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Maço constituído por processos referentes a pedidos de provisão para autorização de: abolição de encargo de capela; cobrança de dívidas; levantamento de sequestro de bens; execuções de ordens; treslado da Torre do Tombo; confirmação de doação; inventário de bens; execuções de sentenças; tutelas; redução de encargos; ordem de sentenciação de causa; legitimação; suspensão de sequestro de bens; comissão de juiz de fora; nomeação de partido de médico; remessa de informação; extinção de vínculo; denúncia de bens; execução de provisões; contratos referentes aos conventos da Esperança da cidade de Ponta Delgada, de Jesus e de Stº André da Ribeira Grande; confirmação de partido de cirurgião; bens dotais; passagem de certidão; celebração de contrato de aforamento; carta de confirmação de doação; procedimentos do juiz ordinário da vila do Machico e do juiz de fora da Ribeira Grande; obra no Convento de S. Francisco do Funchal; queixa sobre rapto; questão relacionada com a herança do P. Manuel Paim, irmão do arcebispo de Goa. Contém ainda pedidos de alvarás de: licenças para proceder a peditório para angariação de fundos para manutenção do ornato e reparação do altar da Igreja de Nª Sª do Monte da cidade do Funchal; licença para proceder a peditório a favor do restauro do retábulo da capela-mor da Igreja de Nª Sª da Luz da ilha Graciosa; tombo. Este maço contém alguns processos com despacho de anos anteriores, designadamente um do ano de 1757 e outro de 1758.
Maço constituído por pedidos de provisão para autorização de: entrega de pão à Capela das Catarinas na vila de Coruche; tutelas de enteados, irmãos, sobrinhos, orfãos; celebração de contratos de aforamento de terrenos baldios com as Câmaras de Almeirim, Coruche, Santarém, Torres Novas; celebração de contratos de aforamento de bens vinculados; subrogações de foros e de casas de morgado; subrogação a favor do Convento de S. Domingos de Santarém; carta de confirmação de insinuação de doação; remessa de embargos opostos a provisão; nomeação de ministro para inventário de bens; remessa de autos ao Juízo dos Orfãos da vila da Azambuja; aquisição de sino com dinheiros do cabeção das sisas; realização de feira a pedido dos devotos de Nª Sª da Glória colocada na Igreja da mesma invocação, sita no termo da vila de Muge; remessa de autos e de dinheiro de venda de bens de inventário para o Juízo dos Orfãos da Azambuja; pagamento de ordenado; devassa de queixa das religiosas do Convento de Almoster; tombo a pedido do prior e religiosos do Convento de S. Domingos de Santarém; tombo de marcação de casal; demolição de muro; continuação de obra sob caução de opere demoliendo;
Maço constituído por pedidos de provisão para autorização de: tutelas de enteados, de irmãos; abolição de encargos de capelas; treslados de cartas de doação e de outros documentos da Torre do Tombo; sub-rogação de bens de capela; cartas de emancipação; legitimação de filhos; confirmação de tutela de filhos e de nomeações testamentárias de tutelas; adjudicações; suspensão de causas e execuções; restituição de posse de herança; apelações de sentença; restituição de casa; prova de direito comum; cartas de insinuação de doação; nomeação de juiz para realização de tombo; despejo de rendeiro; uso de espingarda carregada; reformas de carta de seguro; empréstimo do Depósito Público; leilão de almoeda; confirmação de carta de doação; celebração de contrato de aforamento de baldio; confirmação de partido de médico da vila de Chão de Couce; citações (de presos, dos juízes ordinários de Erra, de Pederneira, de Domes, do juiz do Crime do Bairro Andaluz, do juiz de fora de Peniche, de vereadores e procurador das câmaras de Sesimbra e de Almada, do Senado da Câmara da cidade de Lisboa). Contém ainda pedidos de alvarás de fiança e de reforma de alvarás de fiança. Falta o doc. n° 21.
Índice dos documentos do maço. Contém identificação sumária de 13 documentos: 1-Três certidões da instituição do Morgado; 2- Certidão da Bula de confirmação da pensão que a Universidade de Coimbra pagava ao Morgado; 3- Duas Certidões de doação e demarcação de Medelo; 4- Três Certidões da confirmação da doação de Medelo a D. Francisco Coutinho; 5- Certidão da Carta de confirmação a D. Guiomar (Infanta), uma cópia da mesma e da doação feita a Gonçalo Roiz Galapura; 6- Uma Certidão de provisões no Tombo; 7- Três Publicas formas de provisão para novo Tombo em 1814; 8- Inventário do Cartório do Morgado, de que fez entrega António Pinto Cardoso, e duas relações descritivas de foreiros, etc.; 9- Portaria e Certidões com respeito ao sequestro que se fez por atrito do último Marques de Marialva e relaxe do mesmo, etc.; 10- Sentenças cominatórias contra os foreiros e posses tomadas por óbito do dito Marques; 11- Memorias da Casa dos Coutinhos, Morgados de Medelo e Torre do Bispo; 12- Diversos papeis; 13- Correspondência dos procuradores de Lamego e Feira, etc.
Carta de Foral de Frossos. Foral Novo dado e assinado[1][2][3] por D. Manuel I à Vila e Concelho de Frossos, comenda da Ordem de Malta (oficialmente Ordem Soberana e Militar Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta). Feitos três exemplares do mesmo teor: um para a Câmara, outro para o Senhorio dos direitos (Comendador: Frei Leonel Henrique Telles), outro para a Torre do Tombo. Este é o exemplar da Câmara. Mandado fazer, concertado e registado[4][5][6][7] na Torre do Tombo por Fernão de Pina[8], encarregue do corregimento dos forais do reino por comissão régia. Documento constituído pelo texto do Foral, auto de entrega, tabuada (índice das matérias tratadas) e vistos em correição (Angeja, Junho de 1629; Estarreja 1624-05-28; Estarreja, 1698-06-09; Estarreja, 1709-06-29; 1824; 1825; 1830). Fólio iluminado, «D» de Dom Manuel escrito em letra capitular. Títulos a vermelho, iniciais a vermelho, em fundo sépia, ornadas com vinhetas. Inscrição: «Foral para a comenda de Froços Ordem de S. João». • Assuntos: Monástico-Conventuais.
Proc. 220 Ordens de serviço interno, elaboradas pelo Director Dr. João Martins da Silva Marques, 1951-1962. Proc. 221Correspondência recebida do Cofre da Presidência, Ministério das Finanças, 1962. Proc. 223 Processo pessoal de Luís de Gouveia Aveiro, 3º Conservador do quadro. Proc. 224 Cópia do Decreto Lei nº. 258/86 de 28 de Agosto , sobre a Lei do Mecenato, correspondência expedida pelo Director da Torre do Tombo ao Chefe do Gabinete da Secretária de Estado da Cultura, acerca da Lei do Mecenato, 1987. Proc. 224 Correspondência expedida e recebida de empresas para de venda de aspiradores, máquinas de calcular, e outros bens de consumo, catálogos de venda, 1963- 1971. Proc. 225 Correspondência recebida acompanhada de catálogos de compra de máquinas, leitores e impressores de microfilmagem, 1962-1963. Proc. 226 Correspondência expedida pelo Director da Torre do Tombo ao Director da Faculdade de Ciências, 1962. Proc. 227 Orçamentos de três casas de venda de móveis, para aquisição de 17 cadeiras em mogno com fundo de palhinha estilo Império, 1962. Proc. 228 Correspondência recebida , circular n.º 19 Serviço de informação agrícola- Ministério da Economia, 1962. Proc. 229 Correspondência recebida de fornecedores acompanhada de catálogos de publicidade a diversos materiais para arquivo, orçamentos de diversas empresas, 1962-1974.
Contém uma folha em papel impressa em latim do "Officium Feriale Sanctis Simi Patris Nostris Bernardi" datado de 1597, com uma nota manuscrita colada. Tem esta unidade um índice, e anotações posteriores em latim. Algumas iniciais a cores ornamentadas com elementos vegetalistas. O texto apresenta-se a 2 colns., 24-26 l. Na obra ‘O Arquivo da Torre do Tombo’ de Pedro de Azevedo e António Baião, este códice é apresentado nos seguintes termos: «Martirológio do Lorvão: É um códice em pergaminho, sem princípio nem fim, escrito em duas colunas, regrado horizontalmente e que parece da 2.ª metade do século XII. Contém as vidas de santos. A sua letra é francesa, e a seu respeito transcrevo a seguinte notícia do punho do oficial maior do Real Arquivo da Torre do Tombo, João Basto: “Este códice parece ser um dos seis, em que o monge Ruggero dividia a sua compilação, e de existiam cópias em muitos mosteiros da Ordem de Cister. Creio que será este o volume cuja falta frei Fortunato de São Boaventura (Commentariorum de Alcobacensi manuscriptorum bibliotheca libri três, pag. 254) lamenta por não ter encontrado senão cinco, e que supunha perdido.” Tem os títulos a vermelho e as iniciais dos capítulos ornadas a vermelho, azul e verde, com cabeças de animais fantásticos e aves, sendo notável um T que se encontra a folhas 32 e que é formado por dois peixes, colocados um horizontalmente sobre o outro.» O Prof. Aires Augusto do Nascimento designa este códice como Passionarium Hispanicum, ou Passionário hispânico.
Exposição "Há Sempre Alguém que DIz Não! A oposição estudantil à ditadura no ensino secundário de Lisboa (1970-1974)," Arquivo Nacional da Torre do Tombo, 15 de dezembro de 2023 a 28 de fevereiro de 2024. Documentos: 1 número de cerca de 30 dezenas de jornais de liceus da grande Lisboa, publicados entre 1970 e 1974. "A Torre do Tombo acolhe a exposição 'Há sempre alguém que diz não! – A oposição estudantil à ditadura no ensino secundário de Lisboa (1970-1974)', concebida para dar a conhecer aos mais novos, nascidos antes e depois da democracia, como os jovens entre os 13 e os 17 anos abraçaram a oposição à ditadura. Pretende-se demonstrar como sentiram o imperativo de contestar as diversas condicionantes da ditadura nas suas vidas: nos estudos, no acesso à cultura, no simples convívio, bem como no seu direito a viver em paz e não ter de fazer uma guerra em África a cuja finalidade não aderiram." • Áreas geográficas e topónimos: Lisboa • Assuntos: EXPOSIÇÕES pós-1981.
