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Termo de abertura: "Este livro há de servir para os acórdãos da Câmara e tem seu princípio no mês de fevereiro e todo vai numerado e rubricado por mim com o meu sinal de que uso abaixo declarado. Vila Franca de Xira. 10 de fevereiro de 1811. O Juiz de Fora, José António Soares Pinto Morais Mascarenhas CastelBranco";F. 1-1v: Vereação de 19-02-1811. Restituição da organização da governança da vila de Vila Franca após a saída dos Franceses;F. 5-5v: Vereação de 24-04-1811. Empréstimo para cultivo das terras assoladas na sequência da Guerra Peninsular;F. 6-6v: Provisão da Real Junta da Direção de Provimentos para o Exército pela qual, por ordem de SAR, se distribuem setenta moios de trigo pelas vilas da comarca de Vila Franca de Xira e cento e cinquenta arrobas de bacalhau pelos pobres das 3 vilas desta comarca que foram invadidas pelo “inimigo comum”, nomeadamente, Povos, Vila Franca de Xira e Castanheira;F. 8v-9v: Vereação de 26-04-1811. Cumprimento de ordem da Intendência Geral da Polícia para averiguar a taxa dos fretes que devem levar os arrais de pessoas e géneros que conduzem nas suas embarcações para a cidade de Lisboa, e uma vez que se perdeu o livro no qual aquela estava fixada aquando do extravio do cartório da Câmara por ocasião da “invasão da tropa Francesa”, pede-se para se estabelecer uma nova; Por ser frequente a “paragem” de oficiais da tropa na vila, tendo em conta que por regulamento devem ser aquartelados, e uma vez que a maior parte dos habitantes ainda tinha as suas casas desprovidas, determina-se que as pessoas sejam notificadas de forma a comunicar as faltas para que sejam colmatadas; Taxa dos fretes a pagar para Lisboa;F. 13v-13v: Vereação de 15-05-1811. Requerimento relacionado com ordem da Intendência Geral da Policia relativa aos lavradores que “sofreram os estragos da última Invasão Francesa”, no qual o lavrador, não tendo possibilidade de pagar duas juntas de bois para cultivo das terras, fica acordado fazê-lo ao fim de um ano; petição de um outro morador no mesmo sentido;F. 17v-17: Vereação de 22-05-1811. Apresentação de lista das pessoas pobres a usufruir da distribuição do bacalhau remetido por Ordem da Intendência Geral da Policia;F. 23v-26v: Vereação de 06-06-1811. Referência à grande necessidade que a Câmara tem de rendimentos e aos estragos feitos pela “tropa inimiga” na Casa da Câmara e ao que lhe pertencia; referência à necessidade de reparos na Casa da Câmara;F. 27v-30: Vereação de 08-06-1811. Apresentação de petição do rendeiro das aferições a justificar a não cobrança das rendas de 1810 uma vez que nesse ano, no 1º dia de Outubro entrou na vila a “tropa inimiga” e o povo desertou, pelo que não pode fazer a cobrança até ao final do ano, estado nessa altura só ocupada a vila pela tropa inimiga e aliada; Apresentação de petição do aferidor dos pesos e das balanças na qual diz que dada a “invasão que fez a tropa inimiga” a partir do mês de Outubro de 1810, deixou de cobrar a mesma renda, não sendo justo que fosse obrigado a pagar o período em causa;F. 32-32v: Vereação de 01-07-1811. Tabelamento de preço de cereais, na sequência de aviso régio;F. 33-33v: Vereação de 08-07-1811. Tabelamento de preço de cereais, na sequência de aviso régio;F. 34v-35v: Vereação de 15-07-1811. Tabelamento de preço de cereais, na sequência de aviso régio;F. 36-37v: Vereação de 19-07-1811. Apresentação de petição do rendeiro das sisas, solicitando isenção da cobrança da mesma respeitante ao ano transato, em virtude do extravio e extinção de “todos os efeitos que são objeto da mesma cobrança” em virtude da “invasão da tropa francesa”; Nomeação de pessoas para averiguação dos prejuízos causados pela “invasão inimiga”, em cumprimento de ordem régia; Proposta do Procurador da Câmara no sentido de se averiguar o rendimento do concelho no ano de 1810 para