A João Lopes, escudeiro da casa del-rei, morador na cidade do Porto, confirmação de um instrumento de aforamento, datado do Porto, 1500.

Item

PT/TT/CHR/K/15/99-305V

A João Lopes, escudeiro da casa del-rei, morador na cidade do Porto, confirmação de um instrumento de aforamento, datado do Porto, 1500.

Formal

Arquivo Nacional da Torre do Tombo

1514-06-30

1514-06-30

Outubro, 24, de umas casas na Rua Nova dessa cidade, o qual resultava de uma protestação feita a João Roiz de Sá, Vedor da Fazenda, e do Conselho del-rei, que a desembargou e pelo seu escudeiro e escrivão, Rui Mendes, a mandou e apresentou ao honrado Lopo Vaz Soares, cavaleiro da casa del-rei e almoxarife nessa cidade. Nela João Lopes requeria lhe fosse passado um instrumento de aforamento, para fazer verdade a el-rei de como as havia alugado antes de partir em seu serviço, e tanto que deixara nelas a sua mulher. E dado que Fernando Afonso, porteiro e pregoeiro do Concelho as trazia em pregão e não achara quem nelas mais lançasse que João Lopes, o almoxarife mandou Pero Vaz, vedor das obras da cidade ver as casas com o Gonçalo Reimão, escrivão desse almoxarifado e da Alfândega, dado o gasto que João Lopes calculava nelas faria porquanto tinham ardido. Vista a declaração de Pero Vaz, de que não se gastariam menos de 50.000 rs. pois não tinham um só pau que prestasse, e a fé do pregoeiro de não haver quem mais nelas lançasse e o mandado do Vedor da Fazenda, o almoxarife as emprazou a João Lopes e a Melícia Gomes, sua mulher, para eles e seus descendentes, pelo preço de 1.000 rs. cada ano, pagos no dia de São Miguel de Setembro, com as cláusulas e condiçöes costumadas. El-rei a mandou por dom Pedro de Castro, etc. Manuel Fernandes a fez.