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E dois não tirara: Isabel Lopes, mulher que se dizia de Lopo da Silveira, por lhe logo chegar a sentença de livramento, porque vinha solta do adultério que se dizia cometera contra o dito seu marido, por quem era acusada, por se achar que não era sua mulher; e Vasco Anes, a que valia a igreja por, sendo culpado de escorchar certas colmeias, não ter parte que o acusasse, somente a justiça. Segundo duas certidões de Álvaro Afonso, Ouvidor do Prior do Crato, feitas por Vicente Alvares, escrivão dante ele, aos 23 de Janeiro de 1500 e 1 de Outubro de 1499, nas quais certificava como tirara os 5 presos e os tornara à cadeia para deles fazer cumprimento de justiça, as quais o suplicante apresentou. E mais um instrumento de perdão de Lopo da Silveira, a cujo requerimento Isabel Lopes era presa, feito e assinado por Gonçalo Aires, tabelião no Crato aos 10 de Setembro de 1499. E bem assim outro, feito e assinado pelo mesmo tabelião, aos 10 de Setembro de 1499, no qual Pedro Dias, ferreiro, morador no Vale do Peso, termo do Crato, sendo aí quadrilheiro e querendo prender Gonçalo, filho de André Vaz, por ferir Pero Fernandes, tendo-o cercado em uma casa, Vasco Esteves, Gonçalo Vaz e Vasco Gonçalves, seu filho, acudiram com armas, contendendo com ele, pelo que foram presos na cadeia do Crato, donde fugiram ao suplicante, seu carcereiro. E o quadrilheiro, porquanto perdoara aos ditos presos a resistência, também perdoou a ele, suplicante. Enviando pedir, el-rei, antes de lhe dar algum livramento, vira a inquirição devassa, tirada por motivo da fuga dos presos, vistos os perdões das partes e as certidões do Ouvidor, e um parece com o seu passe, lhe perdoou contanto pagasse 3.000 rs. para a Piedade . Francisco Dias a fez.