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OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, Manuel Vieira de Albuquerque e Tovar, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Conde dos Arcos [D. Marcos de Noronha e Brito], a informar que Manuel da Silva Raposo, veio cumprir degredo perpétuo no Presídio das Pedras Negras no ano de 1818, e não se tendo verificado na sua chegada o cumprimento do degredo no lugar determinado, e pelo contrário tendo sido logo provido no ofício de escrivão de orfãos de Luanda, cujo provimento lhe prorrogou, veio queixar-se dele, o negociante, Francisco José de Sousa Lopes, herdeiro do seu falecido tio, Manuel José de Sousa Lopes, apresentando-lhe uma Letra ou Ordem, que o referido Raposo havia falsificado, sacando em nome do seu tio a quantia de 2:525$000 réis, sobre o negociante da praça do Rio de Janeiro, Francisco José Rodrigues Guimarães; depois de ter feito indagações sobre a conduta do dito degredado e verificado o seu mau comportamento, mandou-lhe cassar o provimento e intimar para ir cumprir o seu degredo; refere as falsificações que se praticaram nas Cédulas da Junta da Fazenda Real; o dito Raposo, acabou por fugir da cidade e há suspeitas que foi para Pernambuco no bergantim "Fénis" ou para a Côrte, no bergantim "Feliz Dia", tendo oficiado ao governador de Pernambuco. See original record