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OFÍCIO do governador de São Tomé e Príncipe, João Maria Xavier de Brito, ao Ministro Assistente ao Despacho e Encarregado da Repartição dos Negócios da Guerra e dos da Marinha e Ultramarinos, conde de Subserra [Manuel Inácio Martins Pamplona Corte Real] a acusar a receção de um aviso régio de 13 de Outubro, de 1824, a determinar-lhe que informe circunstanciadamente os requerimentos do tenente coronel, ajudante de ordens do governo, Filipe e Freitas Paiva Henriques; informa que está ao corrente de todas as injustiças e horríveis violências que na ilha de São Tomé praticaram contra este oficial, o tio da sua legítima mulher, coronel de ordenanças André Teixeira de Sousa e Aragão, o homem mais poderoso da ilha e cabeça dos motins e de todas as perturbações ocorridas durante a anarquia existente nos tempos chamados constitucionais, o qual conluiado com o juiz ordinário, Tomé Ferreira Neto, roubou os seus bens e também a sua mulher e filho menor, por meio de sedução; o suplicante foi também espoliado do exercício do seu posto e dos respetivos vencimentos e soldos, tendo sido desterrado para a ilha do Príncipe, onde o veio a encontrar pedindo esmola para comer; participa que tratou logo de lhe fazer justiça, restituindo o seu posto e pagando todos os seus soldos, quanto aos bens, não pode ingerir-se nas causas forenses, tendo no entanto dirigido um ofício ao ouvidor-geral da comarca sobre o assunto; finalmente, nomeou como comandante militar da ilha de São Tomé, durante a sua ausência, o mesmo coronel, André Teixeira de Sousa e Aragão, considerando ser esta a melhor maneira de o poder controlar. See original record