Composição entre o conde Sisnando, governador de Coimbra e o bispo D. Paterno, em que estabelecem que os frades da Sé de Coimbra, devem seguir as regras de Santo Agostinho, e lhes entregam a Igreja de Santa maria e as casas que ficam adjuntas à dita igreja

Item

PT/TT/CSC/1DP01/020

Composição entre o conde Sisnando, governador de Coimbra e o bispo D. Paterno, em que estabelecem que os frades da Sé de Coimbra, devem seguir as regras de Santo Agostinho, e lhes entregam a Igreja de Santa maria e as casas que ficam adjuntas à dita igreja

Arquivo Nacional da Torre do Tombo

1086-04-13

1 doc.; perg.

Trata-se de um documento falso. Durante muito tempo considerou-se ser este o documento da fundação do cabido da catedral conimbricense. No entanto este documento não é autêntico como não o são outros documentos da época. A análise paleográfica e diplomática realizadas ao documento comprovam a sua falsidade. Um preâmbulo histórico longo, a utilização de vocábulos como “ canonica”, “canonici”, “vita canonica” ou “prior” são considerados anacrónicos para a época. Segundo Maria do Rosário Barbosa Morujão “este documento é não a carta de fundação do cabido de Coimbra mas uma narração da história da sua criação no tempo de D. Paterno sob a égide de D. Sesnando. A obediência à regra de Santo Agostinho constitui uma interpolação, motivada, eventualmente pelo facto de ser essa a obediência capitular habitual na altura em que o documento foi lavrado. O documento deve ter sido escrito por 1132-1135 e inserir-se no contexto das rivalidades entre a Sé de Coimbra e a canónica crúzia nascente”.

Escriba: Martinho, presbítero.

Latim