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Sabe-se por esse contrato que a condessa dará a sua filha e a Rui de Melo 17.000 dobras, de 120 reais a dobra: 7.000 pelo casamento e 10.000 dentro de três anos após a feitura do referido contrato. Destas 10.000, 4.000 dobras segura-as pelos seus bens e fazendas móveis e de raíz das 6.000, se não lhe bastassem os seus bens dava por seus fiadores, D. Fernando de Noronha, seu irmão, D. Martinho de Noronha, seu sobrinho e Afonso Leitão, mercador, morador na cidade de Lisboa, cada um em 2.000 dobras, obrigando-se estes a pagarem a referida quantia a Rui de Melo, como se sabe pelo treslado das respectivas fianças. A de Martinho de Noronha, fidalgo da Casa d'el-Rei e a de Afonso Leitão e sua mulher, Mecia Lopes (na presença de Gil Vaz, escudeiro do rei, contador, morador em Lisboa, às fangas da Farinha) foram feitas em Lisboa, a 6 de Julho de 1504. O instrumento de fiança de Fernando de Noronha, do Conselho d'el-Rei, foi feito em Telhada, no termo de Alenquer, na sua quinta, a 8 de Julho de 1504, na presença de sua mulher, Costança de Castro e das seguintes testemunhas: João Rodrigues, escudeiro, corretor, morador em Lisboa, mestre Paulo, físico, morador em Torres Vedras, Álvaro Fernandes, camareiro de D. Fernando e Pero Vaz, escudeiro da casa da rainha D. Leonor e público tabelião na vila de Alenquer. Por um alvará feito em Sintra a 12 de Julho de 1504, por Francisco de Matos, os filhos da condessa de Penamacor são emancipados - D. Garcia, D. Afonso e D. Pero de Albuquerque, fidalgo da Casa d'el-Rei - dando-se licença por outro alvará feito no mesmo dia, local e pelo mesmo escrivão, para eles cumprirem a obrigação feita pelo citado casamento. Outro alvará feito no mesmo dia, local e pelo mesmo escrivão, emancipa Rui de Melo, de forma que pela presente confirmação, feita na presença do barão de Alvito, do Conselho d'el-Rei e vedor da Fazenda, de Rui Teles, do Conselho d'el-Rei e do escrivão Francisco de Matos, ele obrigava todos os seus bens e fazendas móveis e de raíz, por segurança do dote e arras. Francisco de Matos a fez.