OFÍCIO do governador de São Tomé e Príncipe, João Maria Xavier de Brito, ao secretário de estado da Marinha e Ultramar [Conde de Basto] José António de Oliveira Leite de Barros, a remeter os mapas da receita e despesa dos Cofres da Fazenda Real das ilhas, com as listas dos navios que entraram nos seus portos e dos géneros que foram importados e exportados em 1829; pelos balanços se vê o deplorável estado a que chegaram as finanças da colónia; explicita as razões de tal decadência, tais como a estagnação do comércio e a escassez dos outros rendimentos, daí advindo o não pagamento aos empregados públicos e diversos géneros a crédito, acrescendo que o café que era uma cultura importante e de qualidade, nos últimos 2 anos quase não teve extração; informa que só frequentam as ilhas navios de guerra franceses e ingleses, que nenhum proveito deixam e alguns navios mercantes brasileiros e espanhóis; pede uma providência extraordinária, para que se possa ainda salvar esta decadente e quase perdida colónia e conservá-la no número das poucas possessões ultramarinas que restam a Portugal.