Cópias feitas na Torre do Tombo encabeçadas pelo ano do documento, seguido do resumo. Na margem esquerda consta a cota de onde provém a cópia. As cópias foram organizadas por António Mesquita de Figueiredo e descritas em 19 de junho de 1936. Identificação da lombada: "Côrtes. Volume 11. 1566-1584. Reinados de D. Sebastião, D. Henrique, D. Felipe I: Capítulos especiais. Arquivo Nacional da Torre do Tombo". Mesquita de Figueiredo identifica Mesquita de Figueiredo identifica os documentos do rei D. Sebastião de 1566, do rei D. Henrique de 1578; do rei D. Felipe I de Portugal de 1581 a 1584, relativas a documentos sobre capítulos especiais de várias localidades e a outros assuntos tratados nas Cortes de Tomar e de Lisboa, recolhidos do Corpo Cronológico, Chancelaria régia, dos maços 6 e 7 de Cortes. No início de cada cópia encontra-se escrita a lápis, na cabeça do fólio, a indicação de «1.ª Cop[ia]» ou «2.ª Cop[ia]», «Conf. e emendada». Pode apresentar ainda outras notas marginais. Foliação mecanográfica. Encadernação meio-amador em papel de fantasia. Lombada impressa a ouro.
Cópias feitas na Torre do Tombo encabeçadas pelo ano do documento, seguido do resumo. Na margem esquerda consta a cota de onde provém a cópia. As cópias foram organizadas por António Mesquita de Figueiredo e descritas em 19 de junho de 1936. Identificação da lombada: "Côrtes. Volume 16. 1641 a 1699. Reinado de D. João IV: Alvarás. Arquivo Nacional da Torre do Tombo". Mesquita de Figueiredo identifica os "Alvarás passados em resultado de respostas dadas em Cortes" do rei D. João IV (1641-1656) do príncipe regente D. Pedro (1668, 1669, 1670) do rei D. Pedro II (1674, 1680, 1681, 1683, 1698, 1699) recolhidos da Chancelaria régia. No início de cada cópia encontram-se escritas a lápis, na cabeça do fólio, indicações sobre a observação da qualidade das cópias, a indicação de «1.ª Cop[ia]» ou «2.ª Cop[ia]», o momento em que se encontra o trabalho de conferência e de emenda. Pode apresentar ainda outras notas. Foliação mecanográfica. Encadernação meio-amador em papel de fantasia. Lombada impressa a ouro.
Cópias feitas na Torre do Tombo encabeçadas pelo ano do documento, seguido do resumo. Na margem esquerda consta a cota de onde provém a cópia. As cópias foram organizadas por António Mesquita de Figueiredo e descritas em 19 de junho de 1936. Identificação da lombada: "Côrtes. Volume 9. 1498 [- 1504]. Reinado de D. Manuel I: Capítulos gerais e especiais. Arquivo Nacional da Torre do Tombo". Mesquita de Figueiredo descreve os documentos relativos a capítulos gerais e especiais tratados nas Cortes de Lisboa, e recolhidos do maço 4 de Cortes, da Leitura Nova, da Chancelaria régia, do Corpo Cronológico. Os primeiros dizem respeito aos autos de juramento do príncipe D. Miguel, e depois do príncipe D. João. Os segundos pertencem às vilas de Garvão, Santarém, Setúbal, Borba, Bragança, Chaves, Elvas, Guimarães, Montemor o Novo, Portel, Vila Nova de Portimão, Caminha, Torres Vedras, Alcácer do Sal, Arronches, Cascais, Sintra, Vila Viçosa, Loulé, Miranda do Douro, Tomar, Elvas, Campo Maior, Lamego, Torre de Moncorvo, Almeida, Castelo Branco, Marvão, Alegrete, Monção, Palmela, Porto, Trancoso, Aveiro, Lagos, Leiria, Olivença, Lisboa, Coimbra [?], Torres Novas, Faro, Tomar, Leiria, Santarém, Viana do Lima [Viana do Castelo], Panóias, Vila Viçosa, Chaves, Olivença. No início de cada cópia encontra-se escrita a lápis, na cabeça do fólio, a indicação de «1.ª Cop[ia]» ou «2.ª Cop[ia]», «Conf. e emendada». Pode apresentar ainda outras notas marginais. Foliação mecanográfica. Encadernação meio-amador em papel de fantasia. Lombada impressa a ouro.
Cópias feitas na Torre do Tombo encabeçadas pelo ano do documento, seguido do resumo. Na margem esquerda consta a cota de onde provém a cópia. As cópias foram organizadas por António Mesquita de Figueiredo e descritas em 19 de junho de 1936. Identificação da lombada: "Côrtes. Volume 10. 1525-1563. Reinado de D. João III: Capítulos especiais. Arquivo Nacional da Torre do Tombo". Mesquita de Figueiredo identifica artigos particulares das Cortes de Torres Novas, a memória da carta escrita para as Cortes e juramento do príncipe D. Manuel em Évora, a procuração de várias cidades e vilas para o mesmo acontecimento, capítulos gerais das Cortes de Torres Novas, alvarás, capítulos especiais de diferentes localidades nas Cortes de Almeirim, de Lisboa, de Sintra, recolhidos do maço 5 de Cortes, Aditamento de Cortes, Chancelaria régia, das Gavetas, e do Corpo Cronológico. Entre o fólio 105 e o fólio 135 encontra-se a cópia de trinta e seis leis que o Rei promulgou em resposta aos capítulos propostos pelos procuradores dos povos nas Cortes de Torres Novas e Évora (1525 e 1535). No início de cada cópia encontra-se escrita a lápis, na cabeça do fólio, a indicação de «1.ª Cop[ia]» ou «2.ª Cop[ia]», «Conf. e emendada». Pode apresentar ainda outras notas marginais. Foliação mecanográfica. Encadernação meio-amador em papel de fantasia. Lombada impressa a ouro.
Cópias feitas na Torre do Tombo encabeçadas pelo ano do documento, seguido do resumo. Na margem esquerda consta a cota de onde provém a cópia. As cópias foram organizadas por António Mesquita de Figueiredo e descritas em 19 de junho de 1936. Identificação da lombada: "Côrtes. Volume 1. 1211 a 1372. Reinados de D. Afonso II a D. Fernando. Arquivo Nacional da Torre do Tombo". No Indice L235, Mesquita de Figueiredo descreve os documentos relativos a capítulos gerais e especiais de diversas localidades tratados nas Cortes de Coimbra, Santarém, Évora, Elvas, Porto, Lisboa, recolhidos das Leis antigas, Chancelaria régia, Núcleo Antigo (Forais antigos) maço 1 de Cortes, Aditamento de Cortes, Suplemento de Cortes, Gavetas, Chancelaria régia, Leitura Nova. No início de cada cópia encontra-se escrita a lápis, na cabeça do fólio, a indicação de «1.ª Cop[ia]» ou «2.ª Cop[ia]», «Conf. e emendada». Pode apresentar ainda outras notas marginais. Foliação mecanográfica. Encadernação meio-amador em papel de fantasia. Lombada impressa a ouro.
Contém documentos originais e traslados de outros: licença para venda dos bens de Soalhães e Formoselho dada por D. Manuel I, carta de confirmação da terra de Soalhães por D. Sebastião; instrumento de transação sobre o morgado de Soalhães e Cadimes entre D. Margarida, como tutora de D. Brites filha de Rui Vasques com Martim Afonso de Melo e sua mulher D. Teresa; doação da terra de Soalhães e outros concelhos a Gonçalo Mendes de Vasconcelos; sentença dos morgados dos Vasconcelos; vários documentos relacionados com a conezia da Sé de Lisboa; autos de posse dada a D. João de Meneses do concelho de Soalhães; confirmação régia dos morgados de Soalhães, Vila Pouca, Oliveira, Gafanha e Vouzela; certidão do tombo do concelho de Soalhães; várias sentenças (sentença de D. João Luís de Meneses sobre alguns bens de Mafra); documentos produzidos pelos litigantes (petições, contrariedades, embargos, procurações, réplicas, libelos, etc.); traslados de documentos régios; uma certidão tirada na Torre do Tombo com cópia de alguns papéis, doações, alvarás, confirmações, direitos e privilégios, passada a requerimento de D. João Luís de Meneses e Vasconcelos, pertencentes aos morgados de que era administrador; testamentos, cartas de legitimação; uma provisão régia para demarcação das terras dos morgados dos Meneses e Vasconcelos; instituições de morgados (Soalhães, Sancha Anes, Vasco Martins e Guiomar Martins, Vasconcelos, Montejunto); entre outros.
Este índice, que parece ser a continuação do "Index geral de todos os títulos e documentos do cartório deste real Mosteiro, assim em pergaminho como de livros de doações, sentenças, colações, notas e de outros quaisquer [...]" (Ordem de Cister, Mosteiro de Lorvão, liv. 328), terá sido feito pelo o licenciado Manuel Félix Bordéu Salgado. Está organizado por localidades, remetendo para as gavetas, livros de sentenças, livros de colações, livros de notas, livro de doações, livros de tombo. Tem vários documentos soltos: - "Alfabeto deste livro". Remete para as diferentes igrejas, com indicação dos fólios (f. 1 a 267) - "Alfabeto dos documentos e terrras". Remete para as igrejas (f. 1 a 19), localidades (f. 20 a 232) - Apontamento sobre os "Titulos que há no cartório deste mosteiro pelos quais consta ser Midões da Beira do directo domínio deste mosteiro" - Apontamentos sobre diversas localidades: Abiul, São Tiago da Guarda, Almalaguês, Foz de Arouce, Carapinhal e Gondelim, Serpins, Midões da Beira, entre outros. - "Demarcação da Foz de Arouce sentenciada como consta do tombo 5" - Lista de documentos de compra de propriedades existentes nos livros de notas - Dedicatória feita por M. A. Guerra Leal a António Tomás de Almeida da Silva (impresso)
Informação sobre os religiosos existentes naquela freguesia, sobre os valores cobrados por cada missa e, ainda, acerca da pensão de missas desta capela, para o que consultou o tombo 1.º da igreja, f. 59 v.º e o tombo 2.º, f. 710. Conclui que os avós do administrador disseram 120 missas até o tempo em o corregedor veio em correição e obrigou o administrador a dizer as 128 missas, o que se manteve desde então. Quanto aos religiosos esclarece: não havia sacerdote na Freguesia de Gaula, apenas na vila de Santa Cruz, e tirando os sacerdotes que servem benefício restavam desocupados os seguintes: padre João de Gouveia, com obrigação da capela do Rosário e Misericórdia; padre António Baptista, com obrigação da capela de São Francisco Xavier, padre Henrique Moniz, desocupado de benefício e capelas; padre Félix de Morais Drumond, com obrigação da capela de São João de Latrão, que continuava a dizer as missas da dita capela aos domingos e dias santos a 300 réis cada uma, porém queria que se lhe pagasse 400 e 350 réis; o padre guardião do convento de Santa Cruz afiançou não mandar qualquer religioso por menos de 400 réis, o mesmo diziam os sacerdotes acima mencionados.
