Inventário de extinção do Convento de Nossa Senhora da Subserra da Castanheira de Vila Franca de Xira

File

PT/TT/MF-DGFP/E/002/00070

Inventário de extinção do Convento de Nossa Senhora da Subserra da Castanheira de Vila Franca de Xira

Atribuído

Arquivo Nacional Torre do Tombo

1842

1928

1 proc. (2606 f.); papel

O Convento pertencia à Ordem dos Frades Menores (Ordem de São Francisco), estava situado na vila da Castanheira do Ribatejo, freguesia de São Bartolomeu da Castanheira.O concelho de Castanheira, foi extinto em 1837, tendo sido integrado no Concelho de Vila Franca de Xira e criada a freguesia de Castanheira do Ribatejo.O Convento foi extinto em 18 de Setembro de 1873, por morte da última religiosa professa.No mesmo mês, o governo mandou proceder à transferência da madre D. Cândida Maria da Conceição (que tinha vindo do extinto Convento de Nossa Senhora dos Mártires, de Sacavém, que estava incorporado neste da Castanheira, desde 1856) para o Convento das Donas da Ordem de São Domingos, em Santarém.Inclui o auto de avaliação do Convento e anexos, no qual participaram Cristiano Frederico Altavila, escrivão da Fazenda, o padre António de Almeida, vigário da Vara do arciprestado de Ribatejo, António Gonçalves da Mata Leal, administrador do concelho de Vila Franca de Xira, entre outros, em 10 de Janeiro de 1859. Inclui mapas do pessoal do Convento, de seculares, de despesa (1860), mapa dos bens imóveis (rústicos e urbanos), dos rendimentos, e dos títulos de crédito público, assinados pela abadessa soror Ana Margarida da Encarnação, soror Matilde Ludovina de São José, escrivã, António de Almeida, vigário da Vara do Ribatejo, e José Bernardo dos Anjos, escrivão da Fazenda, encarregue de escrever o inventário, em 13 de Abril de 1860. Inclui cadernos do inventário da descrição, avaliação e venda de prazos, do Convento da Subserra (na conformidade das instruções de 21 de Julho de 1857). Participaram a abadessa soror Ana Margarida da Encarnação, soror Matilde Ludovina de São José, escrivã, António de Almeida, vigário da Vara do Ribatejo, e José Bernardo dos Anjos, escrivão de Fazenda encarregue de escrever o inventário, em 5 de Março de 1860.Reúne cadernos com a descrição do Convento (na igreja estavam sepultados D. Fernando de Ataíde e sua mulher D. Leonor de Noronha), cerca, igreja e outros edifícios anexos, das propriedades rurais e urbanas livres de foro ou pensão, dos títulos de Crédito público, e escrituras de empréstimos feitos com fundos do Convento da Castanheira, das alfaias e mais objectos preciosos destinados ou não ao serviço do culto e pertencentes à comunidade, incluindo painéis, livros impressos, manuscritos (missais, cantochão, ofício divino, Kalendas, "Mística cidade de Deus", crónicas da Ordem, "Meditações" do padre Manuel Bernardes, Meditações do padre Bartolomeu, Santuário Mental, dos Principais Mistérios de Nossa Senhora), assinados pela abadessa soror Ana Margarida da Encarnação, soror Matilde Ludovina de São José, escrivã, entre outros (1860).Contém o auto de inventário de objectos, livros, documentos, entre outros, do Convento, tendo participado no acto, soror Cândida Maria da Conceição, D. Maria Augusta Gonçalves, pupila, o padre António Eleutério Freire da Fonseca, Eduardo Eugénio Barreto, professor público da vila de Castanheira e José Duarte, regedor da freguesia, Camilo Cândido Pereira, vice-presidente da Câmara Municipal, Júlio Cid Larcher Roxo, escrivão da administração, Silvestre dos Santos, oficial de diligências (28 de Setembro de 1883), bem como o inventário das alfaias e vasos sagrados da igreja do extinto Convento (1883). Reúne listas para arrematação de bens (impressas), o jornal "Notícias de Lisboa", de 26 de Abril de 1884.Inclui