nesta mesma sentença, ordena que se averigue que possui a casa da rua do Peixe onerada à primeira pensão para que se faça cumprir, para tanto o escrivão deveria observar se haveria outros deste instituidor.
SUCESSÃO: nomeia o filho Jácome Caldeira, ausente no Brasil e seu herdeiro universal (de toda a sua fazenda e terça). No testamento determina que, na falta de descendência, a terça ficaria a dois filhos do irmão Simão Caldeira - sendo a casa da rua dos Ferreiros para o mais velho e a casa da rua do Peixe para o secundogénito. Se algum deles falecesse sem geração, herdaria o outro. Porém, no codicilo, o instituidor estabelece a sua sucessão, em caso de falta de geração, no irmão Aleixo Caldeira e seus filhos.
BENS VINCULADOS: toma a terça nas duas casas sitas, respetivamente, nas ruas do Peixe e dos Ferreiros, que comprara por 160.000 réis aos filhos de Marcos de Lima. No aditamento ao testamento, feito dois dias depois, em 28-05-1582, receando que «sua fazenda lhe não venha do Brazil como deve», em tal caso, vincula à terça apenas a casa da rua do Peixe, impondo na mesma o anterior encargo total de 1600 réis, antes distribuídos pelos dois imóveis. Determina que tudo o que coubesse na terça seria gasto por sua alma e no casamento de órfãs pobres, e dariam 10.000 réis para o casamento de Maria Fernandes, filha da viúva Catarina Fernandes.
ADMINISTRADOR em 1793-04-27, data da quitação mais antiga (f. 17): o morgado Jorge Correia Acciaioly.
ÚLTIMO ADMINISTRADOR : Conde de Carvalhal.
Outras informações do testamento e codicilo (f. 2 a 16 v.º):
NATURALIDADE E MORADA: natural de Pombeiro, Freguesia de São Veríssimo de Lagares, Felgueiras; morador ao Varadouro dos Batéis, Freguesia da Sé, cidade do Funchal.
FILHOS: Aleixo Caldeira, seu único herdeiro forçoso. No codicilo o testador refere que este se encontrava no Brasil mas não sabia dele (f. 13 v.º).
Irmão da Santa Casa da Misericórdia do Funchal.
IRMÃOS do testador: Simão Caldeira, casado na vila de Santarém, em Marvila; Margarida Dias, viúva, moradora na freguesia de São Pedro de Torrados, Felgueiras; Lucrécia Dias, viúva, moradora na freguesia de São Veríssimo de Lagares, Pombeiro; Filipa Dias, também moradora nesta freguesia de São Veríssimo; Úrsula Caldeira, moradora em Santa Luzia de Penelas(?), freguesia de São Pedro; Cecília Dias, falecida. A todos estes irmãos e alguns de seus filhos lega determinadas somas de dinheiro.
ENTERRAMENTO: convento de São Francisco, na sua sepultura à entrada da porta principal, com o letreiro que dizia "Lorenço Miz”.
TESTAMENTEIRO: António Antunes, seu natural amigo, a quem deixa 30.000 réis pelo trabalho de testamentária.
TESTEMUNHAS [do testamento]: padre Gaspar Nunes, beneficiado da igreja de Nossa Senhora do Calhau, que redigiu o testamento; Pedro Gonçalves, lavrador; Pedro Gonçalves, mercador; Manuel Martins, sapateiro; Frutuoso Gomes, lavrador, todos moradores na cidade do Funchal; Salvador Dias, mercador, morador na vila de Guimarães, estante na cidade do Funchal. [da aprovação]: Pedro Gonçalves, lavrador; Diogo Luís e Manuel Vieira, mercadores; Manuel Martins, sapateiro; Manuel Doucim, tosador, todos moradores nesta cidade do Funchal.
LITERACIA: o testador assina o testamento.
DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento (f. 2-10) aprovado em 1586-05-21 pelo tabelião de notas da cidade do Funchal e seus termos, Francisco Cardoso. Traslado de 1796-07-30, extraído do tombo 7.º do Juízo dos Resíduos, f. 486.
ENCARGOS (ANUAIS): uma missa cantada em dia de Finados ofertada com pão e vinho e um cruzado para os pobres do hospital da Misericórdia do Funchal. REDUÇÃO DE ENCARGOS: sentença de redução de D. Frei Joaquim de Meneses e Ataíde, bispo de Meliapor e vigário capitular do Funchal, de 1820-05-09 (f. 52 v.º-53), reduz as capelas administradas por D. Francisca da Câmara Furtado de Mendonça a 20$000 réis anuais à Santa Casa da Misericórdia do Funchal, para sustento de quatro órfãs. A administradora também obtém da Santa Sé uma componenda de composição de missas e encargos pios, em 1820-01-26 (f. 59-68 v.º).