se remeter o devido ao Juiz da Provedoria da Comarca, constatando-se que desde o mês de Outubro, dada a presença da tropa francesa, desertara a população (encontrando-se parte ainda ausente do seu domicilio ao tempo) e as autoridades, não havendo por isso feira, cuja renda, apesar de “insignificante”, era a maior que tinham, que o cartório da Câmara tinha sido totalmente “estragado pela tropa inimiga”, perdendo-se os “autos de arrematações e livro das fianças”, estando inclusive o tesoureiro do concelho ainda na cidade de Lisboa, razões que impossibilitam a averiguação proposta; Petição dos “mercantes” da vila relativa a regimento dos fretes que deviam levar pessoas e géneros nas suas embarcações para a cidade de Lisboa, definido por ordem da Intendência Geral da Polícia;F. 40-43v: Vereação de 30-07-1811. Carta do médico do partido da Câmara pretendendo despedir-se uma vez que, com a entrada dos franceses no ano transato, “cessaram os partidos particulares que cobrava, cuja falta continua ao presente” [permanecem em Lisboa], e os moradores que têm voltado vêm “desgraçados e pobres”; Emenda da taxa dos fretes; Avaliação do preço do pão em grão;F. 43v-44v: Vereação de 03-08-1811. Avaliação do preço do pão em grão;F. 45-45v: Vereação de 12-08-1811. Avaliação do preço do pão em grão;F. 46-47v: Vereação de 18-08-1811. Avaliação do preço do pão em grão;F. 47v-48v: Vereação de 23-08-1811. Avaliação do preço do pão em grão;F. 49-49v: Vereação de 03-09-1811. Avaliação do preço do pão em grão;F. 51-52: Vereação de 10-09-1811. Avaliação do preço do pão em grão;F. 53-54: Vereação de 17-09-1811. Avaliação do preço do pão em grão;F. 54v-57: Vereação de 23-09-1811. Carta do desembargador João Gaudêncio Torres encarregado da distribuição do donativo britânico para benefício dos povos portugueses invadidos pela tropa francesa inimiga, oferecendo agora ferro para a construção dos carros, oferta que a vereação considera não vir a ser aproveitada por ninguém dada a falta da madeira; Avaliação do preço do pão em grão; Impedimento da cobrança da renda da casa da guarda em virtude da população se ter retirado por causa da entrada da tropa francesa a 1 de Outubro de 1810;F. 58-59: Vereação de 05-10-1811. Avaliação do preço do pão em grão;F. 60-62. Vereação de 11-10-1811. Avaliação do preço do pão em grão;F. 62v-663v: Vereação de 15-10-1811. Foi apresentada carta do Desembargador João Gaudêncio Torres, responsável pela distribuição do donativo britânico, em que pede relação dos carros que há no distrito e atestado dos que se estão a fabricar; Avaliação do preço do pão em grão;F. 63v-64: Vereação de 30-10-1811. Foi apresentada carta do Desembargador Bernardo Xavier Salete pela qual, por ordem régia, se manda remeter para os mais necessitados da vila e termo seis canadas de semente de nabos que devem ser repartidas na presença das pessoas e escrivão da câmara;F. 66-67: Vereação de 04-11-1811. Avaliação do preço do pão em grão;F. 67-69v: Vereação de 15-11-1811. Eleição de tesoureiro para receber os “quatrocentos mil reis metálicos do donativo da nação inglesa destinados para o curativo dos enfermos pobres” que vivem no hospital de Vila Franca de Xira; Eleição dos lançadores da décima, contribuição e novo imposto; Avaliação do preço do pão em grão; Eleição do recebedor do donativo destinado aos lavradores pobres da comarca cujas terras foram invadidas pelo inimigo; Aceitação do cargo de tesoureiro do donativo britânico destinado aos doentes pobres do hospital de Vila Franca de Xira;F. 69v-72: Vereação de 26-11-1811. Compareceu o tesoureiro nomeado para a distribuição do donativo britânico aos lavradores pobres informando a sua realização; Avaliação do preço do pão em grão; Informação da carência de carne de porco por não haver ninguém “obrigada a dá-la”;F. 72-73: Vereação de 05-12-1811. Avaliação do preço do pão em grão;F. 74v-77: Vereação