relações de foros dos seguintes conventos extintos: - de Nossa Senhora da Piedade da Esperança de Lisboa, de Santa Maria de Almoster; - de Nossa Senhora da Subserra da Castanheira; - de Santa Ana de Leiria, situados nos concelhos de Caldas da Rainha, Óbidos, Pombal, Porto de Mós e Vila Nova de Ourém, para serem arrematados (1899). Integra a atestação de Augusto Carlos Teixeira de Aragão, membro da comissão executiva para a Exposição da Arte Ornamental sobre a entrega de alguns objectos (1890).Integra documentos sobre a avaliação do terreno onde esteve edificado o extinto Convento de Nossa Senhora dos Poderes de Vialonga, situado na freguesia de Nossa Senhora da Assunção de Vialonga, concelho dos Olivais, que foi incorporado no de Nossa Senhora da Subserra, por ofício da Direcção Geral dos Próprios Nacionais, de 19 de Abril de 1872. Reúne documentos de avaliação de foros que pertenceram aos extintos conventos de Abrantes e de Torres Novas, incorporados no Convento da Subserra da Castanheira, assinada pela abadessa soror Maria Antónia do Amor Divino e pela escrivã soror Matilde Loduvina de São José, bem como folhas de salários dos avaliadores de foros dos conventos da Subserra, de Nossa Senhora da Soledade das Trinas, e do Santíssimo Coração de Jesus, à Estrela de Lisboa (1890). Compreende inventários do extinto Convento do Espírito Santo de Torres Novas (incorporado no suprimido Convento de Subserra) situados nos concelhos de Tomar, Sardoal e Abrantes, feitos pelos escrivães da repartição da Fazenda, Teixeira Rego, Júlio Pereira de Matos, João de Sousa Abreu Marques, conforme as Instruções de 18 de Julho de 1892, e da Portaria de 31 de Outubro de 1895. Inclui também documentação relativa a foros situados nos concelhos de Alenquer, Sertã, Coruche, de Torres Novas, de Almada, Loures, Sobral de Monte Agraço e Pombal, Golegã, Vila Nova de Ourém, feito pelos escrivães Francisco António da Silva Matos, José Nunes da Lança, José Maria de Lima, encarregado do inventário geral, bem como da herdade do Barro, situada na freguesia de São Lourenço, concelho de Estremoz (1895). Contém documentação de foros situados no concelho da Sertã, que pertenciam aos conventos suprimidos de Almoster, Subserra da Castanheira, de Nossa Senhora da Esperança de Abrantes (1899), bem como do suprimido Convento de Lorvão e impostos em prédios situados no concelho da Covilhã (1899).Contempla ainda documentos de Sebastião Francisco Falcão Lima de Melo Trigoso, D. Maria Isabel de Melo Falcão Trigoso, entre outros.O cartório continha livros de foros do extinto Convento de Nossa Senhora da Esperança de Abrantes (1859), do de Torres Novas, de foros do Alentejo, de rendas de Nossa Senhora da Esperança, de foros de Nossa Senhora dos Poderes de Vialonga (1778), de assento das religiosas sepultadas no coro de baixo (1678), de juros que cobrava o mosteiro de Vialonga, de assentos das noviças que entraram para o mosteiro de Vialonga em 1752, da fundação do Convento de Vialonga e descrição dos bens (1615), bulas, carta de sentença apostólica pela qual se incorporou o remanescente dos bens e rendimentos do extinto Convento do Espírito Santo de Torres Novas em o da Castanheira (1801, assinado por José, bispo, Inquisidor-geral), pública-forma da carta de sentença apostólica pela qual se incorporaram os bens e rendimentos do Convento de Alenquer no da Castanheira e diversos títulos, bem como de mobiliário, objectos de culto de prata, entre outros.Contempla ainda outro conjunto de inventários do arquivo e cartório do Convento da Castanheira, e dos conventos que foram incorporados neste, nomeadamente: - do Convento de Nossa Senhora de Subserra da Castanheira, do concelho de Vila Franca de Xira; - Inventário dos livros, títulos, escrituras