Fernão Cabral, escudeiro do conde de Penela, enviou dizer, por sua petição que fora preso por se contra ele dizer que dera uma bofetada a Rodtigo Alvares, barbeiro, morador nessa vila.

Item

PT/TT/CHR/K/46/95-353

Fernão Cabral, escudeiro do conde de Penela, enviou dizer, por sua petição que fora preso por se contra ele dizer que dera uma bofetada a Rodtigo Alvares, barbeiro, morador nessa vila.

Formal

Arquivo Nacional da Torre do Tombo

1501-10-03

1501-10-03

E fora por ele acusado e em seu feito tanto processado que fora condenado por sentença em 6 meses de degredo fora da vila e seu termo, com pregão na audiência, segundo a sua sentença de livramento, escrita em pergaminho e passada pelos Ouvidores da Casa do Cível, e selada com o selo pendente. A qual execução de degredo e pregão na audiência logo em ele fora executada, segundo um instrumento de promissão que nas costas da dita sentença vinha, feita e assinada por Fernão Carvalho, público tabelião em Penela, aos 10 de Abril de 1501, na qual recontava ser a dita execução nele feita, segundo a certidão e que, solto, fora servir o degredo e servira mês e meio. mas, por lhe ser necessário vir à vila para prover sua fazenda, pedira licença ao juiz da vila que lha dera para estar 15 dias, acabados os quais tornara a servir o degredo outro mês e meio. E acabado este tempo voltara à vila e estivera nela 20 dias. E isto por ele, suplicante, trazer a sentença de seu livramento, parecendo-lhe lhe fora feito o perdão por um passe que del-rei tinha, de relevamento do degredo, contanto pagasse 600 rs. O qual passe ele perdera. Enviando pedir que, sem embargo de quebrar duas vezes o degredo lhe relevasse a serventia do tempo, el-rei, vendo seu dizer, vista a sentença de seu livramento e a certidão da execução, e um parece com o seu passe, lhe relevou a serventia dos ditos 6 meses, contanto pagasse 1.000 rs. para a Piedade . João Lourenço a fez.