BENS DO VÍNCULO: casa sobradada com quintal na rua dos Tanoeiros, Funchal, que partia com a ribeira, com casas que foram dos herdeiros de Luís Lopes e com casas de António Fernandes, tanoeiro.
SUCESSÃO: nomeia Sebastião, filho do afilhado Gaspar Pinto, pelo muito amor e criação «que lhe tem», pedindo-lhe que fosse sacerdote. Suceder-lhe-ia qualquer um dos seus irmãos ou irmã; caso casasse, ficaria ao filho ou filha que desejasse.
OUTROS VÍNCULOS:
i) institui outro vínculo de capela imposto num assentamento de casas na rua Direita, Funchal, em que vivia Pêro Camacho, que deixou a Beatriz da Costa, filha do compadre João da Costa, alcaide do mar, e de Maria de Almeida, com o encargo perpétuo nove missas nas nove festas de Nossa Senhora e uma missa rezada em dia da Assunção de Nossa Senhora. Sucessão: suceder-lhe-ia um filho ou filha, não casando ou não tendo filhos, herdaria o pai ou mãe, ou uma irmã, caso os pais não fossem vivos; e não tendo uma irmã sucederia o irmão mais velho e descendentes. Deste vínculo prestam-se contas nos autos com a cota atual JRC, 161-1.
ii) institui outro vínculo de capela imposto numa outra casa sobradada com quintal sita na rua Direita, Funchal, com encargo de duas missas rezadas anuais no altar de Jesus da Sé. Sucessão: nomeia o dito João da Costa e mulher, sucedendo-lhe qualquer um dos seus filhos ou filhas e seus descendentes «proseguindo sempre a nomiação dos filhos ou filhas e não os avendo os parentes mais chegados andando em hua pesoa» (f. 6).
ADMINISTRADOR EM 1796: alferes Pedro António da Câmara Bettencourt e Almada.
ÚLTIMO ADMINISTRADOR: D. Francisca da Câmara Furtado de Mendonça.
Outras informações do testamento (f. 2-10):
Sem herdeiros forçosos.
TESTAMENTEIRO: seu compadre João da Costa, alcaide do mar.
ENTERRAMENTO: Sé do Funchal, em sepultura onde jazem os pais e irmãos.
LEGADOS/VESTES/ROUPAS DE CASA: 10.000 réis a Ângela Rodrigues, filha do calceteiro António Rodrigues, para ajuda de seu casamento, mais a cama «em que estou», que eram dois colchões, dois lençóis novos e um cobertor amarelo; deixa à mãe desta um cobertor branco, uma saia roxa e um saio de sarja; à comadre Bárbara Gonçalves lega uma saia branca, um saio de baeta e o seu manto.
PROPRIEDADES: vinha na Achada, acima desta cidade, foreira em mil réis às freiras de Santa Clara, a qual deixa ao dito testamenteiro; casa térrea na rua de João de Espínola, que deixa à cunhada Antónia Segurado, viúva do irmão António do Vale de Araújo.
LITERACIA: não sabe escrever.
TESTEMUNHAS: Cristóvão Mendes, mercador, morador na vila de Guimarães, estante nesta cidade, que assinou a rogo da testadora; Pedro Coelho, criado do desembargador Domingos Rodrigues; Gaspar Rodrigues, mercador estante nesta cidade; António Fernandes, mercador; Gaspar Luís, sapateiro; Manuel Castanho, filho de Diogo Castanho.
Outros documentos:
F. 19-57 – Certidão de sentença de redução das capelas administradas por D. Francisca da Câmara Furtado de Mendonça a 20$000 réis anuais à Santa Casa da Misericórdia do Funchal, para sustento de quatro órfãs. Sentença de D. Frei Joaquim de Meneses e Ataíde, bispo de Meliapor e vigário capitular do Funchal, de 1820-05-09 (f. 45 v.º-46). Certidão de 1822-05-03.
F. 59-68 v.º – Certidão da tradução de componenda de composição de missas e pensões das capelas administradas por D. Francisca da Câmara Furtado de Mendonça, emitida pela Santa Sé em 1820-01-26, munida com o régio beneplácito. Certidão de 1820-05-02.
O Mosteiro de Santa Maria da Estrela de Boidobra era masculino e pertencia à Ordem de Cister.
