Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas
Edifício da Torre do Tombo, Alameda da Universidade
1649-010 LISBOA
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Identification
Description level
Fonds
Reference code
PT/TT/MSG
Title
Mosteiro do Salvador de Ganfei
Title type
Atribuído
Holding entity
Arquivo Nacional Torre do Tombo
Initial date
1450
Final date
1834
Dimension and support
75 liv., 2 mç.; perg., papel
Context
Biography or history
O Mosteiro do Salvador de Ganfei era masculino, e pertencia à Ordem e à Congregação de São Bento.A primeira menção documentada sobre a sua fundação é do tempo de D. Teresa (1112-1128). Atribui-se a fundação deste mosteiro a Ganfredo, segundo uma inscrição decerto mal interpretada por leitura tardia. Em 1320, pertencia ao bispado de Tui, arcediago de Cerveira e foi taxado em 300 libras. Em meados do século XIV, a situação económica do mosteiro ter-se-á agravado, levando D. Pedro a autorizar a comunidade a manter na sua posse os bens recebidos em herança para recuperar da ruína em que se encontrava. Em 1499, sendo do padroado real, D. Manuel deu-o aos Marqueses de Vila Real, que foram nomeando abades comendatários até ao falecimento do último, em 1581. Em 1569, a Congregação de São Bento tomou posse da comunidade condicionalmente.Em 1588, tomou posse definitivamente, mas teve de ceder boa parte das propriedades para chegar a acordo com os Marqueses de Vila Real. Em 1809, foi incendiado durante as invasões francesas, tendo sido depois reedificado. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional.Localização / freguesia: Ganfei (Valença, Viana do Castelo
Custodial history
A toda a documentação dos cartórios de mosteiros ou conventos custodiados pela Repartição da Fazenda de Viana do Castelo foi atribuída uma numeração sequencial. Desta fase de custódia resultou a designação genérica de "Conventos de Viana" por que passaram a ser conhecidos.Mais tarde, foram transferidos para a Inspecção Geral das Bibliotecas e Arquivos Públicos, em virtude do art.º 6.º do Decreto de 29 de Dezembro de 1887 e do ofício da Direcção-Geral dos Próprios Nacionais, de 31 de Outubro de 1889, sendo incorporados no Arquivo da Torre do Tombo, em 5 de Maio de 1890.Em 1990, sob orientação da Dr.ª Maria José Mexia Bigote Chorão, alguns documentos deste fundo foram nele integrados, depois de ter sido identificada a sua proveniência, e retirados da colecção Documentação de conventos por identificar, cx. 11, conforme apontamento existente na caixa.A documentação foi sujeita a tratamento arquivístico, no final da década de 1990, empreendido por técnicos da Torre do Tombo e por investigadores externos. Em Outubro de 1998, foi decidido abandonar a arrumação geográfica por nome das localidades onde se situavam os conventos ou mosteiros, para adoptar a agregação dos fundos por ordens religiosas. Desta intervenção resultou o facto de cada ordem religiosa passar a ser considerada como grupo de fundos, e simultaneamente como fundo, constituído a partir da documentação proveniente da casa-mãe ou provincial, alteração esta que provocou a alteração de cotas nos fundos intervencionados.Foram constituídas séries documentais segundo o princípio da ordem original sempre que possível (com base em índices de cartórios quando existentes), correspondendo à tipologia formal dos actos, e que, na generalidade, é documentação que se apresenta em livro. A documentação que se encontra instalada em maços foi considerada como uma colecção ao nível da série, com a designação de 'Documentos vários', não tendo sido objecto de intervenção.Este projecto deu origem à publicação da monografia designada 'Ordens monástico-conventuais: inventário', com a coordenação de José Mattoso e Maria do Carmo Jasmins Dias Farinha.
Content and structure
Scope and content
Contém actas de capítulos, tombos de propriedades, registo de vedorias, prazos, notas de prazos, sentenças, livros do recibo, inventários dos bens do mosteiro, índices do cartório e lembranças sobre casais e documentos relativos a propriedades que o mosteiro tinha no concelho de Coura.Fundos Eclesiásticos; Ordem de São Bento; Masculino
Arrangement
Organização em séries documentais correspondendo à tipologia formal dos actos.
Access and use
Other finding aid
ARQUIVO NACIONAL DA TORRE DO TOMBO - [Base de dados de descrição arquivística]. [Em linha]. Lisboa: ANTT, 2000- . Disponível no Sítio Web e na Sala de Referência da Torre do Tombo. Em actualização permanente.Relação de todas as casas religiosas extintas ou suprimidas no Continente que foram compreendidas nos mapas das alfaias preciosas que subiram ao conhecimento da Câmara dos Deputados, em 6 de Fevereiro de 1840. Conventos diversos, cad. 2 (Lisboa-Xabregas) (C 282) f. 26-28.Relação dos livros e documentos vindos da Repartição de Fazenda de Viana do Castelo, de 20 de Dezembro de 1889, recebidos na Torre do Tombo, em 5 de Maio de 1890 (L 282)."Tabelas de correspondência entre os números de ordem antigos referentes ao índice L 282 - "Conventos de Viana" e a nova ordem atribuída", Outubro 1990 (L 552).MATTOSO, Fr. José - "Documentos beneditinos da Torre do Tombo". Lisboa: [s.n.], 1970. Sep. de "Lusitania Sacra", 8. Exemplar disponível no Serviço de Referência do IAN/TT: (L 285 A) p. 239-241.INSTITUTO DOS ARQUIVOS NACIONAIS/TORRE DO TOMBO - "Ordens monástico-conventuais: inventário: Ordem de São Bento, Ordem do Carmo, Ordem dos Carmelitas Descalços, Ordem dos Frades Menores, Ordem da Conceição de Maria." Coord. José Mattoso, Maria do Carmo Jasmins Dias Farinha. Lisboa: IAN/TT, 2002. XIX, 438 p. ISBN 972-8107-63-3. (L 615) p. 23-29.
Associated documentation
Related material
Portugal, Arquivo Distrital de Braga.Portugal, Torre do Tombo, Ministério das Finanças, cx. 2218, inv. n.º 171.
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