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Manuel Passos Machado, escrivão do Julgado da Calhandriz, não satisfazia os preceitos quaresmais da confissão e comunhão, fazia os enterramentos de familiares em paróquias vizinhas e usava pastores de fora da paróquia para ministrar sacramentos. Chegou a ser preso no Aljube e a recorrer apresentando queixa contra o pároco de calúnia e falsas acusações.
O dito pároco foi acusado de: 1. abuso de púlpito avançando proposições heréticas; 2. alcoolismo; 3. relação adúltera com mulher casada que trouxe de Santarém; 4. relação ilícita com mulher viúva de Vila Franca de Xira; 5. converter em coberta da cama um pálio da freguesia de Alverca; 6. celebrar a eucaristia sem observação de jejum.
O dito presbítero foi acusado de ter em sua casa uma filha, grávida, sendo ainda o autor de tal gravidez. Foi averiguado tratar-se de uma sua sobrinha e não haver provas de incesto ou simples concubinato. O promotor deduz suspeita de calúnia por parte do pároco de Vila Franca de Xira, José da Conceição Martins.
O dito pároco foi acusado de provocar homens e rapazes a praticar atos desonestos e contrários à castidade, de jogar e frequentar a casa de um homem rebelde e que vive em mancebia, de frequentar tabernas e de ter uma relação há 12 anos com uma mulher casada. Contém vários testemunhos difamatórios e abonatórios.
Representação de um grupo de cidadãos acusando o pároco de, além de ter duas mulheres em casa, viver em mancebia com outra casada, tendo-lhe alugado casa em Lisboa e passando a maior parte do tempo com esta, ausente dos deveres paroquiais.
Inclui pedido de informação do patriarca sobre o requerente, que foi pároco em Alhandra e informação menos favorável, aconselhando a saída do dito prior de Alhandra, assinada pelo vigário da vara do Ribatejo, Joaquim da Luz e Mafra.
Inclui carta da soror Cândida Maria da Conceição do convento das Donas de Santarém para o cardeal-patriarca, expondo a sua situação; carta da soror Carlota Francisca de Matos, prioresa do dito convento das Donas, para o patriarca, informando ter recolhido a 7 de outubro a dita soror Cândida Maria; exposição feita pela dita soror Cândida Maria ao patriarca.
Inclui requerimento do dito, residente na Castanheira, freguesia de São Bartolomeu; ofício, semelhante ao anterior, determinando que o cardeal envie à Secretaria de Estado dos Negócios Eclesiásticos os documentos comprovativos da entrega das alfaias, paramentos e outros objetos de culto para as diversas igrejas do patriarcado; carta para o cardeal do vigário da vara do Ribatejo, Joaquim da Luz Sousa e Mafra, acompanhando os ditos recibos; recibos de vários objetos do prior de Santa Iria da Azóia, da igreja da Castanheira, da igreja da Madre de Deus; recibo de um órgão e uma imagem de Santo António da igreja de Almeirim; recibo de imagens e objetos da igreja da Quinta de Santo António de Torres Novas; carta do prior do Varatojo, frei António do Presépio; recibo de vários objetos da igreja de São Julião do Tojal, assinado pelo respetivo pároco, Luís Marques de Sousa; recibo de vários objetos da paróquia da Azinhaga, assinado por Máximo da Cunha Falcão, procurador da Junta da Paróquia. Interessam as relações de objetos e a sua distribuição pelas igrejas requerentes: - Paróquia de Santa Iria da Azoia (Igreja de Nossa Senhora Mãe de Deus e dos homens): esquife de pão preto com a imagem do Senhor morto; um presépio com as imagens de Jesus, Maria e José; sete jarras de louça vulgar; 8 jarras de papelão em mau estado; um terno de paramentos brancos com capa de asperges, frontal e pano do púlpito; um andor pequeno; uma lâmpada de latão amarelo. - Igreja paroquial de São Bartolomeu da Castanheira do Ribatejo: uma imagem de Nossa Senhora de Subserra; uma imagem do Senhor dos Passos; uma caldeira para confessionário, forrada de ramagem; quatro castiçais pequenos de estanho; 12 jarras de pau, em mau estado; três pluviais de damasco (roxo, encarnado, preto); um pano roxo de púlpito; um pano encarnado de púlpito, em veludo; um terno de paramentos de damasco preto; uma guarnição de andor, de damasco roxo; um pálio roxo, de inhame; uma manga de cruz encarnada; 15 frontais de damasco, de diversas cores; 12 bolsas de corporal; cinco alvas de