É também conhecido por Mosteiro de Santa Maria da Estrela ou da Nave, ou da Nave da Estrela de Boidobra.
Também designado por mosteiro de "Maceira de Covelliana", o mosteiro de Santa Maria da Estrela terá sido fundado antes de 1220. Segundo Maur Cocheril, o seu verdadeiro fundador foi Dom Mendo, abade de Maceira Dão, que após um incêndio ocorrido na abadia, em data desconhecida, a reconstruiu e repovoou, em 1220.
Em 1321, segundo o "Catálogo de todas as igrejas, comendas e mosteiros que havia nos reinos de Portugal e Algarves, pelos anos de 1320 e 1321", o mosteiro foi taxado em 150 libras. Dependente de Maceira Dão e filiada a Alcobaça, a abadia da Estrela, aquando da visita do abade de Claraval em 1533, era uma casa pequena e pobre, governada por frei Pedro de Aguiar, um monge de Alcobaça que exercia então o cargo de prior. Além do superior, na época, habitavam esta casa dois monges de Alcobaça, um padre e um converso.
O mosteiro de Santa Maria da Estrela nunca foi acabado de construir.
Em 1579, a 1 de Maio, o Mosteiro de Santa Maria da Estrela de Boidobra foi suprimido; as suas rendas serviram para dotar o Colégio de São Bernardo (ou do Espírito Santo) de Coimbra. O privilégio de união do Mosteiro ao Colégio foi celebrado, a 12 de Maio, por Frei Manuel do Anjos, secretário do Capítulo, e Guilherme da Paixão, prior do Mosteiro de Alcobaça.
Localização / Freguesia: Boidobra (Covilhã, Castelo Branco)
Contém cosido a este documento 3 folhas que nada têm a ver com ele: cópia da carta dos governadores do reino ao rei de Castela sobre a junta dos negócios da fazenda de 5 de Outubro de 1596 e cópia da carta dos governadores do reino ao rei de Castela sobre Rui Gago e as deligências feitas para a eleboração dos tombos.
Reflecte a instituição e organização interna da instituição (memórias, rol de guardiães do convento), a sua dimensão patrimonial e respectivas práticas de gestão (testamentos, tombos de bens, instituição de capelas, escrituras de compra, venda, aforamento, arrematação, troca, emprazamento, juros, doação, dívida, certidões), as relações com outras entidades (contratos, petições, sentenças, autos cíveis).
Actas da mesa, actas da assembleia geral, cobrança de juros, tombos de fundos, contas correntes, cobrança de anuais, recibos das despesas, receitas e despesas anualmente contabilizadas, registo de missas pelos irmãos falecidos, assentosde sepulturas, inventários e rois, autos de posse, registo de irmãos, registo de irmãos do bentinho e termos de eleições de irmãos.
Livro de registo dos títulos das herdades e foros do Convento de Nossa Senhora das Servas da vila de Borba.
Constam os registos dos nomes dos foreiros, dos dotes das religiosas, dos títulos das herdades, dos testamentos e o inventário do cartório do arquivo do convento (documentos, livros particulares, tombos velhos e modernos, os quais se devia fazer entrega sempre que terminassem os abadessados).
Integra ainda: situações de tombos de bens; provisões de uso de espingarda com bala; mercê de anonicato na Colegiada de Santa Maria de Alcáçova de Santarém; mercê de priorado da Igreja Matriz de Vila Franca da Restauração; mercê da vigairaria de Nossa Senhora do Pópulo das Caldas da Rainha
É uma série que integra processos com despacho de provisões e de alvarás, concedendo situações diversas de graça, mandadas passar na forma de estilo ou costumada. A maioria destes despachos respeitam à passagem de cartas de alvará de administração de capelas ou cartas de provisão de tombos de bens.
Posturas, licenças e aforamentos, instrumentos de propriedade, tombos, inventários, escrituras, etc. Compilado pelo escrivão Fernão Lopes de Carvalho, cavaleiro da Casa Real, nos anos de 1466-67. Está incompleto e a sua conservação deve-se ao juíz do Senado Dr. Francisco Cabral de Almada que reuniu o que resta em volume no ano de 1662. Contém posturas muito interessantes dos sécs. XIV e XV.
São maioritariamente relativos a bens em Lisboa, Loures, Torres Vedras, Sintra , Cascais, Colares, Almada, Alhos Vedros, Coimbra, Palmela, Alcácer, Alenquer, Golegã, Santarém. Ferreira, Torrão, Beja e Canha, entre outras.