Contém traslados de documentos do século XII em certidões do século XVI, XVII e XVIII. Assim inclui, as doações feitas pelos padroeiros e pelo rei D. Afonso Henriques ao mosteiro de Santa Maria de Refóios de Lima, certidões da inquirição e de sentenças dadas sobre o couto do mosteiro, passadas por Sebastião Tomás, escrivão, sendo guarda-mor Rui de Pina, (cópia) e por Cristóvão de Benavente escrivão da Torre do Tombo, sendo guarda-mor António de Castilho (f. 190-192, 329-339, 340-343, 361-367, a seguir ao f. 552), destinadas ao tombo das terras do mosteiro. Contém também outras sentenças, prazos, demarcação de terras e casais, traslados de forais, documentos referentes a obras. Contém ainda os autos de diligência mandados fazer pela rainha D. Catarina ao corregedor da comarca de Viana, por ocasião do desaparecimento de documentos do cartório, o traslado da carta do príncipe do Brasil, D. Teodósio de Bragança, dirigida ao provedor da comarca de Viana, acerca do donativo dos mosteiros da Congregação para a defesa do reino e sobre a arrecadação executiva das rendas em dívida. Inclui também traslados de documentos relativos ao mosteiro de Santa Cruz de Coimbra. Apenso e índice feitos em 1718, sendo cartorário o padre D. Bernardo da Trindade. Refere a Relação e Casa do Porto, a Igreja Colegiada de Santo Estevão de Valença, o mosteiro de Landim e o de Salvador de Moreira. Tem dois índices.
O Mosteiro de Santa Maria de Miranda era masculino, e pertencia à Ordem e à Congregação de São Bento. Também designado por Santa Maria de Admiranda (testamento de D. Afonso II) em consequência da paisagem que dele se avistava, por estar situado numa encosta. O "Mosteiro Velho" foi fundado talvez no século XII, embora a primeira menção documentada seja de 1207, vindo a ser deslocado para o alto do monte, lugar onde permaneceu desde o século XIII. Provavelmente foi beneditino desde o começo. Em 1207, recebeu carta de couto de D. Sancho I. Foi beneficiado por D. Afonso II e D. Afonso III. Em 1320, pertencia ao bispado de Tui (Terra de Valdevez) e no "Catálogo de todas as igrejas, comendas e mosteiros que havia nos reinos de Portugal e Algarves, pelos anos de 1320 e 1321" foi taxado em 200 libras, a mesma quantia que o vizinho mosteiro cisterciense de Santa Maria do Ermelo. O abade gozava de muitos privilégios e de ampla jurisdição dentro do couto, mas a comunidade foi sempre pouco numerosa, constando normalmente de apenas três monges e o abade. No tempo de frei Melchior de São Gregório, tinha quatro religiosos, entre os quais o abade, que apresentava no seu triénio um monge sub-diácono para curar as almas da freguesia. O Mosteiro tinha a renda anual de seiscentos mil réis, incluindo a dizimaria da freguesia. O edifício podia acolher oito monges. As irmandades do Santíssimo Sacramento, de Nossa Senhora do Rosário, das Almas, de São Bento, do Nome de Deus, de São Sebastião estavam erectas nas capelas colaterais e do corpo da igreja do Mosteiro. Na freguesia do Mosteiro havia ainda as capelas de Nossa Senhora dos Remédios, de Santo António, do Apóstolo São Tiago, cuja administração e fábrica pertencia a seculares. A crise geral dos séculos XIV e XV atingiu de tal forma este mosteiro que, em 1417, não havia aí nenhum monge. O mosteiro ficou na posse de abades comendatários entre 1495 e 1588. Em 1549 não tinha monges. A Congregação de São Bento tomou posse do Mosteiro por renúncia de Pedro Dias Carreiro, último abade comendatário. O primeiro abade trienal foi eleito em 1599. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Localização / freguesia: Miranda (Arcos de Valdevez, Viana do Castelo)
Tombos das capelas, lançamento das sizas, tombos de medição de bens, registos de rendimentos dos cativos.
Tombos das capelas, lançamento das sizas, tombos de medição de bens, registos de rendimentos dos cativos.
Esta caixa contém: Doc. da Repartição das Finanças de Loures relativa a rendimentos de conventos extintos. 1834-1835. 1 mç, 1 liv. Inclui 15 processos de remissão de foros, 9 mandados de notificação, 6 avisos de recepção, 1Lista de foros, censos, quinhões e capitais mutuados pertencentes à Fazenda Nacional (são mencionados os extintos conventos de São Dionísio de Odivelas, de Santa Joana, de Nossa Senhora da Piedade da Esperança, das Mónicas, de Celas em Coimbra, e do Santíssimo Rei Salvador) e um "livro dos rendimentos do suprimido convento de São Dionísio de Odivelas (1888-1934). A remissão dos foros foi feita nos termos do Decreto 24.427 de 27 de Agosto de 1934 e a Lei de 28 de Julho de 1899. Esta documentação deu entrada na Torre do Tombo em 5 de Março de 1938, através da Inspecção Superior das Bibliotecas e Arquivos (Portugal, Torre do Tombo, Arquivo do Arquivo, Registo de entradas, liv. 1, p. 93). Cota antiga: Documentos remetidos da Repartição das Finanças de Loures, mç. 5, (mç. 1). Esteve localizada no C. 25, E. 53, P. 6.. - "Livro da escrituração da despesa da comenda vaga de Santa Maria das Neves da vila de Sortelha da Ordem de Cristo". 1829. 1 liv. Cota antiga: Conventos diversos, Colecção Especial, cx. 3; Nº ordem 4 - Impressos de recibos da loja maçónica Ordem e Progresso (em branco). séc. XX. 1 vol. Apresenta um carimbo do Arquivo das Congregações. Doc. do Arquivo do Arquivo: - Relações de documentação de conventos remetidos para a Torre do Tombo. séc. XIX. 3 doc. Inclui as relações do cartório do Convento de São Salvador de Moreira (doc. já guardados na Torre do Tombo), de São Paulo de Elvas, São Francisco de Campo Maior (remetidas da Administração do Concelho de Elvas para o Governo Civil de Portalegre, em cumprimento do ofício nº 107 de 3 de Outubro de 1835), e de Agostinhos Calçados de Lisboa, Agostinhos Calçados de Santarém, Agostinhos Descalços da Boa-Hora do Chiado, Agostinhos Descalços de Santarém, Bentos de Santarém, Bernardos de Alcobaça, Camilos de Lisboa, Carmelitas Calçados de Lisboa, Carmelitas Descalços de Santarém, Carmelitas Descalços de Setúbal, Congregação do Oratório de Lisboa, Domínicos de Lisboa, Domínicos de Santarém, Franciscanos da Cidade de Lisboa, Franciscanos de Xabregas, Franciscanos de Setúbal, Franciscanos da Terceira Ordem do Convento do Sítio de Santarém, Freiras de São João de Setúbal, Freires de Palmela, Freires de Tomar, Jerónimos da Penha Longa, Lóios do Beato António, Freires de Santarém, São Vicente de Fora, Landim, Moreira, Oliveira, Paderne, Vilaboa, Vilarinho (remetida do Depósito de São Francisco da Cidade para o Arquivo da Torre do Tombo em cumprimento da Portaria de 1 de Março de 1836, expedida pela Secretaria de Estado dos Negócios do Reino). - Doc. impressos. 1574-1755. 8 doc. Latim, português. Inclui indulgências papais e outros doc. Doc. relativa à Ordem dos Pregadores, Convento de São Domingos de Lisboa. 1777-1823. 1 mac. Trata-se de doc. relativa a uma devassa aos religiosos dominicanos nas ilhas de Solor e Timor e Macau, e apontamentos de receita e despesa do Convento de São Domingos de Lisboa. Doc. não identificados: "Corporações religiosas. Documentos não identificados. Mç 1, nº 1 a 32. 1092?-1396. 33 docs; perg. Latim, português. "Corporações religiosas. Documentos não identificados. Mç 2, nº 1 a 46. 1404-1698. 46 docs; papel, perg. Latim, português. Alguns doc. apresentam cota a lápis azul.
