Notas de investigação. Índice temático, ordenado por número de página, de dois dos cinco volumes da História da Administração Pública em Portugal nos séculos XXI a XV, de Gama Barros.
Nota:"O conjunto de manuscritos com as anotações de Alberto Sampaio foram guardados por seu sobrinho António Vicente Leal Sampaio numa folha dobrada a meio, a servir de capa, identificada com a seguinte informação: «Apontamentos de meu tio Alberto Sampaio, que estavam dentro dos volumes do Gama Barros, que emprestei ao dr. José Beleza». Os índices dos dois volumes elaborados por Alberto Sampaio encontram-se devidamente separados e identificados."
Informações complementares: Henrique da Gama Barros nasceu em Lisboa e formou-se em Direito pela Universidade de Coimbra (1854). Foi Administrador do Concelho de Sintra (1857-1862), secretário-geral do Governo Civil de Lisboa (1869), Governador Civil da mesma cidade (1876 e 1878), cargo que ocupava interinamente aquando da proibição das Conferências do Casino em Junho de 1871, Presidente do Tribunal de Contas (1900) e Par do Reino (1906). Celebrizou-se, como historiador, com a publicação da monumental História da Administração Pública em Portugal (4 vols., 1885-1922). A coleção (9 cx.: 101 docs.) conserva o original do 1º vol. da História da Administração Pública em Portugal, rascunhos do mesmo e um índice de legislação do séc. XIX. Parte do seu espólio foi doado pelo filho, em 1944, à Universidade de Coimbra (Instituto de Estudos Históricos da Faculdade de Letras) (site: Biblioteca Nacional de Portugal).
A História da Administração Pública em Portugal nos séculos XXI a XV, versa a história das instituições políticas e jurídicas portuguesas na Idade Média. É uma obra de indiscutível mérito que notabilizou Gama Barros, apontado por alguns historiadores como o continuador de Alexandre Herculano. Gama Barros correspondeu-se com Alberto Sampaio e conheceu bem a sua obra, designadamente o seu estudo As Vilas do Norte de Portugal, sobre o qual fez o seguinte comentário, em carta datada de 6 de Outubro de 1903: «Ninguém decerto terá em maior apreço do que eu a publicação e o favor da oferta, porque no volume que estou escrevendo, e há-de ser o terceiro da minha História da Administração pública, tenho de me ocupar do regime da propriedade; e nesta obscura exploração nenhum guia me pode encaminhar melhor do que o livro de V. Ex.ª» (Fonte: Cartas a Alberto Sampaio. Organização, introdução e notas Emília Nóvoa Faria e António Martins. Porto: Campo das Letras, 2008, p. 31).