Inclui: regulamentos, bulas, breves, visitações, matrículas, cartas régias, róis de confessados, consentimento para tomada de hábito, autos de posse e cópias de tombos de comendas, aforamentos, demarcações de propriedades.
Contém o registo dos encargos e das obrigações relativas a este legado, instituído a 11 de Maio de 1590, bem como dos seus administradores e dos pagamentos efectuados. Na margem direita existem remissivas para tombos, livros e cadernos do cartório do convento.
Contém o registo dos encargos e das obrigações relativas a este legado, instituído a 8 de Outubro de 1616, bem como dos seus administradores e pagamentos efectuados. Na margem direita existem remissivas para tombos, livros e cadernos do cartório do convento.
Contém o registo das obrigações relativas a este legado, instituído segundo testamento de Francisco de Figueiroa de 1574, dos casais a ele vinculados, bem como dos seus administradores e dos pagamentos feitos. Na margem existem remissivas para tombos, livros e cadernos do cartório do convento. No verso está escrita uma nota relativa aos títulos deste legado e ao seu pagamento.
Contém o registo dos encargos de missas desta capela, bem como dos seus administradores e dos pagamentos feitos. Este legado está ligado ao testamento do Pe. Manuel de Almeida de Baltar, 4º administrador do legado. Na margem existem remissivas para tombos, livros e cadernos do cartório do convento e do concelho de Aguiar do Sousa.
Contém o registo das obrigações relativas a este legado, instituído a 21 de Janeiro de 1648, dos seus administradores e dos pagamentos feitos. Na margem existem remissivas para tombos, livros e cadernos do cartório do convento e da Provedoria do Porto.
A documentação deste fundo abarca predominantemente duas grandes áreas funcionais: administração eclesiástica e gestão financeira. Contém registos referentes a livros vários de prazos, tombos, livros de recibos, livros de notas.
Contém igualmente registos de autos de demanda, o índice do cartório do mosteiro, livros de autorizações, livros de vedorias, foral e lutuosas.
A documentação deste fundo abarca predominantemente duas grandes áreas funcionais: administração eclesiástica e gestão financeira. Contém registos referentes a despesa e receita da Instituição, assim como tombos, livros de juros (cobrança de capital e juros, relativos a empréstimos concedidos), lembrança de juros, juros de reconhecimento, etc.
Contém igualmente livros de legados recebidos e de entradas de "porcionistas" (recolhidas).
A documentação deste fundo abarca predominantemente uma grande área funcional: administração e gestão financeira.
Contém registos referentes aos vários tombos, o traslado do Foral de Roriz, livros de prazos, livros de recibos e receita e autos respeitantes à jurisdição do couto de Roriz.
Contém descrição de prazos, cópias de tombos, correspondência, contabilidade, alvarás de procuração, côngruas, escrituras de venda, escritura de reconhecimento de foreiro, certidões de preços de trigo e azeite etc. em várias localidades. Inclui: N.º 1 - várias; N.º 2) Comenda de Almourol
Documentação diversificada contendo registos de estatutos, doações, testamentos e previlégios pontifícios, que consitiam em títulos de fundação.
Contém igualmente escrituras de tença, inventários dos cartórios, títulos de bens eclesiásticos, títulos de bens, sentenças, e ainda documentação relativa a contabilidade: receita, despesa, prazos, tombos, dívidas de foros e recibos de rendas.
Certidão passada pelo escrivão dos tombos dos bens e propriedades do Senado da Câmara de Lisboa e do Hospital de São Lázaro.
Casas ficam com a frente entre a rua que vai para o terreirinho do Conde de São Vicente e uma calçadinha. Por trás da rua de Santa Justa "onde chamam o Arco de João Correia.
Escritura feita em Lisboa na rua de Lopo Infante nas casas do tabelião. Tem junto certidão da medição do casal de Chilreira, freguesia de São João das Lampas, termo de Sintra, feita pelo Licenciado Martins Pereira, juiz dos tombos, medição e demarcação dos morgados do Visconde de Vila Nova de Cerveira datada de 20 de Fevereiro de 1612.
Série constituída por documentos originais dos armários, posteriormente encadernados, formando os Livros dos títulos extravagantes. Contêm prazos, demarcações e tombos de bens, sentenças, entre outros documentos. Têm índice. Falta a 2.ª parte do liv. 2 e os liv. 9-12, 15, 18-21 de títulos extravagantes.
Códices factícios que incluem documentos de tipologias variadas: confirmações de privilégios, breves, doações, prazos, compras e vendas, inventário e listas de bens, tombos de casas e bens móveis, demarcações e medições de propriedades, sentenças, contratos e obrigações, documentação relacionada com as obras no convento e na igreja, recibos de contas, quitações, entre outros.
