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Identification
Description level
UI
Reference code
PT/CMVDG/PCICVDG/E-A/001-006/0002
Title
"À miséria no Alentejo"
Holding entity
Câmara Municipal de Vidigueira
Content and structure
Scope and content
A presente ficha que abaixo consta foi "construída" tendo por base os domínios ou campos de preenchimento previsto no programa MatrizPCI, tendo em vista a estruturação base para registo da informação respeitante a esta tipologia de Património e à consequente adaptação da base de dados Archeevo para disponibilização online dos respectivos conteúdos._IDENTIFICAÇÃON.º de Inventário: PCICVDG-E-A-001-006-0002Domínio: Tradições e expressões oraisCategoria: Manifestações literárias, orais e escritasDescritores: Poesia PopularDenominação: "À Miséria no Alentejo"Outras Denominações: -Identificador: CMVDG (Câmara Municipal de Vidigueira)Tipo: Poesia PopularEspecificações: Registo identificado e recolhido pela Câmara Municipal de Vidigueira, por Luísa Costa, em colaboração com António Menêzes Produções, que efectuou a recolha em vídeo.Contexto Tipológico: Poesia popular, oral, registada em gravação vídeo proveniente da autora Catarina Machado._CONTEXTO DE PRODUÇÃOContexto SocialEntidadeTipo: Indivíduo (Catarina Guerreiro Machado)Entidade: Acesso: Público (acesso ao poema através do registo vídeo e desta base de dados).Especificações: O presente poema está registado numa gravação vídeo, agora também aqui transcrito.Contexto TerritorialLocal: Vidigueira - Concelho de VidigueiraClassificação Geográfica: Portugal - Beja - Vidigueira - VidigueiraNUTs: Portugal - Continente - Alentejo - Baixo AlentejoContexto TemporalData: -Periodicidade: De carácter episódicoEspecificações: -_CARACTERIZAÇÃOCaracterização Síntese: Neste poema a autora faz referência à miséria vivida no Alentejo, num período que afectou mais vincadamente os concelhos de Moura, Mourão e Serpa, tendo-se verificado apoio por parte da Cruz Vermelha.Aborda a falta de apoios da Nação no que respeita a área agrícola e a todos aqueles que dela vivem. Fala do Alentejo esquecido mas que para ela é tudo pois aqui nasceu e viveu.Caracterização Desenvolvida: Poema "À Miséria no Alentejo"Ó Senhor Primeiro MinistroRepare com atençãoO Alentejo bem vistoÉ o celeiro da NaçãoSe fosse bem cultivadoE as terras aproveitadasEste campo desbravadoE acabavam-se as coutadasNão havia tanta fomeE a miséria andava ausenteQue tanta gente consomeComo era antigamenteO nosso campo está tristeAo ver tanta fatalidadeMas o povo não resisteA esta crueldadeChoram barrancos e fontesAs árvores e os trigaisAté os próprios montesChoram também os pardaisAo ver a televisãoFico triste e apaixonadaPalpita meu coraçãoMas não posso fazer nadaE estes povos irmãosSofrendo tanta pobrezaTodos devem dar as mãosE lutar com nobrezaO Alentejo não fazA guerra em seu coraçãoExige trabalho e pazPara bem desta naçãoNós queremos trabalharÉ a nossa profissãoNão queremos mendigarRespeitem a decisãoPara Serpa, Moura e MourãoVai o meu abraço amigoEu não posso dar-te a mãoMas no coração estou contigoObrigada à Cruz VermelhaAo seu auxílio prestadoTambém deram alimentosCom prazo terminado.Ó Alentejo DouradoCom sol abrasadorNão fiques abandonadoVamos pedir ao SenhorÓ meu querido AlentejoDe Vinhedos e trigaisÉs meu berçinho douradoOnde nasceram meus paisEu nasci no AlentejoE neste mesmo quero morrerMeu querido AlentejoSem ti não posso viver._CONTEXTO DE TRANSMISSÃOEstado de Transmissão: ActivoDescrição: Poetisa popular ainda viva em 2019. A poesia está presente numa gravação vídeo (António Menezes Produções) e outros trabalhos da autora encontramo-los na publicação "Antologia Poética" (editada pela Câmara Municipal de Vidigueira em 2005). Proc. PT-CMVDG-PCICVDG-E-A-001-006 Data: 2006-12-14Modo de Transmissão: OralIdioma: PortuguêsAgente de Transmissão: Câmara Municipal de Vidigueira - António Menezes Produções - Museu Municipal e Arquivo MunicipalEspecificações: PT_CMVDG-PCICVDG-E-A-001-DVD1_ORIGEM/HISTORIALCatarina Guerreiro Machado é natural e residente em Vidigueira e começou a escrever desde tenra idade; frequentava ainda o ensino primário quando fez os seus primeiros poemas e começou a trabalhar no campo, onde fez de tudo um pouco, desde a monda à azeitona. Nas horas de almoço, ela era quem escrevia os versos das canções para os bailes de carnaval da sua juventude. Confessa que destruiu os versos que fez, hoje com muita mágoa pois achou que não tinham qualquer valor e afinal mais tarde, quando a Rádio Vidigueira abriu portas, voltou a escrever, e fez muitos mais, os quais facultou então ao Município de Vidigueira._CONTEXTO DE DOCUMENTAÇÃOId. Processo: PT-CMVDG-PCICVDG-E-A-001-006Data: 2006-12-14Entidade: Câmara Municipal de VidigueiraResponsável: Luísa Costa e Fernanda Palma; Arquivo Municipal (revisão; edição e tratamento de áudios e vídeos; incorporação na base de dados Archeevo)Função: Coordenação, recolha e tratamentoObservações: O poema encontra-se no processo PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-006, mais especificamente, em PT-CMVDG-PCICVDG-E-A-001-DVD1 no qual está contemplado, respectivamente, o ficheiro PT-CMVDG-PCICVDG-E-A-001-006-0002_002._ACÇÕES DE SALVAGUARDARiscos e ameaças: Desaparecimento de documentos escritos pela autora ou das recolhas efectuadas junto da mesma.Acções de salvaguarda: Recolha de algumas poesias da poetisa em publicação (PT-CMVDG-PCICVDG-E-A-001-001-IMP1) e recolhas vídeo. Processo PT-CMVDG-PCICVDG-E-A-001-006._ACÇÕES DE DIVULGAÇÃODenominação: -Local: -Data inicial: -_BIBLIOGRAFIA- _MULTIMÉDIA- Fotografia (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-006-0002_001)- Vídeo do poema "À Miséria no Alentejo" (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-006-0002_002)- Vídeo biográfico (PT_CMVDG_PCICVDG-E-A-001-006-0002_003)_DOCUMENTAÇÃO ASSOCIADA- A poetisa popular tem alguns dos seus poemas publicados na Antologia Poética, editada pela Câmara Municipal de Vidigueira, no ano de 2005. _OBSERVAÇÕES-
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