linho; cinco sobrepelizes de linho; 12 manustérgios; quatro capas de lã brancas, com as suas murças; cinco túnicas de tafetá; um espelho pequeno; quatro bancas de pinho, uma delas forrada de damasco; quatro jarros pequenos, fingindo madeira, com seus ramos de flores secas; dois tocheiros; uma caixa de madeira; 20 vestidos de imagens de diversos tamanhos e cores; um pano encarnado de lã. Igreja de São João Batista de Almeirim: um órgão; uma imagem de São Sebastião. Quinta de Santo António (Torres Vedras): um calvário; uma imagem do Senhor dos Passos; uma imagem de Nossa Senhora da Piedade; duas imagens de São Francisco; duas imagens pequenas de Santo António; três crucifixos de diversos tamanhos; três figuras dos Reis Magos; uma imagem de São João Batista; uma imagem de São Miguel; cinco pequenos painéis (quatro com passos da paixão e um de Santo António); um painel representando o batismo de Cristo; um sudário e uma verónica; um pequeno cofre da Semana Santa; uma pequena maquineta dourada para exposição do Santíssimo; um sacrário dourado, muito danificado; quatro pequenas imagens prateadas dos quatro evangelistas para a banqueta da capela mor; 14 castiçais de estanho (seis maiores e oito mais pequenos); três lâmpadas de metal (uma maior e duas muito pequenas); um turíbulo e uma naveta de metal amarelo; uma pequena peanha de pedra de mosaico, já quebrada; uma umbela; duas matracas; uma estante de coro de quatro faces; uma estante de coro pequena; uma vara de pálio de pinho; uma casula e um pavilhão verdes e outro roxo; duas figuras de pretos para servirem de tocheiros; três pequenas imagens do presépio, Jesus Maria José e os três reis; uma cruz de pau preto, para procissão; três pequenas imagens de barro do Calvário; um pequeno sino; uma sineta. - São Julião do Tojal: 28 quadros religiosos, de diferentes tamanhos; 29 pares de cortinas de damasco; um esquife de conduzir cadáveres; duas casulas de damasco (uma branca e encarnada e outra preta); 30 amitos; 23 toalhas de linho, de diferentes dimensões; três pavilhões de sacrário (dois brancos e um encarnado); uma estante e um tocheiro pequeno; quatro palmatórias de metal amarelo e duas de estanho; um crucifixo pequeno; um banco de pinho; seis castiçais de pau, dourados e desiguais; três tapetes velhos; sete panos de estante, de diferentes dimensões e cores, uma sanefa do arco cruzeiro. - Igreja paroquial de Nossa Senhora da Conceição da Azinhaga (Santarém): um pluvial branco de damasco e seda; três mangas de cruz em seda (branca, preta e roxa); uma casula encarnada de veludo; duas dalmáticas de veludo encarnado; um pluvial encarnado de damasco; quatro alvas de linho; cinco manustérgios; três bolsas de corporais de cores diversas; um turíbulo; uma naveta e um prato de metal amarelo; três sacras em mau estado; um antifonário; quatro missais velhos; duas pedras de ara; quatro lâmpadas de metal amarelo e seus pertences; uma lavanda de estanho; três estantes de madeira para missais; quatro jarras fingidas de madeira, muito usadas; um trono volante e sacrário competente; dois crucifixos de madeira de pinho; nove imagens de santos em mau estado; seis tocheiros e círio pascal; uma umbela branca; 48 castiçais desirmanados de chumbo e madeira de pinho; um sino quebrado; sete frontais de cores diversas; 10 painéis muito deteriorados; uma maquineta de trono; um caixote velho de pinho, onde se guardam os evangelistas; a teia da igreja do convento. Recebeu ainda, de prata: um báculo, quatro resplendores de imagens; um cálice, uma patena e colherinhas e a chave do sacrário.
Inclui carta ao patriarca, assinada pelo pároco de Santo Estêvão de Alenquer, Joaquim da Silva, pedindo uma imagem de São Sebastião, que tem conhecimento existir no convento da Castanheira; carta semelhante à anterior, mas dirigida ao arcebispo de Mitilene; carta dirigida ao padre Elviro dos Santos, secretário do patriarca, pelo presidente da Junta da Paróquia de Almeirim, Francisco Nunes Godinho, protestando contra a ordem recebida de entregar a imagem de São Sebastião e o órgão pertencentes ao extinto convento da Castanheira; carta para o patriarca, assinada por Máximo da Silva Costa Falcão, da Junta da Paróquia da Azinhaga, pedindo várias imagens e objetos de culto do convento da Castanheira.