Biography or history
"Helena Maria Corrêa de Barros Cardoso de Macedo e Menezes nasceu na freguesia de Cedofeita, no Porto, a 9 de Janeiro de 1929 e morreu na mesma cidade e freguesia, a 17 de Maio de 2020. Apesar de ter nascido e terminado os seus dias na Cidade Invicta, mantinha uma forte ligação sentimental a Guimarães, onde assentavam as raízes familiares do seu lado paterno e residiam muito dos seus parentes mais próximos, vindo os seus restos mortais a sepultar no cemitério paroquial de São Romão de Mesão Frio, freguesia dessa cidade. Seu pai, José Cardoso Martins de Menezes (Guimarães, 1895- Lisboa, Hospital Militar, 1950), era neto paterno dos 1.os condes de Margaride. Fora tenente-coronel de Cavalaria e participara na 1.ª Guerra Mundial, combatendo em França. Agraciado com a Comenda da Ordem de Avis, recebeu igualmente a Medalha de Mérito Militar . Era sobrinho paterno dos 2.os condes de Margaride, Dr. Henrique Cardoso de Macedo Martins de Menezes, bacharel formado em Direito pela Universidade de Coimbra, Governador civil de Santarém e proprietário da Casa de Margaride, em Mesão Frio, Guimarães, e D. Francisca Braamcamp de Mello Breyner (1865-1955), filha dos condes de Sobral . Deste casal chegaram diversos documentos pertencentes ao espólio em estudo. Após a morte sem descendência do referido 2.º conde, foi através de seu avô, João Cardoso Martins de Menezes, e de seu pai, José Cardoso Martins de Menezes, que se verificou a passagem da representação desse título condal, mediante certificado emanado pelo Conselho de Nobreza em 20 de Março de 1949. O actual titular é João Manuel Corrêa de Barros Cardoso de Macedo e Menezes, 4.º conde, irmão de D. Helena Margaride e um dos doadores deste espólio. Sua mãe, D. Maria Antónia Machado Corrêa de Barros, descendia de famílias com particulares relações à intelectualidade portuense, designadamente os Silva Machado e os Moutinho de Sousa. Afincada defensora das tradições familiares e enraizadamente tradicionalista, Helena Margaride, monárquico dos quatro costados, manter-se-ia sempre fiel à instituição real, aos seus ideais, valores e às figuras da realeza, portuguesa e internacional. Indefectível da Casa de Bragança, nas pessoas de D. Duarte Nuno (1907-1976) e de seu filho D. Duarte Pio, denotava-se na sua personalidade e interesses uma especial admiração pela Família Real inglesa, facto visível através de diversos impressos existentes neste conjunto de ephemera. No que tocava aos princípios morais e sociais era tendencialmente dogmática, procurando sempre exercer uma magistratura de influência quanto a valores a seguir, sobretudo em termos de alianças familiares e a comportamentos a adoptar em sociedade, numa vivência dos princípios morais e sociais em que havia sido educada (...)In:A Colecção de Menus e outra Ephemera de Helena Margaride (1929-2020).