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Para o efeito, Cristóvão Pires de Távora solicitou d'el-rei o treslado da doação de Ranhados, que estaria na Torre do Tombo, o que a el-rei aprouve por um alvará escrito em Lisboa, a 8 de Fevereiro de 1498, por João Pais, no qual mandava a Rui de Pina, cavaleiro de sua casas, seu cronista-mor e guarda da Torre do Tombo, a fizesse procurar. E achada, foi efectuado o treslado em Lisboa, a 10 de Novembro de 1498. E porquanto Rui de Pina se encontrava ausente, el-rei o mandou por Rui Lopes de Veiros, escrivão da livraria d'el-rei, sendo feita por Rui (sic) de Elvas, escudeiro e escrivão do Tombo. A carta de doação registada a folhas 5 do caderno começado em Évora a 15 de Abril de 1470, da Chancelaria de D. Afonso V, e escrita em Évora, a 22 de Maio de 1470 por Antão Pires, inseria o instrumento de doação, feito em Mirandela, aos 18 de Janeiro de 1460, e nele Álvaro Pires de Távora doava a seu filho, Lourenço Pires de Távora e a sua mulher, dona Maria Teles, o lugar de Ranhados, com todos os seus termos, fontes e montes e foros, com condição de o conde de Marialva e a condessa sua mãe, darem ao dito seu filho, dona Maria em casamento, segundo o firmado. E consultada, logo em 22 de Janeiro de 1460, a senhora dona Leonor da Cunha, mulher de Afonso Pires de Távora, em Vilarouco de Cima, na Alfândega da Sé (sic), nas pousadas onde então pousava, disse a Álvaro Pires, tabelião em Mogadoiro, perante testemunhas identificadas, que, posto que o dito lugar lhe fosse obrigado às arras de seu casamento, de sua livre vontade o outorgava. André Fernandes a fez.