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Identification
Description level
D
Reference code
PT/AMM/AMR/FT/NG01/076
Title
Negativo. Caravela das Conquistas , de António Maria Ribeiro, por Fotografia Guedes
Initial date
1922
Final date
1922
Dimension and support / Extents
23,8x17,8 cm
Content and structure
Scope and content
Negativo fotográfico em vidro representando peça de ourivesaria designada por "Caravela das Conquistas", da autoria do escultor cinzelador António Maria Ribeiro. Segundo Teresa Trancoso, esta peça é um "tributo aos descobrimentos e também à emigração portuguesa no Brasil" (2009, pp.103-104). Apresenta "na base quatro tritões esculpidos em bronze que sustentam toda a estrutura, enquanto três nereidas, em marfim, conduzem e protegem a caravela que navega num mar agitado. A cor clara do marfim das velas contrasta com o esmalte encarnado das cruzes da Ordem de Cristo nelas inscritas. Encimando os mastros, encontram-se pequenas esferas armilares e na parte lateral direita desta composição, existe uma cartela, envolta por uma moldura neomanuelina, destinada a uma inscrição" (Trancoso, 2009, p.104). Peça fotografada em cima de uma mesa de pedra, sobre fundo negro. Conforme informação escrita no cartão secundário de prova correspondente (PT-AMM-AMR-FT-PR02-011), trata-se de uma composição em prata, marfins, esmaltes, filigrana e alabastro do Vimioso, medindo 1,10 m de altura, sendo a fotografia da casa Fotografia Guedes. A peça "Caravela das Conquistas", executada por António Maria Ribeiro ainda enquanto director artístico da Casa Reis & Filhos, integrou a mostra desta casa na Exposição Internacional do Rio de Janeiro, em 1922, comemorativa do 1º centenário da Independência do Brasil. Na sequência desta exposição, a peça foi comprada pela Colónia Portuguesa do Rio de Janeiro para oferecer à Beneficiência Portuguesa da mesma cidade. (Trancoso, 2009, pp.103-104).A Casa Reis foi fundada em 1880, no Porto, por António Alves Reis, tornando-se mais tarde na Casa Reis & Filhos, depois de os seus 2 filhos, Serafim e Manuel Reis, enveredarem pelo mesmo ofício. Trabalhava sobretudo para Portugal e Espanha. Em 1893, a Casa Reis & Filhos recebeu o título de ourives honorário da Casa Real Portuguesa. Apostou muito no profissionalismo, preparando muito bem os seus artifices e colocando profissionais muito competentes na direcção. Participou na organização dos I e II Congressos de Ourivesaria Portuguesa, em 1925 e 1926, integrando respectivamente a Comissão de Honra e a Comissão Nacional. Ao nível do tipo de produção, especializou-se em peças revivalistas, neogóticas e, sobretudo, neomanuelinas, religiosas e civis, com maior destaque para as de carácter historicista, em particular as que foram executadas por António Maria Ribeiro que, pelo menos desde 1915, já lá trabalhava, vindo a ser o seu director artístico durante muitos anos. Participou em inúmeras exposições nacionais e internacionais. Aquando da Grande Exposição Industrial Portuguesa em Lisboa, em 1932, já António Maria Ribeiro tinha as suas próprias oficinas de cinzelagem e fundição. A partir da década de 40', as referências à sua actividade começam a rarear, tendo cessado a mesma por essa altura (Trancoso, 2009, pp.51-55).
Access and use
Language of the material
por, spa
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