OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, Nicolau de Abreu Castelo Branco, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Inácio da Costa Quintela, a fazer uma extensa reflexão sobre o sistema e respetivas consequências, de se considerarem os oficiais dos corpos militares das colónias, totalmente desligados do exército de Portugal, sem haver Lei que regule e fixe o tempo que qualquer deve neles servir, para ter direito ao seu regresso; a principal consequência resulta em provocar o desligamento da Pátria e do Exército, destes oficiais; propõe um sistema alternativo, o qual desenvolve; considera que com um sistema correto, haverá homens ligados por fortes vínculos à Mãe Pátria, em lugar dos que agora só se abalançam a procurar o destino de serviço nas Colónias, os que nada perdem em a deixar para sempre e os que não encontram emprego, resultando que nestas condições, são ordinariamente homens sem mérito ou importância.