Engloba os tombos e inventários dos bens móveis e imóveis pertencentes à Irmandade, incluindo os livros de registo das covas ou sepulturas; os concursos e contratos de fornecimento, documentos que comprovem vendas, hipotecas e arrendamentos de prédios, relatórios - apenas no que se reportar a orçamentos -, relações de caseiros e foreiros, de devedores, escrituras, doações, testamentos, e outros títulos de propriedades
Constituído por documentação relativa aos registos de entradas e saídas de cereais, às cadernetas do Celeiro Municipal, aos termos de empréstimo e fiança do Celeiro Municipal, à receita e despesa e aos tombos dos devedores do Celeiro Municipal.
Tipologia: Manuscrito; impresso.
Portalegre. Treslado de provisão régia de 12 de Junho de 1756 autorizando a transcrição e registo de três tombos antigos contendo documentação diversa relativa às capelas e morgados administrados por António de Torres Caldeira Leitão Manso e sua esposa D. Leonor Maria Xavier de Brito Vaz Freire.
Contém sentenças e certidões autênticas dos contratos celebrados entre a coroa e a congregação em 1578, 1582 e 1593, requeridas pelo procurador do mosteiro de Paderne e passadas pelo escrivão do cartório e tombos do mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, em 6 e 20 de Novembro de 1754.
A secção congrega documentos de gestão financeira e de património (escrituras, despesas, rendimentos, tombos, prazos, recibos) propriedade da Diocese da Guarda e que foram transferidos para o ADGRD, na sequência de Contrato de Depósito celebrado em 20 de maio de 2021.
O conjunto documental distribui-se pelas seguintes áreas e/ou tipologias documentais: arrendamentos, foros, tombos, arrematações, compras, demarcações, obras, questões jurídicas.
Contém ainda documentação dos seguintes fundos: Comenda de São Mamede de Troviscoso, Couto de Luzio; Mosteiro de Santa Maria de Carqueja; São João de Longos Vales; Mosteiro de Moreira; Mosteiro de Pedroso e Mosteiro de Sanfins.
Par estereoscópico segmentado, formado pelos negativos 4493 (da esquerda) e 4492 (da direita): Foliões mascarados de campónios, numa charrete inteiramente adornada com sementes, durante o Carnaval de Lisboa.
Aspeto de uma ponte de pedra, com homem a passar sobre ela numa charrete.
Par estereoscópico segmentado, formado pelos negativos 4593 (da esquerda) e 4548 (da direita): Aspeto de solenidade pública no Terreiro do Paço (Praça do Comércio - Lisboa), relativa à partida de Guilherme II da Prússia (imperador da Alemanha), no término da sua visita a Portugal. Em primeiro plano, o "kaiser" é acompanhado pela rainha Dona Amélia e pelo marquês de Soveral. Imediatamente atrás, seguem o rei Dom Carlos e a rainha-mãe Dona Maria Pia.
Par estereoscópico segmentado, formado pelos negativos 4568 (da esquerda) e 4633 (da direita): Dois foliões num veículo enfeitado e a transportar um pequeno balão flutuante do tipo "Zeppelin", durante o Carnaval de Lisboa.
Par estereoscópico segmentado, formado pelos negativos 4626 (da esquerda) e 4487 (da direita): Émile Loubet, presidente de França, com o rei Dom Carlos e a rainha Dona Amélia, a bordo do bergantim real (também denominado galeota de Dona Maria I), no cais das Colunas (Lisboa), quando do término da sua visita a Portugal. Em segundo plano, o infante Dom Afonso e o príncipe real Dom Luís Filipe.
Aspeto da azenha e da respetiva ponte em Campolide (Lisboa), com lavadeiras a laborar numa das margens do curso de água.
Aspeto da azenha e da respetiva ponte em Campolide (Lisboa), com lavadeiras a laborar numa das margens do curso de água.
Aspeto de antiga ponte, com pessoas a acabarem de atravessá-la e, em primeiro plano, numa margem do curso de água, um homem de barrete, em pé e de costas.
Par estereoscópico segmentado, formado pelos negativos 4491 (da esquerda) e 4490 (da direita): Folião numa bicicleta enfeitada e a transportar a imitação de uma banheira (na qual está imerso), durante o Carnaval de Lisboa.
Aspeto do palácio da Quinta da Bacalhoa, também conhecido como palácio dos Albuquerques.
Aspeto do palácio da Quinta da Bacalhoa, também conhecido como palácio dos Albuquerques.