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OFÍCIO do capitão-mor da praça de Cacheu, Francisco Roque Souto Maior, [ao secretário de estado da Marinha e Ultramar, Diogo de Mendonça Corte Real], sobre ter recebido vias das ordens régias pela balandra inglesa e iate São Joaquim e numa fragata de guerra; informando do estado de ruína da praça de Cacheu; comunicando que alguns homens enviados para a guarnição de Cacheu encontravam-se doentes, mencionando não ter quarteis para os abrigar, acabando por recolhe-lhos em casas particulares; explicando o mecanismo de sucessão no reino de Bissau, e informando acerca do atual rei, reiterando a necessidade de se enviar missionários barbadinhos italianos para combater o paganismo naquelas partes; informando da ida de um engenheiro para delinear a obra da fortaleza de Bissau, e da falta de mantimentos em Bissa; advertindo sobre as dúvidas de que os rendimentos de Bissau chegariam para fazer face as despesas do estabelecimento de Portugal naquelas partes, explicando as muitas possibilidades que a fazenda real teria em Bissau para arrecadar rendimentos; acerca dos rendimentos dos direitos das fazendas pagos pelos navios em Cacheu e os rendimentos da cera, marfim e escravos que saiam de Cacheu e Bissau não chegavam para a subsistência dos presídios de Cacheu, Farim e Ziguinchor, em virtude de se aplicar apenas metade dos rendimentos em Cacheu e a outra metade ser remetida para Cabo Verde; referindo as tentativas de estabelecer laços de amizade com o rei de Jamé; informando que a notícia da morte de José Lopes [Moura], senhor da Serra Leoa, reduziu a esperança do estabelecimento da presença portuguesa na Serra Leoa, tendo recebido informações de que um filhos do falecido fora criado na Inglaterra, sendo partidário daquela nação, contudo, havia outros filhos partidários de Portugal, e dando conta que o rei da Rocha, primo de José Lopes [Moura], era também partidário de Portugal.

AVISOS (minutas) [do secretário de estado da Marinha e Ultramar, Diogo de Mendonça Corte Real], o primeiro dirigido ao comandante do corsário Nossa Senhora da Estrela, Guilherme Kinse, ordenando que partisse para Bissau cumprisse a sua diligência e regressasse a Portugal; o segundo, ao comandante da nau Nossa Senhora da Natividade, João da Costa de Brito, determinando que partisse com a sua embarcação do porto de Lisboa conduzindo o novo governador de Mazagão, e que na volta trouxesse o governador D. António Alves da Cunha e a sua família; o terceiro, ao capitão engenheiro Francisco Xavier Pais de Menezes, ordenando que embarcasse no corsário Nossa Senhora da Estrela, e desembarcasse em Bissau, onde ficaria às ordens do capitão-mor de Cacheu, e incumbido de fazer uma planta da ilha de Bolama, examinar o estado da fortificação de Cacheu e trabalhar na de Bissau; o quarto dirigido ao capitão-mor da praça de Cacheu, Francisco Roque Souto Maior, informando da partida da nau de guerra corsário Nossa Senhora da Estrela, de que era capitão Guilherme Kinse, e nela embarcaram o capitão de infantaria com o exercício de engenheiro, levando instrumentos e preparos para fazer as plantas de Bissau, Cacheu e da ilha de Bolama, e das fortificações que podem ser construídas em Bissau, e ordenando que este oficial e o seu sobrinho fossem sustentados pela Fazenda Real; e que enquanto se fizessem as diligências devia ordenar que o capitão-de-mar-e-guerra desse uma volta nas ilhas de São Nicolau e Boa Vista, declarando que foram enviados para proteger o comércio do contrato da urzela; remetendo as relações dos reparos, carretas, fardas, armamentos e uma outra relação dos presentes enviados aos reis régulos que foram na fragata; e acerca da ida de uma quantidade de soldados para os presídios.

OFÍCIO do sargento-mor e comandante da praça de Cacheu, António Vaz de Araújo, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar, Martinho de Melo e Castro], sobre a ida de seis navios franceses ao rio de Ziguinchor fazer negócio com o pretexto de arranjarem mantimentos; informando que foi a Ziguinchor buscar os moradores que estavam na terra dos gentios e levá-los de volta para a praça; acerca do ataque protagonizado pelo gentio vizinho de Cacheu, resultando na morte e ferimentos de muitos soldados e algumas mulheres e no roubo de armas, tendo pedido socorro de homens armas e munições em Bissau; sobre os foros que andavam fora da praça nas terras dos seus parentes; afirmando que todas as praças sob o seu domínio estavam em paz; queixando-se dos obstáculos que os administradores da Companhia do Grão-Pará e Maranhão punham aos governadores das praças da Guiné e que Bissau era na prática era governado pelo administrador João da Costa; dando conta que Feliciano Gomes de Oliveira mestre capitão da embarcação que foi a Bissau buscar um socorro foi agredido pelo comandante daquela praça, sem razão aparente; informando que vinha cobrando as dívidas da Companhia do Grão-Pará e Maranhão; remetendo mapa da relação das tropas e munições; acerca da receita e da despesa; advertindo para a necessidade de se regular a atividade dos administradores da Companhia e dos direitos da Fazenda Real; sobre as desordens que ocorreriam na povoação de Geba, que atribuía a presença do administrador João da Costa.