Carta de sentença dada por Gonçalo Martins, escolar em Direito canónico, prior da igreja de Santo André de Lisboa, como ouvidor geral pelo cardeal D. Jaime, perpétuo administrador da igreja e arcebispado de Lisboa, sobre contenda entre o mosteiro de Santa Clara de Santarém, representado por João Lobo, seu procurador, e João Afonso Balegão, morador na Ribeira de Cabanas, termo de Santarém, representado por Lourenço Vasques, seu procurador, a propósito de um casal e um moínho que o réu trazia emprazados do dito convento, sitos na dita Ribeira de Cabanas, acumulando já uma dívida de 85 alqueires de trigo, 5 capões e 80 ovos, por incumprimento no pagamento do foro devido pelo dito moinho desde o ano de 1452