Ao Conde de Penela, dom João de Vasconcelos e Meneses, verdadeiro e legítimo herdeiro da fazenda do denominado Morgado de Soalhães, instituido em tempo de D. Dinis, por dom João de Soalhães, então bispo de Lisboa, com bens da sua herança patrimonial, o qual na sua constituição mandara que viesse a Vasqueanes, seu criado e universal herdeiro, e aos que dele descendessem por linha direita, de filho em filho.

Item

PT/TT/CHR/K/21/28-138

Ao Conde de Penela, dom João de Vasconcelos e Meneses, verdadeiro e legítimo herdeiro da fazenda do denominado Morgado de Soalhães, instituido em tempo de D. Dinis, por dom João de Soalhães, então bispo de Lisboa, com bens da sua herança patrimonial, o qual na sua constituição mandara que viesse a Vasqueanes, seu criado e universal herdeiro, e aos que dele descendessem por linha direita, de filho em filho.

Formal

Arquivo Nacional da Torre do Tombo

1503-11-08

1503-11-08

E sem embargo de na constituição se proibir a venda, a troca, o escambo ou o emalhear dos bens do morgado, por serem as heranças muito dispersas e algumas já perdidas e fora do morgado, solicitara a autoridade del-rei para vender todas as heranças do morgado nas comarcas de Entre Douro e Minho e Beira, tendo o dinheiro delas sido entregue a Duarte Brandão, do Conselho del-rei, de cuja mão se empregara em outras heranças que o conde comprara na terra e senhorio de Mafra. E solicitava licença para vender o lugar de Fremoselhe que jazia no campo de Montemor-o-Velho, e el-rei, havendo respeito ao muito proveito para o morgado de assim juntar as suas terras, e sem embargo da constituição o defender, autorizara a venda deo lugar de Fremoselhe, com suas pertenças e a quintã da Argueira, com entendimento de o dinheiro dessa venda fosse entregue a Bartolomeu Marchione, mercador florentino, morador na cidade de Lisboa, o qual se obrigou a tê-lo até à compra e emprego em heranças na comarca de Lisboa. E tanto que fosse empregado, se poriam os treslados das escrituras, em público, na Torre do Tombo. E porquanto na carta que dera licença para vender o lugar de Soalhães, cabeça do morgado, que em tal caso ficasse Fremoselhe por cabeça do mesmo, se fazia saber que não se vendera Soalhães que assim continuava cabeça do morgado. Lopo Fernandes a escreveu.