Diogo de Nixarez (?), tendeiro, morador em Braga, enviou dizer por sua informação que Álvaro Gonçalves, cristão novo, querelara dele dizendo que, sendo ele ameaçado pelo dito Álvaro Gonçalves, o mandou citar para o demandar por certas injúrias que dizia lhe dissera por palavra.

Item

PT/TT/CHR/K/46/48-166V

Diogo de Nixarez (?), tendeiro, morador em Braga, enviou dizer por sua informação que Álvaro Gonçalves, cristão novo, querelara dele dizendo que, sendo ele ameaçado pelo dito Álvaro Gonçalves, o mandou citar para o demandar por certas injúrias que dizia lhe dissera por palavra.

Formal

Arquivo Nacional da Torre do Tombo

1501-09-03

1501-09-03

E tendo-lhe já dantes dito que o havia de matar e tomar justiça por si, porquanto lhe não quiseran receber um libelo de uma injúria contra Álvaro Gonçalves, ele, suplicante, de propósito se armara de espada e punhal e o fora aguardar à cruz da rua de S.ta Maria, nessa cidade, onde Álvaro Gonçalves havia de passar. E em este chegando lhe dissera que se guardasse, e isto dizendo, tirara um pau feitiço que levava debaixo da capa, se fora a ele e lhe dera muitas pancadas pela cabeça e partes de seu corpo, e depois de lhas dar tirara da espada para o matar, e de feito o matara se não fugira e lhe não acudira alguma gente. E por motivo da querela ele houvera carta de segurança e se pusera a feito. E, andando seguro, ante os juizes da cidade, por suas ocupações não pudera seguir os termos dela e os quebrara, pelo que andava amorado. E andando assim, houvera perdão de Álvaro Gonçalves, quereloso, segundo um público instrumento de perdão, feito e assinado por Pedro de Barros, tabelião em Braga, aos 4 de Junho de 1501. Enviando pedir, el-rei, vendo seu dizer e visto o perdão da parte e um parece com o seu passe, lhe perdoou sua justiça contanto pagasse 2.000 rs. para a Piedade . El-rei o mandou por dom Pedro, bispo da Guarda e por dom Henrique Coutinho. João Alvares a fez.