Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas
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Identification
Description level
F
Reference code
PT/FCT/FRDA
Title
Arquivo Fernando Roldão Dias Agudo
Holding entity
Fundação para a Ciência e a Tecnologia
Initial date
1911
Final date
1992
Dimension and support / Extents
Documentos textuais: Papel A4 e outros formatos
Content and structure
Scope and content
Documentação relacionada com as funções de administração de ciência e tecnologia que Fernando Roldão Dias Agudo desempenhou em duas entidades de âmbito nacional, a Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica que presidiu entre outubro de 1974 e setembro de 1976, e o Instituto Nacional de Investigação Científica de cujos quadros fez parte logo em 1977 e que veio a presidir entre 1980 e 1983, ano em que renuncia ao cargo para regressar à Faculdade de Ciências de Lisboa (conforme Despacho nº 119/ME/83: «tendo em conta a vontade expressa pelo prof. Dr. Fernando Roldão Dias Agudo, considera-se dada por finda a comissão de serviço que vinha exercendo como presidente do INIC a partir de 1 de dezembro de 1983»). Constituído por numerosos documentos autógrafos, o Arquivo de Fernando Roldão Dias Agudo é particularmente relevante para a história das políticas de Ciência no último quartel do século XX, com especial enfoque na década de 70 e no período após o 25 de abril de 1974 - ilustrando em particular a mudança de regime político e suas consequências na (in)definição das políticas institucionais para a Ciência e a Tecnologia, como para o ensino superior e a investigação científica em geral: oscilando entre as tutelas da Educação, da Cultura e do Planeamento. Nomeado em Comissão de Serviço para a presidência da JNICT, em 1974, Dias Agudo sucedeu pois a João Salgueiro, tendo que enfrentar a difícil tarefa de manter a integridade da Junta - órgão criado em 1967, ainda sob o Estado Novo - perante pressões externas e internas, modelos de governação divergentes, indecisões políticas várias que praticamente culminaram na extinção do organismo e em grande medida vieram comprometer a sua real capacidade de intervenção pública. Neste período e no plano internacional, todavia, novas dinâmicas nos modelos de gestão das ciências emergem, num novo quadro de relações internacionais - em fóruns multilaterais como em relações bilaterais - em que Portugal se inscreve. Dias Agudo assume a representação de Portugal em diversos fóruns de Ciência e Tecnologia, por inerência das funções que desempenha como presidente da Junta. Assim, em 1976, é nomeado (por Despacho nº 19/76 de 2 de novembro), «delegado do Ministério da Educação e da Investigação Científica para contactos e estudos relativos ao Convénio de Cooperação Cultural e Científica entre Portugal e a URSS... delegação posteriormente estendida aos contactos com todos os países da Europa de Leste...», sendo também «Delegado nacional no Comité para a política científica e tecnológica da OCDE», no mesmo período. É também Dias Agudo o promotor de uma reforma dos organismos de ciência, de uma distribuição mais racional das funções partilhadas de administração de C&T, nos negócios públicos. Colaborador do diário «Jornal Novo» em 1975, para os assuntos de ciência, tecnologia e desenvolvimento, investigação e ensino superior, preocupado com os destinos incertos dados aos centros de estudos do antigo Instituto de Alta Cultura (IAC) - bem como com as indefinições em matéria de políticas de C&T, Dias Agudo será igualmente uma voz ativa dentro do novo Instituto Nacional de Investigação Científica - INIC - nascido da cisão e extinção do IAC, em 1976. Ao assumir funções como presidente deste Instituto num período marcado por turbulências políticas e acelerada obsolência institucional, Dias Agudo logrou defender a investigação científica nas universidades bem como a sua especificidade frente aos intentos agregadores da JNICT. Ainda como presidente do Instituto e representante do então Ministério da Educação e Ciência no Grupo de Trabalho constituído (Despacho normativo de 18 de maio de 1981), coube a Dias Agudo acompanhar o «Exame à política científica nacional» conduzido por uma equipa técnica da OCDE, entre 1981 e 1983, pela parte da investigação universitária. Fez igualmente parte do Conselho Geral da Comissão Nacional da UNESCO, no mesmo período, representante numa «Comissão Nacional para a Investigação Científica e Tecnológica» criada por Despacho do Ministro da Cultura e da Coordenação Científica (no VIII Governo Constitucional, 1982-1983), Francisco António Lucas Pires (Despacho nº 105/82 publicado no DR II série, nº 174, de 30/7/1982), com o fim de «relatar o estado de informação científica e técnica em Portugal...», na época, representou Portugal em diversas conferências internacionais sobre investigação científica, como o «2º Congresso pan-europeu de instituições de investigação científica» que decorreu em Roma, no CNR, entre 29 e 30 de maio de 1981, ou a «Fifth Parliamentary and Scientific Conference - Technology and Democracy - Impacts of technological change on European Society and Civilization - Council of Europe» Helsinki/Strasbourg 3-5 june 1981, circunstâncias igualmente documentadas no Fundo Dias Agudo.
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