e mais documentos do arquivo e cartório do suprimido Convento de Nossa Senhora dos Poderes de Vialonga, incorporado desde o ano de 1865 no de Nossa Senhora de Subserra; - do Inventário dos livros, títulos, escrituras e mais documentos do arquivo e cartório do suprimido Convento do Espírito Santo de Torres Novas, incorporado desde 1800 no da Subserra; - do Inventário dos livros, títulos, escrituras e mais documentos do arquivo e cartório do suprimido Convento de Nossa Senhora da Esperança de Abrantes, incorporado no ano de 1815 no Convento de Nossa Senhora dos Poderes, de Vialonga e, depois, incorporado no da Castanheira em 1865; - da 5.ª Parte - que completa a 1.ª Parte - dos diversos títulos, escrituras e mais documentos do arquivo e cartório do Convento da Subserra; - da 6.ª Parte - dos diversos títulos, escrituras e mais documentos do arquivo e cartório do suprimido Convento de Nossa Senhora dos Poderes, de Vialonga incorporado no da Subserra; - e suplementos elaborados por José Maria de Lima, com início em Maio de 1895. Em 8 de Julho de 1895, o delegado do Tesouro enviou cinco livros: - o tombo VI de prazos do suprimido Convento da Subserra; - um livro dos lançamentos de todos os rendimentos certos do mesmo Convento, datado de Maio de 1835; - dos foros pertencentes ao extinto Convento de Vialonga (1883); - do extinto Convento de Nossa Senhora da Esperança de Abrantes (1859); - de cobrança de foros pertencente aos prazos situados em São Lourenço de Estremoz, Santo António do Couço, Santa Justa, do extinto Convento de Vialonga, de 1849 a 1882. As acções da Companhia do Grão-Pará e Maranhão, os certificados de dívida interna, e inscrições foram enviados à Junta do Crédito Público, bem como as alfaias, vasos sagrados e mais objectos de culto remetidos à Direcção Geral dos Próprios Nacionais (1883).Os objectos do serviço do culto (uma campaínha de prata cujo cabo era uma figura de homem, uma caldeirinha de prata, e um véu de ombros bordado a ouro) foram entregues ao vigário da Vara no Ribatejo, prior Joaquim da Luz de Sousa Mafra, da freguesia de Santa Iria, concelho de Vila Franca de Xira, em 8 de Junho de 1885. Anteriormente tinham sido pedidos pelo conde de Almedina, Inspector da Academia Real de Belas Artes de Lisboa para o Museu Nacional de Belas Artes, tendo o seu desaparecimento dado origem a um processo crime (1890).Por Decreto de 29 de Março de 1890, o edifício do Convento, a igreja e cerca, foram concedidos provisoriamente, à Junta de Paróquia da freguesia de São Bartolomeu da Castanheira, para o estabelecimento da sede da mesma, para casa de residência do pároco, e escolas de instrução primária para ambos os sexos.Contém também documentação acerca da querela entre o deputado bacharel José Caetano Rebelo, e os funcionários da repartição da Fazenda de Portalegre, sobre os foros das herdades da Parreira e de Porto de Alter, situadas no concelho de Avis (compradas por Manuel Lopes Maia, avô da esposa do deputado, a Luís Pereira Mouzinho de Albuquerque Cotta Falcão, em 9 de Abril de 1858 (1900-1904). A documentação menciona bens situados nos concelhos de Vila Franca de Xira, Alenquer, Golegã, Torres Novas, Arruda, Avis, Gavião, Sertã, Coruche, entre outros.

Português

Documento selecionado para o projeto "Lx Conventos: Da cidade sacra à cidade laica. A extinção das ordens religiosas e as dinâmicas de transformação urbana na Lisboa do século XIX.", financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (PTDC/CPC-HAT/4703/2012). Este projeto tem como Instituição Proponente o Instituto de História de Arte, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa, que decorreu entre Maio de 2013 e Abril de 2015. IV/A (1) a IV/A/3 (57) - caixa 89, 89 A, 90, 90 A, 91