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OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, Luís da Mota Feio [e Torres], ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Conde dos Arcos [D. Marcos de Noronha e Brito], a acusar a receção do aviso real de 3 de Abril, tendente a dois objetos, o primeiro relativo às providências que tinha posto em execução, em consequência dos estragos de uma seca extraordinária e o segundo, tendente ao paquete inglês de Santa Helena e às instruções dadas para se animar o comércio entre Angola e as ilhas de São Tomé e Príncipe; quanto ao primeiro, suspendeu a taxa da farinha logo que recebeu o aviso; reconhece as doutrinas gerais que lhe foram comunicados sobre o objeto das taxas e só tomou aquele arbítrio, passado um ano de ter tomado posse, e em consequência das repetidas representações do escrivão deputado da Junta da Fazenda Real, assegurando-lhe que os Cofres Reais não poderiam no futuro sustentar uma despesa tão grande, com a compra das farinhas para a tropa, que ia sempre aumentando; os agricultores de Angola são na maior parte pretos, destituídos de toda a ambição, o que os faz não concorrerem voluntariamente ao mercado; pede instruções a fim de poder deliberar com acerto sobre este assunto, no caso dos Cofres Reais não permitirem aquela despesa, porque a subir o preço da farinha, os mesmos não poderão suprir as despesas por se encontrarem muito desfalcados com as repetidas Letras que têm pago a favor do Erário Régio da Côrte; participa que a taxa cobrada durante um ano, resultou em 9 contos de réis.
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