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Outorgantes: Bento José Sousa; segundos outorgantes: José Bento Sousa. Notário: António Luis Reis Ribeiro
Outorgantes: Abílio Manuel Gonçalves; Maria Prazeres Araújo; Bento Silva; Bento José Silva. Notário: Gaspar Augusto Teles.
Outorgantes: Bento José Cunha; Bento José Cerqueira. Notário: José António Arantes.
Outorgantes: Bento José Fernandes, Bento Fernandes; João Félix Machado. Notário: José António Arantes.
Outorgantes: Bento José Peixoto; António Bento Peixoto. Notário: Gaspar Augusto Machado.
Outorgantes: Bento Maurente Braga, Bento Maurento Braga; Elvira Vieira Sousa Braga. Notário: Gaspar Emílio Lopes Guimarães.
Outorgantes: José António Gomes; Bento Martins Cutorela, Bento Martins Coturda, Ana Dias. Notário: Francisco Ferreira Monteiro.
O Colégio de São Jerónimo de Coimbra era masculino, e pertencia à Ordem e Congregação de São Jerónimo.
Instituído por D. João III, o Colégio da Ordem de São Jerónimo funcionou, desde 1535, no Mosteiro de São Jerónimo de Penha Longa, vindo a ser transferido, em 1537, para o Mosteiro de Santa Marinha da Costa, em Guimarães, por conveniência dos estudos de D. Duarte, filho de D. João III. Durante a sua permanência nesta cidade, sendo o Infante comendatário do Mosteiro de São Miguel de Refojos, D. João III, sem sucesso, tentou obter do papado autorização para anexar as rendas do Mosteiro ao Colégio dos Jerónimos. Após a morte de D. Duarte, em 1543, o rei voltou a insistir na anexação das rendas de Refojos ao Colégio, que entretanto tinha sido deslocado de Santa Marinha da Costa, para Coimbra. Numa carta ao seu embaixador em Roma, datada de 1545, D. João III acabou por admitir, que no caso de o papa não conceder a anexação de Refojos, lhe fosse dado o Mosteiro em comenda ou administração, para o entregar a frei Diogo de Murça, frade Jerónimo e mestre em Teologia. O pedido do rei foi renovado por carta de 14 de Outubro de 1546 tendo finalmente o papado deferido o pedido. Já abade comendatário de São Miguel de Refojos de Basto, frei Diogo de Murça suplicou ao papa Paulo III a extinção deste Mosteiro e a aplicação das suas rendas à fundação de dois colégios: um de São Jerónimo e outro de São Bento; o que restasse, pagas as despesas com mestres e colegiais, seria atribuído a estudantes pobres da Universidade. O pedido de frei Diogo de Murça foi autorizado pela bula "In eminenti Apostolicae Sedis" de 28 de Março de 1549. Iniciou-se então o processo de fundação do Colégio de São Jerónimo de Coimbra, que viria a ser entregue à administração do superior da Ordem.
A 19 de Dezembro de 1553, os Colégios de São Jerónimo e de São Bento de Coimbra, ainda sem instalações próprias, foram incorporados na Universidade, por iniciativa de frei Diogo de Murça, administrador dos dois colégios recém-fundados, e reitor da Universidade entre 1543 e 1555. Do ponto de vista pedagógico, a instituição foi influenciada, desde os seus primeiros tempos, pela orientação de frei Diogo de Murça, que lhe chegou a redigir estatutos, hoje desconhecidos. Os estudos englobavam a Gramática, as Artes e a Teologia. Por licença apostólica de Paulo III, datada de 1540, o Colégio tinha faculdade para conceder graus de bacharel, licenciado, mestre e doutor e os seus graduados gozavam dos mesmos privilégios e isenções determinados pela Universidade de Coimbra para os graduados equivalentes.
As primeiras diligências dos jerónimos para edificação de um colégio universitário, em Coimbra, datam de 1549, ano em que a Ordem adquiriu um terreno, próximo do castelo e da porta oriental da cidade, para aí construir o seu Colégio. A partir de 1550, os religiosos instalaram-se, provisoriamente, numas casas já existentes no terreno adquirido e deram início à vida colegial. A precariedade das primeiras instalações criou a necessidade de albergar a comunidade colegial no edifício dos paços reais, onde estavam instaladas as escolas, mantendo-se o carácter provisório das instalações. Arrastando-se a questão da construção do Colégio, em 1562, os universitários, por intercessão de D. Catarina e a título de empréstimo precário, foram instalados no edifício do Colégio Real de São Paulo, de construção recente. Este edifício só mais tarde seria entregue aos colegiais paulistas.
Ao longo de toda a década de cinquenta e primeiros anos da década de sessenta do século XVI, enquanto foram mudando de residência, os jerónimos desenvolveram negociações com vista à ampliação da sua propriedade próxima do castelo, de modo a possibilitar a construção do Colégio. Os conflitos de interesses com a vizinha comunidade de padres da Companhia de Jesus prolongaram a questão do início da construção.
Em 1565, sob a protecção do cardeal regente D. Henrique, os jerónimos conseguiram adquirir as terras de que ainda necessitavam junto ao castelo, e começaram as obras de construção do Colégio.
Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo.
Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional.
Localização / Freguesia: Sé Nova (Coimbra, Coimbra)
N.º FPM 07225*7, N.º CGA 1336452
Contém uma lista de vários colaboradores que prestaram serviço na Direção de Serviços do Direito de Autor.