Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas
Edifício da Torre do Tombo, Alameda da Universidade
1649-010 LISBOA
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Identification
Description level
Fonds
Reference code
PT/TT/CSFA
Title
Convento de São Francisco de Alenquer
Title type
Atribuído
Holding entity
Arquivo Nacional Torre do Tombo
Dimension and support
3 liv.; papel
Context
Biography or history
O Convento de São Francisco de Alenquer era masculino, pertencia à Ordem dos Frades Menores, e à Província de Portugal. Em 1216, foi fundado, a partir de um eremitério, por iniciativa de frei Zacarias que nele viveu, tratando-se da mais antiga fundação franciscana ocorrida em Portugal. Cerca de 1222, o edifício conventual foi construído junto à ermida da virgem e mártir Santa Catarina, nos paços de D. Sancha, filha de D. Sancho I, doado pela infanta e teve a sua igreja sagrada em 1305.Entre 1399 e 1404, foi um dos primeiros cenóbios reformados pela Observância por frei Diogo Árias. A pedido de D. João I, integrou-se na Província de Portugal (Claustral ou Conventual) formada em 1417. Em 1446, fez parte de um conjunto de casas observantes que obtiveram licença para eleger o seu próprio vigário provincial e integrou a vigararia da Observância, em 1447. Em 1456, a pedido de frei Luís de Beja, vigário dos frades conventuais, o papa Calisto III autorizou que nele se ministrasse o ensino da teologia. Em 1503, por deliberação da congregação dos observantes, passou a ser casa de noviciado.Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional.Localização / freguesia: Santo Estêvão (Alenquer, Lisboa)
Custodial history
Em virtude das Portarias de 26 de Novembro de 1863 e 24 de Agosto de 1864, do Ministério da Fazenda, foram transferidos do cartório da Direcção-Geral dos Próprios Nacionais para a Torre do Tombo, os documentos pertencentes aos extintos Conventos de São Francisco de Lisboa, da Piedade de Cascais, de Santo António dos Olivais de Coimbra, de São Francisco de Chaves, de Santo António de Castelo Branco, de São Francisco de Barcelos, de Santo António da Covilhã, de São Jerónimo do Mato, de São Francisco de Tavira, do Carmo de Lagoa, do Carmo de Camarate, de São Francisco de Alenquer, do Espírito Santo do Cartaxo, de Nossa Senhora da Graça de Lisboa, de Nossa Senhora do Espinheiro de Évora, da Ordem Terceira da Penitência de Faro.Em 1894, a 14 de Maio, a documentação descrita na relação assinada por A. J. Campos de Magalhães e por Roberto Augusto da Costa Campos, inspector dos arquivos públicos, foi transferida da Direcção-Geral dos Próprios Nacionais para a Torre do Tombo.A documentação foi sujeita a tratamento arquivístico, no final da década de 1990, empreendido por técnicos da Torre do Tombo e por investigadores externos. Em Outubro de 1998, foi decidido abandonar a arrumação geográfica por nome das localidades onde se situavam os conventos ou mosteiros, para adoptar a agregação dos fundos por ordens religiosas. Desta intervenção resultou o facto de cada ordem religiosa passar a ser considerada como grupo de fundos, e simultaneamente como fundo, constituído a partir da documentação proveniente da casa-mãe ou provincial, alteração esta que provocou a alteração de cotas nos fundos intervencionados.Foram constituídas séries documentais segundo o princípio da ordem original sempre que possível (com base em índices de cartórios quando existentes), correspondendo à tipologia formal dos actos, e que, na generalidade, é documentação que se apresenta em livro. A documentação que se encontra instalada em maços foi considerada como uma colecção ao nível da série, com a designação de 'Documentos vários', não tendo sido objecto de intervenção.Este projecto deu origem à publicação da monografia designada 'Ordens monástico-conventuais: inventário', com a coordenação de José Mattoso e Maria do Carmo Jasmins Dias Farinha.
Content and structure
Scope and content
Contém tombos e documentos relativos a capelas, registo das obrigações, informações sobre bens anexos às capelas e registo de administradores, registos de obrigações de capelas e encargos do oratório de Santa Catarina dos Mártires, de receita e despesa, entre outros.Fundos Eclesiásticos; Ordem dos Frades Menores - Província de Portugal; Masculino
Arrangement
Organização em séries documentais correspondendo à tipologia formal dos actos.
Access and use
Other finding aid
ARQUIVO NACIONAL DA TORRE DO TOMBO - [Base de dados de descrição arquivística]. [Em linha]. Lisboa: ANTT, 2000- . Disponível no Sítio Web e na Sala de Referência da Torre do Tombo. Em actualização permanente.INSTITUTO DOS ARQUIVOS NACIONAIS/TORRE DO TOMBO - "Ordens monástico-conventuais: inventário: Ordem de São Bento, Ordem do Carmo, Ordem dos Carmelitas Descalços, Ordem dos Frades Menores, Ordem da Conceição de Maria." Coord. José Mattoso, Maria do Carmo Jasmins Dias Farinha. Lisboa: IAN/TT, 2002. XIX, 438 p. ISBN 972-8107-63-3. (L 615) p. 199-200.Relação de documentos vindos da Direcção-Geral dos Próprios Nacionais, em 14 de Maio de 1894 (organização topográfica: A-L) (C 278) f. 47-48.Relação de livros e documentos pertencentes aos extintos Conventos de São Francisco de Lisboa, da Piedade de Cascais, de Santo António dos Olivais de Coimbra, de São Francisco de Chaves, de Santo António de Castelo Branco, de São Francisco de Barcelos, de Santo António da Covilhã, de São Jerónimo do Mato, de São Francisco de Tavira, do Carmo de Lagoa, do Carmo de Camarate, de São Francisco de Alenquer, do Espírito Santo do Cartaxo, de Nossa Senhora da Graça de Lisboa, de Nossa Senhora do Espinheiro de Évora, da Ordem Terceira da Penitência de Faro que, em virtude das Portarias do Ministério da Fazenda de 26 de Novembro de 1863 e 24 de Agosto de 1864, foram transferidos do cartório da Direcção-Geral dos Próprios Nacionais para o Arquivo da Torre do Tombo (C 273).
Associated documentation
Related material
Portugal, Torre do Tombo, Ministério das Finanças, cx. 2194 , inv. n.º 10.
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