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OFÍCIO do governador de São Tomé e Príncipe, Luís Joaquim Lisboa, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar] conde das Galveias [D. João de Almeida Melo e Castro] a acusar a receção do aviso real de 6 de Abril de 1811, o qual ordena-lhe que informe sobre a falta de embarcações para o serviço da alfândega e sobre o emprego dos soldados milicianos como remadores das canoas, sempre que se exige tal serviço; descreve o estado de penúria em que se encontra a colónia, já há mais de um século, considerando-a como praça bloqueada ou sitiada, em que todo o povo trabalha para a salvação pública; participa que na alfândega da ilha, nunca houve embarcação própria para as visitas dos navios; faz uma exposição sobre as desvantagens do serviço feito pelos soldados milicianos, que nem uma ração de farinha vencem, apesar da sua miséria; descreve em 5 capítulos, os inconvenientes da utilização dos escravos como remadores das embarcações; exemplifica com a compra em 1807 de um escaler para o serviço da alfândega, que acabou por ser dado como perdido em 1809, devido ao muito pouco zelo no real serviço, sendo poucas as pessoas que cumprem as suas obrigações; faz uma exposição circunstanciada, sobre o estado do serviço militar da tropa de linha e milícias, desde o ano de 1729; á vista do exposto, parece-lhe que a tropa paga desta colónia se deve equiparar à do Brasil, senão tudo ficará na mesma. See original record