O Mosteiro de São Bento de Santarém era masculino, e pertencia à Ordem e à Congregação de São Bento. Também designado por Mosteiro de São Bento dos Apóstolos de Santarém e Colégio dos Apóstolos. Em 1571, foi fundado por iniciativa da infanta D. Maria, filha de D. Manuel, que ofereceu à Congregação de São Bento a ermida do Santo Cristo da Pastorinha, também chamada dos Doze Apóstolos. Só em 1581, se iniciou a vida comunitária, com a categoria de priorado, e dois ou três monges. Em 1587, foi reduzida a residência Em 1617, foi promovida a abadia. Teve sempre poucos monges. Também era desigado por Mosteiro de São Bento dos Apóstolos de Santarém. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Localização / freguesia: Salvador (Santarém, Santarém)
O Mosteiro de São Jorge de Coimbra era masculino, pertencia aos Cónegos Regulares de Santo Agostinho e à Congregação de Santa Cruz de Coimbra. As lendas milagrosas sobre a origem do Mosteiro fazem recuar a sua fundação a 1080, data em que D. Sesnando teria mandado construir, na mata de Milraus ou Milreus, uma ermida dedicada a São Jorge com um mosteiro anexo, doando-lhe por testamento, parte significativa dos seus bens. Em 1088, já existe notícia de vida comunitária nesse local. Durante o reinado de D. Afonso Henriques passou para a tutela do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra. Em 1192, o Mosteiro acolhia 26 cónegos e 9 cónegas. Em 1301, a prioresa das cónegas ou donas emprazou umas casas situadas na Rua da Moeda, em Coimbra, a João Lopes, alfaiate. Em 1221, passou a beneficiar do estatuto de isenção. Neste ano, pela bula "Sacrosancta Romana Ecclesia", de Honório III, de 19 Fevereiro, foi-lhe confirmada a posse das igrejas de São Tiago da Covilhã, de São Vicente da Beira, no termo da Covilhã, das herdades de Fazalonir [?], de Castelo Viegas, Ameal. Em 1321, pelo "Catálogo de todas as igrejas, comendas e mosteiros que havia nos reinos de Portugal e Algarves, pelos anos de 1320 e 1321", o Mosteiro estava taxado em 900 libras, quantia elevada só ultrapassada, no bispado de Coimbra, pelos Mosteiros de Santa Cruz de Coimbra e de Lorvão. Em 1346, a 5 de Novembro, foi feito um emprazamento de umas casas situadas em Coimbra, de que era senhorio directo o Mosteiro de São Jorge. Em 1350, a 10 de Junho, os priores dos Mosteiros de São Vicente de Fora de Lisboa e de São Jorge de Coimbra fizeram um protesto sobre a partilha dos bens de Mousem Domingos. No início do século XV, entrou em regime de comendas. Em 1479, 1482 e 1483, o prior D. João Álvares era comendatário ou administrador perpétuo dos mosteiros do Salvador de Grijó e de São Jorge de Coimbra. Em 1496, em Évora, a 28 de Abril, D. Manuel confirmou-lhe todas as honras, privilégios, liberdades, graças outorgadas pelos seus antecessores e de que gozara até à morte de D. João II. Em 1541, a comunidade estava reduzida a 4 cónegos, sendo prior D. Cristóvão Barroso, mais tarde, destituído por D. Jorge de Almeida por desviar, em proveito próprio, as rendas do Mosteiro. Em 1543, era comendatário do Mosteiro de São Jorge de Coimbra, o cardeal infante D. Henrique, e recebedor de suas rendas, Gonçalo Mascarenhas, cavaleiro fidalgo de sua casa. Em 1544, este surge designado na documentação por comendatário. O Mosteiro de São Jorge possuía duas propriedades que se situavam na freguesia de Benfica, no termo de Lisboa, pertencentes à mesa prioral, confrontando com bens do Mosteiro de São Vicente de Fora e com bens do Mosteiro de Santos. Em 1543, após vedoria, estes bens foram emprazados, por três vidas, ao Dr. Gaspar Moreira d'Alterio, chanceler da casa do Infante, os quais, em 1567, foram abrangidos pelo tombo de demarcação dos bens da mesa prioral do Mosteiro de São Jorge, anexo ao Colégio do Espírito Santo da Companhia de Jesus, em Évora, cometido ao desembargador Jorge Vaz de Campos. Em 1623, os referidos bens, foram objecto de um escambo feito com o Mosteiro de São Vicente, recebendo certidão da Casa das Herdades de Lisboa. Os bens de São Jorge situados em Benfica, ficaram para o Mosteiro de São Vicente e os bens deste, situados defronte ao Convento da Esperança e junto ao Mosteiro de São Bento-o-Novo, em Lisboa, ficaram para o Colégio. Em 1564, o Mosteiro de São Jorge viu confirmada a sua união à Congregação de Santa Cruz de Coimbra, por letra do papa Pio IV, de 2 de Julho, na sequência de uma súplica, feita em 1563, pelo cardeal infante D. Henrique, regedor e governador do reino, comendatário perpétuo do Mosteiro de Santa Cruz. O cardeal infante mandou reformar o Mosteiro de São Jorge, cometendo tal missão ao prior geral da Congregação de Santa Cruz, sendo prior castreiro de São Jorge, o padre Veríssimo Fernandes. O alvará de reformação foi dado neste mosteiro, a 21[?] de Fevereiro de 1564, por D. Lourenço, e mandado cumprir por D. Manuel, ambos priores de Santa Cruz, em 2 de Setembro do mesmo ano. O prior castreiro de São Jorge foi recebido em Santa Cruz, que passou a pagar a obrigação que São Jorge tinha para com o cura da igreja dos Redondos. Em 1566, as rendas da mesa prioral, primeiramente destinadas à capela de um colégio da Companhia de Jesus a edificar em Coimbra, foram de facto unidas ao Colégio do Espírito Santo de Évora, por bula "Ex solita", de Pio V, de 20 de Maio, reservando-se os padroados das igrejas ao prior e cónegos de São Jorge. As rendas da mesa conventual foram unidas ao Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, para a reforma dos cónegos de São Jorge. Os caseiros deste Mosteiro passaram a gozar dos privilégios e liberdades concedidos ao Mosteiro de Santa Cruz e à Universidade de Coimbra. A aplicação das rendas da mesa conventual e de parte das rendas do priorado-mor, conduziu a um diferendo de que resultaram demandas entre o Mosteiro e o Colégio do Espírito Santo da Companhia de Jesus, que se prolongaram até 1591, terminando com uma amigável composição e contrato confirmados pelo papa Clemente VIII, em 1592, pela bula "In is que pro bono" de Clemente VIII, de 21 de Janeiro. Cerca de 1740, 1767, o convento requereu a frei Gaspar da Encarnação, reformador da Congregação de Santa Cruz de Coimbra, que fosse celebrada a escritura de aceitação e obrigação da capela fundada no Mosteiro por Bento Antunes Colaço, do lugar de Segade, no couto de Semide. Em 1759, a 6 de Novembro, pela bula "Ad summi apostolatus" de Clemente XIII, imposição de pensão perpétua de 70 ducados de ouro sobre os frutos da igreja de Santa Justa do Ameal. Em 1770, foi extinto para ser unido ao Mosteiro de Mafra, no âmbito da união de nove mosteiros da Congregação de Santa Cruz de Coimbra àquele mosteiro. Em 1794, a administração perpétua de parte dos bens do extinto Mosteiro de São Jorge de Coimbra, foi cometida aos priores de São Vicente de Fora. O Mosteiro foi vendido a particulares, e readquirido por compra feita pelos Cónegos Regulares de Santo Agostinho, no reinado de D. Maria I. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Localização / Freguesia: Ceira (Coimbra, Coimbra)
Teria poder e alçada de pôr as penas de dinheiro que lhe bem parecessem, até à quantia de 5.000 reais. E, nos feitos crime, segundo seu Regimento, e isto de escudeiro para baixo e inclusive escudeiro, poderia degradar sem disso haver apelação nem agravo. E mandava a todos os Contadores, oficiais das obras e resíduos e capelas - e bem assim a todos os juizes e oficiais de justiça - onde ele estivesse,que obedecessem em tudo o que dito era, ao Licenciado Diogo Pires, e cumprissem e fizessem cumprir, inteiramente, seus mandados, sob as penas que pusesse. E assim mesmo entenderia nas propriedades e rendas e foros das cidades, vilas e lugares do reino e de tudo faria fazer tombos, conforme a seu Regimento. O Secretário a fez,.
Contem: traslados de: n.º 1 doação de Fairo e Martanes a Duarte de Almeida, 1º possuidor, feita por D. Afonso V em 1464, n.º 2 confirmação desta doação feita por D. João II em 1490, n.º 3 confirmação feita por D. Manuel em 1497, n.º 4 confirmação original desta, em pegaminho à qual falta o selo pendente, n.º 5 doação ao filho de Duarte de Almeida feita por D. Afonso V em 1471, n.º 6 confirmação desta feita por D. Manuel em 1471, n.º 7 doação a João Fernandes de Almeida para seu filho, feita por D. Manuel em 1501, n.º 8 confirmação feita a Duarte de Almeida, 3º possuidor, feita por D. João III em 1522, n.º 9 escritura em que D. Duarte de Almeida renunciou a Fairo em D. Francisco de Meneses com autorização de D. Sebastião; n.º 10 carta de Martanes a D. Duarte de Almeida por D. Sebastião em 1566, n.º 11 carta de renuncia de Martanes feita por D. Duarte de Almeida a D. Francisco de Menese em 1560, n.º 12 carta a D. Francisco de meneses dada por D. Sebastião em 1563, n.º 13 doação a D. Luísa de Castro 6ª possuidora feita por Filipe II, n.º 14 alvará a D. Luisa de Vilhena ou Castro para sua neta D. Maria Luisa Micaela de Portugal feita por D. João IV em 164, n.º 15 alvará original do mesmo, n.º 16 alvará a D. Mariana de Noronha e Castro 9ª possuidora para testar das quintas de martanes e Fairo, feita por D. Afonso VI em 1665, n.º 17 alvará de confirmação da nomeação nos religiosos teatinos e obrigação de vender as quintas referidas, n.º 18 confirmação da compra destas quintas em Aires de Saldanha de Meneses e Sousa feita por D. Pedro II em 1699, n.º 19 certidão da genelogia da descendência de D. Brites de Vilhena e de seu marido D. Manuel de Castro; n.º 20 confirmação do n.º 18 registada no Tombo da Coroa de Santarém, n.º 21 alvará da mesma confirmação registado no Almoxarifado das jugadas de Santarém, n.º 22 Tombo antigo de Fairo e Martanes de 1511, n.º 23 certidão antiga do mesmo tombo velho das quintas de Fairo e Martanes de 1511, n.º 24 certidão do tombo antigo da quinta de Fairo, n.º 25 certidão em que consta se registou novamente os tombos antigos de Fairo e Martanes por faltarem folhas ao livro velho em que estava Martans, n.º 26 escritura de compra das quintas de Fairo e martanes que fez Aires de Saldanha Meneses e Sousa, incorporado na carta de confirmação, n.º 27 escritura de ractificação da mesma compra no ano de 1684, incorporada na carta de confirmação, n.º 28 escritura terceira sobre a mesma compra no ano de 1688, n.º 29 escritura pertencente à compra das quintas de Fairo e Martanes no ano de 1686, n.º 30 testamento e codicilo de D. Mariana de Noronha e Castro, n.º 31 verba do livro verde em que D. Mariana de Noronha e Castro escreveu várias disposições, n.º 32 certidão em que consta que de Fairo e Martanes se não pagou nunca jugada do vinho ao Ramo de São Citrão, n.º 33 certidão em que consta que nunca em tempo algum pagaram as quintas de Fairo e Martanes direitos ao Reguengo da Tojosa, n.º 34 sentença em que julga isentas da coroa as quinats de Fairo e Martanes que se acha registada no Tombo da Coroa de Santarém em cujo juízo se proferiu em 1744, n.º 35 alvará em que D. Pedro II concede licença a Manuel de Miranda Pereira para vender o útil domínio que tinha na metade da quinta do Fairo a Aires de Saldanha Meneses e Sousa em 1684, está incorporado na escritura de compra Tomo 3, n.º 36 certidão em como se não cobram foros pelo Reguengo da Tojosa de que é donatário o Conde de Tarouca, n.º 37 traslado do tombo da quinta de Fairo de 1685, tirado da nota em que está lançado, n.º 38 traslado do tombo da quinta de Martanes de 1685, tirado da nota em que está lançado. Com índice no ínício
