Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas
Edifício da Torre do Tombo, Alameda da Universidade
1649-010 LISBOA
Tel.: +351 21 003 71 00
Fax.: +351 21 003 71 01
secretariado@dglab.gov.pt
Identification
Description level
Item
Reference code
PT/TT/CHR/K/45/53-202
Title
João Rodrigues, morador em Vila Real.
Title type
Formal
Holding entity
Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Initial date
1501-01-22
Final date
1501-01-22
Content and structure
Scope and content
Sendo alcaide pequeno e carcereiro, deixara fugir 15 presos. Entre eles: João Alves, peliteiro, livre por sentença dos juizes da terra, mas que João da Cunha, escudeiro, outrossim morador em Vila Real, em seguindo sua apelação, requerera ao suplicante que lho desse em fiança, e que ele lho daria sempre preso e arrecadado; e Fernando, homem mancebo, preso em baixo com outros presos, e a quem, por o seu feito ser leve e para o ajudar em algumas cousas necessárias, tirara para cima. E encarregara sua mulher de guardar os presos. E, em sua mulher acudindo a seus filhos, Fernando lhe fugira com "um adobam de ferro" nos pés e se fora ao Mosteiro de São Domingos. E João Al[vares], com o alvoroço da justiça e gente que acudira, fugira a João da Cunha, que o tinha sobre si, ese acolhera ao mesmo mosteiro. Mas então era tornado à cadeia e se livrara por uma aução nova, feita e assinada por Diogo Varela, tabelião em Vila Real, aos 11 de Setembro de 1498. O qual João Alvares estava em poder de Pedro Alves, alcaide pequeno e carcereiro. Fernando era preso por viver com um sapateiro, Álvaro Anes, a que Heitor da Fonseca, abade do Souto, tinha furtada uma filha e lha tinha escondida. E requerera aos quadrilheiros de Paços que lhe dessem gente para ir tomar sua filha. E Fernando fora com o amo e 12 pessoas. E o abade querelara de todos. E sem embargo disso o suplicante se amorara. E andando amorado o abade lhe perdoara, segundo público instrumento de perdão, feito e assinado por João Rabelo, tabelião de Leomil, aos 22 de Setembro de 1498, no qual perdoava a João Roiz todo o mal, perda e injúria que recebera na fugida do preso e o não queria acusar nem demandar. Enviando o suplicante pedir, el-rei, antes de lhe dar livramento, mandara vir a inquirição devassa, tirada por motivo da fugida dos presos, visto o instrumento de fé de Diogo Varela, tabelião, e o perdão do abade, lhe perdoou contanto pagasse 2.000 rs. para a Piedade . Diogo Lasso a fez.
Comments