OFÍCIO do governador de São Tomé e Príncipe, Luís Joaquim Lisboa, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar] conde das Galveias [D. João de Almeida Melo e Castro] a informar que o capitão-mor da ilha de São Tomé, João Ferreira Guimarães, se encontra muito doente com a moléstia da terra, e como nas ilhas não há professor de medicina, nem cirurgião para aplicar os indispensáveis remédios, resolveu conceder-lhe passaporte para se ir tratar no Brasil; participa que ordenou que o tenente coronel e comandante da fortaleza de São Sebastião, Raimundo José da Cunha Matos, ficasse a governar interinamente a ilha; tendo este oficial mandado vir para a sua companhia, sua mulher e filha, dona Maria Venância de Fontes Pereira de Melo e dona Grácia Ermelinda da Cunha Matos, passados alguns meses estas foram atacadas pela moléstia chamada Carneirada, tendo-lhes passado passaporte para se irem tratar no Brasil, e assim viajaram num navio direito a Pernambuco.