O Mosteiro de São Bento de Viana do Castelo era feminino, pertencia à Ordem de São Bento e estava sob jurisdição diocesana. Em 1508, em Dezembro, existia um recolhimento de «beatas», junto à ermida de São Bento de Viana do Castelo, que foi aprovado pelo bispo de Ceuta, D. Francisco. Em 1545, transformou-se em mosteiro por iniciativa de um grupo de 37 leigos que patrocinaram a fundação de uma casa beneditina para religiosas não nobres (pois já existia no lugar, o mosteiro de Santa Ana para beneditinas nobres). Em 1546, a 30 de Abril, foi dada a licença pelo arcebispo de Braga. Em 1549, a 30 de Novembro, obteve-se a bula de confirmação de Paulo III. Em 1546, iniciou-se a vida monástica, com duas monjas vindas do mosteiro de Vitorino das Donas. As abadessas eram trienais, mas a primeira seria eleita por nove anos. Em 1833, o noviciado foi fechado. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Em 1891, o mosteiro foi encerrado por morte da última religiosa. Localização / freguesia: Santa Maria Maior (Viana do Castelo, Viana do Castelo)
O Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça era masculino e pertencia à Ordem de Cister (na documentação designada por Ordem de São Bernardo). Em 1153, foi fundado por D. Afonso Henriques, por carta de doação e couto de 8 de Abril, concedida a São Bernardo, abade do Mosteiro de Claraval (França), a qual estabelecia que no território coutado fosse fundado um mosteiro cisterciense no lugar de Alcobaça, que promovesse o povoamento e o arroteamento das terras conquistadas aos muçulmanos. Em 1157, D. Afonso Henriques isentou o mosteiro de Alcobaça do pagamento de portagem em todo o reino. Em 1157, os primeiros monges vindos de Claraval foram instalados em Chaqueda, ou em Santa Maria-a-Velha, próximo da igreja de Nossa Senhora da Conceição e do local posteriormente ocupado pelo Mosteiro. Formavam então uma comunidade activa, recebendo bula de isenção do poder episcopal, em 1164. Em 1178 começou a ser construído o edifício do mosteiro definitivo, sofrendo com as incursões árabes de 1184 e de 1195. A vinda de mais religiosos de Claraval, permitiu retomar a construção do edifício do Mosteiro, sendo habitável em 1222. A igreja foi concluída em 1223 e sagrada em 1252. Em 1222, a comunidade estava instalada no edifício do Mosteiro, e pôde dedicar-se à assistência através da enfermaria e da farmácia da abadia. Em 1160, Maior Anes doou ao Mosteiro, sob certas condições, a terça parte das ovelhas que pertenciam a seu pai. Em 1179, Pedro pais e seu irmão, Mendo Pais, com esposas e filhos, doaram ao Mosteiro a herdade de Almofala. Nos dois primeiros séculos de existência, o Mosteiro foi governado por abades vitalícios eleitos pelos monges e confirmados por Claraval ou Cister. Em 1260, pela bula "Olim in Ulixbonensi" do papa Alexandre IV, de 8 de Agosto, o abade de Alcobaça foi nomeado bispo interino da diocese de Lisboa. A partir de 1369, no papado de Urbano V, as eleições dos abades passaram a ser feitas pela Santa Sé, concorrendo para o afastamento de Cister e de Claraval. Em 1475, por privilégio inserto na bula "Ad perpetuam" de Sisto IV, de 26 de Agosto, foi concedida ao arcebispo de Lisboa a posse automática nas funções de administrador do Mosteiro de Alcobaça, quando vagasse a abadia, até à nomeação de novo abade. Em 1459, a pedido de D. Afonso V, o Papa autorizou que o Mosteiro fosse dispensado das visitas da casa-mãe e que o seu abade fosse desobrigado de comparecer às reuniões do capítulo geral, em França. Desde essa altura, e em particular em 1475, com a entrada em funções de D. Jorge da Costa, primeiro abade secular (1475-1505) e futuro cardeal de Alpedrinha, a abadia entrou em recessão, com o aumento dos rendimentos do abade, concorrendo para a decadência da vida interna da abadia e para o seu despovomento. Em 1510, por mandado inserto na bula "Ad perpetuam" de Leão X, dada a 22 de Dezembro, passou a competir aos abades de Alcobaça a visitação e reforma dos Mosteiros da Ordem de São Bento e de São Bernardo. A partir de 1519, o cardeal-infante D. Afonso e o rei D. Manuel, começaram a reforma do Mosteiro, introduzindo alguns monges da congregação autónoma de Castela em Alcobaça. Em 1526, D. Francisco da Fonseca, bispo de Titopolis, era governador do Mosteiro, sendo o cardeal-infante seu administrador perpétuo. Em 1532, por ocasião da visita do abade de Claraval, apesar dos esforços realizados o estado do Mosteiro ainda era preocupante: sem disciplina monástica, sem recursos, com os edifícios degradados. A partir de 1533, com o apoio do abade de Claraval, o cardeal-infante conseguiu restabelecer a disciplina entre a comunidade. Em 1540, o cardeal D. Henrique, sucessor e irmão de D. Afonso, continuou as reformas, sendo recordada em Alcobaça a sua obra de organização e de dinamização da abadia. Durante o seu governo, em 1564, os abades de Alcobaça passaram a ser eleitos trienalmente. Pio V, a instâncias do rei de Portugal, erigiu e instituíu a Congregação de todos os mosteiros da Ordem de São Bento, outra dos mosteiros da Ordem de Cister, e outra de todos os mosteiros da Ordem de Santo Agostinho, que a elas foram unidos e incorporados, suprimindo as abadias perpétuas que ao vagar passaram a ser ocupadas por abades trienais. Em 1567, pela bula "Pastoralis officii", de Pio V, de 26 Outubro, foi erigida a Congregação da Ordem de Cister, constituída pelos Mosteiros de Santa Maria de Alcobaça, de Santa Maria de Ceiça, de Santa Maria de Salzedas, de São João de Tarouca. A sua organização devia seguir o modelo da congregação cisterciense autónoma de Castela. Por Alvará de D. Sebastião, confirmado pelo cardeal D. Henrique, a Congregação de São Bernardo foi denominada de Congregação de Santa Maria de Alcobaça. A passagem do abade de Alcobaça a abade-geral da congregação e a autonomização das casas de Portugal relativamente à restante Ordem de Cister, marcou o início de uma nova etapa na vida dos cistercienses portugueses. Em 1702, pela bula "Decet Romanus Pontificem" de Clemente XI, foi concedido o hábito prelatício aos gerais da Ordem de São Bernardo. A actividade do "scriptorium" de Alcobaça, o recheio da biblioteca e a dedicação dos monges ao ensino, comprovam a dinâmica da comunidade. Desde a segunda metade do século XIII, os monges fundaram escolas públicas de latinidade, lógica e teologia, que serviam para instruir os religiosos da Ordem, e que acolhiam alunos vindos do exterior. Foram fundadas escolas agrícolas em Cela, Vimeiro, Valado e Évora de Alcobaça. A partir de 1458, com o objectivo de elevar o nível intelectual da Ordem em Portugal, as escolas do Mosteiro passaram a reunir todos os clérigos cistercienses durante a sua fase de formação literária e teológica. Depois da fundação do Colégio do Espírito Santo de Coimbra (1550), os cursos do Mosteiro foram dirigidos para a formação interna, menos diferenciada, sobretudo na área da gramática e teologia moral. Em finais do século XVI, o Mosteiro dispôs de tipografia própria. Em 1833, os monges abandonaram o Mosteiro. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Localização / Freguesia: Alcobaça (Alcobaça, Leiria)
O Convento de São Francisco de Lisboa era masculino, e pertencia à Ordem dos Frades Menores, da Província de Portugal da Regular Observância. Também era designado por Convento de São Francisco da Cidade de Lisboa Ocidental. Em 1217, foi fundado por frades oriundos do eremitério de Alenquer, junto à Igreja dos Mártires, no chamado Monte Fragoso. Entre 1244 e 1246, foi remodelado com o patrocínio de D. Urraca, mulher de D. Sancho II, e em 1246 estava já em construção a nova igreja, graças à protecção do papa Inocêncio IV. Desde muito cedo que se desenvolveu no convento a actividade intelectual, nele se realizando a formação dos noviços e o ensino da Teologia. Em 1239, foi cabeça da Custódia de Lisboa a partir da criação desta circunscrição da Província de Santiago. Esta última dividiu-se em 1272 nascendo a de Coimbra e, posteriormente, em 1380, criou-se a de Évora. Em 1382, data do Capítulo Geral de Paris, a escola passou a ser considerada "Studium Generale". Em 1453, os estudos foram equiparados a graus universitários. No início do século XVI, procedeu-se a alterações na igreja, no dormitório e no claustro do convento, bem como à construção de uma enfermaria, com altar para os enfermos, dedicado à Senhora das Mercês. Em 1517, passou à Observância, sendo casa capitular ou sede da Província de Portugal. Em 1551, o convento tinha cento e vinte frades, dezasseis capelas (com as suas respectivas obrigações) e cinco confrarias. Em 1741, o edifício sofreu um incêndio, e voltou a arder, por ocasião do terramoto de 1755. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Localização / freguesia: Mártires (Lisboa, Lisboa)