de 12-12-1811. Carta de ofício do corregedor da comarca para promover a feitura de carros para a lavoura e transporte, recebendo o ferro necessário na sequência do ofício do desembargador João Gaudêncio Torres; Regimento dos fretes; Avaliação do preço do pão em grão;F. 78-79: Vereação de 17-12-1811. Avaliação do preço do pão em grão;F. 79v-80: Vereação de 23-12-1811. Avaliação do preço do pão em grão;F. 88v-91. Vereação de 05-01-1812. Avaliação do preço do pão em grão;F. 91-92: Vereação de 18-01-1812. Estabelecimento do preço do azeite; Eleição do cobrador do imposto Real d’Agua;F. 94-94v: Avaliação do preço do pão em grão;F. 94v-95v: Vereação de 23-01-1812. Avaliação do preço do pão em grão;F. 97-97v: Vereação de 07-02-1812. Nomeação de lançadores para contribuição das lojas;F. 99v-101v: Vereação de 09-02-1812. Avaliação do preço do pão em grão;F. 101v-102: Vereação de 18-02-1812. Distribuição de sementes de cereal pelos lavradores mais necessitados da comarca;F. 103-103v. Avaliação do preço do pão em grão;F. 105-105v: Vereação de 25-02-1812. Determinação para se “aprontarem casas das que estão inúteis” para servirem de quartéis para os soldados, reparando-se o que for necessário;F. 107: Vereação de 14-03-1812. Preside à reunião o governador militar António Feliciano de Sousa, tratando-se do provimento de cargos de capitães de ordenanças;F. 112v-114: Vereação de 23-03-1812. Avaliação do preço do pão em grão;F. 114v-115: Vereação de 24-03-1812. Acórdão para dar “boletos” para aquartelamento das tropas;F. 116: Vereação de 02-04-1812. Na sequência de ofício do feitor do provimento de boca para o exército português em Vila Franca de Xira, promove-se a eleição de 2 peritos para fazerem o ativo para os pães;F. 112-112v: Vereação de 11-04-1812. Estabelecimento do preço do azeite;F. 118v-119: Vereação de 14-04-1812. Na sequência de um ofício do fiel responsável da Feitoria dos provimentos do exército português, procede-se à nomeação de 2 padeiros para fazerem o ativo do pão;F. 122v-123v: Vereação de 27-04-1812. Avaliação do preço do pão em grão;F. 125-126v: Vereação de 16-05-1812. Avaliação do preço do pão em grão;F. 127-128: Vereação de 22-05-1812. Avaliação do preço do pão em grão;F. 128v-129v: Vereação de 08-06-1812. Avaliação do preço do pão em grão e estabelecimento do preço de outros géneros alimentares;F. 130-131: Vereação de 16-06-1812. Avaliação do preço do pão em grão e estabelecimento do preço de outros géneros alimentares;F. 131v-132v: Vereação de 23-06-1812. Avaliação do preço do pão em grão e estabelecimento do preço de outros géneros alimentares; Correição dos estabelecimentos na Rua Direita;F. 136-137v: Vereação de 02-07-1812. Avaliação do preço do pão em grão e estabelecimento do preço de outros géneros alimentares;F. 138-139: Vereação de 14-07-1812. Correição dos estabelecimentos da Rua da Ribeira e demais ruas da vila; Avaliação do preço do pão em grão e estabelecimento do preço de outros géneros alimentares;F. 139v-141: Vereação de 18-07-1812. Correição das tabernas da vila; Avaliação do preço do pão em grão e estabelecimento do preço de outros géneros alimentares;F. 141-142v: Vereação de 22-07-1812. Avaliação do preço do pão em grão e estabelecimento do preço de outros géneros alimentares; Subida acentuada do preço da carne por falta de gado;F. 143-144: Vereação de 27-07-1812. Eleição de cobrador do Real d’Água;F. 144v-145. Vereação de 29-07-1812. ofício do corregedor da comarca relativo a uma provisão do tribunal do Desembargo do Paço por causa de um requerimento do então marchante geral da vila que pretende que se aumente o preço da carne que arrematou;F. 147v-148v: Vereação de 12-08-1812. Lanços pertencentes à economia do aquartelamento da tropa; Avaliação do preço do pão em grão e estabelecimento do preço de outros géneros alimentares;F. 148v-150: Vereação de 18-08-1812. Aviso do secretário