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OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, Manuel Vieira de Albuquerque e Tovar, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Conde dos Arcos [D. Marcos de Noronha e Brito], a informar que ainda não foram julgados, o regente de Novo Redondo, Inácio Sudré Pereira da Nóbrega e o capitão-mor de Ambaca, Joaquim Germano de Andrade, tendo-lhe o ouvidor participado que estavam prontos os processos para serem julgados em Junta de Justiça, a qual ainda não se realizou, devido a estarem doentes, ele próprio e o tenente coronel do regimento; informa que quase todos os capitães-mores seguem os péssimos e criminosos costumes e usos dos seus antecessores, aos quais acusa do grande atraso dos estabelecimentos dos sertões, das muitas guerras que se têm feito e da fuga de centenas de negros para os gentios, atendendo às grandes violências e vexames infligidos pelos capitães-mores; participa que já no tempo do seu predecessor, Manuel de Almeida e Vasconcelos, a rainha [D. Maria I], tinha ordenado ao secretário de estado, José Seabra da Silva, que apontasse os principais crimes dos ditos capitães, como ele tinha visto e observado, o qual usa da palavra "Ladroeira", relativa aso mesmos, dos quais depende todo o aumento da agricultura, da navegação e do comércio de Angola. See original record