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OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, Manuel Vieira de Albuquerque e Tovar, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Conde dos Arcos [D. Marcos de Noronha e Brito], sobre os insultos que os espanhóis continuavam a fazer às embarcações portugueses nos portos de Ambriz e Cabinda; reafirma que não voltarão ao porto de Luanda, enquanto governar Angola; informa que no princípio do seu governo até ao fim do ano passado ainda vieram alguns, conforme se verifica pelos termos das suas arribadas, mas já não encontraram a facilidade de comerciarem como anteriormente, pois logo que entravam os fazia sair imediatamente ou lhes mandava sentinelas e vigias, para evitar algum comércio de contrabando, e assim, logo que faziam os consertos necessários ou se tinham provido de mantimentos e aguada os fazia sair; participa que não só alguns dos acusadores contra o negociante, Manuel José de Sousa Lopes, mas quase todos os negociantes desta praça tinham feito neste porto o comércio com os espanhóis, sendo ele porém o principal, pelas ligações que tinha com Havana, daqui se percebendo a frequência das arribadas dos navios espanhóis neste porto, pois só a Casa de Manuel José de Sousa Lopes, se julga ter vendido aos espanhóis de 8 a 10 mil escravos.
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