Livro de apontamentos do guarda-mor da Torre do Tombo, Manuel da Maia

Item

PT/TT/MSLIV/2269

Livro de apontamentos do guarda-mor da Torre do Tombo, Manuel da Maia

Formal

Arquivo Nacional Torre do Tombo

1 liv. (92 f., 145 mm x 100 mm); papel

No "Título" o Autor oferece uma nótula biográfica:«Manuel da Maia cavaleiro professo na Ordem de Cristo, fidalgo da Casa Real, tenente general dos exércitos de sua Majestade Fidelíssima, engenheiro mor do reino, académico do número da Academia Real, cronista da sereníssima e real Casa de Bragança, e guarda mor do Real Arquivo da Torre do Tombo, e mestre assistente do fidelíssimo senhor rei D. José I e de seus irmãos os sereníssimos senhores infantes D. Carlos, e D. Pedro, como se pode ver na História genealógica da Casa Real Portuguesa, tomo 8, f. 261, 342, 372.Foi batizado na freguesia de São Julião, aos cinco dias do mês de agosto de 1677 anos».No fólio 15 escreve:«Manuel da Maia em 12 de fevereiro de 1745 teve carta de propriedade que se registou no livro 9 do Registo do Real Arquivo, [...] dia em que tomou posse do cargo de guarda mor, registada a f. 55».

Em 7 de Fevereiro de 1942, foi adquirido por oferta do coronel Henrique de Campos Ferreira Lima, director do Arquivo Histórico Militar conforme dedicatória escrita na contracapa, datada de Lisboa.

Contém vários apontamentos, mais longos ou mais breves, de diversa legislação - alvarás, ordenações, lei, regimento, decretos, cartas de mercê... com remissivas para informações complementares. Indica a cota dos documentos. Inclui a recolha de conteúdos diversos que suscitaram o interesse de Manuel da Maia relativos ao funcionamento do Real Arquivo, às pessoas que nele trabalharam, aos assuntos dos documentos, aos trabalhos a realizar... - Procedimento para garantir o serviço régio: Alvará do Rei para que se dê entrada no Arquivo aos procuradores da Coroa e Fazenda do Reino e Ultramar sempre que o requeira o serviço real conforme o Regimento dos Contos mencionado. - Ordenação e lei sobre os procuradores e vogados. - "A mudança da Era de César para a de Cristo [...] consta do 4.º livro das Ordenações do rei D. Afonso V, f. 62" que o rei manda cumprir «sob pena de privação dos ofícios» (f. 7v). - Documentos respeitantes a escrivães da Torre do Tombo (f. 8, 16): Bastião Tomás, escudeiro e tabelião das Notas de Lisboa (por renúncia de Rui d´Elvas) com menção do mantimento ordenado, tomada de posse, juramento na Chancelaria, e data do documento. Eusébio Manuel da Silva, Fernão das Naes, Gaspar Álvares de Lousada, Cristóvão de Benavente, Alexandre Manuel da Silva, - Cotas e conteúdos dos documentos respeitantes a guardas móres da Torre do Tombo (f. 12): José de Faria, Fernão de Pina, - Custo de uma busca na Torre do Tombo «quando se acha a notícia que se procura, e de metade quando se não acha» (f. 24v).- Verificação da existência de palavras trocadas que se devem emendar nos documentos.- Ajuste com o guarda livros José da Mota para continuar as encadernações das chancelarias a 800 réis por livro, à semelhança das antecedentes, com início a 13 de março de 1760, recomeçando na Chancelaria do rei D. Afonso VI (f. 30).- José da Silveira Morais Barbarica, Alvará para suprir no impedimento de Manuel da Maia, passado em 20 de fevereiro de 1764, à semelhança do que tinha sido passado ao padre António de Ataíde que faleceu em 21 de janeiro (f. 31v-34, 37). - Carta do conde de Oeiras remetendo ao Real Arquivo o Alvará pelo qual o rei D. José I determina que se dê entrada aos procuradores da Coroa e Fazenda do Reino e Ultramar quando forem para negócios do serviço real e se lhes dê informações e certidões do que solicitarem (f. 39-42). Tem a indicação da cota dos documentos onde foi guardado e do respectivo registo. - "Decreto sobre as chaves da Torre" (Palácio da Ajuda, em 28 de setembro de 1761) acerca da decisão régia de mandar ao Guarda Mor, na presença de todos os oficiais, «riscar, e apagar» no livro 30 da Chancelaria de D. João III, f. 38, as palavras que não pertenciam ao texto original da carta registada no livro 23 da Chancelaria do rei D. Manuel I, f. 32 (f. 43-46v). - "Corpo Cronológico confuso, reduzido a Índice cronológico" (f. 50v). "Guia para se conhecerem os anos dos reinados dos reis de Portugal quando se buscarem os documentos agregados nos Índices cronológicos" (f. 51-52). Apresenta a lista dos maços de documentos, a dimensão de cada um, e a total por cada uma das três partes. A soma dos documentos da Primeira e da Segunda Partes estavam revistas e aprovadas em 25 de fevereiro de 1764. No final está o "Resumo da soma dos maços e documentos de que se compõem o índice cronológico, dividido em três partes, e registado neste livro de f. 53 até f. 60" [f. 61]. - Nota com citação tirada da obra de D. Gabrielis de Parexa et Quesada, tomo 1, f. 29, n.º 34, col. 1.ª «Et ejus claves [...]» (f. 60). - Nota acerca do número de versos dos quinze livros do Metamorphoseos [Metamorphoseon] de Ovídio [f. 60A]. - Nota sobre os Livros de Leitura Nova do rei D. Manuel «que se retocaram das faltas, que tinham nas regras e caracteres são 56. Ano de 1766» [f. 60Av]. - "Lembranças do que se deve ir renovando, ou reformando neste Arquivo": nos livros de Leitura Nova, de Chancelaria (assinalar os fólios com numeração repetida...), correcção dos alfabetos (f. 80). - Livro mencionado no Índice n.º 60, mas em falta no Armário 8 da Casa da Coroa (f. 81). - Cotas de documentos da chancelaria régia relativos à Irmandade do Santíssimo Sacramento de São Julião (f. 86). - "As pessoas chamadas para virem escrever no Real Arquivo em 20 de setembro de 1758 foram [...]" (f. 87). - Apontamentos relativos ao convento da Arrábida, ao Santo Ofício da Inquisição, na chancelaria de D. Felipe I e D. Felipe II; menção ao registo da «minha carta de padrão de 108 mil réis de tença e 12 mil réis para o hábito. Manuel da Maia». «Ena antecedente está a do José da Silva Pais» (f. 89).Capa em pergaminho com solapa.

Português

Obras Várias Impressas e Manuscritas, Núcleo Antigo 892