O Mosteiro de São Martinho de Caramos era masculino, pertencia aos Cónegos Regulares de Santo Agostinho até ser unido à Congregação de Santa Cruz de Coimbra. Em 1090, foi fundado por Gonçalo Mendes, filho do conde Nuno Mendes. O mosteiro seguiu desde o início a Regra de Santo Agostinho, que lhe foi outorgada pelo bispo D. Pedro de Braga. Estava sujeito à autoridade do Arcebispo de Braga, competindo ao seu vigário geral passar as cartas de vedoria e de novo emprazamento, requeridas pelos priores e pelos comendatários. Em 1154, D. Afonso Henriques fez-lhe doações significativas. O couto doado por D. Afonso, Conde de Bolonha, ocupava o território da freguesia de Caramos, estava repartido em divisões assinadas em redor do Mosteiro, sobre o qual exercia direitos. O padroado foi constituído por doação, anexação ou por renúncia e entrega das chaves das igrejas de São Mamede de Arentim, Santa Eulália de Arnozela, no concelho de Celorico de Basto, São João da Várzea, no concelho de Gestaçô. No "Catálogo de todas as igrejas, comendas e mosteiros que havia nos reinos de Portugal e Algarves, pelos anos de 1320 e 1321", surge taxado em 500 libras, um valor semelhante ao do Mosteiro do Salvador do Freixo ou ao de São Martinho de Mancelos, de Cónegos Regulares, situados na Terra de Sousa. Em meados do séc. XV, sendo pequeno o número de cónegos residentes em Caramos, para se realizar a eleição canónica do seu prior, o arcebispo de Braga, D. Fernando da Guerra, pelo seu vigário geral, confirmou no priorado um dos cónegos do Mosteiro. Na segunda metade do séc. XV, quase desprovido de comunidade, foi entregue a comendatários. O Infante D. Henrique, arcebispo de Braga e comendatário do Mosteiro, mandou passar alvarás de vedoria ao feitor Francisco de Amorim ou a Francisco Babo, cavaleiros de sua Casa, e mandou que fizessem o novo emprazamento na presença do prior e dos cónegos, juntos em cabido; alguns bens do Mosteiro de Caramos foram emprazados a pessoas de sua casa. Em 1582, os Mosteiros de São Pedro de Folques, de São Martinho de Caramos, de São Simão da Junqueira, de Santo Estêvão de Vilela, de Santa Maria de Vila Nova de Muía, do Salvador de Paderne, de Santa Maria de Vila Boa do Bispo, de Santa Maria de Oliveira e de São Miguel de Vilarinho, pertencentes ao padroado real, foram abrangidos pelo "Contrato dos mosteiros novos", assinado entre o rei e o prior geral da Congregação de Santa Cruz, pelo qual o rei os largava à Congregação recebendo, em contrapartida, uma pensão régia, paga a partir das rendas das respectivas mesas priorais. Em 1594, pela bula "Pro apostolicae servitutis" do papa Clemente VIII, de 19 de Maio, no 3.º ano do seu pontificado, foram unidos à Congregação de Santa Cruz de Coimbra, sendo-lhes confirmados todos os privilégios, graças e indulgências que lhes tinham sido dados e concedendo-lhes os outorgados ao Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, quer pelos papas, seus antecessores, quer os de que gozava de outras religiões (ordens) por comunicação e autoridade apostólica. Em 1595, a 12 de Fevereiro, o Prior Geral D. Cristóvão de Cristo, tomou posse do Mosteiro, das rendas, direitos, igrejas e anexas, padroados e apresentações, cartório e mais bens. Ao ser reformado para a Congregação de Santa Cruz de Coimbra, os três religiosos residentes não aceitaram a reformação. Entre eles figurava D. João de Coimbra, prior castreiro, que fôra feitor e procurador no tempo do prior D. João Pinto. A Congregação enviou novos religiosos para residirem no Mosteiro. D. João das Neves foi o primeiro prior eleito, vindo do Mosteiro de São Simão da Junqueira de que fôra comendatário. Como obrigações para com a Congregação, o Mosteiro contribuía com dinheiro para o Colégio da Sapiência de Santo Agostinho, para a Capela Real, para os padres Jerónimos, para o Seminário de Braga e para a Patriarcal. Extinto em 1770, para ser incorporado e unido ao Mosteiro de Mafra da Congregação dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, em execução do Breve Apostólico de Clemente XIV, de 4 de Julho do mesmo ano, foi decretado o sequestro geral aos seus bens e feito o inventário pelo corregedor da comarca de Guimarães, nomeado pelo cardeal da Cunha em 15 de Setembro do mesmo ano. Os bens foram postos sob custódia e entregues a depositários, permanecendo sujeitos à administração do corregedor. Em 20 de Outubro do mesmo ano, foi ordenado que seguisse para a residência do cardeal da Cunha, na Junqueira, o ouro, a prata e ornamentos, todos os papéis e livros do cartório e o catálogo da livraria, destinados ao Mosteiro de Mafra, o inventário dos papéis e dinheiro da capela do Senhor da Prisão, os processos de autos de arrematação dos bens móveis e semoventes e dos móveis que estavam por vender. Todos os assuntos relacionados com a administração e conservação do edifício, bens imóveis e respectivos rendimentos, foram entregues a um administrador, sediado na casa do recibo do extinto mosteiro. A igreja e a sacristia, a administração da capela contígua ao mosteiro, o recebimento das esmolas e arrecadação dos juros, foram confiados ao cura da freguesia de Caramos. Em 1772, a 6 de Novembro, foi vendido pelo cardeal da Cunha, a José Pinto Coelho Cardoso de Macedo e a sua mulher, D. Mariana de Noronha. Por volta de 1792, após a extinção do Mosteiro e Colégio de Mafra, como residência de Cónegos Regulares de Santo Agostinho, estando decidida a restituição "in integrum" do Mosteiro de Santa Maria de Refóios de Lima, os bens do extinto Mosteiro de Caramos foram-lhe anexados, para sua sustentação, e por ele administrados e custodiados até 1834, mantendo activas a Casa do Recibo e uma Nota Privativa. Localização / Freguesia: Caramos (Felgueiras, Porto)
Número de documentos: s.n. (1848-1852). Números de ordem: 4777 a 5054. Contém, entre outros: - Circular de 3 de janeiro de 1848 exemplar do relatório e decretos de 9 e 14 de dezembro de 1847, que estabelecem a forma de todos os pagamentos ativos e passivos do estado; - Decreto de 2 de setembro de 1848, com resumo por capítulos da Tabela das despesas autorizadas para o ano económico de 1848 - 1849, (Arquivo da Torre do Tombo - Art.º 27.º; Terreiro Público - Art.º 40, 41 e 42); - Aviso de 27 de outubro de 1848 com exemplar das instruções regulamentares para cumprimento da carta de lei de 13 de julho (com os diversos modelos); - Circular de 10 de março de 1849 com exemplar do relatório sobre o estado da execução das leis administrativas (com relação dos livros elementares adotados interinamente pelo conselho superior de instrução pública para uso nas escolas públicas e particulares, mapa das minas do reino concedidas a várias empresas); - Portaria de 3 de setembro de 1849 com cópia de vários parágrafos da comissão da visita à alfândega do Terreiro, e modelo do livro de depósito e tomadias, modelo para o registo dos processos das tomadias; - Portaria de 8 de setembro de 1849, com decreto de 27 de julho de 1849, com resumo por capítulos da Tabela das despesas autorizadas para o ano económico de 1849 - 1850, (Arquivo da Torre do Tombo - Art.º 27.º; Terreiro Público - Art.º 42, 43 e 44); - Aviso de 26 de abril de 1850 com exemplar do decreto do dia 25 e instruções anexas para cumprimento da carta de lei de 20 de abril de 1850; - Decreto de 24 de maio de 1850 e instruções do contrato entre o governo e a direção do Banco de Portugal para o empréstimo de 400 contos de réis; - Portaria de 29 de agosto de 1850, para combater o contrabando dos cereais no rio Tejo, manda que o administrador geral interponha seu parecer sobre as providências na minuta em anexo; - Portaria de 20 de setembro de 1850, com decreto de 9 de agosto de 1850, com resumo por capítulos da Tabela das despesas autorizadas para o ano económico de 1850 - 1851, (Arquivo da Torre do Tombo - Art.º 31.º; Terreiro Público - Art.º 43, 44 e 45).
Contém: 1 - Carta com informações para o Catalogo dos Bispos da Guarda, enviada pelo Padre Manuel dos Santos, de 27 de março de 1721; 2 - Cronologia dos Bispos que consta houve em Idanha depois da expulsão dos mouros, de [1713?]; 3 - Número das Prebendas Dignidades Cónegos e meios Cónegos da Sé da Guarda, [s.d]; 4 - Notícias das sepulturas, letreiros e armas que há na capela mor da Sé da Guarda, nas duas colaterais e na capela da nave, 1721/03/27; 5 - Relação de alguns documentos que podem estar na Torre do Tombo, pertencentes ao Exmo Cabido da Sé e aos Exmos Bispos da Guarda, elaborado peço Deão Joaquim de Mello Guedes Coutinho Garrido, [s.d] 6 - Relação de documentos, relacionados com o Bispado da Guarda, da Torre do Tombo, [s.d]; 7 a 13 - Relação de documentos, relacionados com o Bispado da Guarda, da Torre do Tombo, [s.d]; 14 - Cópia de uma sentença do Bispo da Guarda D. Fr. Vasco de Lamego, por que confirma a posse inmemorial, em que se mostrou estava o Cabido da Sé da Guarda com o Bispo, na provisão de todos os Beneficiados da mesma Sé, das igrejas da Lourinhã, bispado de Lisboa, e de Alter do Chão do Bispado de Evora, e do Padroado de outras (...) de 1424/05/12, [s.d]; 15 - Texto sobre o Monte Herminio, atual serra da Estrela, [s.d]; 16 - Notícias sobre o convento de S. Francisco, Covilhã, [s.d]; 17 a 20 - Notícias da igrejas e freguesias do arciprestado de Celorico da Beira, [1721?]; 21 - Notícias acerca do Convento de S. Vicente da Beira, Angola, [s.d]; 22 - Notícias sobre o Convento e Cartório de S. Domingos de Abrantes. Contém ilustrações e indice dos livros que se acham na livraria do Convento de S. Domingos de Abrantes, [s.d.]; 23 - Memórias do mosteiro de Nossa Senhora da Esperança de Abrantes, [s.d]; 24 - Noticias do Mosteiro de Nossa Senhora da Graça de Abrantes, [s.d]; 25 - Livros que tem a Camara da vila de Monsanto,[1721?]; 26 - Memoria das antiguidades da vila de Marialva, [s.d] Contém termo de encerramento datado de 1826/01/01.
000 rs. que logo pagara, conforme escritura de venda, feita e assinada por Silvestre Afonso, público tabelião em Lisboa, a 30 de Setembro de 1500. E João Teles a obtivera por concerto com seu irmão, Cristóvão Pires de Távora, em troco e escambo de um quinhão de uma quintã, que lhes ficara do pai, situada na Caparica. E Diogo de Sampaio apresentou a carta, dada em Lisboa, a 8 de Março de 1499, escrita por André Fernandes, na qual Cristóvão Pires de Távora solicitava o treslado da doação de Ranhados, que estaria na Torre do Tombo, o que a el-rei aprouve por um seu alvará, escrito em Lisboa, a 8 de Fevereiro de 1498, por João Pais, no qual mandava a Rui de Pina, cavaleiro de sua casa, seu Cronista-mor e Guarda da Torre do Tombo, que a fizesse procurar. Encontrada entre os registos de D. Afonso V, a folhas 5 do caderno começado em Évora, a 15 de Maio de 1470, foi efectuado o treslado em Lisboa, a 10 de Novembro de 1498. E porquanto Rui de Pina estava ausente, El-rei o mandou por Rui Lopes de Veiros, escrivão da Livraria d'el-rei, e feita por Rui (sc) de Elvas, escudeiro e escrivão do Tombo. Em carta escrita em Évora, a 22 de Abril de 1470, por Antão Pires, D. Afonso V confirmava a Cristóvão Pires de Távora, o instrumento de doação, feito em Mirandela, aos 18 de Janeiro de 1460, no qual Álvaro Pires de Távora doava a seu filho, Lourenço Pires de Távora e a sua mulher, dona Maria Teles, o lugar de Ranhados, com todos os seus termos, fontes e montes e foros, com condição de o conde de Marialva e a condessa sua mãe, darem ao dito seu filho, dona Maria em casamento, segundo o firmado. E consultada em 22 de Janeiro seguinte, a senhora dona Leonor da Cunha, mulher de Álvaro Pires de Távora, em Vilarouco de Cima, na Alfândega da Sé (sic), nas pousadas onde entao pousava, disse a Nicolau Martins, escudeiro de Álvaro Pires, tabelião por ele na vila de Mogadoiro, e assim tabelião geral em todas estas terras, perante testemunhas identificadas, que, posto que o dito lugar lhe fosse obrigado às arras de seu casamento, de sua livre vontade o outorgava, dando logo o que à sua parte direitamente pertencia. Francisco de Matos a fez.
