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OFÍCIO do governador de São Tomé e Príncipe, Luís Joaquim Lisboa, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar, visconde de Anadia, D. João Rodrigues de Sá e Melo] sobre a decadência da lavoura e do comércio nas ilhas, suas causas, quais os obstáculos que impedem o seu progresso e quais os meios mais fáceis de voltarem ao estado de prosperidade que se verificou no tempo do governador, João Baptista e Silva, que tinha estabelecido um vantajoso comércio nos portos vizinhos dos Rios do Gabão; faz uma pequena história cronológica da evolução das ilhas desde o fim do século [XV]; informa que durante os governos de João Baptista e Silva e Gabriel António Franco de Castro, todas as produções da colónia valiam o triplo do que valem hoje, em consequência do imenso número de navios ingleses e americanos que diariamente aportavam, a refazer-se de mantimentos para o tráfico da escravatura que conduziam aos seus estabelecimentos, o qual inteiramente cessou, com a extinção do comércio de escravos entre estas duas nações, ocorrida no mês de Dezembro de 1807; enumera e descreve 6 obstáculos, que foram a causa da sua decadência, entre eles a descoberta e povoamento do Brasil; com esta análise, estão de acordo, o vigário geral deste Bispado, reverendo doutor Frutuoso de Brito Porto, o provedor interino da Fazenda Real, Francisco de Sousa Carvalho, o ouvidor-geral interino da comarca, Joaquim Pedro Lagrange e o coronel de ordenanças da ilha do Príncipe, Vicente José da Rocha; por fim, explicita as providências que tomou para o melhoramento da cultura e comércio da colónia e remete os mapas das embarcações entradas nas duas ilhas, durante a vigência dos dois governadores atrás citados e de si mesmo, e os respetivos direitos pagos.
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