CARTA do governador e capitão-general de Angola, Nicolau de Abreu Castelo Branco, à infanta regente [D. Isabel Maria], a acusar a receção da Provisão Régia de 21 de Fevereiro de 1826, na qual S.M. lhe ordena que remeta a representação que contra si fez, o ex-prior do Convento do Carmo, Frei Vicente de São José, para que informe sobre o seu conteúdo; considera injustas e em parte caluniosas as queixas do religioso, por meio das quais tem querido prevenir a justa punição do governo, pelos seus roubos e pela deplorável decadência a que deixou chegar o mais rico e o melhor edifício dos 3 conventos de Luanda, tendo fugido para Pernambuco, sem passaporte, por temer a chegada dos padres; informa que não lhe permitem as atuais circunstâncias, satisfazer a régia determinação da Provisão, devido a uma extensa correspondência para a secretaria de estado e de outras ocupações, tais como a celebração das exéquias de S.M. e as disposições para a eleição do deputado às Côrtes, que Angola deve fornecer, e também por ter falecido o secretário do governo, estando quase sempre doente um dos dois oficiais restantes na secretaria; participa que satisfará o disposto na Provisão, esperando pela passagem da nau de viagem proveniente da Índia, remetendo por ela a sua resposta.