Número atribuído ao documento: 230. Este número no Índice da documentação, referido no documento: Portugal, Torre do Tombo, Viscondes de Vila Nova de Cerveira, cx. 2, n.º 4 (PT-TT-VNC/A/204), pertence ao mç. 7. No inventário intitulado: "Livro Geral do cartório de D. Tomás José Xavier de Lima, 2º Marquês de Ponte de Lima, no qual se contém todos os títulos e padrões, morgados, senhorios, propriedades, quintas, fazendas, foros, casais e mais rendas, privilégios, bulas apostólicas, testamentos e outros bens que pertencem à dita casa. Tudo extraído dos originais, títulos e mais documentos que no dito cartório se acham mando [sic] por ordem do dito senhor em Julho de 1819" (PT-TT-VNC/A/1), o mç. 7 corresponde aos “foros em Cascais e Colares”.
Número atribuído ao documento: 314. Este número no Índice da documentação, referido no documento Portugal, Torre do Tombo, Viscondes de Vila Nova de Cerveira, cx. 2, n.º 4 (PT-TT-VNC/A/204), pertence ao mç. 10. No inventário intitulado "Livro Geral do cartório de D. Tomás José Xavier de Lima, 2º Marquês de Ponte de Lima", no qual se contém todos os títulos e padrões, morgados, senhorios, propriedades, quintas, fazendas, foros, casais e mais rendas, privilégios, bulas apostólicas, testamentos e outros bens que pertencem à dita casa. Tudo extraído dos originais, títulos e mais documentos que no dito cartório se acham mando (sic) por ordem do dito senhor em Julho de 1819" (PT-TT-VNC/A/1), o mç. 10 corresponde aos "foros em Sintra e seu termo".
Trata-se de uma obra contendo informações sobre o oriente e a administração portuguesa na Ásia. Diogo do Couto, o seu autor, passou mais de 50 anos da sua vida na Índia, os primeiros 10 como soldado (1559-69) e posteriormente como funcionário do governo, mero cidadão e Guarda-Mor dos Arquivos. Em 1569 voltou a Portugal, mas regressou à Índia em 1571, onde permaneceu até à data da sua morte, em 1616, em Goa. Diogo do Couto assistiu ao declínio de Goa depois da chegada de holandeses e ingleses. As Décadas de Diogo do Couto relatam a sua experiência na Ásia. Enquadram-se ainda na temática da literatura de viagens e descrição de regiões bem como da história do descobrimento e conquista da Índia pelos portugueses. A 12.º e última Década estava ainda incompleta à data da morte de Couto, mas os primeiros cincos livros tinham sido acabados em 1611 e enviados para Portugal No final do texto: licenças de impressão, sendo a última de 8 de Março de 1628
O único livro que integra esta série inclui um índice das capelas e igrejas anexas ao convento.
A Colegiada de São Pedro e Santiago de Óbidos pertenceu, sucessivamente, ao bispado, arcebispado e patriarcado de Lisboa. Localização / Freguesia: Santa Maria (Óbidos, Leiria); São Pedro (Óbidos, Leiria)
Os tombos registados nesta unidade de instalação são os seguintes: - Instrumento de codicilo Afonso; - Instrumento de codicilo de João Lourenço dos Gaios; - Instrumento de testamento de Estevão Domingues; - Instrumento de testamento de Martim Gil; - Instrumento de apegamento dos casais de Catribana e Magoito que são da capela de João Lourenço dos Gaios; -Livro dos bens e heranças do Casal de Catribana; - Apegamento do Casal de Magoito; - Livro das terras e heranças e posições do casal de Maceira que é da administração e capela de Nuno Afonso estatuída na Igreja de São Martinho; - Testamento de Nuno Afonso, instituidor que deixou o Casal de Maceira e respetivas sentenças dadas sobre esta capela; - Treslado do testamento da Frada; - Tombos dos bens da capela de Martim Gil, clérigo raçoeiro que foi da dita Igreja da qual capela são administradores o vigário e beneficiados; - Instrumento de apegamento e medição dos bens pertencentes à capela de Nicolau Ferreira; - Treslado do testamento do dito Nicolau Ferreira; - Livro do casal d'Alcolombal; - Livro dos bens que estão em Lechim; - Livro do casal de Montelavar; - Instrumento de partilha das casas de Cheleiros que são da capela de Nicolau Ferreira; - Tombo da capela de Maria Eanes Capoa; - Treslado do instrumento da instituição da capela de Maria Eanes Capoa; - Livro dos bens e herança a saber da metade que pertence do dito casal ao administrador João Alvarés; - Tombo da outra metade deste casal a João de Sintra ou a seus herdeiros, outro administrador desta capela; - Treslado da sentença da capela de domingos Eanes Capoa; - Apegamento da capela de Lopo Lourenço e de Leonor Alvarés, sua mulher; - Livro dos bens e herança de Lopo Lourenço e de sua mulher Leonor Alvarés, cujo administrador é Simão de Seixas; - Demarcação e medida de certas terras do casal de São Martinho que está no lugar da Silva; - Verba do testamento do Padre Pedro Esteves; - Testamento de Fernão Dias; - Sentença contra o administrador da capela de Maria Afonso em que se julgou por missa de um alqueire de trigo ou de dois de cevada; - Sentença sobre os embargos que se puseram a passar pela Chancelaria a sentença que se havia dado, em que se julgou o Casal de Montelavar da Capela de Sancha Martins; - Revisão de sentença sobre a Capela de Sancha Martins, a qual fora requerida por Duarte Fernandes, vigário de São Martinho ao juiz ordinário Pedro Godinho, cavaleiro da casa del-rei, estando em audiência em Sintra, na praça, em 1517, maio, 22; - Sentença porque foi julgado pagar o administrador da capela de Maria Anes à Igreja um moio de trigo de receber; - Testamento do prior Domingos Borges.
O Mosteiro de Santa Maria de Semide era feminino, pertencia à Ordem de São Bento e estava sob jurisdição diocesana. Era também conhecido como Mosteiro de Nossa Senhora da Assunção. Antes de 1154, ano em que está documentado na carta de couto foi fundado em Semide, por iniciativa do bispo D. João Anaia e de seu irmão Martinho. Estava destinado a monges, não sendo conhecida a Regra. Em meados de 1183, passou para as monjas de São Bento. Em 1610, o bispo de Coimbra D. Afonso de Castelo Branco quis transferir as monjas para o Mosteiro de Santa Ana de Coimbra, construído por ele para Cónegas Regrantes de Santo Agostinho, obtendo para isso a devida autorização pontifícia. A comunidade foi deslocada para Coimbra. Pouco tempo depois, por decisão da maioria e com autorização do bispo, a comunidade regressou a Semide no mesmo ano. A partir desta data, as abadessas passaram a ser eleitas por três anos. Em 1833, foi fechado o noviciado, Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional. Em 1896, o Mosteiro foi encerrado por morte da última monja. Localização / freguesia: Semide (Miranda do Corvo, Coimbra)
Fernão Vaz Dourado (c. 1520-c.1580) foi um militar e um dos três cartógrafos nascidos e formados no Estado da Índia. Segundo fontes documentais, a actividade dos cartógrafos portugueses no Oriente situa-se entre 1530 e 1623. Nos Atlas de 1568 e de 1580, o autor diz ser "fronteiro destas partes da Índia". Fernão Vaz Dourado participou no Segundo cerco de Diu, onde se terá queimado juntamente com outros homens na explosão de um dos baluartes da Praça, recebendo do Vice Rei a mercê, comum a todos os que serviram no Cerco, de uma licença para poder ir a Bengala. Fernão Vaz Dourado viveu e trabalhou em Goa, capital do Estado da Índia e sede do Padroado Português no Oriente, a qual vem descrita no "Livro das cidades e Fortalezas que a Coroa de Portugal tem nas partes da Índia" como uma cidade grande e populosa, com edifícios sumptuosos, aonde afluíam mercadorias do Ocidente e do Oriente, e onde se cruzaram a civilização europeia, a indiana, a chinesa e japonesa, e a islâmica. No estudo apresentado na obra "Portugaliae Monumenta Cartographica", se afirma que a notoriedade da sua obra de cartografia provém da qualidade do desenho, do gosto artístico da iluminura. São obras primas de ornamentação cartográfica, e formam um grupo constituído apenas por atlas, sem igual na história da cartografia. No estudo comparativo do Atlas Universal de 1571, publicado em 2014, se propõe uma análise dos mapas de Fernão Vaz Dourado relacionando-os com os produzidos pelos seus contemporâneos a trabalhar no Oriente, com as fontes cartográficas orientais, com as cartas feitas no Reino, considerando ainda a influência da cartografia espanhola e da cartografia italiana. Fernão Vaz Dourado é autor das primeiras cartas de Ceilão e do Japão, devendo-se-lhe ou conjuntamente com Lázaro Luís, a representação do Japão. Por sua vez, as imagens de Fernão Vaz Dourado representando o Oriente chegaram ao conhecimento dos cartógrafos do Norte da Europa, em particular, Jan Jurgen van Linschoten e Ortelius, e com estes ganharam nova divulgação vindo a ser integradas em versões subsequentes manuscritas ou impressas. Segundo Armando Cortesão “É natural que Vaz Dourado tivesse um Atlas protótipo ou padrão e apontamentos por onde se guiasse, mas em cada seu novo trabalho […] ia-lhe acrescentando ou modificando vários elementos de ordem geográfica [...]”. Trata-se de cartografia de luxo ou aparato”, “peças decorativas para destinatários prestigiados”. É possível inferir, por referências heráldicas indirectas à família Costa, que o Atlas de 1571, tenha sido oferecido a D. Francisco da Costa (1532-33, 1591) que foi nomeado capitão de Malaca em 1564. Assumiu o cargo só em 1571, por três anos, e foi capitão geral e governador do Algarve até 1579. É verosímil que a proximidade de D. Francisco da Costa com o então vice-rei da Índia D. Afonso de Noronha, a quem Fernão Vaz Dourado dedicou um outro atlas (de 1568), leve a crer que a encomenda do Atlas de 1571 tenha sido feita por D. Francisco da Costa. De acordo com o que se conhece hoje sobre as oficinas de cartografia, não restam dúvidas de que estas obras serão o resultado de um trabalho lento, complexo, repartido e colectivo. Cada etapa do trabalho, desde a marcação do fundo à fase da iluminura, o desenho dos continentes e ilhas, o registo da toponímia, podiam ser feitos por técnicos e artistas diferentes. "Com Fernão Vaz Dourado o mundo então conhecido pelos europeus fica cartografado", nomeadamente, no que respeita ao litoral abordado e conhecido pelos marinheiros. Com excepção das áreas polares, só não são representados os litorais de algumas ilhas da Oceânia, incluindo a Austrália e algumas ilhas situadas a norte, o litoral norte e nordeste da Ásia, todo o noroeste da América do Norte, e o interior dos Continentes. Os espaços representados são vastos e semelhantes nos atlas do mesmo Autor, assim como os dados cosmográficos neles apresentados. Da autoria de Fernão Vaz Dourado, são conhecidos cinco atlas (1568-1580), e mais um que lhe é atribuído. Dois deles foram feitos em Goa, outros dois, muito provavelmente, também, e outro, talvez, em Lisboa. Os atlas de Fernão Vaz Dourado conhecidos são: - Fernão Vaz Dourado, Atlas (20 f.), 1568, em Madrid. - Fernão Vaz Dourado, Atlas (20 f. além do frontispício desaparecido), 1570, em San Marino, Califórnia. - Fernão Vaz Dourado, Atlas (18 f. além de uma carta e do frontispício desaparecidos), 1571, em Lisboa, Torre do Tombo. - Fernão Vaz Dourado, Atlas (21 f.), 1575, em Londres. - Fernão Vaz Dourado, Atlas (16 f.), 1580, em Munique. - Anónimo, atribuído a Fernão Vaz Dourado, Atlas (20 f.), c. 1576, em Lisboa, Biblioteca Nacional.
