A Catarina Soares, moradora no Porto, filha de Lopo Vaz Soares, falecido, almoxarife dessa cidade e cavaleiro da casa real, confirmaçäo do aforamento de umas casas, situadas na Rua Nova dessa cidade, com foro anual de 900 reais brancos (45 libras a 700 por uma da moeda antiga) pagos no primeiro dia de S. Miguel de Setembro, com as confrontaçöes e condiçöes declaradas.

Item

PT/TT/CHR/K/10/41-171

A Catarina Soares, moradora no Porto, filha de Lopo Vaz Soares, falecido, almoxarife dessa cidade e cavaleiro da casa real, confirmaçäo do aforamento de umas casas, situadas na Rua Nova dessa cidade, com foro anual de 900 reais brancos (45 libras a 700 por uma da moeda antiga) pagos no primeiro dia de S. Miguel de Setembro, com as confrontaçöes e condiçöes declaradas.

Formal

Arquivo Nacional da Torre do Tombo

1517-05-19

1517-05-19

103 linhas.

O instrumento de aforamento foi feito a 12 de Setembro de 1517, em casa de Jorge Ferraz, cavaleiro da casa real e cidadäo da dita cidade, por Gervás Garcês, nela tabeliäo, na presença de Fernäo Aranha, seu cidadäo e aí juíz ordinário e das testemunhas, Joäo Ferraz, Diogo Pinto e Pero d'Andrade, cavaleiro da casa real e cidadäo do Porto. Faz-se este instrumento pela apresentaçäo de uma carta e de um alvará: pela carta feita no Porto, a 5 de Dezembro de 1465, por Joäo Caeiro e mandada pelo rei por Gonçalo Vaz de Castelbranco, do seu conselho, vedor da Fazenda e seu almotacé-mor, sabe-se que o aforamento fora efectuado a Gabriel Gonçalves, cavaleiro da casa real e almoxarife da alfândega da referida cidade e a sua mulher Leonor Dias e a todos os herdeiros, tendo-se mandado a Luis Álvares de Sousa, do conselho do rei e vedor da Fazenda, tirar inquiriçäo de quanto as casas podiam valer de foro. Esta foi feita por Pero Fernandes, escriväo dos contos dessa cidade, a 26 (??) de Outubro de 1465, mandando depois o rei aos vedores da Fazenda e a Joäo Afonso, contador do rei nessa cidade que dêem posse das casas a Gabriel Gonçalves e seus descendentes. Pelo alvará feito no dia de Ramos de 1508, por Francisco Soares, cavaleiro da casa real, e almoxarife do rei na cidade do Porto, irmäo de Catarina Soares, sabe-se que ele doou a esta as casas que foram do seu avô. El-rei o mandou pelo conde do Vimioso, vedor da fazenda. Vicente Fernandes a fez.