Processo de José Anastácio da Cunha

File

PT/TT/TSO-IC/025/08087

Processo de José Anastácio da Cunha

Formal

1771-05-15

1781-01-23

167 f.; papel

Processo da tramitação da Inquisição de Coimbra que por assento de 15 de Setembro de 1778 da Mesa deste mesmo tribunal os autos, juntamente com o réu, foram remetidos ao Conselho Geral, desconhecendo-se o retorno deste processo ao secreto de Coimbra.Este processo, a quando da sua inventariação, após a extinção da Inquisição, para ser enviado para Lisboa, juntamente com toda a documentação do cartório da Inquisição de Coimbra, foi-lhe atribuído o número de ordem 14 do maço 661, do ano de 1778.Quando foram feitos os rosários, já na Torre do Tombo, desconhecendo a anterior identificação feita no referido instrumento de descrição, foi inventariado este processo como sendo o n.º 8087 [mç.] 345 da Inquisição de Coimbra.Outras das identificações deste processo, desconhecendo-se a data, foi a de sala S, estante 9, pasta 10.Em 1990, foram colocados junto a este processo documentos que se encontravam inventariados na Inquisição de Lisboa, são eles: o n.º 13876, o 16911 e o 4062. Estes documentos em 2010, a 12 de Abril retomaram ao seu lugar e número na Inquisição de Lisboa.Aspectos da numeração:A numeração passa do f. 35 para o f. 36, existindo um fólio que por lapso não foi numerado.A numeração passa do f. 56 para o f. 57, existindo um fólio que por lapso não foi numerado.A numeração passa do f. 82 para o f. 83, existindo um fólio que por lapso não foi numerado.

Estatuto social: cristão-velhoIdade: 35 anosCrime/Acusação: heresia e libertinagemCargos, funções, actividades: Tenente do Regimento de Artilharia do Porto, aquartelado na Praça de Valença do Minho com o posto de tenente de bombeiros, lente de Geometria na Universidade de CoimbraNaturalidade: freguesia de Santa Catarina, LisboaMorada: Bairro de São Bento, CoimbraPai: Lourenço da Cunha, pintorMãe: Jacinta InêsEstado civil: solteiroData da prisão: 01/07/1778Sentença: auto-de-fé de 11/10/1778. Abjuração em forma, reclusão por três anos na Casa da Congregação do Oratório de São Filipe Néri de Nossa Senhora das Necessidades em que teria dois dias por mês de penitência (das penas "progravioribus"), teria instrução ordinária, cumpridas as mais penas e penitências espirituais que lhe fossem impostas, degredo por quatro anos para a cidade de Évora, proibido de entrar em Coimbra e Valença do Minho.O réu ouviu a sua sentença na sala pública da Inquisição de Lisboa.Em 1781, a 23 de Janeiro, em resposta à uma petição do réu, para a comutação da pena de degredo, o Conselho Geral perdoa-lhe a referida pena.Contém este processo, para além de várias cartas, algumas das quais com equações, cálculos e figuras geométricas, traduções de obras de Voltaire e orações de Pope. Encontra-se, ainda, o auto de sequestro dos bens confiscados onde é feito o inventário da sua livraria, composta por cerca de 263 unidades, tendo sido avaliadas as obras do padre António Vieira (15 volumes) em oito mil réis.

Português, Francês

Cópia microfilmada. Portugal, Torre do Tombo, mf. 205

Portugal, Torre do Tombo, Tribunal do Santo Ofício (F), Inquisição de Lisboa (SF), Cópia da informação do comissário José Moreira de Carvalho para Conselho Geral sobre o sumário contra o réu José Anastácio da Cunha, (código de referência: PT-TT-TSO/IL/28/13876).Portugal, Torre do Tombo, Tribunal do Santo Ofício (F), Inquisição de Lisboa (SF), Cópia das confissões de José Anastácio da Cunha tomadas pelo inquisidor Manuel António Ribeiro, (código de referência: PT-TT-TSO/IL/28/16911).

Ano 1778, mç. 661, n.º 14