Apresenta a assinatura "Príncipe". Tem três selos de lacre vermelho. 3.ª via. Refere o vice-rei Matias de Albuquerque, arcebispo de Goa D. frei Aleixo de Meneses, bispo de Cochim D. frei André de Santa Maria, bispo de Malaca D. João Ribeiro, inquisidor do Estado da Índia António de Barros, comissário geral da ordem de São Francisco, religiosos da Ordem dos Pregadores, da Companhia de Jesus, de Santo Agostinho, situação da fazenda do Estado da Índia, cobre da China, viagens das Molucas, Nuno da Cunha, fortaleza de Moçambique, alfândega de Ormuz, fortaleza de Mascate, cidade de Baçaim, conclusão da casa na fortaleza de Goa para servir de Torre do Tombo e entrega das chaves a Diogo do Couto, dos livros e papéis, alfândega de Cochim, entre outros assuntos.
Apresenta a assinatura "Príncipe". Tem três selos de lacre vermelho. 4.ª via. Refere o rei mongol, a união dos reis vizinhos, o arcebispo de Goa D. frei Aleixo de Meneses, cavaleiros das ordens, bispo de Cochim D. frei André de Santa Maria, bispo de Malaca D. João Ribeiro, pagamento das ordinárias dos cabidos, conversão dos gentios, inquisidor António de Barros, Santo Ofício de Goa, Jerónimo Pedroso, comissário geral das ordens de São Francisco, separação do colégio dos catecúmenos e órfãos do dos frades, Convento de São Tomás de Goa, religiosos da Companhia de Jesus, religiosos de Santo Agostinho, ida do arcebispo de Goa às fortalezas do norte, rendimento do estado, direito dos cavalos, cobre da China, contrato das viagens de Molucas, alfândega de Moçambique, fortaleza de Mombaça, fortaleza de Mascate, capitão de Ormuz, cidade de Baçaim, Torre do Tombo de Goa, livros de matrícula de moradias, Francisco do Souto, alfândega de Cochim, rendimento da alfândega de Malaca, entre outros assuntos.
Inclui a tradução da carta feita por Jorge de Albuquerque, governador da Índia, de Malaca, em 28 de Agosto de 1522. Contém um manuscrito com a seguinte informação: "O padre George Schurhammer, de Bona, fez uma comunicação à Associação dos Arqueólogos Portugueses acerca da importância destes dois documentos que aqui ficam juntos, Gav. 15, mç. 15, n.º 7 e Gav. 15, mç. 16, n.º 38. Juntos a estes dois documentos estão: um autógrafo do referido Padre George Schurhammer com um resumo dos dizeres destas duas importantes espécies, em língua malaio e o relato do "Diário de notícias" sobre a mesma comunicação. Arquivo Nacional da Torre do Tombo 2 de dezembro de 1930. O conservador - Laranjo Coelho".
O rei D. João II por solicitação dos moradores da cidade e termo de Bragança, mandou que Vasco Fernandes, do conselho do Rei, conde palatino do Desembargo do reino, cronista e guarda-mor da Torre do Tombo, fizesse o traslado em pública-forma da carta de privilégio concedida por D. Sancho aos ditos moradores e das confirmações da mesma feitas por D. Afonso II e por D. Afonso III. A carta é datada de junho da Era de 1221 (ano 1183), as confirmações são datadas respetivamente de 4 de julho da Era de 1257 (ano 1219) e de 20 de maio da Era 1261 (ano 1223). Tem vestígios de selo de cera (cocho em madeira) pendente por trancelim de fios em bege.
Inclui os resumos e apontamentos sobre os ofícios do guarda-mor da Torre do Tombo, visconde de Azurara, informando a Secretaria de Estado dos Negócios do Reino que do real arquivo já foram enviados à Comissão para a reforma dos forais todos os documentos a esse respeito, em cumprimento dos avisos de 9 de fevereiro de 1821; ficando somente o livro em que se acham registadas as propostas que a comissão tinha levado à presença do rei. 1823-10-04. Contém ainda ofícios e duas relações cronológicas das propostas da Comissão do Exame dos Forais e Melhoramento da Agricultura, desde 12 de novembro de 1812 até 22 de dezembro de 1813. 1823-06-30. Integra um apontamento sobre a necessidade de se pedir ao Desembargo do Paço as consultas que fez sobre a reforma dos forais.
Parte 2 maço 326 De 1 de Janeiro de 1614 até 18 de Maio do mesmo ano. Número sucessivo de 54734 até 54917. Com 184 documentos que constam de ordens para os tesoureiros e pagadores do exército fazerem certos pagamentos de dívidas e soldos, entregarem munições de guerra; Conhecimentos de receita e despesa de munições de guerra, e mantimentos para o exército, dos tesoureiros Jerónimo de Vitória, Francisco Rossilho, João Fernandes Vilhegas e Marcello Passaro; Listas da gente de guerra, guias de Companhias que embarcaram e outros papéis inúteis da Vedoria Geral de Guerra. Entre estes estão os documentos seguintes: 81. Memória da tomadia que se fez do navio Salamandria por ordem do Conselho de Estado, pela notícia que teve de extraír este todos os anos de Espanha mais de 400.000 escudos de ouro e prata; 143. Provisão para Diogo de Castilho Coutinho, guarda-mor da Torre do Tombo, passar as certidões apontadas na petição de Estêvão Freire Pereira.
Parte 2 maço 324 De 1 de Janeiro de 1613 até 29 de Junho de 1613. Número sucessivo de 54353 até 54537. Com 185 documentos que constam de ordens para Jerónimo da Vitória, pagador da gente de guerra do Mar Oceano, Francisco Rovilho, pagador da gente de guerra, e Marcelo Passaro, tesoureiro dos mantimentos, fazerem certos pagamentos de soldos, entrega de munições de guerra, e se lhe levar em conta certas quantias; Conhecimentos e recibos de receita e despesa dos ditos tesoureiros. Provisões para da Torre do Tombo se extraírem certidões, bilhetes de altar, e baixas de soldados. Listas de pedreiros de guerra. Contas, certidões e outros papéis da Vedoria Geral de Guerra inutilíssimos. Entre estes estão os documentos abaixo apontados: 40. Ordem para se pagar a Luís Teixeira, cosmógrafo-mor, certa quantia importância de umas cartas de marear.
Este livro contém 25 documentos simples/compostos (1 testamento, 1 auto de execução de sentença, 1 escritura de compra/venda, 1 dossiê de documentos variados, 1 contrato de emprazamento, 7 declarações, 4 cartas de sentença cível, 1 contrato de obrigação, 2 autos de posse, 1 tombo, 1 notificação, 2 autos de apresentação, 1 termo de desistência e 1 carta de confirmação) relativos aos seguintes assuntos: nomeação de vidas para prazo; união de Igrejas ao Cabido; emprazamento de bens imóveis; litígios sobre água; propriedades e rendimentos da Igreja de Eja; partilha de montados; vigairaria da Igreja de Árvore; residência do Abade de Válega; cobrança do dízimo do peixe; pagamento do direito da côngrua; execução de um indulto; posse da Igreja de Paranhos; e apresentação da Igreja de Bougado. Estes processos encontram-se relacionados com os seguintes locais: cidade do Porto, Guarda, Vale da Figueira, Vila Meã, Valongo, Eja, Árvore, Azurara, Santa Maria de Válega, Paranhos e Bougado.
Este livro contém 24 documentos simples/compostos (6 cartas de sentença cível, 3 contratos de obrigação, 3 escrituras de compra/venda, 2 declarações, 2 escrituras de permuta, 1 tombo, 6 contratos de pagamento e 1 apelação) relativos aos seguintes assuntos: celebração de missas na Igreja de Santa Marinha, sua apresentação e fábrica da sacristia; emprazamento de bens imóveis; cobrança de dízimos, redízima e esmolas; pagamento de foros e pensões e pagamento de dívidas em géneros; repartição de casas e vinculação de herdades; serventia das azenhas; rendimentos e direitos do Tesoureiro; e decisões do Concílio provincial Bracarense. Estes processos encontram-se relacionados com os seguintes locais: cidade do Porto, Santa Marinha, Santo Ildefonso, S. João de Ver, S. João de Canelas, Avintes, Valbom e S. Cristóvão de Cabanões.
Contém o inventário dos bens do Convento da Ordem de São Francisco da Província dos Algarves. A 7 de Junho de 1834, o Dr. José Maria Soares da Câmara Zarco, corregedor provedor das comarcas de Évora e Estremoz, o padre frei João de Nossa Senhora do Carmo, guardião, José Paulo de Melo, escrivão, procederam à posse e inventariação dos bens. Integra a descrição dos vasos sagrados e paramentos, objectos preciosos não sagrados - imagens, entre outros -, bem como objectos do refeitório, cozinha, enfermaria, mobília, foros e pensões. Contempla o termo de declaração do guardião do Convento que diz que o cartório do Convento de Xabregas - cabeça da província - poderia conter o tombo e títulos respectivos. Inclui o termo de entrega dos vasos sagrados, paramentos, objectos preciosos e não preciosos ao vigário Francisco Manuel de Carvalho. Compreende os autos cíveis de leilão e arrematação dos bens móveis e imóveis pertencentes ao extinto Convento.