Luís Aires, morador na vila de Borba, enviou dizer, por sua petição, que poderia haver 2 anos que, estando em essa vila, em casa de sua mãe, e sendo solteiro, saltara com Leonor Lopes, ao dito tempo solteira, de propósito, e lhe dera muitas pancadas em um braço e por partes de seu corpo, endanguentando-as, e isto de noite, pelo que Leonor Lopes querelara dele às justiças, e o suplicante se amorara com temor de estas o prenderem.

Item

PT/TT/CHR/K/46/55-192V

Luís Aires, morador na vila de Borba, enviou dizer, por sua petição, que poderia haver 2 anos que, estando em essa vila, em casa de sua mãe, e sendo solteiro, saltara com Leonor Lopes, ao dito tempo solteira, de propósito, e lhe dera muitas pancadas em um braço e por partes de seu corpo, endanguentando-as, e isto de noite, pelo que Leonor Lopes querelara dele às justiças, e o suplicante se amorara com temor de estas o prenderem.

Formal

Arquivo Nacional da Torre do Tombo

1501-08-30

1501-08-30

E porquanto Leonor Lopes era já sã das ditas feridas e casada com Diogo Afonso, alfeloeiro, ambos lhe perdoaram, segundo um público instrumento de perdão, feito e asinado por Lopo Fariseu, tabelião em Borba, aos 29 de Outuibro de 1500, no qual Leonor Lopes, na presença de seu msrido, lhe perdoava todo o mal dano e injúria que dele recebera; e Diogo Afonso, marido da querelosa, dissera que era contente e lhe aprazia de sua mulher dar o dito perdão. Enviando pedir perdão por motivo da dita querela, el-rei, vendo seu dizer, visto o perdão da querelosa e um parece com o seu passe, lhe perdoou sua justiça contanto pagasse 1.000 rs. para a Piedade . João Lourenço a fez.