Correspondência de Ana Soares de Albergaria de Noronha e Costa

File

PT/TT/AOS/E/0073/00013

Correspondência de Ana Soares de Albergaria de Noronha e Costa

Formal

Arquivo Nacional da Torre do Tombo

1968

6 f. (391-396); papel

Contém a carta de Ana Soares de Albergaria de Noronha e Costa, dirigida ao Dr. Salazar a expor o seguinte assunto: é proprietária de um arquivo relacionado com o Brasil, isto é, "trata-se de uma larga coleção de manuscritos que vão desde uma cópia sistemática da correspondência trocada com o Rei pelo último Vice-Rei do Brasil até inúmeros documentos originais que remontam aos meados do séc. XVII". Esta documentação está encadernada em 38 volumes, devido a vicissitudes a família precisa de vender o dito arquivo familiar. Teve ofertas do estrangeiro para a referida aquisição, mas a família pretende que o arquivo permaneça em Portugal. Após especialistas de História do Brasil, da Universidade de Coimbra, terem avaliado a documentação, a Universidade de Coimbra - representada pelo Reitor Doutor Andrade Gouveia e Vice-Reitor Doutor Miranda e Barbosa - mostrou-se interessada em adquirir o arquivo, mas não dispõe de verba. Por conseguinte, a autora Ana Soares de Albergaria de Noronha e Costa solicita auxílio ao Dr. Salazar, a fim de resolver o problema.Integra um requerimento de Marcus Soares de Albergaria de Noronha da Costa (filho de Ana Soares e Costa) enviado ao Dr. José de Azeredo Perdigão, Presidente do Conselho de Administração da Fundação Calouste Gulbenkian. Nele descreve o Arquivo da Casa dos Condes dos Arcos, que foram Vice-reis e Governadores de Capitanias no Brasil (D. Marcus José de Noronha e Brito, VI Conde dos Arcos, Capitão General de Pernambuco 1745-1748, de Gotás 1748-1754, 7.º Vice-Rei do Brasil 1754-1760; e D. Marcos de Noronha e Brito, VIII Conde dos Arcos, Capitão General do Pará e Rio Negro 1803-1806, 15.º Vice-rei do Brasil 1806-1808, Capitão General da Bahia 1808-1818. Diz o autor que esta documentação relativa à História da colonização portuguesa no Brasil, abrangendo os anos 1648 a 1817, deveria ficar em Portugal, e não no Brasil. Todavia para salvar o seu património, nomeadamente o Palácio do Salvador em Alfama de que é proprietário, vê-se na obrigação de vender o Arquivo.

Português