Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas
Edifício da Torre do Tombo, Alameda da Universidade
1649-010 LISBOA
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Identification
Description level
Fonds
Reference code
PT/TT/AOPL
Title
Associação de Socorros Mútuos dos Ourives da Prata Lisbonenses
Title type
Formal
Holding entity
Arquivo Nacional Torre do Tombo
Initial date
1750
Final date
1934
Dimension and support
404 u.i.; papel
Context
Biography or history
O objectivo das confrarias, de um modo geral, é a prestação de ajuda e solidariedade aos seus associados e familiares. É o caso dos ourives da prata de Lisboa que se associaram, formando uma Confraria que tinha como patrono Santo Eloy. Em 1460 o rei D. Afonso V, por Alvará de 7 de Agosto, concede-lhes o "privilégio da aferição dos pesos e balanças da cidade de Lisboa e seu termo", e D. Manuel, em 1514, outorga, aos ourives da prata, um arruamento distinto do dos ourives do ouro. A ligação dos ourives da prata a Nossa Senhora da Assunção ocorre entre o final do século XV e o início do século XVI com as festividades do Círio de Nossa Senhora que estavam a cargo dos chefes do ofício. Em 1750, juízes e confrades reúnem-se na Casa de Nossa Senhora da Assunção para aprovar novos compromissos, confirmados pelo rei D. José, onde é referida a Irmandade de Nossa Senhora da Assunção, uma vez que os confrades tinham uma grande afinidade religiosa a esta irmandade (em 1697 foi construída uma ermida a Nossa Senhora de Assunção que era administrada pela Confraria de Santo Eloy). No ano de 1792 a Confraria de Santo Eloy une-se à Irmandade de Nossa Senhora da Assunção.Em 1865, foram aprovados os estatutos da Confraria de Nossa Senhora da Assunção e Santo Eloy dos Ourives da Prata, segundo alvará régio de D. Luís I, que, conforme o artigo 1º, passou a denominar-se "Associação dos Ourives da Prata Lisbonenses, sob a invocação de Santo Eloy". Segundo o artigo 2º dos mesmos estatutos, "O fim d'esta associação é prestar socorros aos sócios, e por sua morte às viúvas e orphãs, nas condições exigidas n'estes estatutos". Podiam fazer parte desta associação todos os indivíduos com mais de 15 anos de idade e 4 anos consecutivos de aprendizagem no ofício de ourives da prata. A administração da associação, assim como a gerência de todos os negócios, pertencia à assembleia geral, e por sua delegação à comissão administrativa.Em 1877, o rei D. Luís aprova os novos estatutos desta associação, passando a ser exigido para a admissão dos sócios, que tivessem idades compreendidas entre os 16 e os 23 anos, devendo apresentar comprovativo em como estavam registados na profissão há pelo menos 3 anos, provar ter boa conduta, residir e trabalhar em Lisboa. Era garantido um subsídio aos sócios que não pudessem trabalhar por motivo de doença ou prisão, e às viúvas, de modo a garantir a educação e sustento dos órfãos. Esta associação volta a alterar os seus estatutos em 1881, passando a ser referida como Sociedade de Socorros Mútuos, com sede em Lisboa. Além da ajuda aos sócios e viúvas, atribuía o Prémio Gil Vicente ao filho do sócio que tivesse classificação de distinto nos exames da instrução primária.Os estatutos são ainda alterados uma quarta vez, em 1893, passando a denominar-se Associação de Socorros Mútuos dos Ourives da Prata Lisbonenses, com sede em Lisboa. A assistência e os subsídios atribuídos aos sócios e viúvas são idênticos, sendo a idade de admissão de sócios alargada aos 25 anos.
Custodial history
A custódia desta documentação esteve a cargo do Arquivo Histórico do Ministério das Finanças desde o início de 1943. Pelo Decreto-Lei 106/G, de 1 de Junho de 1992, este Arquivo foi extinto sendo a sua documentação incorporada na Torre do Tombo.
Content and structure
Scope and content
O fundo é constituído por treslados de compromissos, regimentos e regulamentos, livros de actas e termos de eleições, pautas e livros de assentos de confrades, livros de matrícula de aprendizes, livros de registo de deliberações e de examinados. A documentação produzida pela Comissão Administrativa inclui, maioritariamente, orçamentos anuais, conta geral da Confraria, livros de receita e despesa, livros caixa, livros de registo de rendimentos, de ordens de pagamento e de recibos, livros de cobrança das presidências, livro de assento do pagamento de jóias, livro de contas dos procuradores de ofício, relatórios de contas, balancetes, registos de cobrança aos sócios e despesas com seguros.Inclui, ainda, documentação referente ao provimento de socorros a confrades, viúvas, órfãos e doentes, relação das farmácias às quais foram efectuados pagamentos, recibos dos auxílios a funerais, mapas de serviço clínico e subsidiário, livro de registo de diplomas de sócios, Talões de anulação de sócios, livros de matrícula de sócios, copiadores de correspondência recebida e expedida, estatutos e projectos de estatutos, petições, provimento de dotes, sentenças cíveis, alvarás, provisões, consultas, avisos, requerimentos, mapas de pesos e regulamento de exame para mestre.
Arrangement
Sequência numérica das unidades de instalação.
Access and use
Other finding aid
Guias e Roteiros:PORTUGAL. Instituto dos Arquivos Nacionais / Torre do Tombo. Direcção de Serviços de Arquivística - "Associação de Socorros Mútuos dos Ourives da Prata Lisbonenses". in Guia Geral dos Fundos da Torre do Tombo: Colecções, Arquivos de Pessoas Singulares, de Famílias, de Empresas, de Associações, de Comissões e de Congressos. Coord. Maria do Carmo Jasmins Dias Farinha [et al.]; elab. Ana Maria Lopes; fot. José António Silva. Lisboa: IAN/TT, 2005. vol. VI. (Instrumentos de Descrição Documental). ISBN 972-8107-69-2. p. 289-291. Acessível no IAN/TT, IDD (L602/6).Inventários:Inventário elaborado em 1997 por um grupo de alunos do Curso de Especialização em Ciências Documentais, para a cadeira de Catalogação III. Disponibilizado mediante pedido expresso.
Notes
Notes
Nota ao título: Também conhecido por Confraria de Santo Eloy e Nossa Senhora da Assunção e Associação dos Ourives da Prata Lisbonenses.
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