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Escritura de venda e reconhecimento realizada em Alhandra, no escritório do tabelião Cristóvão de Frias Nobre. Estavam presentes, como vendedores, Joaquim Duarte, de apelido "o carapeta filho", campino, e sua mulher, Leandra da Purificação, e, como comprador, José Luís, marceneiro, todos moradores em Alhandra.Pelos vendedores foi dito que, por óbito de sua mãe e sogra, Maria Joaquina, que sobreviveu ao seu segundo marido, Isidoro Batista, se achavam na posse de uma morada de casas térreas, situadas na parte norte da Rua das Pedreiras, na vila de Alhandra, que se constituía por duas lojas e um quintal.Confrontava pelo Norte com a calçada de tijolo da igreja matriz de Alhandra e pelo Nordeste com o quintal e pardieiros de José Dionísio d’Aguiar Barreto. Eram foreiros em 700 réis anuais, vencidos em dezembro de cada ano, à Confraria de Nossa Senhora do Rosário da igreja matriz de Alhandra, com laudémio de vintena, e de cujo domínio direto eram administradores os párocos da freguesia de São João Batista, sendo o prior Luís Pedro Gomes da Cruz, o atual reverendo.Foram testemunhas: o padre Jacinto Borges Vital, que assinou a rogo dos vendedores, Miguel Lourenço, sapateiro, Joaquim Custódio da Silva, barbeiro, e Carlos José dos Santos, carpinteiro.Contém referência a uma escritura realizada a 24 de junho de 1786, lavrada pelo tabelião Manuel António Peixoto, entre os outorgantes padre José de Almeida e Sousa e padrasto dos vendedores, Isidoro Batista, referente ao mesmo prazo, para que se cumprissem as cláusulas nela estabelecidas, bem como a outra escritura de compra e venda realizada entre o comprador José Luís da Silva e os vendedores Joaquim Duarte e Leandra Maria, a 28 de fevereiro de 1825, referente a umas casas térreas com quatro quintais, na Rua das Pedreiras, na freguesia de São João Batista, pela quantia de 38.400 réis, pagando-se de sisa o valor de 3.840 réis, que recebeu o tesoureiro delas, Paulo José Teixugo, e o escrivão João Rodrigues Castanho. Era juiz de Fora e das Sisas João Barbosa da Fonseca.No f. 6v. surge uma anotação de 16 de junho de 1908, informando que pagava foro nesta data Margarida Rosa Fernandes.