do Governo do Reino dizendo que SAR enviou para a vila “vasilhas” que serão remetidas pelo desembargador Felipe Ferreira de Araújo e Castro a beneficio dos lavradores;F. 151-152v: Vereação de 25-08-1812. Coloca-se a questão do depósito das ditas vasilhas; Avaliação do preço do pão em grão e estabelecimento do preço de outros géneros alimentares;F. 153-154: Vereação de 07-08-1812. Avaliação do preço do pão em grão e estabelecimento do preço de outros géneros alimentares;F. 158v-160: Vereação de 16-09-1812. Entrega das vasilhas referidas;F. 160v-162: Vereação de 21-09-1812. Notícia referente à desordem em que se encontra a vila no que diz respeito à falta de carne no açougue geral, por falta de dinheiro no cofre público, pelo que o Vereador José Maria Pereira oferece-se para emprestar o dinheiro para o seu fornecimento; Manda-se fazer pregão e afixar edital referente ao benefício das referidas vasilhas;F. 162v-164: Vereação de 23-09-1812. Avaliação do preço do pão em grão e estabelecimento do preço de outros géneros alimentares;F. 164-164v: Vereação de 26-09-1812. Preço da canada do azeite;F. 165-166v: Vereação de 27-09-1812. Requerimento do depositário das vasilhas enviadas por SAR para as colheitas, a fim de beneficiar os lavradores; Enumeração de objetos trazidos por 3 fragatas [contem pequena folha solta com a mesma enumeração], nomeadamente, pipas, tonéis e vasilhas;F. 177v-179: Vereação de 30-10-1812. Avaliação do preço do pão em grão;F. 180v-181v: Vereação de 21-11-1812. Avaliação do preço do pão em grão e estabelecimento do preço de outros géneros;F. 183-184: Vereação de 01-12-1812. Ofício de Pedro Mello Brainer, enviado através da Misericórdia de Lisboa, referente a recebimento do produto da carne de vaca que se tinha gasto com os “execráveis “que tinham estado na vila;F. 187v-188v: Vereação de 12-12-1812. Ofício do Intendente Geral da Policia relativo a concerto da estrada que vai de Vila Franca para Alhandra por representação que fez o Assistente comissário britânico Eduardo Dillon, tendo a Câmara decidido responder que não podia dar andamento ao que se solicitava por falta de dinheiro, mas que o poderia fazer se lho arranjassem;F. 190v-191: Vereação de 19-12-1812. Nota à margem referente a nomeação do mestre-de-obras pública para examinar a ruína das estradas públicas;F. 191v-192: Vereação de 21-12-1812. Proposta do Procurador da Comarca no sentido de se providenciar o fornecimento das carnes de vaca e de porco no açougue publico para o Natal;F. 193v-195v: Vereação de 23-12-1812. Avaliação do preço do pão em grão e estabelecimento do preço de outros géneros;F. 205-206v: Vereação de 03-01-1813. Proposta do procurador do Povo para se fazer vistoria à estrada que vai de Vila Franca para Alhandra, uma vez que se encontra “incapaz em partes de transitar”;F. 212-214: Vereação de 23-01-1813. Preço do azeite, do pão em grão e de outros géneros alimentares; Ofício do desembargador do Paço, Filipe Ferreira de Araújo, referente ao produto das vasilhas que por ordem de SAR se venderam aos lavradores;F. 217-218v: Vereação de 30-01-1813. Requerimento do cabo de mar a pedir uma “meia carreira que se achava desemparelhada pelo trabalho e incomodo que tinha no cais” com as embarcações para o transporte dos exércitos;F. 223-224: Vereação de 23-02-1813. Avaliação do preço do pão em grão e estabelecimento do preço de outros géneros alimentares;F. 230-231: Vereação de 23-03-1813. Avaliação do preço do pão em grão e estabelecimento do preço de outros géneros alimentares;F. 232-234: Vereação de 27-03-1813. Atualização do preço do pão;Termo de encerramento: "Tem este livro duzentas e trinta e cinco meias folhas de papel e todas vão numeradas e rubricadas por mim e com o apelido de = Castel = Branco = de que uso. Vila Franca de Xira, 10 de fevereiro de 1811. O Juiz de Fora, José António Soares Pinto Mascarenhas CastelBranco"