OFÍCIO do governador de São Tomé e Príncipe, Luís Joaquim Lisboa, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar] conde das Galveias [D. João de Almeida Melo e Castro] a acusar a receção do Real Aviso de 26 de Junho, o qual participa-lhe que chegaram à Real Presença, diferentes requerimentos do padre João Dias da Conceição, vigário colado da igreja de Nossa Senhora da Conceição, da ilha do Príncipe, nos quais se queixa de estar preso por sua ordem; é-lhe determinado que o ponha em liberdade e informe das causas de semelhante procedimento; considera-se chocado e horrorizado com tais calúnias, insultos, afrontas e falsidades, provenientes de uma pessoa do pior carater; enumera e descreve diversos episódios e algumas golpadas, feitas pelo dito vigário; apela que a favor da sua conduta, se consultem os documentos e sejam avocados à Real Presença, todos os autos crimes do dito vigário, para que se conheça o seu génio e verdadeiro carater; pede para todos os seus inimigos, mostrarem e provarem as injúrias e os prejuízos que lhes fez.