Barcos debaixo de um palheiro, Esmoriz

Documento simples

PT/CPF/OLF/0057/000028

Barcos debaixo de um palheiro, Esmoriz

Centro Portugues de Fotografia

1961-09-12

1961-10-13

negativo, película, p/b, 35mm, gelatina e sais de prata

Entre o pavimento de um palheiro e o solo, uma bateira e, à direita, um caíque do Douro, em Esmoriz.Palheiro na Costa Central é a designação dada às cabanas de madeira, cobertas com uma espécie de junco, o estorno, e, com exceção das da Caparica e Fonte da Telha, assentes sobre estacas, de modo a permitir a livre passagem das areias tocadas pelo vento. O espaço entre o pavimento, sobre as estacas, e o solo aproveitava-se muitas vezes para guardar apetrechos de pesca, incluindo barcos pequenos.Caíque do Douro, dóri ou douro, é uma embarcação de fundo chato e casco de tabuado liso, ré cortada, com tampo estreito, alto, redondo em cima e bastante inclinado para trás. Usado para transporte, recreio e pesca, no estuário do Douro, no Tâmega, em Esmoriz, em Buarcos, neste caso, sob o nome de barquinho do coberto, e em Gala. Dimensões médias 5,1 x 1,57 x 0,62m. Propulsão por remos e por vezes vela. Tripulação de 1 a 2 pessoas.Bateira da Afurada é um barco de pesca da família das canoas de tábuas de tipo mesopotâmico sendo aparentada com as bateiras murtoseiras. A sua área de difusão é o estuário do Douro com extensão para Sul. As suas dimensões são 8,75 x 1,75 x 0,55m. Carateriza-se por ter uma proa mais a direito que os barcos de mar, usando vela de pendão de amurar à proa como o barco poveiro e leme de maior dimensão que o das bateiras murtoseiras, com cana de leme. A sua propulsão é por vela quadrangular do género dum latino com testa mais alta e a verga suspensa do terço da vante, e remos. A sua tripulação é de 2 a 4 pessoas.

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